O insuportável do meu chefe escrita por Jéssica Lighthouse


Capítulo 34
Último dia de Mystic Falls. 2/2


Notas iniciais do capítulo

Nem ia postar hoje, mas resolvi porque sim. Esse capítulo, eu vou dedicar a minha mãe, minha velha. Porque faz exatamente uns treze anos que ela morreu, .-. Se ficar muito chatinho, desculpem... Mas espero que gostem mesmo assim :/
xo



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Anteriormente:

– O médico disse que vou sair amanhã, mas tenho que ficar alguns dias de repouso, enquanto você falava com a April, Damon acordou perguntando sobre a Cinderela.

– Foda-se. - murmuro, tentando não demostrar meu alivio ao saber que ele estava bem.

Ficamos alguns minutos calada, eu encarava a tela do meu celular(que no plano de fundo, era uma foto de Damon, que havia tirado alguns dias atrás, quando ele dormia - Por Deus que ele não saiba disso e nem ninguém).

– Para de fingir que se preocupa, e vai lá visitar ele... Coisa que você quer fazer desde que soube que ele acordou. Agora vou dormir que o remédio está começando a dar efeito. - ela sorriu, se ajeitando na cama, fechando os olhos em seguida.

Fui até a recepção para tentar saber sobre Damon, fui até 205, e o encontrei com os olhos fechados tomando soro. Dou um sorriso bobo ao ver como ele estava lindo daquele jeito.

– Odeio ser observado enquanto estou dormindo, já te disse isso, senhorita Gilbert. - ele sussurrou com a voz rouca.

– Oh, me desculpa, então senhor Salvatore, estava pensando em aproveitar o último dia que vamos ficar em Mystic Falls com você, mas tudo bem... - faço barulho com o salto, para ele dizer para ficar junto com ele, que geralmente funciona sempre que o faço.

– Espera... Fica comigo, por favor... Tenho pavor de hospitais. - ele abriu os olhos suplicando.

– Tá. - dou um falso suspiro, sentando na poltrona, mas ele nega com a cabeça, batendo na cama desconfortável. - Mas vai ficar muito apertado.

– Essa é intenção. - ele sussurrou, causando arrepios pelo meu corpo.

Será que Caroline estava certa? Estaria eu, Elena Gilbert, me apaixonando por Damon Salvatore? Ou seria coisa da minha cabeça, tentando me pregar uma peça como pregou anos atrás com Matt?

Agora:

– Já te disse o quanto você é insuportável? - falo, olhando para ele com um sorriso no rosto.

– Sim, pelo menos um milhão de vezes. - acariciando meu cabelo. - E já te falei o quanto você fica bonita assim?

– Assim como?

– Sem maquiagem. - ele sorriu, pela primeira vez em cinco anos que trabalho com ele, com os dentes. Se eu já o achava perfeito antes, agora ficou mais.

– Oh... Você sorri com os dentes. - Damon revira os olhos, fazendo uma careta.

Seu celular começa a tocar, olho no visor, e vejo "Ric". Quem diabos era Ric? Ele pega no aparelho, resmungando alguma coisa em italiano.

– O que você quer Saltzman? Atrapalhou meu momento íntimo com a minha pequena. [...] Ainda não tive tempo pra falar isso, meu querido Ric... Porque eu tive uma crise de asma algumas horas atrás. [...] April tá ótima, saindo com um menino loiro que parece o Ken na versão humana não plastificado, mas acho que não é nada muito sério. [...] Meredith terminou com você? Ah, sinto muito, buddy. [...] Amanhã, eu passo aí no NY Times junto com Elena. [...] Sim, finalmente você vai conhecê-la seu pervertido de merda. [...] Também te amo, buddy, mas agora preciso ir.

– Quem era? - pergunto assim que vejo ele encerrar a ligação.

– Alaric Saltzman, meu lindo e gostoso melhor amigo da faculdade, mas conhecido como o editor chefe da NY Times. E amanhã, quando voltarmos para NY, nós vamos para lá porque ele simplesmente adorou seu relatório e quer fazer uma entrevista com você.

Dou um grito, beijando seu rosto diversas vezes, não acredito que o Alaric, o fodastico, tinha amado meu relatório!

– Obrigada Damon, por tudo... Não sei nem como te agradecer por tudo que você tem feito por mim. Obrigada mesmo.

– De nada, sua louca... E não precisa me agradecer. Você merece tudo isso, Elena. Não era seu sonho ir pra NY Times? Eu e Ric estamos apenas tentando torná-lo realidade. Palavras dele. E essa é uma das qualidades que eu amo muito em você, senhorita Gilbert.

– Tenho quase certeza que você já usou esse mesmo diálogo para trezentas garotas antes. - brinco com ele.

– Pra ser sincero, só disse para cinco meninas. Minha mãe, April, Katherine, Caroline e você. - ele sorriu, mexendo em meu cabelo. - Sou das antigas... Não sou dessa época em que falar "eu te amo" é a mesma coisa que falar um simples "bom dia"

– E você não tem medo de se arrepender? - pergunto, encarando o teto, deixando algumas lágrimas caírem do meu rosto.

– Não... Sei que não vou me arrepender. Demoro muito para confiar nas pessoas, então se digo que eu te amo, é porque você conquistou de algum jeito minha confiança.

– Mas e se... - ele bota um de seus dedos na minha boca, impedindo-me de falar. - Tá bom, vou me calar.

