R.C. And A.V. Classic Love escrita por The Doppelganger


Capítulo 39
Capítulo 38: Desconexo


Notas iniciais do capítulo

Oláa Vampirelas *-* Em primeiríssimo lugar: Sei que estou atrasada, e me desculpem por isso, mas sabem como é né.. A Fic está na reta final e eu estou 'correndo' pra acertar os detalhes da 2ª Temporada, que eu ACHO que começa semana que vem. E, bom, eu espero que agrade tanto quanto essa pareceu agradar :))
Em segundo lugar: Obrigada á todos os meus Vamps perfeitos que estão sempre acompanhando a Fic, e sempre comentando... Enfim: Obrigada, seus lindOs ;D
Espero que gostem do que pode ser o ANTEPENÚLTIMO capitulo de Classic Love :))



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Tudo o que eu via era imagens desconexas que se passavam rapidamente. A maioria delas não durava mais de dois segundos antes de ser substituída por outra.

Alec tinha muitas lembranças de seus dias humanos, ele se lembrava mais de sua vida do que qualquer outro vampiro que eu já houvesse visto, e odiava isso. Uma das únicas lembranças que pude desacelerar, era de uma conversa com Aro, pouco tempo depois que fora transformado; ele estava claramente frustrado por ainda se lembrar de sua vida humana. Outra era da primeira vez que usou seu poder, ainda quando humano; uso-o em Jane, quando dom de sua gêmea se manifestou em um lugar publico, atraindo atenção dos mortais.

Outras imagens e lembranças eram de florestas, paisagens e pessoas desconhecidas pra mim.

Eu vira o caçador apenas uma vez em sua mente, em uma das imagens aceleradas e desconexas. Não havia sinal do motivo de seu ódio ali.

Tentei controlar o que via em sua mente, e quando não consegui, me dei conta de que estava impotente e perdida na mente do vampiro. Eu deveria ter esperado por isso, já que sempre acontecia quando entrava em alguma mente que nunca havia entrado. Em geral, eu já teria controle sobre meu dom naquele momento, mas por algum motivo, eu não tinha. A mente de Alexander é intrigante, talvez a mais forte que eu já tenha visto.

Pela primeira vez na vida, eu não conseguia controlar o que via. Os pensamentos vinham até mim sem minha permissão e sem a permissão de Alec... Meu dom simplesmente trazia suas lembranças pra mim, com tal força para acelerá-las, mas sem habilidade para controlá-las.

E antes que eu pudesse começar a me concentrar, perdi suas lembranças de vista, voltando instantaneamente para a realidade.

Passei alguns segundos olhando á minha volta, percebendo que ainda estávamos no carro, mas agora á duas cidades de distancia de Volterra, quase chegando na terceira. O fato fez com que eu me perguntasse por quanto tempo eu estivera na mente de Alec. Logo notei que não fora muito, pois no painel, acima do volante, os ponteiros que indicavam velocidade estavam muito acima do limite maximo, o que também me fez perceber que o vampiro ao meu lado dirigia com as duas mãos e olhava-me pelo canto dos olhos, com expressão desconfiada.

– O que estava procurando? – perguntou-me, arqueando uma sobrancelha, assim que me mostrei estar sóbria.

– Nada de mais. – menti, observando seus olhos vermelhos desviarem para a estrada – Como sabe que eu...? – perguntei, fazendo uma mímica desajeitada com as mãos.

Ele riu levemente.

– Me senti meio... Invadido. – falou, dando um sorriso tímido ao final da frase. – O que viu?

– Não consegui ver algo que entendesse, na verdade... – comecei, fazendo com que minha voz saísse o mais tranquilizadora possível – As imagens estavam desconexas. – conclui, me inclinando para frente, com o rosto virado na direção de Alec, esperando para ver a expressão que havia em seu rosto. Ele parecia neutro. “Parecia” – Tem... Alguma coisa que não quer que eu veja?

