Apaixonada por um vampiro escrita por Ana Anjost


Capítulo 4
Aula, Trabalho, Azar


Notas iniciais do capítulo

Queria dedicar este capitulo à Ana Herondale Valdez Carstairs, Summer e Claire, que favoritaram a fic.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/457564/chapter/4

Olhei para o rosto machucado do Nathan, que sustentava uma expressão de perplexidade. Eu também estava espantada com minha ousadia, mas não podia deixar humilharem o garoto. Espiei ao meu redor e vi que todos me olhavam, Fred estava com uma carranca e Victor com um meio sorriso pairando nos lábios, Nathalia parou de se debater para tentar livrar-se dos garotos que a segurava e olhava para mim como se quisesse dizer “por que você fez isso?”.

– Vocês se merecem – disse Fred com desdém, virando-se de costa e indo embora, acompanhado de Victor que antes de sumir pela multidão virou-se pra mim e bateu continência, como estivesse dizendo “não tem de quer”.

Os garotos ruivos soltaram Nathalia e a mesma veio correndo em direção do irmão machucado, desviei minha atenção para ele também.

– Você estava errada – ele disse para a irmã – ele não me deu só um soco – e riu.

– Por que você está rindo – disse ela dando um soco de leve no braço de Nathan, que com minha ajuda ficou sentado no chão – acabou de levar uma surra e tira brincadeira com isso.

Acho melhor ele ir para enfermaria – disse eu – me ajude a levanta-lo.

Os adolescentes tinham se retirado, ninguém sobrou pra ajudar-nos. Todos devem esta nas suas salas assistindo as aulas que já tinham começado. Peguei o braço de Nathan e o coloquei ao redor do meu pescoço, Nathalia fez o mesmo que eu. E o levamos até a enfermaria.

– Está vazia, provavelmente a enfermeira foi dá... – e melhor nem prestar atenção no que Nathalia ia falar. O colocamos na maca.

– Eu vou procurar a enfermeira, fica aqui com ele.

– O.K. – respondi a ela.

Ele estava encarando o chão, sua cabeça baixa não notasse que ele estava corado, mas eu sabia ele está.

– Aquilo foi para não fazer você passar vergonha – disse referindo-me ao selinho.

– Eles vão pensar besteira – ele disse sem me olhar – e saiba que eu já dei um beijo.

– Claro que já, mas espero que nada interfira nossa amizade – eu disse me aproximando dele e pegando a sua mão – você foi o primeiro que eu conheci na escola, e o primeiro que me tratou bem. Então lhe devia uma, e também não poderia o deixar bater em você, enquanto os outros assistiam.

Ele olhou pra mim e sorriu, retribuir o sorriso. A enfermeira chegou junto com uma Nathalia nervosa, ela olhou para nossas mãos juntas e arqueou a sobrancelha esquerda. Olhei para sobrancelha arqueada dela, e que inveja, eu nunca conseguia fazer isso.

– Nossa! Que estrago – disse a enfermeira, analisando o rosto do Nathan.

– Nada que você não consiga resolver Mary. – brincou Nathan.

Cheguei perto de Nathalia, que olhava a enfermeira Mary limpar o sangue do rosto do irmão.

– Há uma coisa que eu não entendo. Victor se intrometeu em uma briga do Fred, e isso é algo que ele não faz – ela disse pra mim.

Dei de ombros. Também não sei por que Victor fez aquilo, depois de dizer que aquela era uma briga de Fred não dele e também por eu o ter chamado de idiota e frouxo, eu pensei que ele nunca me ajudaria, mas pelo visto eu estava enganada.

Passamos duas aulas dentro da enfermaria, o rosto de Nathan já era visível, pois a enfermeira tinha limpado totalmente o sangue. Podia-se ver no rosto dele hematomas roxos perto da boca e da bochecha, além do enorme do circulo arroxeado que circundava seu olho direito. Seu lábio tinha partido e um curativo foi colocado na lateral da testa. Fred tinha feito um estrago no rosto dele.

– Garotas, acho melhor vocês irem para suas aulas – a enfermeira Mary disse – esse rapaz aqui vai ficar o restante das aulas de repouso.

Assentimos e saímos da enfermaria, eu e Nathalia tínhamos aula de sociologia agora e se tivéssemos um pouco de azar chegaríamos a tempo da professora não nós expulsar. Estava rezando por isso.

Mais para minha grande sorte a professora ainda não estava na sala quando entramos. Meus olhos caíram para a figura sombria sentada ao lado da janela e como se estivesse sabendo que eu estava o olhando, virou-se pra mim e me encarou. Continuei o encarando, mas me dei conta de que ainda estava em pé na entrada da sala.

Sentei na penúltima carteira da fila do meio. Quando sentei o sinal tocou e a professora entrou.

