Criado Por Quem Se Importa escrita por Inês MC


Capítulo 11
Capítulo 11 – Por que não me contaste?




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Como sempre, no dia um de Setembro, crianças e jovens mágicos foram com as suas famílias para a Estação King’s Cross, onde, na Plataforma 93/4, os alunos apanhariam o Expresso de Hogwarts de forma a começarem outro ano escolar na Escola de Magia e Feitiçaria de Hogwarts .

Próximo das onze horas naquela manhã, uma família ruiva finalmente chegou à Plataforma.

– Por favor, Bill… Conta-me! – implorou a Ginny Weasley, já aborrecida e um pouco cansada.

Nos últimos dias, ela tinha passado o máximo de tempo possível com os seus irmãos mais velhos que já haviam deixam o Burrow, o Bill e o Charlie, e à noite ela falaria por horas com o seu melhor amigo, esta atividade mostrara-se em ter uma Ginny fatigada e irritada, especialmente nas primeiras horas da manhã.

– Não, Pequena Chama. Não te vou dizer. Saberás assim que chegares a Hogwarts.

– Mas irá demorar imenso tempo até eu chegar a Hogwarts! Por que simplesmente não me contas? Eu juro que não irei contar a ninguém. Por favor, Bill… És o meu irmão favorito! – ela tentou, em vão, persuadi-lo.

O Bill tinha vindo a desfrutar o rosto de imploração da irmã dele e a teimosice dela durante os últimos dias, desde que ele, o Charlie e o Percy tinham começado a dar pequenas insinuações aos irmãos mais novos de que sabiam que algo importante iria acontecer em Hogwarts. Embora os quatro irmãos mais novos tentaram por diversas vezes persuadi-los a falar, os irmãos mais velhos não desembucharam uma palavra.

Quando eram praticamente onze horas, a Ginny, ainda aborrecida, despediu-se da sua família (exceto a mãe dela e o Percy, que a ignoraram) e entrou juntamente com o Ron, o Fred e o George no grande comboio vermelho. Num instante, o Ron deixou os seus irmãos para se encontrar com os seus melhores amigos, enquanto os gémeos ficaram com a irmã e a amiga loira dela Luna num compartimento durante um bocado, antes de irem procurar o melhor amigo deles e parceiro de partidas Lee Jordan.

***

No dormitório feminino, todas as raparigas de Gryffindor do terceiro ano estavam a dormir. Todas, menos uma. A Ginny Weasley tinha esperado para que as outras meninas adormecessem, de modo a que ela pudesse fazer o que ansiara desde do anúncio de Dumbledore. Apesar de a pequena ruiva ter odiado que o seu irmão não lhe tenha contado, ela tinha que admitir, a espera valera a pena. E a Ginny mal podia esperar para ver o Harry e lhe contar a grande notícia.

Ela sentou-se na sua cama com as cortinas vermelhas e dourada totalmente fechadas e pousou o antigo espelho no seu colo.

– Harry Potter. – sussurrou devagar e esperou até ver a cara dele. – Boa noite, Harry!

– Boa noite, Gin! – respondeu ele. – Como-

– Não vais acreditar, Harry! – a Ginny rapidamente disse, interrompendo-o.

– No quê, Gin? Não me vais dizer? – perguntou o Harry, tentanto, em vão, esconder o sorriso no rosto dele.

– Bem, tu sabes que o Bill e os outros andavam a insinuar que… Espera aí… - a Ginny parou de falar e fitou o Harry com uma cara pensativa. – Tu sabias! – acusou-o devagar, parecendo atónita e depois zangada. – Tu sabias e não me contaste!

O Harry sorriu-lhe maliciosamente por um segundo, antes de inocentemente e misteriosamente responder-lhe:

– Talvez sim… Talvez não… O que é que achas que eu sabia, Gin?

– O Torneio dos Três Feiticeiros! – exclamou ela como se fosse óbvio.

A Ginny respirou fundo para se acalmar, verificou se as suas companheiras de quarto continuavam a dormir e por fim perguntou-lhe o que ela estava tão curiosa de saber:

– Como é que descobriste?

– Na verdade, graças ao Remus. Sabes que ele trabalha no ministério como um Unspeakable. Ele ouve todos os tipos de rumores, assim nós podemos verifica-los.

– Ok, mas desde quando é que sabes sobre o evento?

O Harry balbuciou um bocadinho, antes de finalmente admitir:

– Huh… Não tenho a certeza… Talvez… Fim de Julho… Início de Agosto…

– O quê!? Harry! – exclamou a Ginny em descrença, querendo gritar.

O que uma furiosa Ginny tinha a dizer ao Harry foi interrompido pelos gemidos das raparigas adormecidas. A Ginny, reparando que estava a falar demasiado alto, ia para murmurar o que estava na mente dela, quando o Harry a interrompeu:

– Gin, por que é que não usas o Encanto Muffliato?

– O muff quê? O que é que ele faz exatamente? – ela perguntou, verdadeiramente interessada em aprender algo novo.

