Abrindo os Olhos de Mário Calderón escrita por Wanda Filocreao


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoal, após um longo tempo finalmente voltei a postar. Espero que gostem deste capítulo e se possível comentem.



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Tito aperta o volante do carro com tanta força, que se tivesse capacidade poderia esfarelá-lo entre seus dedos. Mas na verdade o que ele queria mesmo era que esse volante fosse o pescoço de certo alguém.

E esse alguém era ninguém mais nem menos que o sujeito que agora via em sua frente, tentando monopolizar a atenção de Nanda.

Um cara que havia aparecido como num passe de mágica. E era com essa mágica que tentava a todo custo invadir a vida de sua ex-noiva, de seus irmãos e dos velhos amigos de Nanda, seu Alfredo e dona Edite.

Tito sentia muita raiva e ciúmes incontroláveis!

Aquele sujeito havia de certa forma atravessado o seu caminho e estava atrapalhando tudo!

Justo agora que voltara a se interessar pela sua ex-noiva, Tito não admitia ter aquele intruso se metendo em seus planos.

Desde o dia da sua apresentação de balé, Nanda renascera aos olhos do moreno e não saia de seus pensamentos.

Ele gostou de ver como ela foi aplaudida e como todos comentavam sobre a sua beleza e seu desempenho.

Muitos de seus amigos ficaram impressionados com Nanda e custaram a acreditar que ela fosse realmente cega.

Ela voltara a ser alguém, aos olhos de Tito. Alguém que talvez pudesse ter a sua atenção novamente e talvez merecesse que ele se envolvesse com ela novamente.

Não sabia ao certo ainda se queria se casar com Nanda, como antes era o seu desejo, mas tinha plena convicção que a jovem o atraía muito, apesar de cega. Talvez até mais do que antes.

Seria uma glória para ele poder desfilar com Nanda diante de seus amigos e poder provar a todos que ainda podia ter tudo o que quisesse.

Tito achava que só com um estalar de dedos, poderia obter tudo o que sua mente egoísta desejava. Sempre foi um menino mimado, o queridinho da mamãe e do papai, que sempre atendiam a todos os seus pedidos.

Só que agora...

Tito nem pisca e fica ali, todo atento, observando se vê algo comprometedor entre Nanda e Mario.

Ele não se conforma em ter um concorrente como esse tal de Mario Calderón.

Dias atrás quando os apresentaram, no dia da apresentação de Nanda, Tito observou com atenção aquele sujeito e ficou muito desconfiado, surgindo-lhe uma pulguinha atrás da orelha.

Quem seria aquele indivíduo?

Queria saber a origem daquele homem que aterrissara de para quedas em seu caminho. E que merecia toda a atenção de todos, pois pareciam gostar muito dele.

Os gêmeos, seu Alfredo e dona Edite o tinham em alta, sem falar em Nanda que ao que tudo parecia lhe dedicava um interesse todo especial.

Resolveu então fazer uma minuciosa pesquisa na internet, sobre Mario Calderón.

Quando finalmente a investigação chegou ao final, qual não foi a sua surpresa ao se deparar com o surpreendente resultado.

Mario Calderón era um herdeiro, ou pior o único herdeiro do multimilionário Carlos Eduardo Herrera Calderón, já falecido, dono de várias empresas multinacionais de grande sucesso!

Aquele sujeito era um verdadeiro caixa forte! Sem qualquer problema financeiro, riquíssimo, além de ser um homem bem apessoado, elegante, cavalheiro e muito gentil com todos.

E o pior de tudo era que ao que tudo indicava, esse sujeito era um forte candidato ao coração de sua ex- noiva.

Não que Nanda fosse uma moça interesseira. Não, nunca o foi.

Era até simples demais! Ela sempre prezava os bens espirituais antes dos materiais.

Tito muitas vezes havia criticado essa sua maneira de ser. Sem ambições, sem interesse de se integrar a mais alta e fina sociedade.

Para ela os bens materiais não tinham nenhuma importância, o que ela prezava eram os sentimentos que nutria pelas pessoas e que essas nutriam por ela e sua família.

Sempre foi assim, desde a época em que se conheceram, namoraram e noivaram. Tito notava o quanto ela era simplória.

Mas tinha intenção de influenciá-la e de mudá-la com o tempo.

