Anteriormente:

– Amor, eu vim o mais rápido possível, assim que eu recebi sua mensagem. - falou, dando um selinho rápido no meu namorado. Espera, você disse isso mesmo? Awn, progresso!

– Kath, eu estou com a Elena, e que mensagem? Eu não me lembro de ter te mandado nenhuma. - falou, se afastando de Katherine, segurando minha mão. Chupa vadia!

– Aqui... Está escrito: "Kath, meu amor, Caroline está no hospital de Mystic Falls. Vem pra cá o mais rápido possível. Beijos do seu Damon."

– O que? Você mandou uma mensagem pra essa vadia? Porra, você é muito anta mesmo, Salvatore. - falo com raiva.

– Eu não mandei mensagem pra ninguém, caralho.

– Se não acredita em mim, checa no seu celular, amor... - sorriu vitoriosa. Damon pegou o celular dizendo que não tinha feito nada disso, mas quando olhou, seu sorriso murchou.

– Lena, me deixa explicar, eu juro pra você que não mandei porra nenhuma de mensagem.

O ignorei, sentando em um dos bancos mais longe dele, Klaus se aproximou de mim, tentando descontrair o clima tenso que se iniciou contando uma história dele com a irmã, Rebekah, acho. Mas estava tão puta que nem o escutei. Alguns minutos se passaram, diga-se trinta, e um médico moreno chamou pelo nome de Caroline. Eu e Klaus nos aproximamos dele esperançosos de nada ter passado de um pesadelo e um susto. Ele estava com um meio sorriso no rosto, então seria um bom sinal.

– Sou Niklaus Mikaelson, o namorado e pai da criança que ela está esperando... Por favor me diz que eles estão bem porque... - falou tudo atropelado.

– Calma meu jovem. - ele riu um pouco, mas ficou sério de repente. - Caroline está repousando, ela teve uma noite estressante. Tenho uma notícia boa e uma, nem tanto. Querem alguma qual primeira?

– A boa... Preciso de coisas boas. - falamos juntos. Não existia o lado ruim da história, então era um pouco de alivio.

– Caroline e o bebê estão bem... Fizemos um exame nela que aponta que apenas foi susto. Mas se vocês demorassem mais um pouco para socorrê-la, ela poderia perder o bebê, então foi pura sorte.

Salvatore, Klaus e eu suspiramos alivados, minha amiga e o bebê estavam bem. Tudo pela bondade do nosso Senhor.

– E a notícia mais ou menos? - perguntou Katherine entediada, encarando as unhas.

– Ela precisa de uma transfusão de sangue, pois perdeu muito assim que rolou as escadas. - disse simpático. - Precisamos fazer alguns exames para ver se o sangue de algum de vocês é compatível ao dela. Ou colocamos ela na lista de espera, mas isso demora um pouco mais. O que vocês preferem?

Nos encaramos por alguns minutos, esperando uma resposta, afinal Caroline não estava cem por cento bem, até tomei uma decisão.

Agora:

– Nós vamos fazer o teste de compatibilidade. - suspirei, eu tinha medo de agulha desde os meus dois anos, mas tudo para ver minha amiga bem.

– E você senhorita Katherine vai fazer o exame junto com os outros? - ele falava de uma maneira mais fria quando falava com a biscate.

– Claro Luke, tudo para ajudar a melhor amiga loira do meu marido. - ela sorriu, dando um selinho em Damon, que revirou os olhos.

– Ex-marido. - o ouvi sussurrar.

Estava pouco me importando para eles, desde que soube que ele havia enviado a mensagem para a viada, estou me fudendo. Se ele fez isso é por algum motivo. E um deles é porque ainda a ama.

– E quem vai ser o primeiro? - perguntou depois de alguns minutos calado.

– Pode ser eu. - falo levantando a mão meio receosa. Ele sorriu assentindo, mandando-me segui-lo para uma sala totalmente branca.

– Pronta, senhorita Gilbert? - ele sorriu, pegando a agulha enorme, que estava começando a me dar medo.

– Vai doer? - fiz um biquinho bem fofo.

– Só se você se mexer, mas vai sentir apenas uma leve picada e pronto. - ele falou sorridente.

– Como conheceu a Katherine? - pergunto séria. O vejo largar a agulha e ficar sério assim que pronuncio seu nome.

– E quem disse que a conheço? - respondeu minha pergunta com outra.

