Wake me Up escrita por Carol Munaro


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

CHEGUEI! Boa leitura!



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Eu estava indo até o meu armário na troca de aula. Já estava atrasada. Até que sinto alguém tapar a minha boca e me puxar pra dentro da salinha de limpeza.

– Não faz escândalo. Por favor. - Brian pediu em voz baixa.

– O que você quer? - Ele respirou fundo encostando-se na parede.

– Desculpe, Anne. Por tudo. Eu sei que eu sou um idiota. Sei que é minha culpa a gente ter terminado. Eu só queria te pedir desculpas por tudo.

– Tudo bem.

– Eu te amo. - Me calei. - Eu te amo. - Ele repetiu. Olhei em seus olhos. Brian esperava que eu dissesse algo, que eu dissesse que ainda o amava. Me doeu ver aquilo. Eu odiava a possibilidade de machucar outra pessoa. Ainda mais essa pessoa sendo alguém que eu amei tanto. E ainda amo.

– Eu ainda sinto algo por você, Brian. - Ele colocou as mãos no meu rosto.

– Volta pra mim?

– Não. - Falei baixo.

– Anne…

– Vai ser pior! Pra nós dois. E outra, você tá com a vadia da Amy.

– Ela é só um passatempo. Eu prometo que vou fazer diferente dessa vez.

– Não.

– Você tá gostando dele, né? Do Cooper. - Abaixei a cabeça. - Continuo não gostando dele.

– Não precisa ser um gênio pra saber disso.

– Eu não vou desistir de você. Mas eu vou fazer diferente. Eu amo você.

– Brian, acabou. Desculpa, mas não dá pra levar isso adiante. - Ele acariciou meu rosto e beijou minha testa.

– Eu te amo. Desculpa por tudo. - Ele falou olhando nos meus olhos e saiu da sala.

(…)

Eu e o Ethan estávamos em casa. Minha mãe tinha saído. Sei lá pra onde. Começamos a nos beijar. Só que uma coisa estava me incomodando. Ethan parecia achar que eu era de porcelana.

– Tá com medo de que? - Perguntei depois de parar o beijo.

– Medo?

– É. Parece que você tá com medo de tocar em mim. - Senti meu sangue se concentrar nas bochechas.

– Não sei se você me deu liberdade pra isso. Alias, a gente nunca falou sobre isso, Anne. Eu respeito você. Você sabe disso. Eu não quero que você pense que eu sou um canalha.

– Mas eu sei que você não é.

– Demorou tanto pra eu ter você… Não quero estragar as coisas justo agora.

– Ethan, você não vai estragar nada. Eu confio em você. - Ele sorriu. Sorri também. Ethan me beijou. Acho que tirando nosso primeiro beijo, esse foi o primeiro que ele me beijou realmente com vontade e sem se preocupar com nada. O puxei ainda mais pra mim. Ethan cravou os dedos na minha coxa e a outra mão nos meus cabelos. Meu coração parecia que ia sair pela boca de tão rápido que batia.

Ele foi me deitando no sofá. Eu sabia que alguém poderia chegar, mas eu não importava. Eu só queria te-lo pra mim.

Ethan olhou pra mim como se pedisse permissão e eu sorri de novo. Ele levantou minha blusa e começou a beijar meu corpo. Depois, ele voltou os lábios pra minha boca. Ethan fechou os olhos e se aproximou da minha orelha.

– Eu amo você. - Ele sussurrou. Paralisei.

– Que? - Ethan ficou olhando pra mim. Continuamos olhando um pro outro paralisados. Como assim “eu te amo”?

– Desculpa, Anne. - Ele se levantou.

– Não precisa pedir desculpas. Aonde você vai? E como assim “eu te amo”?

– Vou embora. Depois a gente se fala.

– Não, Ethan. Para de graça. - Ele já tinha saído da sala. - Porra! - Murmurei. Vesti minha blusa e fui atrás dele. O encontrei abrindo a porta da frente já. - Não precisa ir embora. Não foi nada demais. - Ele olhou pra mim bravo. Ah, que ótimo, Anne. Um “eu te amo” não é nada demais. - Não foi exatamente isso que eu quis dizer. - Falei envergonhada.

