O insuportável do meu chefe escrita por Jéssica Lighthouse


Capítulo 36
Adotada?


Notas iniciais do capítulo

Olá meu povo, ♥♥. Bem, eu estou postando às pressas, porque não era pra eu estar postando agora, mas espero que aproveitem mesmo assim.
Xo



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Anteriormente:

– Desculpa loirinha... E por falar em loiras, como está a Rebekah? Soube que ela tá namorando.

– Sim... Não importa quantas vezes eu diga que o Alexander, ou seja lá qual é o nome dele, ela vai continuar namorando só pra testar a porra da minha paciência. - ele resmungou, batendo no volante.

– Klaus, para... Minha cabeça tá doendo, e com você fazendo esse barulho insuportável está a fazendo piorar. - Caroline reclama com a mão na cabeça.

– Desculpa, amor.

– Suas vozes também estão me enjoando... Então parem de falar. - ela disse fazendo um gesto com a mão.

– Toma. - April jogou um comprimido de dor de cabeça para Caroline que agradeceu com um sorriso enorme no rosto.

Passado alguns minutos, a loira voltou a dormir. Klaus parou em um posto de gasolina, e aproveitou para comprar comida. Já estávamos a três horas na estrada e famintos.

[...]

Faltava meia hora para chegarmos em NY, e doze para eu ir na NY Times. Nunca estive tão ansiosa na minha vida... Nem mesmo quando Matt me pediu em namoro na oitava série.

– Amanhã, eu busco você às oito, e te levo pra NY Times... E garanto que você vai se sair bem. - Damon sorriu, me dando um selinho.

– Tem certeza? Estou com tanto medo. - eu digo, sentindo lágrimas caírem pelo meu rosto.

– Claro que sim, linda... Você é uma excelente jornalista, escritora, namorada, amiga. E é por isso que eu te amo tanto, Lena.

Quando notei, eu estava chorando feito um bebê, queria tanto poder falar que o amava também. Mas nada saia da minha boca. Maldição. Ele as limpou imediatamente.

– Princesas não choram.

– Desculpem interromper o momento fofura de vocês... Mas pai, eu recebi uma mensagem do celular da mamãe...

– E o que está escrito? - ele pergunta meio preocupado, me deixando com ciúmes. - E não precisa ficar com ciúmes, Lens...

Coro com seu comentário. Era tão evidente assim?

– "Filha, não importa o que aconteça comigo... Saiba que tudo que eu fiz foi para seu próprio bem. Não confie nas pessoas, elas são perigosas... Mamãe nunca teve a intenção de te magoar... Cuidado com quem você convida para a sua casa. Cuide do Damon por mim. Tenho tanta coisa para te falar, mas esse não é o momento certo. E meu pequeno milagre, cuidado especialmente com a A..."

– A...? - ele pergunta meio confuso. Arregalo os olhos, pensando que talvez ela esteja falando da Andie. - Quem é A..? Virou Pretty Little Liars agora?

– Não sei... Mas não é estranho?

Klaus parou de prestar atenção um pouco na estrada, e de repente, eu vi um vulto. E parece que ele também, já que freou de uma maneira que me fez bater a cabeça no vidro. - nada muito forte.

– O que foi isso? - Klaus perguntou assustado.

Recebi uma mensagem do meu celular, o peguei tremendo, e vi que recebi uma mensagem. De um número desconhecido.

"Sei que você sabe quem sou eu, mas se eu fosse você, ficaria calada. Ou prefere arcar com as consequências? Caroline teve sorte porque falhei no plano, mas será terá na próxima vez?

Xoxo"

Agora:

Eu deveria ter doze anos, quando fiz uma pergunta para meu pai, de tantas que eu já fiz, essa é a que me lembro com mais detalhes já que foi o ponto principal para descobrir que eu estava apaixonada.

– Papai, o que é alma gêmea? - pergunto com os olhos brilhando.

– É... tipo melhor amigo só que mais. É uma única pessoa no mundo que te conhece mais do que ninguém. Faz de você uma pessoa melhor. Você faz isso sozinha.

Memórias de quando conheci o Damon, eu já o achava atraente, mas nunca iria admitir para mim. Nem mesmo no meu leito de morte. E olha até agora, acabo de me descobrir que estou apaixonada.

– Que inspira você. Almas gêmeas... Você pode levar com você pra sempre. É uma única pessoa que conhece você. Aceita você... Do jeito que você é.

Lembro que Damon sempre me aceitou, mesmo sabendo de várias coisas ao meu respeito nos primeiros dois anos, nunca me julgou, em nenhum momento... Mesmo com todos me olhando torto, me olhando com repulsa, cumprimentando-me apenas por educação, ele não ligava e fingia que não via isso.

