Apaixonada por um vampiro escrita por Ana Anjost


Capítulo 3
Victor, covarde, selinho.


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu agradencendo os favoritos:D



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Tinham se passado três dias desde que eu cheguei à cidade, ganhei uma nova rotina e amigos que se mostraram determinados a colocar a matéria sobre anabolizantes na primeira página no jornal da escola. Mamãe estava muito feliz com seu novo trabalho e eu estou tentando me adaptar.

Hoje é quinta-feira e eu estou com Nathan e Nathalia parados no estacionamento conversando enquanto esperamos o sinal bater.

– Hoje mesmo vai sair à matéria sobre os alunos que estão consumindo anabolizante – começou Nathalia – conseguimos provas, testemunhas e fotos que comprovam que os jogadores do time estão comprando essas drogas. Quero ver a cara da Diretora, ela vai ficar tipo, arrasada.

– E agora não vai ficar mais falando que o filho nunca seria capaz de fazer uma coisa dessas. – disse Nathan.

Eles passaram os minutos seguintes falando sobre a matéria e segundo Nathan a possível surra que ele levaria do Fred – o garoto alto que bateu nele.

Nesses três dias eu conheci muito desses dois, como por exemplo, eles eram filhos do delegado da cidade, que estava maioria das vezes na delegacia, pois os assassinatos não paravam. A mãe deles era veterinária, que dedicava o tempo para os filhos e os animais. Nathalia tinha um grande sonho de sair de IceCube e ir para uma cidade maior estudar jornalismo, ela namorava Josh, um carinha legal e que fazia parte do jornal. Nathan era com quem eu falava mais, pois ele é muito calado e tímido, então sobrava pra eu puxar assunto. Ele nunca falou sobre nenhuma garota e quando eu falava sobre isso ele olhava pra mim e corava.

– Fred com certeza vai me bater.

– Deixa de frescura maninho, ele provavelmente só lhe dará um soco – Nathalia tentou encorajar o irmão.

– Não se preocupe Nathan, ele não vai te machucar e alguém vai te ajudar se for preciso – disse eu.

Eles riram como se eu tivesse dito algo engraçado.

– Você não conheceu os alunos da escola novata, ninguém se meteria em uma briga que Fred ou os amigos populares dele se metem. – Nathalia falou.

– E o pessoal da escola, como os professores, supervisores... – eu ia falar a Diretora, mas aí eu me lembrei de que Fred é filho dela.

– Eles não interrompem as brigas em que o Fred está ganhando. Fred não obedece ninguém, somente a Victor. – dessa vez quem falou foi Nathan.

– Então qual é a desse Victor? Ele é filho de algum milionário mafioso que pode mandar matar quem ele quisesse? – questionei. Em todos esses três dias ouvir falar que todos tem medo do filho da Diretora e o filho da diretora tinha medo somente de Victor.

– Ninguém sabe. Victor não fala com ninguém além dos populares. Que eu saiba, ele mora em uma mansão assustadora e o pai dele vive enfurnado dentro do porão. – explicou-me Nathan.

– Isso sem falar na incrível beleza dele. Tipo ele o maior gato. – eu e o Nathan reviramos os olhos para o que Nathalia acabou de falar.

Não podia se negar que Victor é muito bonito. Mas tem algo estranho nele, talvez sejam seus olhos avermelhados ou a sensação de poder que existe em volta dele. Mas, algo certo sobre Victor é que, ele faz sucesso com as garotas.

– Só falar na assombração. – dá pra saber quem falou.

O conversível vermelho estava estacionando em uma vaga, quando parou a porta abriu e de lá saiu Daria, com sua calça mui apertada e uma blusa de mangas comprida - que eu possa não saber nada sobre o assunto – estava na moda. Ela é tipo aquelas que fazem toda garota se sentir feia ou no meu caso masculino. Olhei pra minhas roupas que constatei ser horrorosas, eu sou o tipo que usa calça confortável, vulgo frouxa, e camisetas de banda que me fazem ficar mais baixa do que sou.

– Ela faz eu me sentir feia – ouvir Nathalia dizer. E eu assenti.

Mas o que chamou mais a minha atenção foi o próximo a sair do carro, dá pra saber que é não é? Ele estava de preto, pelo que notei, só andava de preto. Calça preta, camisa preta, casaco preto, sapatos pretos e toda essa roupa gótica o deixavam mais bonito, combinando perfeitamente com sua pele pálida.

Ele rodeou o carro e ficou ao lado da namorada, ela pegou na mão dele enquanto eles adentravam o colégio. Foi só o casal sair, que as meninas soltaram suspiros, menos eu claro. Isso foi interessante, pois foi como se todos estivessem parado de fazer o que tivessem fazendo só para olhar pra eles, como se estivessem hipnotizados pela beleza imensurável.

– E aí passou o casal imiscível – brincou Nathan.

O sinal bateu e entramos. O primeiro período foi normal, sem nenhuma complicação, com aulas chatas e professores chatos. A campa do intervalo bateu, avisando que podíamos descansar nossos cérebros e matar nossa fome.

