Anteriormente:

Eu já havia terminado a entrevista com Alaric, acho que fui bem, e ele estava sorrindo o tempo todo, acho que era bom sinal. Falo para Damon que ia comprar algumas coisas porque tinha acabado na minha casa. Foi a melhor coisa que eu pensei no momento, ele se voluntariou para me ajudar, mas como Katherine disse que era uma conversando só entre nós, neguei dizendo que não precisava. Acho que ele ficou meio desconfiado, mas a culpa não é minha.

– Katherine? - pergunto para a loira com óculos escuros. Ela põe a mão na minha boca, botando o capuz na cabeça.

– Ela não sabe que eu estou aqui. É perigoso, Elena.

– E quem seria "ela"? - pergunto com a sobrancelha levantada.

– Quem mais seria, Eleninha? Óbvio que a Andie Star, a ex secretária do Damon... Ela está louca por vingança. - apesar dos seus óculos serem escuros, pude ver ela revirar os olhos.

– Por que está me contando isso? Não foi você que empurrou a Caroline da escada naquele dia? - ela tirou os óculos, revirando os olhos novamente.

– Não fui eu... Era para eu ter feito, mas não tive coragem. Por mais que eu pareça meio sem sentimentos, sei bem como é dor de perder um filho, e a Caroline não merecia passar por esse processo. Então liguei para a maluca, e ela terminou o serviço.

– Por que você está a ajudando com esse plano de vingança? - falo com uma certeza frieza na voz.

– Ela me contou outra versão da história, querida... Agora, estou apenas fingindo ainda estar do seu lado. E quando rolar uma oportunidade, a deduro pra polícia.

– Mas você sabe que também pode ser presa não é?

– Sim, mas estarei fazendo justiça. - ela deu um sorriso sincero pela primeira vez que a vi.

– Sinto muito por Elijah e Aaron.

– Faz muito tempo... Com o tempo nos acostumamos com a solidão. - deu de ombros.

– Por que se fingiu de morta, Katherine? Isso ainda está martelando na minha cabeça desde que descobri que você estava mais viva que a Rainha Elizabeth.

– Não sei... Entrei em depressão depois que perdi um dos amores da minha vida, e mesmo que todos achassem que eu estava morta, eu estava observando cada passo da April e Damon. E quando vi meu pequeno milagre sofrendo bullying, tive que me segurar para não dar na cara daqueles putos, porque como iria explicar que eu não estava morta? São perguntas que não sei como responder, e talvez ainda não saiba... Mas quem sabe um dia, eu descubra e conte para você de primeira mão?

Nós duas rimos, parecíamos adolescentes, ela checou a hora no seu celular, e parou de rir.

– Preciso ir... Mas foi ótimo conversar com você, Gilbert.

– Com você também, Pierce.

Ela sorriu, chamando o táxi, assim que o veiculo amarelo chegou, ela mandou um beijinho pro ar e partiu para algum lugar.

[...]

Abro a porta do meu apartamento, louca para deitar na minha cama e dormir, assim que entro nele, vejo Damon no sofá com os braços cruzados.

– Onde você tava? - ele perguntou com uma cara de bravo.

– Fazendo compras, ué. - falo naturalmente. MERDA, esqueci de comprar os suprimentos.

– E onde está as compras? - ele se levantou do sofá com a voz calma.

– Eu... Eu...

– Sei que mentiu pra mim, Elena... Agora me diz. Sinceramente. Onde você estava, e com quem. - ele segurou meu braço com um pouco de força.

– Está me machucando.

– Me responda, Elena. Olhando nos meus olhos. - ele me obrigou a olhar em seus enormes olhos azuis. - A mentira tem perna curta, minha doce e querida Elena.

Um pensamento: Fudeu.

Agora:

Como você explica pro seu namorado que saiu "escondida" para encontrar com a ex dele que "estava" morta?

– Você está me machucando, porra. - tento não gritar para não acordar Caroline. Era tudo que eu menos queria naquele momento.

– Você não me respondeu. - ele disse com os olhos azuis escuros, mas não era de desejo ou coisa parecida. Era de raiva, o que admito que me deixou com bastante medo.

– Estava com uma amiga que eu não vejo faz muito tempo... Tá? - falo com raiva. Não era totalmente mentira, mas odiava estar mentindo para ele.