– Acredita em você. Você sempre vai amá-lo.

Damon sempre acreditou que eu conseguiria, mesmo eu falando que não era boa o suficiente, ele jogou todas as cartas em mim... Sempre acreditou da minha capacidade. Ele confiou em mim, mesmo sabendo que poderia se desapontar, ele contou coisas que nunca contara pra ninguém.

– Papai, o senhor é a minha alma gêmea? Porque o senhor é tudo isso que falou... - dou um sorriso, ele apenas riu, negando com a cabeça.

– Não... Infelizmente, papai não é. - Grayson se aproximou de mim, e acariciou meu rosto. - Mas um dia, você irá conhecê-lo... Lembrará dessa nossa conversa e descobrirá que está apaixonada.

– Tudo bem.

Dou um sorriso, ao lembrar-me disso, e limpo algumas lágrimas do meu rosto que cismam em cair. Klaus e Caroline já tinham entrado no nosso apartamento, enquanto eu e Damon carregávamos o resto das malas.

– Você tá bem? Parece meio triste. - fala Damon, largando uma parte das minhas malas no chão, me dando um abraço.

– Sim... Estou bem. - dou um sorriso forçado.

– Como você quer que eu não minta sobre mim sendo que você está fazendo isso com você mesma, Elena? - ele pergunta com os braços cruzados, parecendo meio irritado.

– Eu já disse que estou bem.

– E por que será que não acredito em você? - ignoro seu comentário, colocando as malas que estavam no chão no elevador do prédio. - Te pego amanhã às sete em ponto... Se você se atrasar, te arranco da cama sem hesitar.

Ele sorriu, beijando minha bochecha. Seus olhos azuis não estavam tão azuis como antes, pareciam estar encarregados de mágoa, tristeza... Mas resolvi deixar quieto.

[...]

– Elena! Acorde! Acorde, Elena! Por favor! Vai perder a primeira entrevista para a NY Times, e depois eu não vou querer ouvir reclamação. - Caroline berrava, puxando minhas cobertas, qual eu tentava segurar com toda minha força, fiz um bico, a olhando como um cachorrinho que caíra da mudança.

– Caaaoiiiiiine! - Balbuciei, irritada.

– Não! De modo algum!

Desistiu de puxar minha coberta, caminhando para longe, saltitando, melhor dizendo. Abriu as cortinas, uma por uma deixando entrar um clarão que me atordoou e nesse meio tempo de tentar fugir rodando na cama acabei caindo, esparramando-me contra o chão frio e duro, ouvi gargalhadas, porém, não eram apenas femininas, era masculina também, e sarcástica.

– Bom dia, raio de sol.

Damon estava parado a porta, seus braços cruzados fortemente sobre o peito coberto pela camisa preta, como sempre. Seus olhos azuis pareciam se divertir, puxei imediatamente a coberta para cima de minha cabeça.

– Que horas são? - perguntei sonolenta.

– Sete horas, quinze minutos, e cinco segundos. - Damon verificou no seu relógio de pulso com um sorriso sarcástico.

– Caralho...

.:.

– Como estou? - perguntei para Damon que apenas mordeu os lábios de uma maneira, se me permitem pensar, sensual.

– Gostosa. - se levantou do sofá, esticando a sua mão, apenas sorri. - Ric vai te amar, Lena.

Estávamos no elevador, depois de dar o remédio para Caroline e colocar Padrinhos Mágicos na TV, trocando carícias e beijos. Quando a porta se abriu, revelando o porteiro.

– Bom dia senhorita Gilbert, está bonita hoje, se me permite dizer... Quer dizer, você sempre está bonita... Mas hoje se superou. - falou o senhor Tylerson. O velhinho deveria ter uns sessenta anos, mas mesmo assim não deixava de me dar cantadas.

– Bom dia senhor Tylerson, o senhor também está bonito hoje. - dou um sorriso, e percebo que Damon ficou com uma expressão séria.

Qualé, é só um velho... Ele acha o que? Que eu vou largar ele pra ficar me pegando com o senhor Tylerson? Fala sério. Não pude deixar de revirar os olhos com esse pensamento estúpido.

– Damon... Damon Salvatore, meu deus, como você cresceu. - ele balança as mãos com um sorriso no rosto.

– Oi. - ele apenas deu um sorriso... Tímido?

– Vocês se conhecem? - pergunto meio confusa. Damon deu de ombros, enquanto o velho acena com a cabeça ainda analisando o meu namorado.

