Abrindo os Olhos de Mário Calderón escrita por Wanda Filocreao


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoal, estou postando mais um capítulo da fanfic. Espero que gostem e se possível comentem.



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Felipe e Fabio não saiam da janela da casa de dona Edite. Eles não viam a hora do seu Mario chegar.

Estavam numa expectativa desde a hora em que Nanda lhes contou que ele viria jantar naquela noite e pedir a permissão de dona Edite e seu Alfredo para namorar com ela.

Assim que voltaram da escola foram logo perguntar a boa senhora o que ela ia fazer de gostoso para o jantar de logo mais.

–Lasanha ao molho e com leite, meninos. – ela fala pacientemente – É uma receita tradicional de família. – explica aos meninos - Minha avó fazia, depois minha mãe e agora eu. - sorri ao ver os olhinhos dos dois garotos brilhando de alegria.

–Oba! Eu adoro lasanha! – grita Felipe todo entusiasmado.

–É aquela gostosura que a senhora fez no almoço de Ano Novo? – pergunta Fabio já lambendo os beiços.

–É sim. – lhe responde dona Edite – É aquela gostosura que em um minuto vocês devoraram. -recorda-se a boa senhora sorrindo com carinho.

–Oba! – gritam os dois garotos ao mesmo tempo.

–Bem, agora lavem as mãos que vou lhes servir o almoço. – fala dona Edite.

–Tem lasanha para o almoço também? – quer saber Felipe.

–Não mocinho. – explica-lhe a boa senhora – Para o almoço teremos arroz, feijão, abobrinha recheada com carne moída e salada de alface.

–Eu não vou comer a abobrinha. – diz Felipe torcendo o nariz e cruzando os bracinhos – Só vou comer a carne moída. – acrescenta fazendo cara de enjoado.

–Eu também não. – diz Fabio imitando em tudo o irmão.

–Pois então mocinhos - fala dona Edite já se dirigindo para a cozinha - vocês não vão comer a sobremesa.

Os gêmeos olham um para o outro, parecendo ter um ponto de interrogação na testa, descruzam os bracinhos e curiosos lhe perguntam ao mesmo tempo:

–O que vai ter de sobremesa dona Edite?

A boa senhora, disfarça um sorriso de triunfo e abre a geladeira lhes mostrando um pirex:

–Isto aqui. - fala tirando o pirex da geladeira e mostrando para eles.

Sorrindo observa a reação deles.

Os garotos espicham o pescoço e enxergam uma colorida salada de frutas com groselha por cima.

–Oba! – gritam juntos.

–Eu vou comer tudinho que a senhora colocar no meu prato. – fala Felipe se apressando em ir ao banheiro para lavar as mãos.

–Eu também. - diz Fabio imitando o irmão e indo lavar as mãos também.

Dona Edite acha graça.

“Nada como uma psicologia moderna, para educar estes garotos.”- pensa com seus botões.

O almoço foi bem animado!

Enquanto comiam tudo como haviam prometido, os garotos não paravam de falar sobre o jantar de logo mais a noite.

Curiosos queriam saber se dona Edite e seu Alfredo permitiriam que seu Mario se tornasse o namorado da Nanda.

–Eu acho que vocês estão muito bisbilhoteiros meninos. – fala a boa senhora fazendo suspense. –Na hora do jantar saberão a resposta que eu e meu velho daremos ao seu Mario.

–Eu acho que vocês vão permitir! – diz Felipe todo entusiasmado.

–Eu também acho! – concorda Fabio – Mas dona Edite o que é mesmo bisbioteiros?

A boa senhora dá uma gostosa gargalhada.

–É bisbilhoteiro – explica ao garoto – E quer dizer xereta, curioso, que quer saber de tudo, antes da hora. Assim como vocês. - completa pacientemente.

Os gêmeos se conformam com a resposta de dona Edite e tagarelas como eram voltam a falar de outros assuntos.

Conversa vai e conversa vem os garotos até rasparam o prato, devorando tudo o que a boa senhora havia lhes servido.