Seus olhos vermelhos olharam pra baixo por um segundo, depois voltaram a mirar a estrada.

– Tem muita coisa que não quero que veja, Ness. – ele suspirou, parecendo lembrar-se do passado. – Começando pelas mortes que eu... – o interrompi.

– Eu também já vi pessoas morrerem, Alec. Não me assustaria se visse de novo. - falei, sem demonstrar minha duvida quanto a frase que acabara de dizer.

– Acredito em você. – falou cético, o que me fez revirar os olhos. Ele riu rapidamente – Não me disse o que queria ver.

– Nada d... – ele me interrompeu.

– Não diga que não é nada de mais, Renesmee. – começou, decidido – Se fosse “nada de mais”, você não tentaria ver na minha mente.

Suspirei vencida, sabendo que não conseguiria enganá-lo. Comecei a abrir o jogo de má vontade, prevendo os possíveis joguinhos com palavras que ele faria para me responder.

– Queria saber algo... Algo que você provavelmente não iria me contar. – falei, esperando que ele se contentasse com essa explicação. Ele não o fez, mas gesticulou para que eu continuasse.

Abaixei a cabeça, fingindo que não havia visto seu gesto.

Demoraram breves cinco segundos para que Alec percebesse que eu não continuaria:

– O que eu provavelmente não te contaria? – insistiu calmamente, diminuindo minimamente a velocidade do carro.

Levantei meu rosto lentamente, observando a expressão do vampiro. Ele estava calmo, verdadeiramente calmo, dividindo sua atenção entre a estrada e eu. Seu olhar um tanto curioso dizia que ouvir minhas palavras era sua verdadeira prioridade.

Suspirei mais uma vez e fechei meus olhos, começando a falar:

– Por que não gosta do caçador? – perguntei, abrindo meus olhos em seguida, encarando-o – Alias, por que não gosta que ele... – pausei por pouco tempo, escolhendo as palavras – Fique perto de mim?

Agora sua expressão mudara, mas eu não soube dizer se ela dizia: “Achei que fosse algo pior” ou “Não gostaria que tivesse tocado no assunto”.

– A maioria das namoradas denominaria minha reação de ''ciúmes''. – comentou, sorrindo como se achasse engraçado. Arqueei uma sobrancelha.

– Já pensei nisso. – sorri de volta, meio insatisfeita – Mas me lembrei que você não é possessivo. E eu não sou a “maioria das namoradas”, Alexander. – disse eu, fingindo-me de irritada.

Ele riu, voltando a acelerar o carro. Ri com ele, porem meio irônica, voltando a falar em seguida:

– Mas me diga, por que? – perguntei, demonstrando que não havia caído em seu jogo de palavras.

Alec apertou os lábios, me olhando em seguida. Sorri vitoriosa pra ele, enquanto encostava-me novamente no banco. Os olhos do vampiro acompanharam meus movimentos até que eu me encontrei em uma posição confortável e o encarei novamente, esperando pela resposta.

– Porque ele fala demais. – respondeu-me, serio – Não é nada pessoal.

Pensando no que acabar de ouvir, cruzei meus braços, analisando-o com expressão seria, já que sua segunda resposta não me pareceu sincera.

– Não acredito em você. – disse eu, neutra.

Alec apenas sorriu, mas isso foi antes de virar o carro violentamente, colocando-nos de frente para o caminho do qual viemos.

– Que pena. – falou, olhando-me neutro. Ele abriu sua porta e saiu em seguida.

Fiz o mesmo, correndo em velocidade sobrenatural ao seu lado, enquanto reparava no lugar onde estávamos. Ainda era a estrada, mas essa tinha uma rua mais larga, parecendo não ser movimentada há muito tempo; A mesma era cercada por uma floresta, mas havia um pequeno motel branco de cinco andares do lado esquerdo da rua, que assim como ela, parecia ser abandonado.