Pois Tito era o oposto de Nanda. Muito materialista, queria se relacionar bem com pessoas com boa influência e de quebra que tivessem uma gorda conta bancária. Tudo para conseguir o que sempre almejara, sucesso, bajulação e uma vida de luxo e superficialidades, custasse o que custasse. Nem que para isso precisasse passar por cima de quem quer que fosse.

Tinha sonhos de se tornar um grande empresário, com um grande destaque no mundo dos negócios, ter muito dinheiro e assim ser feliz.

Já andava traçando seus pauzinhos, desde que voltara do exterior e tinha certeza que conseguiria o seu intento.

E também acreditava que com Nanda ao seu lado, o sucesso viria de imediato, pois as pessoas se comoveriam com a bailarina linda e deficiente, que superou os obstáculos da vida.

Seria como um impulso em sua vida, a vida que sempre almejou.

Mas agora olhando a cena a sua frente, Mario e Nanda no portão, aquilo soava muito estranho para ele.

Pois Tito não acreditava no fato de Nanda estar se interessando novamente por alguém.

Aquilo era inconcebível para ele!

Nanda havia ficado tanto tempo sozinha, depois que eles haviam rompido, ou melhor, depois que ele a abandonara, que para ele era inaceitável que ela tivesse um novo relacionamento amoroso.

Na mente egoísta de Tito ela iria morrer velhinha, sem ninguém e apenas cuidando dos irmãos e quem sabe mais tarde dos filhos dos irmãos.

Nanda se relacionando com outro homem?

Não ele não poderia admitir tal coisa!

Justo agora! Agora que voltava a nutrir certo interesse por ela!

“Como é possível isso! Nanda está ainda mais linda que na época em que estávamos juntos? – pensa Tito enquanto a observa de seu automóvel, parado do outro lado da rua – Mais bonita e segura! – continuando a observá-la – Uma mulher maravilhosa! Não lembra nem de longe a jovem sonhadora, ingênua e tímida de outrora. Nanda conseguira superar os obstáculos que a deficiência lhe trouxe e se saira muito bem!” – reflete o “manequim ambulante” enquanto analisa cada gesto do casal, dali de seu esconderijo secreto.

Não quer perder nenhum lance. Precisa ter certeza se tudo o que imagina é verdade mesmo, se esse sujeito e Nanda estão mesmo envolvidos sentimentalmente.

Tendo esta certeza iria então mostrar a esse sujeito com quem ele estava lidando.

Não deixaria aquele cara se meter onde não era chamado.

Os lindos olhos verde esmeralda de Tito pareciam soltar faíscas enquanto observavam tudo a sua frente.

Mario estava um pouco constrangido, aliás, nunca havia se encontrado numa situação como essa. Sempre fora um conquistador, as mulheres pareciam se jogar em seus braços, como abelhas no mel. Ele não precisava fazer nenhum esforço para conquistá-las. Sabia que era tinha uma boa estampa e uma boa conversa.

Mas com Nanda tudo era diferente. Ela não o enxergava, portanto de nada adiantava ser bonito e atraente, o que contava para ela era a sinceridade, a beleza interior e o que trazia dentro de seu coração.

Nanda era muito perspicaz e nada do que acontecia a sua volta lhe passava desapercebido. Parecia enxergar o que ia nas profundezas das almas das pessoas.

Desde o primeiro momento em que a viu, ficou impressionado com a sua beleza, mas o que o cativou mesmo foi esse seu modo de ser. A maneira dela tratar a todos ao seu redor com seu carinho e dedicação, seu interesse pelo bem estar de cada um, tudo isso o foi cativando. Nunca na vida se deparara com alguém assim tão especial. Nanda era boa, sincera, amiga. Sempre a via pensando primeiramente nos seus irmãos, nos amigos fiéis, dona Edite e seu Alfredo e ela ficava sempre em segundo plano.

Como podia haver tantas qualidades em alguém tão jovem?

Uma mulher de fibra, segura, que conseguira vencer e se reintegrar à sociedade, procurando levar uma vida normal, apesar da sua deficiência.

Que nunca negligenciara seus pequenos irmãos, tratando-os como uma verdadeira mãe.

Uma mulher ao mesmo tempo meiga e terna que conquistara o seu coração.