Na hora da sobremesa, os danadinhos pediram para repetir e dona Edite os atendeu de boa vontade pois sabia que as frutas eram muito importantes na alimentação das crianças.

Quando todos acabaram de comer dona Edite se levantou para ir a cozinha lavar a louça.

Felipe e Fabio prontamente ajudaram tirando os pratos, os copos e os talheres da mesa com cuidado e os levando até a cozinha.

–Quer que eu enxugue a louça? – pergunta Felipe.

–Quer que eu varra a sala? – pergunta Fabio.

–Claro que sim, meus amores. – diz a boa senhora agradecida – Eu gosto muito da ajuda de vocês. – sorri para os garotos.

Depois que ajeitam tudo, dona Edite começa os preparativos para o jantar e os garotos vão fazer a lição da escola.

Estava tudo na maior paz e harmonia.

“Obrigada meu Deus. – reflete a boa senhora fazendo uma pequena oração – Obrigada por ter colocado em minha vida estas crianças tão abençoadas.

Imediatamente seus olhos ficam marejados de lágrimas.

“Eu sou mesmo uma manteiga derretida, como diz o Alfredo.”- reflete enxugando algumas lágrimas que teimosas começam a escorrer pelo seu rosto.

Quando Nanda volta do trabalho, lá pelas 6 horas da tarde vai como faz todos os dias direto até a casa de dona Edite cumprimentá-la e buscar os irmãos para tomarem banho e se arrumarem para o tão esperado jantar.

Ao entrar na casa dela, sente um cheirinho gostoso vindo da cozinha e fica feliz ao ver que a sua grande amiga havia preparado tudo com muito capricho e carinho.

Nanda lhe agradece e acompanhada dos irmãos vai para sua casa se preparar para o grande encontro.

Assim que todos ficam prontos voltam contentes para a casa de seus queridos amigos: dona Edite e seu Alfredo, que já os esperam prontos para o tão aguardado jantar.

Felipe e Fabio pareciam que iam a uma festa.

Estavam trajados com a mesma vestimenta do dia da apresentação de balé da Nanda, calça jeans e camisa social.

E os cabelinhos tigela penteados com gel dava um toque de elegância naqueles dois garotinhos.

Estavam tão bonitinhos!

Dona Edite os olha emocionada.

“Meus menininhos! Como cresceram! Parecem dois homenzinhos.”- pensa com carinho.

Mas quando Fernanda entra em sua casa, a boa senhora não consegue esconder a emoção.

Ela estava linda! Usava um vestido azul turquesa sem mangas e sobre ele havia colocado um bolerinho de crochê branco, que dona Edite a havia presenteado no Natal passado. Fora ela mesma quem havia feito para a sua menina.

Seus cabelos estavam soltos, caindo nos ombros e usava uma tiara fininha azul, do mesmo tom do vestido.

“Os garotos devem tê-la ajudado a pegar a tiara da cor certinha. – reflete a boa senhora – Estes garotos são duas joias mesmo!”

–Hum! Que cheirinho bom! – fala Nanda assim que entra na sala.

–É o cheirinho da lasanha! – Felipe se apressa a falar.

–Aquela com leite de molho! – completa Fabio.

–Seu bobo é ao molho de leite! – logo o corrige Felipe.

–Não xingue o seu irmão! – diz Nanda – Peça desculpas a ele.

–Desculpas. – fala Felipe ao irmão estendendo sua mão em sinal de amizade.

–Desculpas aceitas. – diz Fabio pegando na mão que o irmão havia lhe estendido.

Aqueles dois não conseguiam ficar afastados mesmo!

–O que tem de sobremesa? – pergunta Fabio.

–É mesmo dona Edite! Que gostosura a senhora fez desta vez? – Felipe quer também saber.

Agora foi a vez de Nanda lhes dar uma bronca.

–Olhem os modos meninos! Não sejam curiosos.

–Você quer dizer bisboteiros. – diz Fabio.

–Não é assim que se fala – Felipe o corrige – É bisbilhoteiro. – fala pausadamente.

Dona Edite e Fernanda seguram o riso. Acharam graça de um falando errado e do outro corrigindo.