– Por que mentiu pra mim, então? - ele soltou meu braço. - Nunca menti pra você... Queria saber o motivo dessa mentira.

– Pra falar a verdade, eu ia comprar as coisas sim, mas você sabe como é supermercado e sempre temos que esbarrar com alguém conhecido. Ficamos conversando por um tempo, e nem notamos que se passaram horas... Desculpa Damon... Nunca mais vou fazer isso... Prometo. - falo, acariciando seu rosto.

– Jura? - pergunta meio choroso.

– Sim, juro juradinho... Que nem aquela menina de Isa TKM fala. Tirando o fato dela falar isso, e continuar mentindo algumas vezes, mas acho que você entendeu o que eu... - fui interrompi por um beijo apaixonado do meu namorado.

– Sabe que uma coisa que eu não fiz desde que chegamos da viagem pra Mystic Falls? - ele me perguntou com um olhar perverso.

– Falou direito com a sua filha? - dou um sorriso brincalhão. E ele revira os olhos. - Para de revirar os olhos, garoto... Vai ficar vesgo de tanto fazer isso.

– Sexo... Não faço com você desde que pisamos em Nova York de novo. E nesse exato momento estou com muita vontade. - ele sussurrou em meu ouvido.

– Hum? Você quer? - pergunto tirando minha blusa lentamente. Ele apenas assentiu meio abobalhado. - Tem certeza, gato?

– Sim, senhora. - ele gaguejou um pouco. E olha que nunca pensei que pudesse ver Damon Salvatore gaguejar em toda minha vida.

Estava começando a tirar a minha calça, só que seu celular começou a tocar, estragando totalmente o clima. O visor piscava com o nome "Klaus", atendi no mesmo instante emburrada.

– É bom ser importante, acabou de atrapalhar meu momento particular com meu namorado, Niklaus Mikaelson.

– Desculpa, morena... Enfim, liguem a TV e coloquem no canal 4. É importante...

Liguei a TV, colocando no canal 4, estava no jornal de Nova York, a repórter falava alguma coisa sobre acidente de carro.

– Uma moça, de aproximadamente trinta quatro anos, sofreu um acidente de carro nessa tarde, no caminho do hospital, ela não resistiu aos ferimentos e morreu. O motorista do caminhão fugiu do local sem prestar socorro a vítima. - ela parou por um instante. - Chegaram novas informações, o nome da moça se chamava Katherine Salvatore, a mulher de Damon Salvatore dono da Salvatore's Company. Voltamos depois do comercial com mais informações.

Não... Ela não podia estar morta. Não dava para acreditar que a pessoa que demorou para se abrir comigo estava morta nesse exato momento.

– Damon... Eu.. - tentei abracá-lo, só que ele se afastou, até entendia o que ele estava passando. Oh Deus... April. - Sinto muito, lindo.

– Desculpa, mas eu preciso de um tempo. - ele pegou o seu cachecol, enrolando em seu pescoço, fechando a porta do meu apartamento.

– Galera? Vocês ainda estão aí? – Klaus perguntou. Apenas o ignorei, encerrando a ligação.

– Lena? O que houve? - uma Caroline sonolenta falou bocejando. Eu ainda estava em estado total de choque. - Elena! O que aconteceu? Está me deixando preocupada.

– Morta... Ela está morta!

– Quem está morta? Você está me assustado, Elena.

– Katherine... Ela está morta, Car. - desabei em seu colo, por mais que eu tivesse minhas brigas com a ex mulher do Damon eu a considerava como amiga, mesmo que não quisesse admitir. - A ficha ainda não caiu.

– E o Dam? Cadê ele? - ela pergunta, acariciando meu cabelo. Desligando a TV com a outra mão. - Está tudo bem com ele? Como ele reagiu?

– Ele disse que precisava de um tempo sozinho.

– Puta merda, Elena... - ela botou a mão na testa. - Andie está querendo se vingar, e você deixa seu namorado como isca? April está segura, mas ele não.

– Como você sabe disso? - pergunto meio confusa.

– Te conheço desde os cinco anos, acho que isso responde muita coisa, certo senhorita Elena Gilbert? - ela levanta a sobrancelha.

Recebi uma mensagem no celular, tremendo de medo, porque Caroline sempre tinha que estar certa?

"Ela não era mais útil para mim... E odeio admitir, mas não é que sua amiga tem razão?

Xoxox"