Apaixonada por um vampiro escrita por Ana Anjost


Capítulo 1
Mudanças, problemas, amigos




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Então mais uma vez e sem motivo nenhum, mamãe resolve se mudar. Levando a trouxa de sua filha de dezessete anos para uma cidade mais fria e sinistra do que os filmes de terror que eu assistia sozinha no porão da minha antiga casa.

Só pra se ter uma noção, quando cheguei à cidade, em uma placa enorme estava escrito:

Por constantes assassinatos ocorridos em IceCube, está definitivamente proibido está fora de sua residência a partir da 23:00hras. Para sua segurança cumpra essa regra.

Atenciosamente,

Prefeita Hayley.

Isso sem contar o nome que cai perfeitamente nos padrões da cidade, aqui definitivamente é IceCube.

- Por que eu tive que vim? Alias, por que a senhora se mudou de novo? – indaguei enquanto entravamos na nossa nova casa. Só nesses últimos quatro anos nós nos mudamos pelo menos uma sete vezes.

- Você tem que entender querida, eu encontrei melhores condições de trabalho aqui, além do mais você vai se adaptar rápido. A cidade é pequena e amanhã é o seu primeiro dia de aula, então você encontrará novos amigos facilmente – ela respondeu, colocando mais uma caixa da mudança no chão.

Pra ela é fácil falar quando não é uma garota extremamente deslocada e que não sabe falar de outra coisa a não ser filme, livros e seriados. Foi uma lutar conseguir um amigo na minha antiga escola e foi mais difícil ainda me despedir.

Dei uma olhada na casa, ela até que era espaçosa. Estilo essas casas americanas, com dois andares e feitas de madeira.

- Posso escolher meu quarto?

- Claro Driel, é lá em cima.

Subi as escadas e me deparei com um corredor com três portas. Abri a primeira e vi que era um banheiro pequeno, mas limpo. A segunda era um quarto grande, espaçoso e com janelas no teto, preferir deixar pra mamãe. E finalmente entrei no quarto perfeito para os meus padrões de garota desorganizada.

Não era um espaço grande como o outro quarto, mas era confortável o suficiente para mim. Tinha uma cama de solteiro com lenços brancos empoleirados, as paredes de um azul feio- que eu não irei trocar. Uma cômoda com quatro gavetas e um criado mudo ao lado da cama. Também tinha uma janela de vidro, que dava vista a imensa mata fechada do nosso quintal. Podia ver a escuridão lá de fora, devia ser umas nove horas. A viagem foi longa e eu estava cansada, tirei os lenços da cama e peguei o meu azul bordadas com varia estrelas douradas. Esse foi o ultimo presente que meu pai me deu antes de... E adormeci.

¨¨

Desgraçado. Despertador filho da mãe, hoje tinha aula e tinha que me preparar pra conhecer meus novos colegas. Após fazer minha higiene matinal, desci para tomar meu café. Mamãe estava preparando bacons e o cheiro e era divino.

- Bom dia querida!

- Bom dia mãe! – respondi sorridente.

- Preparada pra o dia de aula?

- Não, mas fazer o que não é/ - coloquei uma maçã na boca e peguei minha mochila e o casaco – Tchau mãe.

Sai de casa e fui para o ponto de ônibus, que como eu estava atrasada quase o perdi, mas conseguir chegar a tempo.

A escola não era grande coisa, se resume em pequena e nebulosa. Abri as portas da frente e me deparei com o longo corredor, cheio de alunos, que diferentes de mim não estavam perdidos. Entrei me mostrando o mais normal possível, recebendo olhares como “quem é a estranha?”. Tentei encontrar a secretária, porém somente conseguir esbarra em muitas pessoas que me chamaram de coisa tipo, destrambelhada, pateta, idiota e vários outros.

Porém uma cena me chamou atenção, um grupo de garotos com casacos iguais estava cercando um menino, o garoto podia estar com a cabeça baixa, mas era notável um filete de sangue saindo pelo seu nariz. Fui em direção a eles e cheguei na hora em que o mais alto do grupo derrubou os livros do menino sangrando.