Dona Edite os abraça e fala com carinho:

–Não tem nada demais, meus amores. Eu vou lhes contar já. Eu fiz pudim de leite condensado, aquele que vocês adoram. – completa com carinho os beijando nas bochechinhas rosadas.

–Oba! – gritam os dois garotos ao mesmo tempo.

–Eu adoro pudim! – exclama Felipe.

–Eu também! – complementa Fabio.

Logo chega o seu Alfredo e cumprimenta a todos.Ele estava voltando de uma corrida de taxi que fizera levando um cliente até um bairro um pouco distante. E desde aquele momento então os dois se encontravam espiando na janela, vendo se surgia ao longe o carro azul cobalto de seu Mario.

–Meu velho- diz dona Edite ao esposo – Pode ir tomar banho, já coloquei sobre a cama a sua roupa que vai vestir hoje.

Enquanto ele vai tomar banho, Nanda e dona Edite vão para cozinha preparar o suco de maracujá.

Os garotos então ficam na sala e vão até a janela e lá permanecem um bom tempo olhando e apostando um com o outro quem vai ser o primeiro a ver o carro azul cobalto de seu grande amigo Mario Calderón, despontando na rua.

Assim que Tito estaciona o carro em frente ao restaurante Almirante Padilha, uma onda de temor invade o coração já tão aflito de Mariana.

“Meu Deus! Onde eu estava com a cabeça? O que vim fazer aqui neste restaurante tão chique? – pensa a jovem quando olha pela janela do carro a fachada do imponente estabelecimento. - Ainda mais acompanhada deste homem, que para mim é um estranho.”

O guardador de carros, muito gentil, apressa-se em abrir a porta para a jovem, que se encolhe ainda mais no banco do passageiro.

O rapaz a olha curioso, parecendo querer saber o porquê de tal comportamento. Mariana sentindo-se analisada não vê outra alternativa a não ser sair do veículo.

Tito dá a volta no carro e vem todo cavalheiro buscá-la. Pega em sua mão e juntos mãos dadas entram no Almirante Padilha.

Naquele horário tem pouco movimento no local, mas já há alguns clientes em algumas mesas, conversando e ouvindo uma música bem romântica.

Curiosa, Mariana acompanha com os olhos o som de onde vem a linda melodia e avista ao fundo do salão uma banda com alguns músicos tocando.

Ela observa tudo calada, enquanto o maitre os acompanha a uma mesa.

A jovem fica admirada ao reparar no requinte do ambiente. O imenso salão estava todo iluminado por vários lustres de cristal.

Mesas redondas cobertas por toalhas de linho branquinhas estão espalhadas aqui e acolá preenchendo os espaços do imenso salão.

No centro de cada mesa a jovem repara que há um mimoso vasinho com violetas multicores, dando um certo ar de alegria ao ambiente.

Encantada Mariana vai virando a cabeça para observar tudo nos mínimos detalhes. Quer guardar na sua mente tudo o que está vendo.

“Que coisa mais linda meu Deus! Até parece que estou em outro país! – reflete– O país dos ricos e famosos!”.

Seus pés deslizam no piso de madeira, que brilhavam com as luzes ali refletidas.

Por um momento Mariana tropeça e escorrega e Tito a apoia com firmeza impedindo que ela caia.

A recepcionista fica encabulada, mas Tito parece que nem se importa com a pequena gafe.

Sentam-se na mesa que o funcionário lhes indicou, uma mesa bem aconchegante em um local de onde se vê nitidamente a banda musical.

Tito que não tira os olhos de sua bela acompanhante, percebe o encantamento da jovem.

–O que achou do local Mariana? Gostou? – pergunta o manequim ambulante encostando os lábios em seu ouvido.

Pega de surpresa a jovem quase tem um treco!

Tentando disfarçar a emoção do momento reponde por monossílabos:

–Eu... achei... bonito. – consegue com muito custo completar a frase.

Tito percebe o seu nervosismo e lhe dá um sorriso encantador. Em seguida o maitre estende a ambos os cardápios.

