Alguns dias depois do incidente do casamento, uma bela mulher de cabelos castanhos e olhos azuis, andava pelos corredores de um hospital, segurando um pequeno vaso de flores cor de rosa. Ela parou na frente da porta de um quarto e a abriu, revelando uma garota de cabelos ruivos e longos sentada na cama, tentando resolver com dificuldade onde encaixar a peça de um quebra cabeça.

"Clara-chan, como está se sentindo hoje?"

"Ah Fuyumi-san! Você veio novamente me visitar!" Clara falou com um sorriso, enquanto a Yato colocava o vaso em uma mesa de canto e sentava no pequeno sofá do quarto. "Como está lá em Edo?"

"Normal, eu acho. E você, como está se recuperando?" Fuyumi perguntou, olhando pela janela.

"Aquela coisa fez um belo estrago na minha cabeça, mas os médicos disseram que estou me recuperando bem... E Fuyumi-san, você não deveria continuar a vir lá de Edo até aqui todos os dias... A Lumina-san não apareceu desde que sumiu do hospital." Clara disse, e a Yato apenas suspirou. Lumina havia desaparecido desde um dia depois de dar entrada no hospital, deixando apenas um "obrigada" escrito num guardanapo. Desde então, Fuyumi sempre voltava as redondezas, preocupada com o fato de que ela acabasse se machucando novamente.

"Bem, Clara-chan, melhor eu ir pra casa.... tenho compromisso marcado com minhas amigas. Boa sorte na recuperação." Fuyumi falou, saindo do quarto e indo para fora do prédio, andando despreocupadamente até o ponto de ônibus, até que sentiu a presença de alguém atrás dela.

"Você é mesmo insistente Harus- não... Fuyu-chan." A voz era conhecida e ao mesmo diferente pra Fuyumi, como se tivesse ficado mais madura talvez. A Yato se virou, dando de cara com uma bela garota pálida, com cabelos curtos e lisos, olhos azuis e usando uma regata cor de rosa com uma saia comprida. Era estranhamente familiar.

"Lumina... Oy, oy, onde você arrumou esses peitões? E essa voz de empresária ai? Passou pela puberdade em 5 dias?" Fuyumi falou, sorrindo pra amiga.

"Aquele corpo e o tom de voz eram um dos efeitos do poder do diamante... Agora Lumina acha que seu corpo foi pro ponto onde deveria estar."

"Isso não é legal, com muitas peitudas por perto a Kagura-chan vai ficar deprimida... E UM TÓPICO MELHOR, ONDE DROGA VOCÊ SE METEU?" A Yato gritou, segurando a outra pela camisa.

"Eu só precisava pensar um pouco... Lumina de repente deixou de ser o que era mas... eu estou feliz... Obrigada Fuyu-chan... Por me tonar alguém mais que uma usuária compatível de uma tecnologia estranha..." Lumina sorriu, enquanto Fuyumi a soltava.

"Não vai mais me chamar de Harusame-chan?"

"Lumina acha que esse apelido já estava fora de moda... Afinal, voce não é mais uma deles certo? Você parou de servir pro papel de assassina Fuyu-chan, logo não merece ficar com o nome dela no elenco. Mas não se preocupe, sempre há papéis sobrando na peça da vida, e Lumina tem certeza que você não é o tipo de pessoa que seria uma das árvores ou a "mulher passeando número 3"."

"É, pelo visto nós duas conseguimos papéis novos Lumina..."

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No quartel do Shinsengumi, um rapaz de cabelos cor de areia lia uma carta que havia acabado de chegar para ele, com uma expressão de interesse e ao mesmo tempo tédio.

"Caro Sougo-kun, como está? Eu estou me recuperando bem, caso queira saber. Realmente sinto muito e peço desculpas por tudo que eu fiz. Claro, estava sobre o controle daquela coisa, mas se não fosse o meu desejo de casar com você nada disso teria acontecido. Espero que um dia me perdoe. Até uma outra hora quem sabe, e espero que você e Kagura-chan sejam felizes nessa nova vida de casados."

"Isso é da Clara-chan? Como ela está?" A Yato de cabelos ruivos perguntou, entrando no quarto.

"Sinceramente, eu preferia ela como uma psicopata sádica, era muito mais interessante que essa chatice que escreveu uma carta tão entediante." Okita falou, mas apesar disso, dobrou o papel cuidadosamente e o repousou em sua mesa. "Nos desejou felicidade no casamento, mas acho meio difícil, china girl."

"Jura, talvez pelo fato de que eu te odeio?" Kagura sugeriu, olhando o policial com desdém.

"Não não, simplesmente porque ainda não tivemos nossa lua de mel." Disse Sougo com um sorriso malicioso, se aproximando da garota de olhos azuis e encostando seus lábios nos dela, e aproveitando a brecha causada pela surpresa de Kagura aprofundou mais o beijo, trazendo-a mais pra perto e envolvendo ela em seus braços. "Ei, Kagura." Ele sussurrou, num tom de voz sério.

"O que?" Kagura perguntou, sentindo seus pulmões completamente vazios, e o coração tão acelerado que não entendia como não estava morrendo.

"Não imaginei que seria tão fácil te seduzir. Desse jeito não vou nem precisar usar meus truques mais pesados." Okita voltou a uma expressão zombeteira, sendo arremessado na parede por Kagura, que foi andando furiosa até a porta. "Ah, e china?"

"O QUE QUER AGORA SEU MALDITO?"

"Eu amo você." A Yato até pensou em xingá-lo por estar brincando com a cabeça dela daquela maneira, mas Sougo deu um sorriso tão sincero e gentil que a única coisa que a garota conseguiu fazer foi ficar completamente vermelha. "Não precisa responder, eu sei que você não é boa com essas coisas."

"COMO ASSIM, VOCÊ ACHA QUE É MELHOR EM ALGUMA COISA QUE A GRANDE RAINHA DO DISTRITO KABUKI? FIQUE SABENDO QUE EU

CONSIGO DIZER PERFEITAMENTE QUE EU TE AMO, SEU SÁDICO CONVENCID-.... AH VOU EMBORA!" Kagura saiu pisando forte, quase destruindo a porta quando passou, e Okita apenas encarou com o sorriso de antes um pouco menor, se deitando no chão.

"Ah minha cara china girl... Você realmente é a esposa mais interessante que eu poderia arrumar..."

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"Ahh finalmente esse arco estúpido acabou. Não aguentava mais ser personagem secundário da Kagura e do Souchirou-kun." Gintoki falou, folheando a Jump.

"Não se preocupe meu caro protagonista, você estará em bastaaaante destaque no próximo capítulo." Uma voz sádica falou do além, enquanto uma pilha de revistas BL caia na cabeça do samurai.