– Bom dia, alunos – falou a sorridente professora Diana. Professora Diana é uma mulher bonita, pelo menos eu acho que tem uma mulher bonita por debaixo das roupas de vovó e dos óculos fundo de garrafa, seus cabelos dourados sempre ficavam presos por uma liga na altura da nuca. Suas roupas definem-se em saias longas, blusas feias e sapatos horrorosos. Mas eu podia ver por debaixo dos enormes óculos, a mulher de lindos olhos azuis.

– Hoje na nossa aula de Sociologia, resolvi fazer um trabalho de duplas – Professora Diana também dava aula de Inglês e Física, ela é conhecida por suas aulas muito legais. E assim que ela falou isso o burburinho começou – Mas eu que vou escolher o par.

E assim os alunos soltaram um “Ah” de desgosto e ela riu.

– Nós vamos falar sobre a sociedade na escola ou assim por dizer a hierarquia entre vocês – continuou ela colocando os materiais que ela trouxe sobre a mesa e virando-se pra nós – desde meu tempo de adolescente, há separação entre os populares e os nãos populares. E eu que era um não popular, sempre tive vontade de saber como se fazia para tornar-se um popular e então no nosso trabalho vamos juntar pares de hierarquias diferentes para descobrirem como se faz para se tornar um popular e como o não popular age para não se tornar um popular entenderão? Isso não é um máximo.

Se a professora esperou aplausos, ela estava enganada. Tipo, eu sou nova na escola, mas já deu pra notar que essas duas hierarquias não se misturam.

– Eu particularmente da minha turma sei quem são os populares, então vou dividir o nome entre as hierarquias e vou sortear um de cada grupo social. O.K.?

Ela passou os vinte minutos seguidos escrevendo em um papelzinho e o colocando em duas partes diferentes da mesa.

– Tudo bem, já vai começar o sorteio.

Quando ela disse isso varias garotas olharam – nada – discretamente, para carteira onde Victor estava sentado. Provavelmente elas estavam cruzando os dedos na esperança da dupla ser ele. “Boa sorte” quis dizer para Nathalia que também estava olhando pra lá, mas resolvi ficar com a boca fechada.

– Primeira dupla – começou a professora – Nathalia e... Daria.

Os ombros de Nathalia murcharam. E assim a professora passou a primeira aula sorteando os nomes. Restavam somente Angelina, Simon eu e Victor sem pares, e eu estava com dedos cruzados para meu nome sair junto com Angelina, uma líder de torcida.

– Angelina e – a professora começou a dizer – Simon.

Meus ombros murcharam e algumas garotas bufaram. Por que isso tinha que acontecer comigo, primeiro: eu chamei o garoto de idiota bonzão, segundo: ele provavelmente ficou com raiva por se meter em uma briga de Fred, que eu pedir para ele intervir e terceiro: Ele é bonito, e eu não sou boa em conversar com bonitos que são idiotas.

– Então fica Galadriel e Victor – não posso crer, a professora chamou-me pelo nome não pelo apelido – arrastem suas carteiras e formulem perguntas, que envolva a hierarquia um do outro e me façam um texto com tema.

Ela virou-se para o quadro e começou a escrever:

Texto sobre os Populares

Titulo: Como se tornar um popular.

Dupla:

Hierarquia na escola:

Texto sobre os não populares

Titulo: Como não se tornar um popular

Dupla:

Hierarquia na escola:

Olhei pra Victor, que me fitava com as sobrancelhas levantadas e um olhar que dizia “arrasta logo tua carteira pra cá”, comoassim, ele quer que eu arraste a minha cadeira para perto da dele. Cruzei meus braços na frente do peito e fechei a cara, eu que não ia gastar minhas forças arrastando carteiras. Ele revirou os olhos e veio sentar-se perto de mim.

– Olá – ele disse.

– E aí – eu respondi.

Peguei meu caderno e abrir em abrir em uma folha em branco, escrevi na folha:

Como se tornar um popular

Olhei de esguelha para ele e reparei o quanto ele é bonito. Em tudo, desde seu nariz pequeno e fino até seus lábios cheios e rosados. Suas maçãs do rosto não eram coradas e a curva do seu pescoço era delicada. Seus cabelos castanhos tinham a aparência sedosa. É... Eu acho que esse é um dos motivos.

Como se tornar um popular

• Ser bonito;

– Então, como você fez pra se tornar um popular? – perguntei quebrando o silêncio.

E como se estivesse lido o que eu escrevi ele falou:

– Ser bonito.

Revirei os olhos. Ele estava como um meio sorriso nos lábios quando falou isso.

Como se tornar um popular

• Ser bonito;

• Ser idiota;

Mas com certeza, é nunca chamar para alguém de idiota bonzão. – ele continuou a falar.

E pelo visto esse trabalho não vai terminar por aqui...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Estou tipo, muito feliz com os rewies de vocês e para me deixar mais feliz ainda cometem esse cap. O.K:D