– Que bom, se não teria que fazer que nem aqueles filmes melosos, e te beijar pra calar essa boquinha sexy e... - lhe dou um selinho. - Não era pra ser ao contrário?

– É bom variar de vez em quando. - dou de ombros. Ele sorriu, fechando seus olhos, dormindo em seguida.

.:.

Acordei com o barulho de uma porta se fechando, abro os olhos e vejo Luke anotar algumas coisas em sua prancheta. Assim que ele percebe que estou o encarando, ele sorri.

– Desculpe, não quis acordá-la.

– O que está fazendo aqui? - não era para sair rude, mas acho que saiu. - Isso não foi pra sair rude por mais que pareça.

– Tudo bem, estou acostumado... Quando namorava com a Katherine, ouvia mais ironias do que elogios. E estou aqui porque esse grandão teve uma crise mais forte ontem de noite. - apontou para Damon, encarei meu moreno, e vi que ele estava pálido mais que o normal, mas ainda estava dormindo.

– Porque? Estava tudo ótimo.

– Ontem choveu muito, e não sei se você sabe, mas as crises de asma podem vir a piorar com o frio. Damon teve essa sorte, e acabou tendo... Só que mais forte do que estava acostumado.

– Ele não me acordou em nenhum momento, eu poderia ter chamado uma enfermeira, qualquer outra coisa. - ainda o encarando meio nervosa.

– Damon não queria preocupá-la, senhorita Gilbert. - ele sorriu. - Disse que você merecia um descanso, teve uma noite estressante. E além do mais, você estava linda dormindo. Se me permite dizer.

Sinto meu rosto ruborizar, dando um sorriso meio tímido. Não acredito que esse puto tinha falado isso para o médico. Ele riu, tirando seus óculos de grau, mostrando os incríveis olhos verdes que possuía.

– Obrigada. E quando esse coisa vai receber alta? - eu já estava em pé, tentando desamassar minha roupa.

– Daqui à uma hora, e a sua amiga Caroline também. - sorri de lado, mostrando que tinha uma linda covinha do lado esquerdo.

– Hum... Lena? - ouvi alguém sussurrar, olho para Damon, e o vejo com os olhos meio abertos.

– Bom dia, lindo. - dou um sorriso, me aproximando dele, depois lhe dando um selinho. E parece que isso deixou Luke meio desconfortável.

– Odeio hospitais. - resmunga com um biquinho fofo no rosto. - Me faz lembrar de várias coisas ruins... Eu quero ir embora.

– Em quarenta minutos, você estará livre daqui, senhor Salvatore. - Luke diz colocando seus óculos de volta.

– Quarenta minutos? É muito!

Quarenta minutos se passou muito rápido, quando vi, ele estava colocando suas roupas que eu trouxe lá de casa. Era do Jer, mas dava perfeitamente nele. Caroline tinha que ficar de repouso por três dias, ou seja, três dias sem ver a loira no trabalho. Estávamos colocando o resto das malas no porta-malas do carro de Klaus, enquanto April se despedia de Matt.

– Vamos continuar mantendo contato, tá? - ela falou com um certo brilho nos olhos. Ele a beijou, assentindo depois de minutos se engolindo.

– Prometo. - ele a beijou novamente.

– Precisamos ir, querida. - Damon disse, botando uma das suas mãos no ombro da filha. - Obrigada por nos receber, Jenna e Miranda.

– De nada, querido... Você é sempre bem vindo, assim como o Niklaus. Acertei seu nome né? - Jenna perguntou para Klaus que assente com a cabeça rindo.

– Pode me chamar de Klaus ou Nik.

– Ele é lindo. - Jenna sussurrou em meu ouvido, provavelmente estava falando de Damon. O meu namorado apenas sorriu, parecendo escutar a conversa.

– É um babaca isso sim, Jenna. - sussurro de volta, e o vejo revirar os olhos, apenas o ignoro. - Pena que não deu para comemorar o aniversário do Chris, mas nas ferias de final de ano, talvez eu volte. - dou um sorriso, abraçando Bonnie e Jeremy.

– Final de ano? E as férias de julho? - perguntou a baixinha meio confusa.

– Eu e Damon vamos para Itália, ele vai me mostrar a cidade em que ele nasceu e viveu até os dez anos.

– Hum... Tá ficando sério esse relacionamento, só falta ele apresentar os sogros. - disse Jeremy, dando um cotovelada em Damon que ficou sério tão de repente.

– Meus pais morreram quando eu tinha doze. Só tenho meu irmão, Stefan, de família.

– Oh, eu... Sinto muito, cara.

– Faz bastante tempo. - deu de ombros, fingindo que não se importava. - Mas mesmo assim obrigado.

Entramos no carro, depois de nos despedir, Caroline chorava enquanto terminava de abraçar a Bonnie. Hormônios. Vou ter que aguentar oito meses, se o bebê não chegar antes, essa loira ter mudança de humor e essas coisas doidas de grávidas. Nova York, o lugar dos meus sonhos, onde sempre sonhei em trabalhar para NY Times... E agora estou prestes a realizá-lo.

E pensar que tudo graças ao Damon Salvatore... É, ele não é tão ruim como eu pensava antes. Mas ainda não tenho certeza se o amo ou não... Mas uma pequena parte de mim fica balançada quando ele sempre está perto. Mas agora com essa entrevista para o NY Times, não sei se vai dar certo esse "relacionamento" a distância.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram ou odiaram? Seja sinceros... Até amanhã meus pandas.
Xoxo =/