Nanda era especial e por isso ele sabia que tinha que ser muito cauteloso e o mais sincero possível com ela, não queria assustá-la e por tudo a perder.

Mario sentia no fundo de seu coração que ela era a mulher certa para ele, a mulher da sua vida, pois provocava nele sentimentos novos. Nunca sentidos antes.

Agora ele havia se dado conta de como mudara. Nesse momento tinha em mente o desejo de ser uma pessoa melhor. Um ser humano que pensasse nos outros, antes de pensar em si próprio, menos egoísta. Assim como Nanda era. Uma mulher verdadeira e autêntica. Nanda despertava nele o seu lado bom. E isso era para Mario uma novidade. Gostava de se sentir assim.

Mario se revestiu de coragem, e seguiu o seu coração, começando a falar, enquanto pegava as mãos delicadas da jovem:

–Nanda, aquilo que a dona Edite disse, sobre o cão guia e as técnicas do Geraldo em lidar com um, não deixa de ser verdade, mas esse é um assunto que quero tratar com você em outro dia.

Mario percebe que a jovem fica tensa, pois suas mãos tremem em contato com as suas.

–Agora preciso falar com você sobre algo mais sério. - continua ele.

Fernanda sente que seu coração vai explodir e sair pela boca!

“O que será que ele vai me dizer? Será que é algo que sente por mim?” – se pergunta a jovem mentalmente, mas no fundo não querendo ter falsas esperanças, para não se decepcionar depois.

Mario sente as mãos da jovem ficarem frias entre as suas. Sensibiliza-se e as acaricia com muita ternura.

–Nanda eu queria lhe dizer que estou apaixonado por você. - fala de supetão olhando para ela, e apesar de ver a jovem se retrair, não se detém, tomando mais coragem e continua - Desde a primeira vez em que a vi, fiquei impressionado, algo tocou forte em meu coração, senti que algo havia mudado dentro de mim. Desde então você passou a fazer parte de meus pensamentos, dia após dia, noite após noite. Você ficou grudada em meus pensamentos. Queria saber se posso ter alguma esperança? Se você sente algo por mim? – pergunta Mario procurando ser o mais sincero possível e aguardando ansioso pela resposta da jovem.

Nanda fica muda, paralisada e sem que se dê conta lágrimas teimam em rolar de seus olhos.

Recusa-se a acreditar no que ouvia. Não queria ter falsas esperanças. Não queria se iludir e sofrer novamente.

Estava resignada a ficar só, somente ela e os irmãos. Não pensava que alguém pudesse se interessar por uma pessoa assim como ela, cega.

Mario fica todo comovido ao ver as lágrimas rolarem em seu rosto delicado, não sabe do dilema que se passa no coração de Nanda e passa os dedos levemente em seu rosto procurando secar as lágrimas que teimam em escorrer.

Num momento de ternura, Mario não se contém e a abraça, tentando dar-lhe conforto e segurança, pois sabe que ela já sofreu muito e será com muito carinho que conseguirá amolecer o seu machucado coração. Espera pacientemente até que ouve uma vozinha baixa e que soa muito insegura.

–Se..seu.. Mario... o senhor não pode estar falando sério. Olha para mim! Eu sou cega! O senhor não pode e não deve estar apaixonado por mim! É um engano! Ainda mais que vou ser um estorvo em sua vida.

Mario se surpreende. Não esperava esta atitude de uma jovem que soube se superar, enfrentando e vencendo vários obstáculos em sua vida.

Mas no fundo compreendia a sua insegurança, pois a decepção amorosa que tivera com Tito fora muito forte. Mario sentia que precisava em primeiro lugar dar segurança a ela e fazê-la acreditar que o que sentia era sincero e verdadeiro.

–Nanda em primeiro lugar, gostaria que me chamasse só de Mario, tira o seu da frente dele. Em segundo lugar que acreditasse em mim. Eu estou realmente apaixonado por você, não duvide. Creia que a sua deficiência não é nenhum impedimento para eu amá-la, como eu a amo, do fundo do meu coração. Eu aprendi a admirá-la pelo que você é, acredite nisso, por favor.

Nanda parece não acreditar, ou melhor, tem medo de acreditar!

“Um homem como ele gostando de mim? Será que isto é possível, meu Deus?” – Nanda se pergunta intimamente.