Quando o funcionário se retira Tito faz outra pergunta a Mariana:

–Você está com fome?

A vontade da jovem é sair dali correndo mas novamente a frase da leitura de cartas a impede.

Sente que deve se sacrificar pela empresa e pela Betty, que sempre foi tão sua amiga.

Pensa que deve se controlar e com jeitinho tentar desvendar os mistérios deste lindo moreno de olhos verdes esmeralda, que a fita intensamente.

–Estou sim. – mente ela.

Tito ao escutar sua resposta se anima e tenta lhe sugerir alguns pratos finos a que está acostumado a comer.

Mariana, sempre muito simples, nunca tinha ouvido aqueles nomes franceses que Tito ia lendo do cardápio.

Fica indecisa, mas depois acha melhor ser autêntica e sincera.

–Olha Tito, eu não sei nada dos pratos que você está citando, poderia me explicar melhor e dizer quais são os ingredientes deles na língua do nosso país?

Tito se surpreende com a sinceridade e humildade dela. Gosta do que ouve. Reflete por um instante e lhe pergunta:

–Você gosta de peixe? Acho uma comida leve e saudável para o jantar. O que acha?

Mariana se anima, pois peixe é um dos seus pratos preferidos.

Sorri timidamente e lhe responde:

–Gosto sim Tito. Qualquer prato com peixe eu adoro. Poderia escolher para mim, por favor? – fala com humildade.

Tito se dá por satisfeito e faz um sinal ao garçom.

Assim que o garçom chega em sua mesa ele faz o pedido:

–Por favor, poderia nos trazer um filé de linguado à francesa, acompanhado de risoto com cogumelos e uma garrafa de vinho branco.

O funcionário anota os pedidos e se afasta para providenciá-los.

–Desculpa Mariana, eu esqueci de lhe perguntar. Você gosta de vinho branco. – fala o moreno todo gentil.

Mariana faz um movimento afirmativo com a cabeça e não sabendo o que fazer começa a mexer nervosamente na alça de sua bolsa que está em seu colo.

Tito percebe o seu nervosismo e para deixá-la mais a vontade começa a falar de si mesmo.

–Mariana não tive a oportunidade de me apresentar de maneira adequada, o meu nome você já sabe é Timóteo, mas prefiro que me chamem de Tito. Sou empresário, aliás meu pai é e enquanto ele viaja para o exterior eu tomo conta de seus negócios na empresa. Ainda sou novo neste negócio. – sorri com simpatia.

–Por que você foi a Ecomoda? – a pergunta sai naturalmente da boca da recepcionista.

Tito já esperava por aquela pergunta e já tinha ensaiado muitas vezes qual resposta dar.

–Meu pai está interessado em ampliar seus negócios e pediu que eu visitasse a Ecomoda para que pesquisasse sobre a provável compra de algumas ações da empresa. – mente o jovem - Já que ela está progredindo a olhos vistos.

Mariana ainda não fica satisfeita com a resposta, algo não soa verdadeiro aos seus ouvidos de sensitiva, mas cautelosa não tece nenhum comentário, apenas concorda balançando a cabeça dando sinal que havia entendido a sua explanação.

Ao fazer este movimento Tito repara no cordão dourado com um coração que a jovem tem no pescoço. É daqueles coraçõezinhos que se abrem e onde se guardam fotos de pessoas queridas, Repara que não é de ouro e sim uma bijuteria como tantas outras.

–O que você tem aí dentro deste coração? – lhe pergunta curioso, querendo fazer amizade.

Mariana surpresa, pega no pequeno coração dourado, aperta um pequeno fecho e ele se abre.

–São as fotos de seus pais? – pergunta Tito se aproximando para ver melhor.

A jovem fica triste de repente e lhe diz:

–Não, eu nunca conheci meus pais. Fui deixada na porta se um orfanato quando era recém- nascida.

Tito fica surpreso e sem saber o porquê se entristece também e meio sem jeito lhe pede desculpas.

–Me perdoe Mariana. Eu não quis ser indiscreto. Não sabia...

Ela dá de ombros parecendo conformada.

–Não tem problema não Tito, eu já estou acostumada.

