Já era noite em Edo, e o Yorozuya estava assistindo televisão enquanto Kagura comia uma tigela gigantesca de arroz com ovo. Tudo parecia estar no mesmo ritmo de sempre... Bem, pelo menos até uma nave quebrar o telhado do prédio.

“SHINPACHI TEVE ALGUM BARULHO ALTO AQUI POR PERTO, VÁ INVESTIGAR!” Gintoki falou.

“Gin-san, isso obviamente não foi lá fora, dá pra tirar os olhos da televisão por um segundo?”

“E perder o horóscopo da Ketsuno Ana? Você perderia um show da sua amada Otsuu por algum barulho aleatório?”

“Isso é muito mais que um barulho aleatório.” O samurai de cabelo prateado apenas ignorou Shinpachi, pelo menos até um pedaço de telha estourar a televisão.

“QUEM ESSE BARULHO PENSA QUE É PARA ATRAPALHAR MINHA KETSUNO ANA? BARULHO ATREVIDO, PENSA QUE PODE GANHAR UMA LUTA COM O PROTAGONISTA?”

“Gin-chan fique quieto, eu estou tentando comer aqui.” Kagura falou, enchendo novamente a tigela de arroz.

“COMO VOCE PODE IGNORAR UMA COISA DESSAS KAGURA?”

“VOCE ESTAVA FAZENDO A MESMA COISA HÁ CINCO SEGUNDOS ATRÁS GIN-SAN!”

“Nossa, nós estacionamos num lugar bem complicado hein Mutsu HAHAHAHAHA!” Duas pessoas saíram da nave que destruiu o Yorozuya: Os lideres do Kaientai, Sakamoto e Mutsu.

“TINHA QUE SER ESSE IDIOTA! SERÁ QUE SÓ APARECE FORA DAS OPENINGS E ENDINGS PRA DESTRUIR O YOROZUYA SEU RETARDADO RISONHO?” Gintoki gritou, segurando Sakamoto pelo cabelo.

“Calminha ai Kintoki, eu pago pelos consertos HAHAHAHA! Mutsu pode cuidar disso pra mim?”

“Amanhã mesmo os carpinteiros vão vir consertar.” A mulher falou do seu jeito indiferente.

“Viu só Kintoki tudo certo HAHAHAHAHA! Agora vamos, vamos o Zura está nos esperando pra beber! Tudo por minha conta hoje HAHAHA!”

“Eu já disse que o nome é Gintoki, Gintoki ouviu? E como eu não quero ficar num prédio todo ferrado a noite toda vou aceitar o convite.” Os dois veteranos de guerra se dirigiram ao que restava da porta, mas o samurai de cabelo prateado foi quase enforcado por uma certa garota Yato.

“PRA ONDE PENSA QUE ESTÁ INDO SEU INUTIL? ESTA PRETENDENDO MESMO DEIXAR UMA GAROTINHA SOZINHA NESSE LUGAR PARA IR BEBER?”

“Kagura-chan, você pode dormir com o Shinpachi e a Otae.”

“Anego não está em casa e eu não quero ficar sozinha com esse virgem. Quem sabe que tipo de fantasias ele pode ter de noite, isso assusta.”

"Ei Mutsu, você vai pro hotel agora não e? Porque você não fica com ela garotinha? Tudo resolvido, vamos logo kintoki hahaha!"sakamoto falou, e ele e o líder do yorozuya foram embora.

"Bem, eu estou indo pra casa. Ate amanhã Kagura-chan." Shinpachi disse, deixando as duas garotas sozinhas. Mutsu não sabia bem o que fazer. Ela conhecia muito pouco aquela garota do yorozuya, será que se dariam bem?

"Ei Mutsu-chan,porque ao invés de irmos dormir não damos uma volta? Tem um shopping novo aqui perto que fica aberto 24 horas, se formos lá podemos comer alguma coisa e olhar as lojas." Kagura falou, como se as duas fossem amigas há muito tempo

“Não sei, eu realmente preferia ir dormir...”