Eu seguia Alec em silencio na direção da casa branca, tentando não me importar com os gritos de agonia que vinham de trás da conservada construção, entregando a presença de Jane e possivelmente a de Demetri.

Em pouquíssimo tempo, Alec e eu já havíamos contornado o motel, e entrado no bosque que o cercava. Encontramos os dois outros Volturis á alguns metros atrás da casa, junto da origem dos gritos.

O som agudo e alto era provocado por um vampiro com feição chinesa, esse estava ajoelhado no chão, aos pés de Jane, que olhava-o atentamente, entretendo-se com a dor que causava. Outro vampiro, também de aparência chinesa, era segurado por Demetri, tentando inutilmente fugir.

– Ness. – chamou-me Alec, enquanto andávamos.

Não respondi. Sabia o que deveria fazer.

Olhei naquele instante para o vampiro que ainda estava de pé, causando-lhe algo próximo da dor que Jane causava. Ele caiu lentamente em seguida, enquanto parecia prender o grito em sua garganta. Demetri deixo-o ajoelhado ao lado do outro, também diante de Jane, que agora estava ao lado do irmão, que acabara de chegar. Dimmy e eu nos colocamos atrás dos chineses.

– Mantenha-os assim, Renesmee. – disse-me Jane, com uma voz inocente e ao mesmo tempo sombria.

Assenti minimamente, não deixando tempo para que o vampiro sentisse alivio assim que a loura parou de torturá-lo.

– Quem mandou vocês? – perguntou ela, autoritária.

– Nin... Ninguém. – respondeu um, o mais alto.

– Então está dizendo que mentiu para os Volturi por livre e espontânea vontade? Sabendo que seria caçado e morto assim que descobríssemos? – disse Alec, com uma voz inocente, mas sarcástica e sombria também.

– N... Não – disse o outro, o mais baixinho – Nos mandaram aqui. – continuou, ignorando o olhar reprovador que o amigo lhe mandava.

– Quem? – perguntou a loura, parecendo paciente.

– Si... – começou o baixinho, mas foi interrompido por um grito do amigo.

Jane olhou raivosamente para o mais alto, com os olhos brilhando de impaciência e raiva. Não demorou para que ele caísse aos seus pés, contorcendo-se de dor.

– Acabe com ele, Demetri. – ordenou ela.

Sem hesitar, o louro pegou o mensageiro por uma das pernas, arrastando-o para trás. O ouvi parar há alguns metros atrás de mim, quebrando a perna do vampiro e jogando-a na pequena fogueira que havia ali. Depois os gritos cessaram; o quase silencio fora acompanhado por vários sons de vidro sendo quebrado.

Logo Dimmy voltara ao meu lado, e Jane recomeçara as perguntas:

– Por que lhe mandaram?

– Para di... Dizer ao mestre que es... Esta vindo. – respondeu ele, de boa vontade.

– E por que esse está vindo?

– Porque quer revê-los. – começou ele – Ela tem lhes mandado alguns grupos de humanos como presentes.

– Ela? – perguntou-lhe Jane, arqueando levemente uma de suas sobrancelhas.

– Sie... Sienna. – falou ele, por fim, fazendo os gêmeos á minha frente se entreolharem. Demetri pareceu entender o olhar dos dois, trocando breves olhares com Alec e Jane.

– Muito bem. – começou o moreno, voltando a olhar para o mensageiro. Todos nós seguimos seu olhar.

– Acho que terminamos. – continuou Jane, sorrindo inocentemente para o vampiro ajoelhado aos seus pés – Dimmy. – chamou ela, fazendo com que o rastreador desse um passo á frente e segurasse os cabelos do chinês, puxando-os para cima.

Alec, gentilmente, me tirou do lugar antes que Demetri arrancasse a cabeça do vampiro.


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Notas finais do capítulo

PS: Bem, Vamps, no próximo capitulo, estou pensando em fazer um pequeno POV. com algum personagem diferente. Estou entre Demetria e James. Qual vocês preferem?
:*