- Vai seu gay, ajunte seus preciosos livros. – disse o mesmo que derrubou os livros, fazendo os outros patetas rirem.

- Pelo o que eu vi você que derrubou os livros dele. Então os ajunte você – eu disse.

- Ora, ora, temos uma garota nervosinha aqui. Vá embora Boneca, meu assunto é com esse boiola aqui.

- Tem medo de uma garota e prefere, mas prefere machucar um garoto indefeso. – provoquei o que fez seus amigos suprimirem uma risada.

- Você vai se arrepender garota. E o que é de você esta, guardado – agora a ameaça foi para o garoto.

Antes de ele ir embora chutou os livros caídos. O garoto se abaixou pegando seu livro. Agachei-me também para ajuda-lo.

- Obrigado – ele murmurou.

- Não tem de quê, alias seu nariz está sangrando e adoraria saber seu nome – disse da forma mais amigável possível.

- É Nathaniel, mas todo mudo me chama de Nathan – ele levantou o rosto e quando viu que eu o encarava enrubesceu. Que fofo.

Ele é muito bonito, seus cabelos castanhos claríssimos combinavam perfeitamente com seus grandes olhos azuis, dando-lhe um ar angelical.

- Meu nome é feio, mas pode me chamar de Driel. – disse levantando-me e entregando os cinco livros que eu ajuntei e vi que ele segurava mais cinco. Quem em sã consciência andava com dez livros em um corredor com adolescentes apressados.

- Eu posso, sei lá, fazer alguma coisa por você?

- Claro, que tal me dizer onde fica a secretária. Sou aluna nova e não sei onde fica essa sala.

Ele riu, seu sorriso era muito fofo, e apesar do sangue escorrendo nada tirava seu jeito tímido e altamente bonito.

Depois de ele ter me indicado à secretaria, passei por lá e me entregaram os meus horários de aula, e obviamente estava atrasada.

As aulas passaram rápido, quando vi já era o intervalo. Caminhei em direção à cantina e o ambiente estava uma zona, barulho de adolescentes falando ao mesmo tempo, pessoas andando pra lá e pra cá. Avistei o grupo dos garotos que bateram no Nathan, creio que eles eram do time, ou alago assim.

Comprei meu lanche e varri com meus olhos o local em busca de uma mesa vazia. Nada. Ao longe vi uma cabelereira quase loira e um monte de livros em cima da mesa, Nathan.

Fui em direção a ele e quando Nathan olhou pra mim, eu sorrir e disse:

- Posso me sentar com você?

Ele corou novamente e aquiesceu.

- então, achou a secretária?

Quando eu ia responder uma garota de óculos apareceu e se sentou do lado do Nathan.

- Foram aqueles idiotas novamente? – ela perguntou pegando o queixo do garoto e inclinando a cabeça dele para trás, como se estivesse examinando o interior do nariz dele.

- Eu estou bem juro. Ela me ajudou – ele falou.

Virando pra mim, enfim ela notou minha presença. Ela tinha ao mesma cor de cabelo do Nathan e os olhos eram igualmente azuis celestes, mesmo por trás dos seus imensos óculos, notava-se que ela era uma garota muito bonita.

- Você salvou a vida do meu irmão, muito obrigada – disse ela dramaticamente, ganhando um revirar de olhos do irmão.

- Que isso, não se preocupe, eu sou...

- Galadriel Evans, garota nova na cidade, se mudou ontem não foi.

- É sim, mas me chame de Driel, sabe, eu nome é, sei lá, feio.

- Prazer, meu nome é Nathalia, mas pode me chamar de Nathalia. Eu e meu irmão trabalhamos no jornal e sofremos constantemente ameaças...

E ela começou um relato sobre com ser um repórter é algo muito perigoso, como seu irmão foi muitas vezes agredido e ela sofredora de bulling, mas nada que eles fizessem destruiria seu sonho de ser uma grande jornalista.

E eu nem prestando atenção direito à tagarelice dela, cheguei à conclusão de que encontrei novos... Amigos.


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Notas finais do capítulo

rewies?