– Pelo simples fato de ter a chamado de Katherine... Ninguém aqui em Mystic Falls a conhece. Só sabe que ela parece uma vadia e age como uma.

– Eu e a Katherine fomos namorados por um tempo... Um bom tempo, na verdade. Éramos bem jovens... Sei lá. Teríamos vinte dois?

– E ela contou para você que era casada? - pergunto novamente séria. Estava determinada a saber mais a fundo de Katherine, algo me dizia que ela estava escondendo alguma coisa e das grandes.

– Sim... Contou que havia perdido o marido e o filho em um acidente de carro quando tinha dezenove, do qual ela foi a única sobrevivente. Lembro-me disso até hoje, eu tinha entrado na casa e vi uma foto dela com um rapaz e um garotinho. Perguntei quem era, e ela disse que a família dela. O nome do sujeito era... - fez uma pequena pausa. - Caramba! Qual é o nome dele?

Ele falou, botando a mão no queixo, o que lhe deixava bastante sexy se me permitem dizer. Elena, você é comprometida. Mas nada me impede de olhar... Se o puto do Damon mandou mensagem, eu também posso comer o médico com o olhar. Sim!

– Lembrei... O nome dele era Elijah Mikaelson! - estalou os dedos meio sorridente.

– M...Mikaelson? Meu deus... Isso é loucura. - ele era o irmão do Klaus ou alguma coisa dele. Senti uma leve picada em meu braço, dei um grito bem baixinho.

– Sim, Elijah Mikaelson... Acho que irmão do seu amigo britânico. O namorado da senhorita Forbes. - ele falou, enquanto escrevia alguma coisa no vidrinho que tinha o meu sangue. - Pode ir, chame o próximo da fila, por favor.

Saí daquela sala totalmente abalada. Por dois motivos: Um por descobrir que Katherine tinha um marido e um filho que não eram nem Damon e April. Segundo que Klaus tinha perdido um irmão no acidente de carro.

Fui até Damon dizendo que o doutor estava o esperando o mais grossa possível, para ver que com Elena Gilbert não se brinca. Caminhei até Klaus, sentando-me em seu lado. Katherine murmurou alguma coisa, saindo da nossa vista.

– Klaus, você tem outros irmãos sem ser a Rebekah, Kol ou Finn? - pergunto meio nervosa.

– Sim... Eu tinha outro irmão. Elijah. Morreu quinze anos atrás, bem no dia em que a April faz aniversário. - deu meio sorriso.

– E ele tinha filhos ou namorava?

– Porque está me perguntando isso, Elena?

– Nada não... Só queria saber mais sobre o namorado da minha melhor amiga. - dou um sorriso amarelo.

– Estamos ficando há cinco anos e só agora você quer saber mais sobre mim? - levanta uma das suas sobrancelhas.

Dou de ombros, tentando não contar o que havia descoberto nesses minutos. Precisava ouvir isso diretamente de Katherine, e não sabia se ela iria cooperar para a minha pequena investigação.

– Ele se envolveu com uma mulher, mas nunca chegou a apresentá-la para a família. Mas sempre dizia que era uma ótima pessoa e linda. E não sei de nenhum filho, não.

Damon saiu da sala, colocando a mão no ombro de Klaus, dizendo que ele seria o próximo. Encarei-o por alguns minutos, ele estava mais pálido, porém nada muito assustador.

– Lena, me deixa explicar, por favor... Eu não mandei porra nenhuma de mensagem. Eu não lembro disso. - pegou minha mão suplicando.

– Claro, porque com certeza você estava bêbado quando fez isso. Aposto mil dólares.

– Eu não estou bebendo desde que pisei em Mystic Falls, senhorita Elena Gilbert. Caroline está de prova.

– Estou me fudendo para o que você disse. Agora tira sua mão de mim, ficaria bem grata se o fizesse.

Klaus saiu da salinha e chamou Katherine que sorriu entrando na sala, jogando fora seu copo de água. Corro até o Klaus, e o abraçei bem apertado.

– O que foi isso? - perguntou meio confuso.

– Não sei, você me confortou naquela hora, agora minha vez de fazer isso. Porque? Não posso?

– É estranho... Isso nunca aconteceu comigo. - ele confessou, desfazendo o abraço. - Mas obrigado.

– De nada, amigo.

