Os Mutantes - Hiatus escrita por Karen CS


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Hey, não me matem pela demora, mas é que a volta as aulas me atrapalhou um pouco...



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Quebrar as câmeras foi fácil. Na verdade foi até divertido ver os fios em curto. Uma simples sobrecarga nos fios e pronto.

_Pronto, Beck. Agora me conta, o que a Tori quis dizer com aquilo? – perguntei me sentando na cama.

Beck se sentou ao meu lado e começou a explicar:

_A Tori está planejando... – ele parou de falar quando a porta foi aberta

_De novo, vocês aqui? – perguntei quando vi Draco e Telê – Você dois não tem nada melhor pra fazer não?

_Estamos aqui por ordens da própria Juli. – Draco disse.

Enquanto isso Telê examinava as paredes.

_Procurando alguma coisa? – perguntei

_Vocês quebraram as câmeras. Estão escondendo o que? – Telê perguntou

_Câmeras? – perguntei fingindo surpresa – Eu não sabia que tinha câmeras aqui.

_Não seja cínica, garota. – Telê disse – O que vocês estão escondendo da gente?

_Se a gente estivesse escondendo alguma coisa, vocês acha mesmo que iriamos contar? – ok, eu não sei por que eu disse isso.

_Jade. – Beck me cutucou como se quisesse que eu calasse a boca.

_Sabe garota, falta muito pouco pra gente conseguir permissão com a Juli pra te matar. Eu ainda não sei o motivo, mas ela acha que você pode ser útil pra alguma coisa e não quer que você morra... Ainda. – Draco disse

_Oh. – falei de forma teatral – Eu sou mais importante que vocês! – percebi Beck reprimindo um riso.

Telê revirou os olhos e levantou a mão como se estivesse apertando alguma coisa no ar. Instantaneamente senti algo apertando meu pescoço. Levei as mãos à garganta, mas não havia nada lá. Respirar ficou cada vez mais difícil, até que o ar não entrava mais em meus pulmões. Eu não podia ver, mas tive certeza de que meu rosto já estava roxo. Quando eu pensei que ia desmaiar, vi Telê se virar para Draco se movimentando meio roboticamente. O aperto no meu pescoço cessou e minha respiração voltou ao normal. Draco estava com a mão no pescoço como se quisesse respirar. Seus olhos estavam arregalados, ele tentou falar alguma coisa, mas só saíram sussurros quase inaudíveis.

_Garoto, pare com isso. – Telê disse, tive a impressão de que ele estava escondendo um pouco de medo em sua voz.

Então era o Beck que estava fazendo aquilo. Até me esqueci que ele podia controlar a mente das pessoas.

_Faça ele parar. – Telê falou pra mim

_E por que eu faria? – perguntei desafiadoramente

_Eu pensei que você quisesse ver sua amiguinha ruiva.

_Cat? Como assim?

_Ela está esperando ali do outro lado da porta, mas eu ainda não sei se vou deixar ela entrar. A não ser que ele pare.

_Beck para. – pedi

_Jade é mentira deles. – Beck tentou

_Pare! – falei e no desespero dei um choque nele. Ele soltou um grito. Acho que o choque foi forte demais – Beck... me... desculpa. – tentei, mas ele apenas se afastou de mim – Cadê a Cat? – perguntei a Telê.

_Bem aqui. – ele abriu a porta e lá estava Cat.

_Cat! – corri até ela e a abracei, mas ela não retribuiu – Cat, você está bem? – estranhei essa reação inicial dela

_Sim. – ela respondeu friamente

_Hã... O que aconteceu com você?

_Mas...

Ela bufou, tirou uma injeção do bolso e aplicou no meu braço.

_O que é isso? – perguntei

Ela ficou séria um tempo, depois pareceu levar um susto e saiu correndo.

_Cat! – tentei ir atrás dela, mas Draco segurou meu braço – Me solta! – arrisquei dar um chute nele só que ele foi mais rápido e desviou.

_Perdeu a noção do perigo? – Draco disse intensificando o aperto no meu braço.

_Solta ela. – Beck disse e Draco, num movimento quase robótico, soltou meu braço.

_Esse garoto precisa parar com isso. – Draco resmungou

_Esquece isso. A gente precisa ir atrás da ruivinha agora. – Telê disse

_O que vocês fizeram com ela? – perguntei – A Cat não é daquele jeito!

