Anteriormente:

– Calma... Foi só um beijo. - digo pra Damon, tentando tranquilizá-lo.

– Você gostou? - perguntou, me encarando com seus enormes olhos azuis consumidos pela raiva.

– Hum... Não significou nada pra mim. - tentei fugir do assunto, mas não deu muito certo, já que a minha voz falhou.

Damon se levantou da cadeira furioso, dando um soco em Klaus, eu não estava acreditando... Ele estava com ciúmes... De mim! Não demorou muito pro britânico revidar, que acertou seu estômago.

– Que porra você pensa que está fazendo, Salvatore? - falou, em cima de Damon, que tentava se soltar, sem nenhum sucesso.

– Nunca mais dê em cima da minha mulher. - Damon diz com raiva.

– CALEM A BOCA! É APENAS UM JOGO! - grita Caroline, se levantando da cadeira emburrada. - A brincadeira acabou pra mim.

Ela foi até a casa, subindo as escadas, chateada. Hormônio de grávida sim ou claro? Jer tirou Klaus de cima de Damon, que se levantou cambaleando como se estivesse bêbado.

– Desculpa... Eu fiquei com ciúme e...

– Tudo bem. Nós também acabamos nos empolgando um pouco no beijo, mas não foi nada de mais, não é Elena?

– Sim, claro.

Depois alguns minutos, a luz voltou, fui até o meu quarto, peguei meu diário entre minhas roupas, e resolvi escrever nele.

Querido diário,

Hoje recebi uma mensagem de um número desconhecido, me pedindo pra me afastar do que é dela - dela está no feminino porque estou me referindo a pessoa. - e ninguém sairia machucado... E isso me assustou muito. E aconteceu outra coisa... Adivinha. Bem, como eu sei que você não pode falar, deixei-me ajudá-lo. Rolou uma briga agora pouco, entre o Klaus e Damon. O motivo? Estávamos brincando de verdade ou consequência, e Bonnie me pediu pra beijar Klaus, acabamos nos "empolgando" um pouco com o beijo. Damon ficou com ciúme, e bateu no britânico, que revidou. E pensar que tudo foi por minha culpa. Bem, estou morrendo de sono, então, até amanhã.

Boa noite...

Elena Gilbert.

Coloquei meu diário debaixo da cama, desligo a luz, e me deito na cama. Com um pensamento na minha cabeça: Quem seria o dono daquela mensagem misteriosa? Katherine? Ou outra pessoa... Como... A Andie. Bem, Katherine está morta, então é impossível, Andie é uma suspeita. Acho que vou dormir, porque estou começando a ficar com medo dos meus próprios pensamentos. Boa noite consciente. Boa noite, Lena.

Agora:

Cinco horas da manhã, e eu aqui observando meu chefe dormindo. Pode parecer estranho, mas isso está se tornando um hábito.

– É chato ser observado enquanto estou dormindo, sabia senhorita Gilbert? - ele sussurrou com a voz sonolenta.

– E quem disse que eu estou te observando, senhor Salvatore? - fiz uma voz de inocente.

– Pode parar com essa voz de vítima que não combina nada com você. - falou sorrindo, mesmo com os olhos fechados.

– Eu perdi o sono, tá? Só estou observando você há alguns minutos, agora cale a boca, e volte a dormir. - falo, fingindo estar zangada.

O que era mentira, eu não tinha perdido o sono, mas ele já é convencido, se eu falar que estou o observando a duas horas, Damon me irritará mais do que o costume. Passado alguns minutos, ele voltou a dormir. A porta se abriu, revelando uma garota com os cabelos pretos presos em um rabo de cavalo.

– Tia, posso falar com você por um segundo? O papai nem vai notar, ele dorme mais que uma pedra quando quer.

– Claro meu amor. - falo sorrindo, enquanto me levanto da cama com cuidado pra não acordá-lo.

Estávamos na varanda, April disse que precisava de alguém pra desabafar, e eu era uma das pessoas que ela mais confia naquela casa. Bitch, please, somos demais.

– Elena, você me acha feia? Meu pai fala que não, que sou uma das garotas mais lindas que ele já viu na vida, mas não conta... Pai sempre vai falar que a filha é linda porque é filha.

– Você é linda, April. Do jeito que você é.

– Então porque todos me olham torto? Sempre quando entro no faculdade, as pessoas ficam me encarando como se eu fosse um verme.

– Eu também já passei por isso, sabia? No mundo, todos nós sofremos por alguma coisa. Seu pai sofreu por ter tido você com vinte e um anos, o que a sociedade julga ser muito novo pra se criar um filho... O mundo é injusto com as pessoas que não tem nada a ver com nada. Você não precisa ser o que os outros querem que você seja, isso é patético.