– Eu preciso desses relatórios na minha mesa pra amanhã, porra! - gritou Damon no telefone totalmente descontrolado, mas não deixava de ficar com uma aparência sexy. - Olha eu não estou em meus melhores momentos agora, mas se esse relatório não estiver na minha mesa, eu te demito em um segundo.

Eu não sabia o que estava acontecendo comigo. Sempre que eu olhava para Damon, me perdia em meus pensamentos. Meu coração brigava com o meu cérebro e aquilo estava me matando por dentro. E o pior era que ele parecia sentir a mesma coisa. Estava algumas horas brigada com ele, mas estava com uma imensa vontade de agarrá-lo ali. Estava começando a sentir falta do seu lábio colado ao meu.

– Pessoal, o exame ficará pronto em menos de trinta minutos... Não se preocupem que está tudo certo.

– E as visitas? Podemos visitar a Caroline? - pergunta a Katherine sorrindo, me deixando totalmente surpresa. Ela estava agindo de uma maneira mais... humana. E nem parecia o projeto de puta que eu vira dias atrás.

– São três da manhã, as visitas são liberadas somente as sete horas da manhã... Sinto muito pessoal, regras do hospital.

– Maldito hospital. - resmungou Katherine chateada. - E sim, Elena, eu tenho sentimentos. Não sou tão vadia quanto parece, eu realmente me importo com a Caroline.

Então, se ela se importa com a Caroline, quem empurrou a loira da escada? Tudo bem que Car é desastrada, mas nem tanto, principalmente sabendo que está grávida. Aí sim que ela não fez nenhum tipo de esforço.

– Andie! - digo mais alto que devia. Klaus, Damon e Katherine arregalam os olhos pelo tamanho do meu grito. - Desculpem... Pensei alto demais.

Dou um sorriso amarelo, observando todos me encararem como se eu fosse uma maluca e tivesse saído do hospício.

– Elena, posso falar com você por um instante? - pergunta Katherine. - É uma conversa sem segundas intenção, e não vai roubar nem um segundo da sua vida.

– Tá.

– Sabe, se você quiser saber qualquer coisa sobre mim, é só me perguntar... E não ao Luke que por acaso é meu ex namorado. - cruzou os braços sorridente.

– Como... Mas o que?

– Sabe Elena, eu posso ser tudo menos burra. Então, pode perguntar para mim o que quiser, que irei lhe responder com um enorme prazer.

– Você e o irmão do Klaus... Ér...

– Se nós já transamos, tivemos um filho e se ele morreu no acidente de carro que era para eu ter morrido? Sim... Tudo verdade. Elijah e meu pequeno Aaron morreram naquele dia.

– Eu... Eu sinto muito. Mas isso não explica porque você se fingiu de morta por tanto tempo, Katherine.

– Cada pergunta ao seu tempo, Elena. Aos poucos você verá um lado que poucos conseguiam ver de mim. - ela sorriu amigável. - Preciso voltar para casa, arrumar minhas malas, vou para Paris semana que vem. E boa sorte com o Damon, ele é bom rapaz... - e saiu do hospital.

– Pra onde ela vai? - Damon disse se aproximando de mim com as mãos no bolso do casaco.

– Vai viajar para Paris, e vai arrumar as malas. Ela parece legal. - dou um sorriso sincero. - Porque está tão perto?

Ele se aproxima cada vez mais do meu rosto com um sorriso, juntando sua testa com a minha. Estávamos quase nos beijando quando ele soltou a frase que eu evitei por anos.

– Eu acho que te amo, Elena.

Minha mente estava mais confusa do que nunca. Eu não fazia a mínima ideia do que significava tudo aquilo e nem se era real. Meus instintos diziam para não confiar, que iria me magoar de novo. Mas não era esse meu desejo. De alguma forma eu queria estar com ele durante todo o resto de minha vida. Mas ao mesmo tempo, tenho medo de acabar como acabei com o Matt.

– Eu... Eu...

– Não diz nada, só aproveita o momento. - disto isso, ele me beijou cuidadosamente. Ficamos assim por alguns segundos, até que o afastei. - O que foi? Estava tão bom.

– Damon, eu não sei isso é certo.

– Mas eu te amo, Elena... Eu sinto coisas que eu pensei que nunca sentiria de novo. E cá estou eu me sentindo um adolescente como se tivesse tendo a primeira vez.

– EU ESTOU CONFUSA, CARALHO.