“Não seja chata, aquele seu chefe inútil vive jogando problemas nas suas costas, parece até uma versão mais idiota do Gin-chan. Você precisa se divertir um pouco também. Além do mais, eu estou com fome e lá eles tem vários restaurantes.” A ruiva saiu arrastando Mutsu e depois de alguns minutos elas estavam sentadas na frente de um café, com Kagura devorando uma pilha de bolos.

“Ei Mutsu-chan?”

“O que foi?”

“Porque você é casada com aquele idiota? Quer dizer, ele tem dinheiro mas vale a pena aguentar aquele mala?” Mutsu engasgou com seu café depois de ouvir o comentário de Kagura. Até mesmo a séria Vice-Comandante do Kaientai podia ficar nervosa e vermelha com uma pergunta confusa e repentina daquelas.

“Do que está falando garota? Porque diabos você acha que eu sou casada com aquele idiota?”

“Minha Mami sempre dizia que uma mulher só aguenta algumas coisas de um homem quando ama ele, porque ela aprende a gostar das coisas que todo mundo acha irritante.”

“Mas isso não é verdade. Agora é melhor irmos pro hotel.” Mutsu recuperou sua postura séria e deu a conversa por encerrada.

Algumas horas depois, já na metade da madrugada, Mutsu ainda não tinha conseguido dormir. De cinco em cinco minutos olhava pra garota com roupas chinesas jogada num enorme sofá imersa num sono profundo. O que Kagura tinha dito mais cedo, por algum motivo não saia da sua cabeça. A mulher de cabelos castanhos ouviu barulhos no corredor antes da porta de seu quarto ser aberta bruscamente.

“YOOO MUTSU! AHH ESSA NOITE REALMENTE FOI DEMAAAIS. EU ZURA E GINTOKI FECHAMOS O BAR HAHAHAHAHA!” Um totalmente bêbado Sakamoto entrou no cômodo.

“O que pensa que está fazendo invadindo meu quarto?” Mutsu perguntou, encostando sua arma na cabeça do ex-Joui.

“Calma, calma, não existe esse negocio de meu e seu, tudo é apenas uma parte do universo.”

“Tsc, eu vou te levar pro seu quarto antes que acorde a Kagura e todos os outros hospedes com seu barulho.” Mutsu apoiou o braço de Sakamoto em suas costas e o arrastou até o quarto vizinho. “Pronto, agora fique ai e não incomode mais ninguém.”

“Mutsu você fica realmente fofa sem aquele chapéu hein HAHAHAHAHA!”

“Eu não ia dormir de chapéu idiota...” A moça respondeu, indiferente, mas alguma coisa no seu peito tinha gostado do elogio. Um momento de distração foi necessário para que ela fosse pega desprevenida por um beijo de seu capitão. Talvez fosse o excesso de álcool, na verdade havia uma grande probabilidade de esse ser o causador daquela situação, mas aquela sensação boa causada pelo elogio tinha aumentado no peito de Mutsu, e ela se deixou levar por alguns segundos antes de arremessar Sakamoto contra a parede, trancar a porta e voltar para o seu quarto. Seu rosto estava fervendo e seu coração parecia estar num lugar sem gravidade.

“Hmmm... Sukonbu....” Mutsu ouviu a voz de Kagura, que estava mordendo um travesseiro, e lembrou novamente do mal entendido da garota.

“Droga, agora minha boca ficou com gosto de álcool....”

No outro dia, depois de pagarem os consertos no Yorozuya, Sakamoto e Mutsu partiram, tinham um negocio a resolver num planeta distante.

“Dessa vez tente não bater em nada idiota.” A mulher saiu da sala de comando sem dizer mais nada.

“Parece que dessa vez as coisas ficaram bem claras....” Sakamoto pensou, lembrando do acontecido da noite anterior. Aquela mulher extremamente séria e reservada que era totalmente o seu oposto, ironicamente era a pessoa perfeita pra ele. Mas caso ela ainda não tivesse percebido, ele tinha tempo. Teria todas as galáxias d universo para demonstrar sua afeição por ela.