Parecendo ter ouvido seus pensamentos Mario a abraça com um imenso carinho e tocando em seu rosto com uma imensa ternura que jamais havia sentido com quem quer que fosse, aliás, jamais havia imaginado que em seu ser pudesse ter um sentimento tão lindo e profundo assim.

–Nanda... - recomeça ele falando -... hoje eu pude comprovar como uma pessoa pode ser realmente feliz. Feliz por amar e se sentir amada. Sim, eu sinto que você me ama. Não adianta negar, eu sinto. Estou certo? – pergunta-lhe Mario com voz ansiosa.

Enquanto isso dentro da casa de Nanda, Felipe já de pijama, vem à sala e resolve espiar a irmã que conversava no portão com o seu Mario, puxa a cortina de renda da janela e fica admirado com o que vê.

–Fabio! Corre aqui! Veja isso! – grita o garotinho chamando o irmão com urgência.

Assim que Fabio chega, ele aponta com o dedinho para fora e fala:-

– Olha ali, o seu Mario abraçando a Nanda!

Fabio dá um lindo sorriso e Felipe continua falando, todo alegre:

–Eu não disse que o Papai do Céu iria ouvir a nossa oração, se pedíssemos com fé?

–É mesmo! Você tem toda razão, Ele ouviu o nosso pedido! – grita Fabio todo feliz.

Os dois garotinhos se abraçam e começam a pular de alegria.

Dona Edite ouve aquela algazarra e vem correndo saber do que se tratava.

–O que foi garotos? – pergunta ela curiosa- Por que estão pulando de alegria?

–Olha lá dona Edite. – lhe diz Felipe, parando de pular e puxando a cortina para que a boa senhora veja seu Mario e Nanda abraçados.

Dona Edite olha e se emociona, não acreditando no que seus olhos vêem.

“Louvado seja Deus! Seu Mario e a minha menina! Parecem que estão se entendendo!”- pensa ela com o coração aos pulos.

“Mas não posso dar esperanças aos meninos. E se for um engano? Se for apenas um abraço de amigos? Não vou colocar sonhos nas cabecinhas deles e depois os desiludir.” – reflete a boa senhora, procurando ser o mais sensata possível.

–Meninos, não há nada demais! – fala aos gêmeos, procurando esconder a emoção que sentia – O seu Mario deve estar ajudando a Nanda. Vai ver que ela tropeçou e ele a ajudou. Não fiquem pensando coisas! – fala a boa senhora colocando os braços rechonchudos ao redor dos ombros dos garotos.

Felipe e Fabio se olham e ficam decepcionados com o que dona Edite disse.

Estavam tão contentes ao ver aquela cena!

–Talvez a dona Edite tenha razão e seja só algo de nossas cabeças. – diz Felipe ao irmão, que concorda triste abaixando a cabecinha.

Mas em seguida um lampejo de luz reflete em seu coraçãozinho e ele sorri.

–O que foi. – pergunta-lhe a boa senhora.

–Já que a senhora disse que a gente estava enganado com o que vimos – fala Fabio- poderia nos ajudar na oração, para que tudo seja de verdade mesmo?

A boa senhora se comove com aqueles olhinhos sinceros e os atrai para mais perto de si e os abraça com imenso carinho.

–Você tem razão Fabio, vamos sim vamos pedir ao Papai do Céu que cumpra o desejo de nossos corações.

E assim dona Edite e os gêmeos seguem para o quarto para se ajoelharem e pedirem que Deus una as pessoas que mais amam na vida: Nanda e Mario, o amigo que eles tanto aprenderam a gostar.

Mario nem espera a resposta da jovem e pegando no seu rosto com carinho e não resistindo a beija em seus lábios com imensa ternura.

Nanda pega de surpresa no primeiro momento sente vontade de repeli-lo, mas ao mesmo tempo sente uma intensa vontade de desfrutar daquele beijo carinhoso e se entrega com todo o amor que agora deixa aflorar livremente.

–Eu também te amo. – fala ela tentando recuperar-se do beijo carinhoso e terno e colocando as mãos em seu rosto, como que querendo analisá-lo como em braile.

Mario não se agüentando de felicidade, a abraça com mais força e a beija novamente, só que agora com imensa paixão.

Tito vê tudo isso e com as mãos aperta ainda mais o volante de seu carro.