_Agora é. – Telê respondeu rude – Quem sabe ela até se esquece que você existe e se junta a nós. – ele e Draco saíram aos risos.

Assim que a porta foi fechada desabei em lágrimas. Eu não sou de chorar, mas acho que ficar trancada nesse lugar está mexendo com o meu emocional. E o que foi aquilo com a Cat? Ela sempre é tão cheia de animação e dessa vez... Nem parecia ser ela!

_Jade... – Beck veio até mim. Por um momento quase esqueci que ele também estava aqui.

_Beck... A Cat... O que será que fizeram com ela? – argh, por que eu ainda tinha que estar chorando?

_Eu não sei... Eu não consegui ler os pensamentos dela, parecia que ela não estava pensando em nada.

_É impossível alguém ficar sem pensar.

_Por isso mesmo que isso está estranho. A Cat devia estar sobre o efeito de algum poder ou remédio, sei lá.

_É, deve ser... Me desculpa por ter te dado um choque. – falei meio sem jeito – Eu só...

_Tudo bem. – ele disse – Não tem problema. Você estava preocupada com a Cat.

_Mas mesmo assim, eu não devia ter te dado um choque.

_Esquece isso. – ele disse sorrindo. Como é que ele consegue manter a calma mesmo numa situação com essa?

_O que será que tinha naquela injeção, hein?

_Hum... Não... não sei. – ele gaguejou, mas gaguejou porquê?

_Beck... – comecei – O que você está me escondendo?

Ele deu um suspiro longo e disse:

_Eu acho que aquilo era pra tirar os seus poderes.

_O que? – quase gritei

_Eu não tenho certeza, mas pelos pensamentos do Draco parece que é isso.

_Mas... Não, não pode ser. – comecei a andar de um lado pro outro do quarto – Bom, o jeito é testar. – olhei para Beck

Ele recuou.

_Eu não acho que seja uma boa ideia.

_Não seja covarde. – fui até ele e segurei seu braço, quando tentei dar o choque senti uma pontada muito forte na minha cabeça.

_Ai. – cambaleei pra tras e se Beck não tivesse me segurado eu cairia.

_O que foi? – ele perguntou

_Tá tudo girando. – respondi ao perceber que eu estava enxergando dois Becks.

_Acho melhor você se deitar um pouco. – ele disse e me ajudou a chegar na cama.

_Eu não preciso deitar. – falei enquanto, com muita má vontade, me deitava.

Beck revirou os olhos e sorriu.

_Deita comigo então. – falei e Beck me olhou confuso.

_É você mesmo aí?

_Não seja idiota. – falei

Ele sorriu e se deitou ao meu lado. Não sei o que está acontecendo comigo, mas esses dias aqui me fizeram perceber que o Beck não é tão irritante assim. Quer dizer, ele é um cara muito legal, um ótimo amigo. Amigo. Nunca me vi sendo mais do que amiga do Beck, mas agora... Por que eu to pensando nisso? E o pior, pensando! Ele pode estar lendo meus pensamentos agora e... ah, dane-se.

Me abracei a ele e adormeci com esses pensamentos.

...

Tudo o que eu queria era poder dormir sem sonhar com nada. Infelizmente isso não foi possível. Eu estava numa sala extensa e pouco iluminada, não havia moveis, estava praticamente vazia, exceto por uma pessoa, que estava do outro lado da sala, tentando se levantar. Me aproximei um pouco e logo reconheci quem era.

_Beck?

Ele não respondeu. Ainda lutava para conseguir se levantar. Quando vi seu rosto pude reparar que ele estava todo machucado e suas roupas um pouco ensanguentadas.

_Beck! O que fizeram com você? - tentei correr para chegar mais perto dele, mas parecia cada vez mais distante. Finalmente, quando desisti de correr, tudo escureceu.

Levantei num sobressalto e olhei para os lados.

Beck não estava mais do meu lado.

_Beck? – chamei, olhei na direção de sua cama. Vazia. – Beck, se isso for uma brincadeira não está sendo engraçado. – não obtive resposta - BECK?


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Notas finais do capítulo

O que será que aconteceu com o Beck?
Mandem seus palpites nos reviews. ;)



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