Mariana permanece com o pequeno coração aberto entre seus dedos.

–E então, se não são seus pais, o que tem aí dentro deste coração? É a foto de algum namorado? – pergunta o manequim ambulante.

Mariana sorri.

–Não tenho namorado. – explica-lhe – Aqui neste coração estão alguns dizeres de um homem que foi muito famoso.

–Então leia para mim. – pede-lhe Tito, no fundo satisfeito em saber que ela não tinha namorado.

A recepcionista fixa os olhos nas letras miúdas do coraçãozinho que já carrega a muitos anos no pescoço e lê pausadamente para Tito.

“Quando procuramos o mal na humanidade esperando vê-lo, nós o encontramos.” (Abraham Lincon).

–Foi um presidente dos Estados Unidos. – explica-lhe Mariana.

–Sei disso Mariana. E por sinal, ele foi um grande presidente para o seu país, foi mesmo um grande homem. – fala Tito – Só não entendo o porquê de você tê-lo sempre consigo – diz indicando o coraçãozinho.

Mariana se remexe na cadeira, fecha o pequeno objeto ainda permanecendo com ele entre os dedos. Ela o segura com um carinho enorme, como se fosse a joia mais preciosa do mundo, que alguém pudesse ter.

Resolve ser sincera com ele e crê que seria bom compartilhar com ele um pouco de sua vida.

–Como te disse fui criada em um orfanato. Lá quando a gente completava 18 anos éramos obrigados a sair e deixar a nossa vaga para uma criança, para que pudesse também ser criada e educada como nós fomos. – explica a jovem.

Tito a ouve com atenção. Nunca havia conversado com alguém que não tinha família e muito menos que fora criado em um orfanato.

–Pois bem – continua Mariana – Quando a gente deixava o orfanato, o único lar que havíamos conhecido, a direção se encarregava de achar um emprego e uma vaga em uma pensão, para que pudéssemos dar continuidade a nossa vida.

Tito nota que ela se emociona com esse relato.

–E em sinal de carinho cada jovem que saía de lá era presenteado com este coraçãozinho, com esses dizeres gravados. A direção achava que seria um estímulo para nós. Uma maneira positiva de encarar a nova vida. E essa maneira seria sempre buscar o melhor nas pessoas.– termina a explanação com os olhos cheios de lágrimas.

Aquilo comove Tito, que instintivamente pega em sua mão procurando sem saber o porquê confortá-la.

Mariana por sua vez, deixa-se confortar e ambos ficam calados em meio a tanta emoção.

Neste momento a banda de músicos começa a tocar uma linda melodia.

Uma jovem sobe ao palco e começa a cantar uma música que Mariana reconhece de imediato “Que Hago Yo?”, uma das suas músicas favoritas.

Pois ela fala de um amor que se foi e deixou saudades.

Deixa-se embalar pelos dizeres desta melodia que sempre toca tão fundo em seu coração.

Tito sempre tão disperso e desligado para as coisas do coração se surpreende também ao prestar atenção na letra da música.

Parece que o mundo para neste instante e só existe aquele momento, com aquela linda melodia embalando os dois, cada qual com seu pensamento mais secreto.

E assim ficam até que o garçom chega com os pratos fumegantes e exalando um cheirinho bem apetitoso.

Rapidamente Mariana solta sua mão das de Tito e se ajeita na cadeira.

E em silencio começam a comer.

Enquanto isso no Le Noir Armando e Betty sentam-se em uma mesa em um cantinho aconchegante. Queriam estar a sós, sem serem incomodados por olhos indiscretos e curiosos.

Até aquele momento conversaram sobre amenidades e assuntos de trabalho.

Betty em dado momento lhe pergunta:

–Meu amor, o que o Tito queria conversar com você? Ficaram tanto tempo reunidos em sua sala.

Armando não estranha a pergunta, sabe que Betty quer se inteirar de tudo o que se passa na empresa. E a visita daquele homem não passou desapercebida a ninguém, disso ele tinha certeza.


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Notas finais do capítulo

Aguardem os próximos capítulos.



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