Apaixonada por um vampiro escrita por Ana Anjost


Capítulo 2
Os que mandão na escola


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer as leitora lindas que comentaram o capítulo anterior...



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O intervalo já estava quase acabando, Nathalia me falou mais um bocado sobre ela e o irmão, coisas como que eles nasceram no mesmo dia só que placentas separadas e que isso prova que eles não são gêmeos e coisa e tal. Ela também me explicou como funciona a coisa no colégio, tipo, como toda escola normal essa é dividida entre os nerds.

– Os caras inteligentes que usam óculos – ela indicou a mesa com um grupo de garotos estranhos, com roupas estranhas. – Os deslocados, eles são extremamente fora dos padrões, se metem em cada briga. – e agora apontou para mesa perto da porta, onde havia três casais, que tinham muitas argolas no rosto – E no topo da pirâmide, os populares, que consistem nos jogadores do time, as lideres de torcida e os mais bonitos. – lançando um olhar para a mesa onde havia garotos grandões, meninas com saia curtas – que eu não sei como estavam aguentando nesse frio – e uma garota loiras que estava de costa e só dava de ver seu cabelo loiro-platinado.

– E o que são vocês? – perguntei.

– Nós e o restante dos alunos somos os comuns. – ela respondeu dando de ombros.

– E por que o Nathaniel estava, sabe lá no corredor.

– Nós conseguimos informações que alguns caras do time estavam tomando anabolizantes para ficar em forma. Algum fofoqueiro deve ter contado para eles e os caras vieram ameaçar o Nathan, exigindo que nós não publiquemos no jornal essa noticia.

– E por que vocês não falam, sei lá, para a diretora?

– Nós já tentamos, mas é difícil pra gente quando a diretora é mãe do responsável pelas drogas. – dessa vez quem disse foi o Nathan.

Antes que o sinal batesse vi que vendiam chocolate quente na cantina, fui lá e comprei um, pra ver se amenizava o frio que eu estava sentindo.

– Qual vai ser sua próxima aula? – perguntou Nathalia enquanto andávamos pelo corredor.

– Matemática, argh.

– Que legal, a minha também é matemática.

Enquanto andávamos pelo corredor, Nathaniel já tinha ido para sala dele e sua irmã estava me falando sobre como são desinteressantes as aulas do professor Gregory. Eu estava prestando atenção no que ela falava e não notei que uma garota vinha dobrando o corredor e trombou de frente comigo, resultando no chocolate quente que eu levava voou na blusa branca que ela usava, sujando tudo até mesmo a seu rosto.

Ela olhou pra mim de boca aberta e eu estava atônita pela minha lerdice.

– Eu sinto muito, me desculpa mesmo. Eu não queria, eu não vi... – comecei a me desculpar e vi que era aquela garota loiro-platinada que estava sentada na mesa dos populares. Assustei-me quando olhei para ela e vi que estava sorrindo. Ela estava com uma camiseta sem manga que era branca e uma calça jeans muito apertada, seus cachos loiros estavam soltos emoldurando seu rosto angelical.

– Não se preocupe bobinha, eu já ia trocar essa camiseta mesmo. Mas presta atenção dá próxima vez o.k.

E ela saiu rebolando pelo corredor. Eu estava tipo, super-confusa, eu já conheci tipos como o dela garota bonita, burra e ignorante. Mas ela foi legal, não disse nenhum tipo de apelido grosseiro e nem nada.

– Não se deixe enganar Driel, ela é só boa no começo. O nome dela Daria Foxy, ela é popular por ser a mais bonita e também por namorar – ela soltou um suspiro – Victor. Victor Bloody.

– Que sobrenome sinistro. Me diz aí, quem é o cara?

Foi só fazer essa pergunta que um amontoado de garotas soltou um suspiro e ficaram paradas olhando um garoto que estava vindo do começo do corredor.

– Esse é Victor Bloody – ela disse suspirando.

Só pra deixar aquela cena mais patética, faltavam apenas as luzes apagadas e apenas a iluminação voltada a ele. O rapaz que estava sendo o centro das atenções era alto, exemplo de beleza, seus cabelos eram castanhos penteados de uma forma desorganizada e charmosa, sua pele era tão branca que poderia confundir-se com neve. Mas o mais interessante eram seus olhos, eram de um castanho-avermelhado, mais vermelho na verdade. Palavras que o resumem...

– Muito gato – como se tivesse lido meus pensamentos Nathalia respondeu assim que ele passou por nós.

– É melhor nós irmos, senão vamos chegar atrasada a aula.

Puxei-a em direção a nossa sala. E fiquei pensando em como eram estranhos seus olhos. Quase vermelhos.

A aula passou com passos de tartaruga, professor Gregory dava aulas mais torturantes que eu já assistir, sua explicação era totalmente sem noção, perdi as vezes que tive vontade de me jogar pela janela. Mas ate que enfim o sinal tocou avisando o final das aulas.

Nathalia e eu saímos quase correndo da sala, no corredor encontramos Nathan com se emaranhado de livros na mão.

– Maninho você precisava ver a cara da Driel quando ela viu o Víctor. – disse Nathalia.

– Não sei o que vocês garotas veem nele.

– Além da beleza. – rebateu a irmã.

– Isso sem falar de como ele é assustador. E ele também exerce algum tipo de “poder” sobre os caras do time. Eles fazem tudo que Victor quer, se ele pedisse para eles pularem da ponte os caras pulariam. – falou Nathaniel.

– Isso é estranho mesmo.

– Com certeza, ele é tipo o bonzão do colégio. Tem o que quer e manda em quem quer. Um idiota. – disse Nathan novamente.

Saindo da escola o vento frio atingiu minha pele em cheio, causando estremecimento e fazendo meus pelos se arrepiarem. Vi um carro vermelho saindo do estacionamento e parando assim que viu a Daria, que estava com outra blusa, ela entrou no carro e eles saíram cantando pneu.

E deu de perceber quais os tipos de pessoas que dominam a escola. São os que têm carro conversível e mães que são diretora.

Estava Nathan, eu e Nathalia indo em direção ao ponto de ônibus, quando um panfleto me chamou atenção. Falava sobre o desaparecimento de mais um garoto na cidade e que foi visto na ultima vez sendo perseguido por uma pessoa, nada detalhado. Mas esse era mais um dos casos da pequena e nem tão pacata IceCube.


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