Anteriormente:

Fomos pro Bob's, comer alguma coisa, pra ver tirávamos a volta de Tyler de nossas cabeças. April comentava alguma coisa sobre Julliard, a faculdade de música, enquanto nós ouvimos atentamente. Meu celular apitou. Nova mensagem.

Estou com saudades.- D.S

Também estou... Meus pés estão me matando, quando chegarmos em casa, você vai fazer uma massagem bem gostosa. - E.G

Ele não me respondeu, dou uma risada, bloqueando o celular. Pagamos a conta, e fomos ver o Lado Bom Da Vida. Eu estava torcendo pra ser que nem o livro, porque geralmente o filme é uma bosta comparado ao tal.

Duas horas depois.

Admito, pensei que o filme seria uma porcaria, mas não foi... Claro que em algumas partes, eu esperava mais, porém foi agradável. Estávamos voltando pra casa depois de praticamente um dia inteiro fora de casa, abro a porta, e estava tudo limpo por incrível que pareça.

– Meninos... Voltamos. - Caroline grita, tirando o salto alto. - Arghh, preciso uma massagem urgente.

– Somos duas. - me jogo no sofá cansada. Damon e Klaus apareceram na sala com um sorriso no rosto, ok, isso estava estranho.

– Olá princesas. Prontas pra seção terapia?

Caroline me encarou surpresa, apenas dei de ombros, falando pra aproveitar o momento. Damon começou a massagear meu pé com força, e aquilo estava muito bom, tão bom quanto sexo. E pelo que parece, a loira estava achando a mesma coisa do que eu. Até que a campainha tocou, atrapalhando meu momento íntimo.

– Eu atendo, fica aí. - sussurrou com a voz rouca. Causando arrepios em meu corpo. Abriu a porta com um sorriso, mas logo esse sorriso sumiu vendo a figura parada na porta. - K..Katherine?

– Amoor! Que saudades... Sabe o quanto fiquei preocupada quando não te vi no nosso apartamento?

– Eu acho que estou vendo coisas. - Damon botou a mão na cabeça meio tonto.

– Não está não, eu estou aqui amor... Sou Katherine, sua mulher. Mãe da nossa filha. AAAH! E cadê ela?

– Você não é real... VOCÊ NÃO É REAL! - ele gritou, e de repente caiu no chão totalmente duro.

– Dam? Amor? Acorda! - balançou o corpo do MEU Damon, que não respondia, continuava desacordado.

– Você não estava morta? - questiona Klaus, ajudando-me a pôr Damon no sofá.

– Eu? Morta? Estou bem na sua frente, Nik. Estou me sentindo muito viva pra falar a verdade.

Agora:

– Mas, nós recebemos uma notícia lá do hospital de Nova York que você tinha sofrido um acidente e que estava morta. Como isso é possível?

– Como eu vou estar morta se estou do seu lado, lindo? - diz sorrindo pra Klaus.

– Tem alguma coisa errada nessa história. - diz Caroline sussurrando para mim e Klaus.

Ouvimos um barulho de porta se fechando, e alguém descendo as escadas saltitante cantarolando uma música qualquer da Britney Spears.

– Pessoal, eu vou sair com o Matt e... - April falou sorrindo, mas assim que viu Katherine, seu sorriso sumiu. - M..Mãe?

– Querida! Como você está crescida. Senti muito sua falta, April. - diz, abraçando a filha que retribuiu meio assustada.

– Você não estava... Hum... Ér... Morta?

– Caramba... Qual é o problema de vocês? Eu.Não.Estou.Morta. Primeiro, seu pai desmaia como se eu fosse um fantasma, agora você não acredita em mim?

Damon abriu os olhos lentamente, mas não se levantou do sofá, parecia estar muito cansado. Assim que viu Katherine, arregalou os olhos, não acreditando no que via.

– Amor, você acordou. - pulou em cima de Damon, dando um selinho nele. - Fiquei bastante preocupada, sabia?

Ela foi se aproximar mais do meu ... Namorado? chefe, porém ele recuou, quase caindo do sofá. Katherine fez uma cara chorosa.

– Porque está se afastando de mim? Você não me ama mais? É isso?

– Eu... Eu... cheguei naquele hospital e falaram que você estava morta. depois de quinze anos sofrendo, você aparece falando "oi amor" como nada tivesse acontecido. Acha que eu estaria como?

– Alegre, festejando, dizendo que me ama. - disse, borrando toda sua maquiagem de biscate. - Poxa, Dam, é tão difícil acreditar que eu ainda te amo?

– Kath, uma parte de mim ainda ama muito você, mas durante esses quinze anos, eu aprendi a superar a perda. E agora estou meio que ficando com alguém.

Um sorriso brotou em meu rosto. Ele estava falando de mim para essa biscate, cujo nome combina muito com ela: Katherine.

– Como você foi capaz de me esquecer tão rápido? Você disse que nunca ia me esquecer... Você é um mentiroso, Damon Salvatore.

– Kath, eu pensei que você estava morta, caralho. Lembra da nossa conversa antes de você ter a April? - ela assentiu, limpando algumas lágrimas de seu rosto. - Que se acontecesse...

– Nós falamos que se acontecesse alguma coisa com o outro, nós tentaríamos seguir em frente. - completou a frase. - Mas não aconteceu nada com nenhum de nós.

– Kath, você sofreu um acidente de carro, quando eu deixei a April na casa do meu irmão, fui direto pro hospital e me falaram que você tinha morrido. Fiquei os primeiros quatro anos em um quarto isolado de todos, os outros seis anos, eu fui melhorando aos poucos... E a Care, aquela loira ali, - apontou para Caroline que sorriu meio assustada. - me ajudou. Cinco anos atrás, eu demiti minha secretária, a Andie. E contratei a senhorita Gilbert.

– E acabou se apaixonando por essa vadia. - concluiu com raiva.

– Ela não é vadia, Kath. - respondeu Damon com calma.

– Como você pode estar calmo? Essa biscate me chamou de vadia, seu puto.

– Quem é você pra chamar meu marido de puto?

– Elena Gilbert, a garota que seu marido se apaixonou, enquanto pensava que você estava morta.

– Parem de ficar discutindo, isso não vai adiantar nada. - Damon diz zangado.

– Mas Dam, ela que começou... Você viu. - disse Katherine, se fazendo de inocente, se escondendo atrás dele.

Eu não estava acreditando nisso! Além de se fingir de morta por quinze anos, ainda tinha a coragem de chamá-lo de "Dam". Deus, como eu queria ter o poder de ler as mentes dos outros para saber o que Damon estava pensando naquele exato momento.

– Porque não ligou durante esses anos pra dizer que estava viva? Sabe o quanto eu sofri durante esse tempo, Katerina? - apertando seu braço com um pouco de força.

– Me desculpa, Dam... Meu celular quebrou quando eu sofri aquele acidente horrível de carro.

– Os médicos falaram que era praticamente impossível, a pessoa sair viva de lá, e se saísse, sofreria um traumatismo craniano que logo depois morreria por conta do impacto.

– Mas eu estou aqui, não estou? - diz impaciente. Klaus a olhou como se ainda não acreditasse naquilo.

– Tiraram um corpo daquele carro naquele dia, Katherine. Se não era você, quem era? - disse Klaus, olhando para ela, convicto do que estava falando.

Pude ver que ela engoliu em seco. Fim da linha pra você, vadia. De uma coisa eu estava certa nisso tudo: Katherine estava mais viva que a Rainha Elizabeth da Inglaterra.