– O Encanto Muffliato. – repetiu sem pressa o Harry. – A minha mãe e um amigo criaram-no quando eram ainda estudantes de Hogwarts. Encontrei-o nos diários dela. Este encanto permite… Huh… Por exemplo, tu estás numa sala cheia de pessoas bisbilhoteiras e queres ter uma conversa com alguém sem que essas pessoas ouçam. Portanto, tu usas este encanto, Muffliato, em ti e no teu amigo e, desta forma, aqueles bisbilhoteiros não vos irão ouvir, à exceção um zumbido. Percebeste, Gin?

– Sim. Mas, Harry… Tu podias ter-me contado sobre ele antes, não achas? – zombou a Ginny e rapidamente ela formulou o encanto. – Achas que funcionou?

– Acho que sim…

O Harry, vendo o olhar de dúvida no rosto sardento dela, acrescentou:

– Gin, tu és uma bruxa brilhante. Não vejo o porque não haveria de funcionar. Mas podes sempre testar, tu sabes… - terminou ele com um sorriso zombeteiro.

– E tê-las a acordar e descobrir sobre isto!? – disse a Ginny olhando à volta das cortinas fechadas, onde sabia estarem as outras raparigas de Gryffindor do terceiro ano esperançosamente ainda a dormir profundamente. – Não me cheira, Harry.

– Tu é que mandas, Gin.

– E não te atrevas a esquecer-te, meu querido Harry. – retorquiu ela ao mesmo tempo em que empinava a sua cabeça com superioridade.

A atitude infantil da Ginny resultou em ter os dois amigos a rir durante um tempo, mostrando que o Harry estava certo, a feliz miúda ruiva tinha realizado perfeitamente o Encanto Muffliato, visto que nenhuma das companheiras de quarto dela acordara.

– Agora, Harry, não penses que me esqueci, porque eu não me esqueci. – informou a Ginny, assim que pararam de rir. – Porquê, Harry? Por que é que o meu melhor amigo não me contou sobre o Torneio dos Três Feiticeiros?

O Harry engoliu em seco quando viu o rosto magoado dela. Ele odiava vê-la assim. Ele esperava sinceramente que podia compensá-la.

– Bem, porque, Gin, este teu melhor amigo encantador quando descobriu sobre este evento único teve a brilhante ideia de te surpreender. Conseguiu ele ser bem-sucedido? – o Harry bajulou-a e ela estava naquele momento a tentar conter os seus risos.

– Sim… Mas de qualquer maneira, a próxima vez que ele brilhantemente pense em algo como isto, irá ser enfeitiçado com a minha especialidade. Tenho a certeza absoluta de que ele já ouviu falar do meu Bat-Bogey Hex. – ela avisou-o agradavelmente. – Está entendido, meu querido Harry?

O Harry apenas podia fortemente assentir. Ele ainda tinha a esperança de nunca ter a Ginny a enfeitiçá-lo com a especialidade dela. Às vezes, ela podia ser uma jovem dama bastante assustadora.

***

Os dias passaram tão comum como possível em Hogwarts.

O professor Severus Snape continuou a ser injusto, a professora Monerva McGonagall rigorosa como sempre, o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Alastor Moody, era extremamente paranoico como esperado. O Draco Malfoy ainda continuava a atacar outros estudantes nas costas e com os seus guarda-costas (Gregory Goyle e Vincent Crabbe), o Fred e o George Weasley punham em prática as suas partidas (com a ajuda do Harry e da Ginny), a Luna Lovegood não parava de mencionar criaturas estranhas e, não menos importante, o Neville Longbottom continuou a gabar-se de como era grande e maravilhoso.

Contudo, uma coisa mudara dos anos anteriores. Todos aguardavam com grande excitamento e curiosidade a chegada dos alunos da Academia de Magia de Beauxbatons e do Instituto de Durmstrang. Afinal, o Torneio dos Três Feiticeiros não acontecia há séculos e ninguém sabia quem ou o quê que iria escolher o campeão de cada escola.

Porém, não era só isto que ocupava as mentes dos alunos. Eles também estavam a tentar descobrir qual rapaz ou rapariga com no mínimo catorze anos seria o campeão ou campeã de Hogwarts (as últimas estatísticas do Fred e do George mostraram que a Angelina Johnson, o Cedric Diggory, o Roger Davies e o Neville Longbottom eram os favoritos a ganharem o título). Outra aposta existente em Hogwarts era quais seriam as três tarefas extremamente perigosas que os campeões deveriam sobreviver, enquanto eram testadas a habilidade mágica, a inteligência e a coragem deles.

Num instante, era o dia em que as outras escolas mágicas chegariam a Hogwarts.


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Notas finais do capítulo

N/A: Mais um capítulo.
Peço desculpa pelo tempo que demoro a atualizar. Tenho muito pouco tempo livre para escrever, pois ando na escola e este ano tenho exames.
Até ao próximo capítulo!



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