R.C. And A.V. Classic Love escrita por The Doppelganger


Capítulo 40
Capítulo 39: Pretexto


Notas iniciais do capítulo

Oláa Vampirelas Perfeitas! Cá estou mais uma vez, mas agora com o PENÚLTIMO capitulo de Classic Love :))
Um breve e sincero obrigada a todas, e dois 'obg' especiais á Annynha e á Morri Na Cornucópia por favoritarem.
Espero que gostem dessa reta final da primeira temporada ;D



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POV. James

Já deveria fazer duas horas que Demetria e eu estávamos na sala dos tronos. Tentávamos fazer o procurado dizer alguma informação útil, mas ele insistia em mostrar apenas á Aro, que por ironia, estava ausente no momento. Apenas os dois outros mestres estavam ali. Eles nos observavam, e até a pouco, Caius achava a tortura divertida, mas agora parecia entediado.

– Diga-nos! – exigia Demetria, ajoelhando-se ao lado do vampiro caído no chão – Quem os matou? Por que está protegendo o assassino? – perguntou ela, pela milésima vez, tendo a mesma resposta que teve nas outras novecentas e noventa e nove vezes em que perguntou.

O chinês caído no chão simplesmente a encarou apertando os lábios, resistindo ao dom da persuasão. Demi suspirou, depois olhou pra mim, que estava em pé do outro lado do “prisioneiro”.

Seu olhar era cansado. Talvez suplicante. Eu a retribui brevemente com os mesmos sentimentos em meus olhos. Nós dois não gostávamos de fazer aquilo, mas a vampira tinha sorte, pois ela só fazia as perguntas. Minha tarefa era torturar.

Rapidamente, fechei uma das minhas mãos em um punho e dei um soco no abdômen do vampiro, fazendo com que a parte que soquei se separasse do corpo, em forma de vários caquinhos de vidro. Ele urrou de dor.

– Você já foi mais criativo, James. – disse-me Caius, de seu trono, parecendo insatisfeito com o golpe. Não lhe dei ouvidos, mesmo que fosse uma ousadia.

Poucos segundos depois da observação do mestre, Demetria voltou a falar com o vampiro, agora de forma impaciente:

– Diga-nos o nome! – disse ela, quase que rudemente.

O silencio da parte do prisioneiro tomou a sala novamente.

Entendendo a resposta, Demi se levantou lentamente, com ar de vencida. Ela me olhou da mesma forma que antes, assentindo milimetricamente.

Assenti de volta, olhando para o chinês em seguida. Ele olhou-me de volta, mas parecendo estar dolorido antecipadamente. Desviei o olhar, contornando o corpo no chão até chegar perto da cabeça.

Sem dar tempo para que os outros olhos acompanhassem meus movimentos, pisei na garganta no vampiro, quebrando-a lentamente. Antes que eu pudesse decapitá-lo, o som das portas duplas se abrindo percorreu toda a sala, junto com o cheiro do ultimo mestre.

Parei o que estava fazendo imediatamente, sem me preocupar com a “regeneração” do vampiro, já que Demetria o havia convencido á não sair do lugar.

– Mestre. – saudei, educadamente, assim que Aro se sentou em seu trono.

– Aro. – saudou Demi, um pouco depois de mim.

– James. Demetria. – retribuiu, com um sorriso mínimo em seu rosto – Algo de interessante? – perguntou ele, fazendo com que eu e minha amiga olhássemos para o chão, um tanto decepcionados.

– Nada. – respondeu a vampira, que agora se encontrava ao meu lado – Ele insiste em falar apenas com você.

Mostrar apenas a você. – corrigi.

– Oh sim... – concordou Aro, cordialmente. Em um piscar de olhos, ele já se encontrava á nossa frente – Então devo permitir que ele me mostre.

Demetria virou-se suavemente, colocando-se de frente pra mim, mas olhando para o prisioneiro, ainda deitado.

– Levante-se. – exigiu ela, mas sem usar seu dom.

Ele obedeceu mesmo assim.

Assim que se encontro de pé, o vampiro deu dois passos a frente, ficando á um do mestre. A vampira e eu demos espaço para que Aro ficasse frente á frente com o chinês, nos dirigindo para trás do Volturi.

Observamos o rapaz estender á mão lentamente, sendo pega pelas duas impacientes do mestre.

Alguns segundos depois, o som das portas se abrindo ecoou novamente por todo o salão, fazendo com que todos no meu campo de visão parassem para olhar.

Jane entrou primeiro, sendo seguida pelo irmão e por Demetri. Involuntariamente, meus olhos procuraram por Renesmee. Mas ela não estava lá. Alec pareceu ter ficado desconfiado do rumo que meus olhos tomaram, pois me lançou um olhar mortal, quase como uma ameaça. Fiz o que sempre fazia nessa situação: retribui com um olhar educado.