“Tenho que fazer algo! Isso não pode ficar assim! Esse sujeito deve ter algum podre em sua vida! Vou fazer de tudo para descobrir e desmascará-lo na frente de Nanda!”- pensa o rapaz com ódio nos incríveis olhos verde esmeralda.

Mario e Nanda conversam e abrem seus corações um para o outro com toda a sinceridade que poderiam ter e se entendem. Aquilo que Mario acreditava era realmente verdade. Nanda o amava assim como ele a amava! Aqueles toques, aquela corrente elétrica que sentiam em vários desses momentos era tudo verdade! Eles se amavam!

Nanda nem pode acreditar! Parecia que tudo o que seus irmãos pediram na oração estava se concretizando!

“Ele me ama! Ele me ama independente da minha deficiência! Ele conseguiu me enxergar! Enxergar o que vai em minha alma, no meu coração!

Obrigada meu Deus!”- Nanda faz um agradecimento ao Todo Poderoso em pensamento.

Mal sabe ela que Mario da mesma forma, agradece também a Deus, a benção de colocá-la em seu caminho!

“Geraldo tinha razão. É preciso aprender a escutar a voz do coração e perceber a beleza de enxergar o que vem de dentro da alma de uma pessoa. Obrigado meu Deus por tê-la colocado em minha vida! Muito obrigado!”- Mario reflete.

Depois de mais abraços e beijos carinhosos, Mario combina com Nanda que no dia seguinte irá à casa de seu Alfredo e de Dona Edite, pedir permissão para namorá-la e por conseguinte passar a freqüentar a sua casa regularmente, agora na condição de seu namorado e eleito de seu coração!

Despedem-se felizes e com os corações cheios de esperança.

Mario espera a jovem entrar na residência e só então sobe em seu carro.

Está tão feliz e com o coração aos pulos que nem nota o carro parado do outro lado da rua, com os faróis apagados, cujo motorista ao volante estava com seus incríveis olhos verdes esmeralda bem acesos, como se quisessem fulminá-lo devido o tamanho ódio que agora sentia.

Mario entra no seu carro com um lindo sorriso nos lábios, evidenciando as sedutoras covinhas.

“Geraldo tinha toda a razão! Hoje era o dia! Abrir o meu coração para Nanda foi a melhor coisa que poderia ter feito. – segue pensando – Ela me ama, assim como eu! Sou o homem mais feliz do mundo!”

Mario dirige o automóvel em direção a casa de seu amigo Geraldo.

“Tenho que contar tudo a ele e agradecer pelos sábios conselhos. Tenho certeza que ficará muito feliz!”

Está tão empolgado, tão feliz e com a cabeça nas nuvens, lembrando-se dos doces beijos de Nanda, que nem se dá conta que o semáforo havia fechado para ele, só acorda de seus doces sonhos quando escuta o barulhão de ferragens se amassando, breca rapidamente se dá conta então que bateu seu carro novinho em folha no carro da frente.

O motorista da frente, assustado, parou o veículo imediatamente e sai do carro. Queria tomar satisfação com o sujeito que danificou o seu veículo.

Mario está tão feliz, que não se deixa abater por este incidente e espera tranqüilamente o homem se aproximar dele.

“Seja quem quer que seja, vou pedir desculpas e conversar com ele numa boa.”- conclui o mais novo apaixonado do pedaço.

Mas qual não é sua surpresa, ao notar que quem desce do veículo é ninguém menos que Armando Mendoza, seu ex melhor amigo.

Armando olha o estrago que ele fez em seu veículo e raivoso se aproxima dele.

–Seu imbecil! Olha o que você fez em meu carro! Amassou toda a frente do carro! Vou te dar um jei...

Mas não consegue concluir a frase, pois a última palavra morre em seus lábios ao se deparar na sua frente com Mario Calderón seu ex amigo e sócio na Ecomoda.

Mario ao vê-lo desce rapidamente do seu veículo e observa o estrago que provocou.

Olha também seu carro e percebe que não amassou muito, só uns amassadinhos no pára-choque.

Olhando agora a cara de Armando Mendoza tem uma reação inesperada.

Começa a dar risada.

Armando fica mais possesso ainda e serrando os punhos se aproxima com cara de poucos amigos.


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Notas finais do capítulo

Aguardem os próximos capítulos.



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