– Trabalhei na casa dos Salvatore por muitos anos, conheci os pais desse rapaz, mas depois que eles morreram. Damon e seu irmão tiveram que ir pra um orfanato... Resultou que perdi o emprego.

– E porque você nunca me contou, Damon Salvatore? - cruzo os braços realmente irritada.

– Ele era bem novo, senhorita Gilbert. Faz mais de vinte anos que isso aconteceu, e eu também envelheci... Mas estou bem feliz em tê-lo reencontrado. E como está Stefan?

– Eu... Eu... Não falo com ele faz muito tempo. - deu um suspiro. - A última vez que falei foi por causa de trabalho.

– Bem, precisamos ir... Estou atrasada. Deseje-me sorte, senhor Tylerson.

– Boa sorte, querida. - ele sorriu amigável, mas antes chamou Damon pra um canto e sussurrou alguma coisa em seu ouvido. - Pense nisso.

O caminho para a NY Times foi totalmente silencioso, eu estava tentando descobrir o que o porteiro tinha falado para meu namorado. Damon estacionou o carro em uma das vagas para deficientes.

– Você é maluco? Nem fiz a entrevista e você estaciona em uma vaga que não apropriada pra você? Pirou da batatinha, Salvatore?

– Calma, linda... - ele sorriu, colocando uma das suas mãos em meu pescoço. Assim que chegamos na recepção, uma loira nos atendeu com um sorriso angelical no rosto.

– Claire, diz pro Ric que a Disneyland já chegou. - a tal de Claire riu, assentindo com a cabeça.

– Pode subir, Damon... E bem vindo de volta. - fingi pigarrear, e ela notou minha presença. - Você deve ser Elena Gilbert... Namorada desse coisa aí, né? Sou Claire Harrison.

– Sim... Prazer. - Dou um sorriso falso. Quem ela pensa que é pra chamar meu namorado de "coisa"

– Vamos, Ric está te esperando. - ele sorriu, apertando o botão do décimo andar do elevador. - Claire é legal né?

– Sim, sim... Ela já foi sua ex namorada, não é?

– Sim, e não. - o encaro confusa. - Ela é lésbica, mas antes de se assumir pros pais, fingiu que era minha namorada. Não fica com ciúmes, por mais que seja fofo.

.:.

Sala de Alaric Saltzman. Editor chefe da NY Times.

– Elena Gilbert... Sou Alaric Saltzman. - um loiro me cumprimentou com um sorriso enorme no rosto. Só faltava eu desmaiar ali, eu estou realizando meu sonho. - E nossa, você me lembra muito minha ex mulher.

– É... u-um prazer também, senhor Sa..Saltzman. - ele riu do meu nervosismo, tirando seus óculos. - Isobel, não é? Damon já me falou dela.

– Só Ric, por favor... Sim, ela mesma, mas vamos ao que interessa. Já te falaram o quanto você é talentosa menina?

– N..Na verdade só a minha família.

– O resto é tudo invejoso, então. - ele sussurrou, e dou uma gargalhada. Mas sinto meu rosto ruborizar com sua expressão assustada.

– Desculpa... É que... - tento me explicar, mas não da muito certo, e acabo me embolando toda.

– Tudo bem... É que me fez lembrar a Isobel... Tem certeza que não é filha dela? É idêntica. Só muda os olhos.

– Tenho.. Sou filha de Grayson e Miranda Gilbert. - respondo convicta. Eu não era adotada, ou pelo menos eu acho. - Aonde fica o banheiro?

– Segunda sala a direita. - ele respondeu com um sorriso. - Depois volte para voltarmos a entrevista.

– Claro.

Saio correndo em direção ao banheiro, pego meu celular, e ligo para Miranda/mãe não sei mais como chamá-la.

– Oi querida... Você já chegou em casa? Está tudo com você? Soube que a Caroline... - a interrompi.

– Eu sou adotada? Isso é verdade, mãe? - gritei. O outro lado da linha fica mudo, e eu entendo como sim. - Por que escondeu isso de mim?

– É complicado, querida. - percebi que sua voz estava chorosa.

– Eu tenho todo o tempo do mundo, Miranda. Minha vida toda foi uma mentira... Minha vida toda! Como quer que eu lide com isso? Eu passei anos sofrendo pela perda do Grayson... Se Isobel é minha mãe, quem é o pai?

– É... o John. Seu tio John.


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Notas finais do capítulo

Eaí? O que acharam? Chato, entendiante, legal, foda, pode melhorar? Deixem opiniões que irei adorar lê-las.
Xoxoxoxox