POV. Demetria

Eu observava preocupadamente meu irmão entrar na sala dos tronos, procurando qualquer arranhão ou “machucado” em sua pele pálida de granito. Como sempre, não encontrei. Ele me observava da mesma forma, parecendo ter mais sorte do que eu em sua busca por imperfeições em minha pele, fazendo-me lembrar do quão usar meu dom havia sido desgastante (e inútil). Meu rosto deveria estar péssimo.

Tentando não preocupá-lo (e escapar das perguntas que ele me fazia com os olhos), desviei meu olhar para a loura sinistra que caminhava á sua frente. Jane guiava seu irmão e o meu até Aro, com expressão neutra. Já Alec, tinha um olhar ameaçador que era lançado um pouco ao meu lado. Á James.

Olhei para o caçador, ele olhava para o vampiro educadamente, como sempre fazia.

James nunca culpou Alec por odiá-lo, na real, ele o entendia. Já havia conversado com ele sobre isso uma vez, há uns novecentos anos atrás, quando eu também o culpava pelo o que fez... Foi naquela conversa que percebi: Nunca fora culpa de meu amigo. James nunca fora o culpado que merecia ser odiado pela eternidade. Ele era totalmente inocente, apesar dele mesmo não acreditar nisso.

– Mestre. – saudaram os três Volturis, parando á poucos metros atrás do chinês.

– Queridos. – retribuiu Aro – Espero que tenham tido sorte...?

– Creio que “sorte” não seja o termo especifico, mestre. – disse-lhe Jane, como se lamentasse por algo. Logo olhou para o Volturi á minha frente como se estivesse pedindo permissão para mostrar-lhe.

Sem hesitar, Aro fez menção para que ela se aproximasse. Assim que a loura começou a andar na direção de seu mestre, o chinês saiu de seu caminho, sendo levado e segurado por Demetri e James até o um dos cantos da sala.

Logo ela chegou ao Volturi, estendendo sua mão delicadamente. Aro a pegou, sem parecer estar animado pra ver. A mente do prisioneiro já devia ter lhe oferecido todas as informações que necessitava, e, no entanto, ainda as viu novamente de bom grado.

– Sim, querida... – disse ele, como se estivesse respondendo alguma pergunta – Sienna está voltando. – continuou, alisando a bochecha de sua preciosa jóia antes de se materializar novamente em seu trono.

Os olhos de todos acompanharam Aro, a maioria de nós suplicava por mais alguma informação, mas ele havia deixado de ser direto nos últimos meses.

– Ela está nos trazendo alguma nova jóia, irmão? – perguntou Caius, sendo o primeiro a quebrar o silencio.

– Infelizmente não... Creio que ela não tenha tido sorte em sua busca por jóias desde que encontrou Demetria. – respondeu-lhe, dando uma risada insana ao final da frase, provavelmente lembrando-se de quando eu convenci a vadiazinha de que ela nunca mais acharia uma jóia sequer em sua miserável existência.

Parece que tenho um ‘ok’ a mais em minha lista de vinganças. – pensei, com um sorriso maldoso. Dimmy riu discretamente ao longe, e Jane tinha um sorriso mais malévolo que o meu em seu rosto aparentemente inocente.

– Então está completamente insana...? – perguntou Caius novamente, tão maldoso quanto Jane.

A estranha risada de Aro preencheu a sala novamente.

– Talvez esteja, irmão. O que me lembra que... – ele parou de repente, olhando seriamente para alem de mim. Olhando para Alec – Creio que Renesmee não gostaria de conhecer Sienna pessoalmente...?

– Acredito que não, mestre. – respondeu Alec, com uma voz educada misturada ao tom inocente.

O mestre sorriu insanamente.

– Então deveríamos mantê-la longe até resolvermos o problema. – começou, pensativo – Talvez fosse melhor tirar a pequena jóia do castelo por alguns dias... – continuou, mas parecendo somente ter pensado alto – Deveria levá-la para sua casa de campo, meu caro. – concluiu, parecendo ter voltado á realidade.

– Como quiser, mestre. – concordou Alec, com voz neutra.

– Esplendido! Leve-a hoje, antes do por do Sol. – ordenou ele, parecendo animado, e não era pra menos, pois finalmente ele tinha um pretexto para deixar os dois sozinhos e acelerar o processo de levar Renesmee para a guarda. Com a ajuda de seu filho querido, é claro.

Alec não respondeu, o que me fez pensar que ele teria assentido antes de começar a andar em passos lentos até a saída.

Em pouco tempo, o som das portas sendo abertas e fechadas ecoou pelo salão.

– O que fazemos com ele, mestre? – perguntou James, referindo-se ao prisioneiro.

– O que sempre fazemos com os traidores, meu caro. – respondeu Aro, com um sorriso elegante, seguidos de um gesto que dispensava alguns vampiros da sala.

Sai de bom grado, esperando meu irmão e meu amigo do lado de fora.


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Notas finais do capítulo

PS: Estou realmente empolgada com a segunda temporada, e queria saber o que vocês esperam pra ela...? Alias: Que nome acham que ela vai ter?
Até sábado, Perfeiçoes :))
Espero ver vocês na próxima temporada, e, só pra saber, posso contar com quem?
Beijinhoos :*