Era muito velha para brincar... escrita por Carolina Trindade


Capítulo 5
Capítulo 5




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— Uau! Isso sim é um serial killer de primeira, Peter! Hahaha. – disse o policial enquanto explorava a cena do “crime”.

— Realmente, meu caro colega! Grande estrago desta vez. Vamos precisar de reforços. A coisa está feia. - riu Peter-  Algum sobrevivente?

— Encontraram uma menininha. Parecia muito assustada, pobrezinha. – disse o policial Gregor.

— Apenas ela? Que coisa... – lamentou-se Peter.

— Sim. Acho que será enviada a um abrigo. Não encontramos documentos dela para contatar algum parente.

— Pobrezinha... Já levaram-na?

— Ainda não, vão fazer algumas perguntas a ela. – respondeu Gregor.

— Ok, vamos começar logo isso! Temos muito trabalho pela frente.

 

††††††††††††††††††††††

 

— Muito bem. Natalie, certo? – perguntou um homem.

— Sim. – respondeu a menina.

— Certo, minha querida. Você pode me dizer o que aconteceu no hospital?

— Foi ela. Ela matou meu pai, eu não consegui salvá-lo, ela me deu água e eu não consegui me mexer. Foi horrível! – ela começou a chorar.

— Se acalme, Natalie. Quem é ela? – interrogou o detetive.

— Mary-Lynette. Ela é má! Ela matou a tia Marie e depois meu pai!

— Mary-Lynette? Ela é algum parente ou conhecido? De onde você a conhece?

— Não. Ela é a minha boneca. – disse Natalie.

— Como? Boneca? Uma boneca fez tudo aquilo? – ironizou o detetive. – Paul, traga Rachel! Acho que a menina não está muito bem para ser interrogada. Deve estar traumatizada, coitadinha, imaginando coisas.

— Não, moço! Foi a boneca, eu juro! – gritou Natalie. Por que os adultos nunca acreditavam nela? Por que ela tinha olhos vermelhos? Ou por que era branca?

Uma loira entrou pela porta. Natalie pensava já ter visto aquela mulher, mas não se lembrava de onde.

— Com licença. – disse Rachel. – Em que posso ajudá-lo, Richard?

— A mocinha precisa descansar, ela teve um grande dia. – respondeu Richard, o detetive.

— Ela disse algo sobre a calamidade? – quis saber Rachel.

— Ah, nada. Ela disse que foi uma boneca. – ele bufou. – Crianças.

— Espere. Oi Natalie, você não é filha do... Ai, como era mesmo o nome dele? Ah sim! Você é filha de John Parker, certo? Ai meu Deus! Eu os levei até aquele hospital a mais ou menos uma semana! – confessou ao detetive. – Onde está John?

— A boneca o matou! – respondeu Natalie.

— A boneca novamente? Aquela que perseguia a você e seu pai aquele dia? Natalie. Ouça só, querida. Bonecas são apenas bonecas, elas não matam nem perseguem pessoas. Onde está seu pai?

— Ele está morto! Mary-Lynette o matou! Eu vi tudo! Foi ela que matou as pessoas do hospital! – disse Natalie.

— Ele realmente está morto, Richard? – perguntou.

— Sim, Rachel. Encontramos o corpo dele espalhado pelo quarto onde Natalie estava internada. – afirmou o detetive.

— Oh Deus! Pobre John. Já temos algum suspeito? – perguntou Rachel.

— Foi a boneca!! – gritou Natalie.

— Ok Natalie. Se acalme agora. Você tem algum parente com quem possa ficar? – perguntou Rachel.

— Não conheço ninguém da minha família. – lamentou-se a menina.

— Então, Natalie. Se quiser vir comigo por enquanto, tenho um quarto vago em minha casa... – ofereceu Rachel. - Sem problemas Richard?

— Tudo bem. Ela pode ficar com você até conseguirmos contatar algum parente, na pior das hipóteses, ela vai para algum orfanato.

— Ok. Então vamos, querida. Pegue suas coisas, vou te esperar aqui.

— Sim, obrigado, Rachel. – disse Natalie saindo da sala.

— Tem certeza, Rachel? Ela pode dar problemas. Ela pode precisar de um psiquiatra.

— Natalie é apenas uma criança. Ela precisa de atenção e carinho. Acabou ver o pai morrer e não tem nenhum parente. Deixe-me ficar com ela.

— Não cabe a mim, decidir isso. Um assistente social virá até aqui para ver o caso de Natalie. Mas até lá você talvez possa cuidar da menina. – disse Richard.

— Obrigada, Rick. – ela abraçou o detetive.


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