– Não é nada demais… - Ele repetiu.

– Eu já falei que eu não quis dizer isso.

– Anne, você tem ideia de quanto tempo faz que eu tenho guardado isso pra mim? E eu tinha razão… Sabia que ia acabar fazendo merda quando você me desse liberdade.

– Para com isso.

– Depois a gente se fala.

– Não. Ethan! - Berrei e ele parou de andar novamente. Mas eu não sabia o que falar. Eu queria convence-lo do contrário, mas nenhuma palavra vinha a minha mente. Ele acabou indo embora e me deixando parada na porta de casa tentando processar o que tinha acabado de acontecer.

(…)

Me espreguicei enquanto escrevia a história pra postar no site da escola. Bateram na porta do meu quarto e eu pedi pra entrar.

– O que acha da gente conversar? - Virei de frente pra pessoa.

– Conversar? O que é isso? Pegadinha? - Minha mãe riu baixo e sentou-se na minha cama.

– Você se acha mesmo muito esperta, né? Ou acha que eu sou burra?

– O que eu perdi?

– Você acha mesmo que eu entregaria todo o dinheiro de bandeja pra você, sua idiota? - Parecia que eu tinham jogado um balde congelante em mim.

– Não sei do que você tá falando. - Dei um risinho sínico.

– As coisas estão no seu nome. Realmente você assinou o contrato… Mas foi burra. Não leu completamente. Sabe aquelas letras no rodapé da folha? Ali dizia que, apesar de estar tudo no seu nome, quem tem o poder de tudo ainda sou eu. Aí você resolve voltar pra essa casa como se eu não tivesse expulsado você.

– Fique feliz por eu ter assinado. Se não fosse eu, você estaria na rua da miséria a essa hora.

– Por isso te deixo morando de novo aqui.

– Acha que isso é um favor? Não faz mais do que a sua obrigação. - Ela olhou com raiva pra mim.

– Tá achando que a sua vida aqui vai ser fácil?

– Eu sei que vai ser um inferno.

– Que bom que sabe.

– Espero que você saiba que eu vou retribuir na mesma moeda. Agora sai do meu quarto. Você tá me incomodando. - Continuei olhando pra ela, esperando ela se levantar. Arqueei uma sobrancelha. - Não entendeu ainda? - Ela levantou-se e saiu batendo a porta.

(…)

Uma semana havia se passado desde aquela noite aqui em casa. A noite que o Ethan falou que me amava. Uma semana! To começando a me perguntar se ele resolveu virar gay. Qual é! Eu praticamente deixei claro que queria que levássemos as coisas adiante e ele some! Ah! Lá vem ele. E se escondeu no mar de gente entrando na escola assim que me viu. Ethan tá de palhaçada com a minha cara. Fui até ele.

– Qual é o seu problema?! - Perguntei parando do lado dele, enquanto ele mexia no seu armário. - Você é virgem? - Perguntei em voz baixa. Ethan olhou pra mim.

– É óbvio que não.

– Então, eu repito a pergunta: Qual é o seu problema? - Ele ficou olhando pra mim. - Você queria que eu respondesse o mesmo. É isso?

– Não.

– O que você quer, então?! - Ele mordeu o lábio.

– Eu não sabia como falar isso pra você. Eu só não quero que você se sinta obrigada a dizer o mesmo pra mim. A gente só tá ficando, Anne.

– Relaxa.

– Achei que as coisas ficariam estranhas. - Olhei pra baixo mordendo o lábio.

– Não vão ficar. - Falei com convicção.

– Espero mesmo. - Ele disse sorrindo e me puxando pra um beijo.


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Notas finais do capítulo

Primeiro eu queria pedir mil desculpas pela demora. Eu to até com vergonha. E adivinha quem agora vai ter aula de sábado também? Ai que cu de veia... Enfim, eu não gostei do final do cap, mas espero que vcs tenham gostado. Ethan tá meio gay ali no final, na verdade e.e E eu tentei melhorar a história e tals... Bom, beijos no core!