– Adam disse que estou longe de ser uma das meninas mais gostosas do campus.

– Ah tá... E ele é o Chris Hemsworth pra reclamar sobre a sua beleza, não é? - ironizei, revirando os olhos, arrancando uma gargalhada dela.

Era engraçado a gente se conhecer em tão pouco tempo, e já sermos melhores amigas. Parecia que desde a primeira vez que a conheci, criamos um laço como se fôssemos amigas desde sempre.

– Obrigada pela dica, Elena. Às vezes, eu fico me perguntando como meu pai estaria se a minha mãe ainda estivesse viva. Ele mudou muito depois do que aconteceu.

– Eu não sei, mas de uma coisa eu sei, Damon não seria tão apegado a Caroline nem ao Klaus. O futuro mudaria, e talvez nunca nos conheceríamos. - faço biquinho.

– Desculpa se eu roubei seu sono, mas é que eu precisava falar com alguém, primeiro eu ia na tia Care mas eu ouvi barulhos no quarto e não quis atrapalhar o momento magia deles, então fui até você.

– Pra falar a verdade, eu estava acordada desde as três da manhã, e sempre que você quiser, pode contar comigo.

– Você acha que eu tenho uma chance com o Matt? Sei que ele é seu ex namorado, e pode ficar meio chato e...

– Não só acho como tenho certeza, April. E aliás, nós terminamos sete anos atrás, não sinto nada por ele. Só tenha cuidado, ele era considerado o pegador na época da escola.

– Oh... Tudo bem. - falou meio corada, mas ainda assim sorrindo.

Um pouquinho mais tarde.

– Bom dia. - falou Caroline, abraçando eu e April, sorrindo. - É, pelo jeito vocês madrugaram... Geralmente, eu sou a primeira a acordar. Dormiram bem, meus anjinhos?

– Sim, e você? Curtiu sua festinha particular junto com o Klaus? - pergunto maliciosa.

– Foi tão escandaloso assim? - sussurrou pra si mesma, porém eu acabei escutando. E nada como sacaneá-la ainda mais.

– Os vizinhos até ligaram pra cá, falando pra mandar você gritar menos durante o sexo.

Ela ficou mais vermelha que um pimentão, April me olhava quase rindo, parecendo aprovar minha mini brincadeira.

– Oh deus... Não acredito nisso.

Colocamos a mesa do café da manhã, enquanto Caroline ainda estava sem acreditar no que ouvira dois minutos atrás. Klaus nos ajudava a colocar o resto da comida, quando Damon desceu as escadas cantarolando uma música da Taylor Swift.

– Madrugaram hoje? Que milagre! - disse sorrindo. Passado alguns minutos, Jenna desceu as escadas ainda de pijama, como hoje era sábado, ela não trabalhava.

– Hum... A cara está ótima. Estou morrendo de fome. - diz, sentando-se ao lado de April que sorriu, desejando-lhe bom dia. - Querida, pode me passar o açúcar?

– Aqui. - April lhe entregou com um sorriso amigável. Eu tentava comer em paz, mas com Damon fazendo carinho em minha coxa era impossível.

– Para! - suplico, o encarando. Ele nega com a cabeça com uma risada perversa. - Se você não parar com isso, eu fico um mês sem sexo.

– Não! Pronto parei. - diz, levantando as mãos e depois me dando um selinho.

– Somos as únicas solteiras nessa mesa, né April? - falou Jenna, tentando ignorar o casal Klaus+Caroline se beijando.

– Pois é... Mas Jenna, acho que o tio Ric gostaria de você, não é pai?

– Uhm? Ah sim... O Ric gostaria muito de conhecê-la, Jenna. Quando puder, vá pra Nova York que eu apresento você pra ele.

Jenna sorriu de um jeito que nunca tinha visto. Mas coitada, só tinha namorado uma vez, e o cara fugiu da cidade alguns meses depois. Acho que o nome dele era Logan.

– Cadê a Bonnie e o Jer? - pergunto meio triste, porque eu, ela e Car tínhamos combinado de ir no shopping com a April hoje.

– Tiveram que resolver uma coisa urgente fora da cidade, só vão voltar em dois dias.

– E shopping? - perguntou April desanimada. Era a primeira vez que nós íamos com ela fazer umas comprinhas "básicas"

– Só vamos nós quatro, então. - fala Caroline dando de ombros. - Eu, você, Elena e Jenna... Vai ser a tarde das garotas. Garotos ficam em casa.