Passei pelo corredor que antecedi o refeitório e vi o jornal preso no mural, e a primeira pagina lia-se:

Alunos do colégio IceCube High School estão comprando anabolizantes e os principais consumidores da droga são os jogadores do time.

Acima tinha uma foto do Tony, um jogador. Ele aparece com uma sacola e dando dinheiro para um cara que está com chapéu.

Quando eu ia pegar o jornal para ler a noticia, escutei gritos vindos da cantina. Era algo haver com ”briga” ou “quebra ele Fred”. O único pensamento que me veio à mente foi Nathaniel.

Corri em direção aos gritos e chegando lá vejo a maior zona. Tinha comida no chão, alguns adolescentes em cima da mesa tentando ver a briga que estava fora do meu campo de visão, graças ao amontoado de garotas e garotos rodeando os que estavam no centro do circulo que se formou.

Aproximei-me de uma arvore que tinha dentro da cantina – pode acreditar, uma arvore dentro de lugar fechado. Na tentativa de pular pra ver o que estava acontecendo não vi nada, me desesperei ainda mais quando ouvir um baque, como se estivessem chutando algo ou alguém.

– POR FAVOR, NÃO FAÇA ISSO!

Escutei o grito de Nathalia, então era ele o Nathan. Aquele filho-da-Diretora do Fred vai se vir comigo, dei alguns passos pra trás na tentativa de pegar impulso e correr em meio à multidão de corpos. Meu único pensamento é ajudar o Nathaniel, que provavelmente está apanhando feio, nem que para isso eu tenha que me jogar no Fred e pegar um soco dele. Estava dando passos pra frente quando ouço uma voz que me faz dá u pulo pra trás.

– Não acho uma boa ideia você fazer isso. – a voz era baixa e rouca.

Virei-me e vi Victor em pé em cima do pequeno muro que rodeava a arvore.

– O que não uma boa ideia é deixa-lo lá apanhando.

– Ele se meteu com quem não devia. Fred está brabo.

– Fred que se dane, o que não pode acontecer é deixar o Nathan apanhar por pôr no jornal algo que é verdade – eu não sabia o que fazer, então resolvi apelar – Todos têm medo do Fred, pelo que eu sei, mas ele tem medo de você e com certeza se você falasse com ele e pedisse pra que ele parasse, ele pararia. Não é você o idiota bonzão da escola?

Ele deu de ombros.

– Essa não é uma briga minha.

– Então deixa pra lá, isso não é coisa para gente frouxa.

Antes de me meter entre as pessoas, escutei a risada baixa de Victor. Espera aí, ele estava rindo por que eu o chamei de frouxo. Avistei no centro do circulo de pessoas, um adolescente caído no chão com a mão pressionando o estomago. Fred estava pronto para acertar um chute no rosto do Nathan, mas antes eu cheguei e gritei:

– PARA SEU IMBECIL!

E ele parou, olhou pra mim e bufou.

– Você de novo, meu problema não é com você. É com esse molengão aqui.

Olhei para a figura jogada no chão, ele estava com a camisa toda amarrotada e o rosto cheio de sangue e manchas rochas. Seu lábio estava partido e um filete de sangue saia de seu nariz. Olhei pra Nathalia que estava sendo segurada por dois ruivos idênticos, enquanto ela tentava sair do aperto deles e ir ajudar seu irmão.

– Você é um covarde Fred. Você e todos vocês que estão simplesmente assistindo ele acabar com o Nathan – disse eu pra todos os que estavam assistindo a cena violenta.

– Agora vem à defensora dos boiolas da escola – ele disse com sarcasmo.

– Quem eu nuca vi com garotas aqui foi você, ele é muito mais homem do que maioria do time de idiotas aí.

Escutei risadas vindas da multidão de adolescentes. E a expressão que o rosto de Fred adquiriu não foi uma das melhores.

– Agora você me paga garota.

Ele avançou pra cima de mim. Fiquei parada e com pose de quem nunca pode ser ferida, mas só era pose, eu não podia revidar ele era muito maior que eu e eu também nunca correria com uma gazela fugindo do caçador. Eu tenho muito orgulho para isso.

Mas antes que eu pudesse sentir a mão dele sobre mim, uma sombra rápida e elegante parou bem na minha frente, fazendo Fred parar seu movimento violenta.

– Já chega – a voz de Victor soou entediada.

– Não se meta nas minhas brigas Victor.

– Não seja covarde Fred. Ela é uma garota.

Enquanto eles discutiam aproximei-me de Nathan, que estava encolhido no chão com a mão tampado o sangramento no nariz.

– Você está bem – perguntei me ajoelhando em frente a ele.

– É eu estou. Mas uma vez você me salvou, obrigado.

– Olhe só pra ela, ajoelhada perto do garoto que nunca deu um beijo. – Fred disse rindo.

– Claro que ele deu um beijo.

Bom, eu não sabia, mas não podia deixa-lo ferir a masculinidade do meu amigo.

– É então como você sabe?

– Se ele nunca tivesse dado um beijo eu não faria isso.

Peguei seu rosto machucado entre as mãos e unir nossos lábios em um singelo selinho...


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Notas finais do capítulo

rewies/