“O que? Kyuu-chan, você tem um encontro amanhã?” Otae quase deixou a xícara de chá quente cair quando ouviu sua amiga, que parecia completamente indiferente a situação, lhe contar as novidades.

“Tae-chan, não leve isso para o lado errado! O idiota do Toujou convenceu meu pai a me obrigar a tentar ter um relacionamento, e se eu não tivesse ao menos um encontro ele me obrigaria a treinar obrigações de uma esposa de elite com a velha.” Kyuubei explicou.

“E esse cara, onde conheceu? Não me diga que deixou o Toujou-san escolher alguém aleatoriamente?”

“Claro que não. É um cara que treina no nosso dojo, na verdade ele que me convidou para tomar um café.”

“Mas isso é realmente muito bom! Quem sabe ele não possa ser o homem da sua vida? E que depois desse café vocês se casem e tenham uma família!”

“Isso é impossível! Tae-chan é a única pessoa que eu gostaria que fosse minha esposa! Na verdade, só irei mesmo amanhã porque já disse que iria, e um samurai nunca descumpre sua palavra.”

“Já que vai de qualquer jeito não tem problema se nós escolhermos uma roupa bem bonita? Quem sabe depois desse encontro você não muda de ideia em relação aos homens?” As duas amigas deixaram a sala, e logo depois, se ouviu um barulho dentro do teto.

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“Gin-chan, porque temos de ficar aqui nessa moita? Isso é realmente irritante, e está calor...” Kagura reclamou.

“Kagura-chan, temos que cumprir o que o Toujou-san pediu. Se fizermos o encontro da Kyuubei-san dar certo vamos ganhar um bom pagamento, e esse ponto onde estamos é ótimo para ouvir o que está acontecendo.”

“Nossa Shinpachi, esse foi um ótimo jeito de explicar discretamente a situação sem precisar de um flashback. Seus poderes de óculos estão aumentando.”

“Gin-san, o que diabos são poderes de óculos?”

“Mesmo que vocês digam que ficar aqui é necessário, esconderijos em moitas não são algo estúpido? Quero dizer, alem de nós, que tipo de idiotas pensaria numa coisa tão idiota e clichê?” Kagura debochou, e alguns segundos depois o trio Yorozuya ouviu um barulho numa outra moita, perto da deles.

“Viu só Kondo-san, eu falei que ficar aqui era inútil. Se ate a china girl acha algo idiota, estamos cometendo o maior deslize de inteligência do universo.” E na fonte do barulho, estava o trio principal do Shinsengumi, um gorila, um Mayora e um sádico.

“Shinsengumi? Porque vocês estão espiando o encontro da Kyuubei-san?”

“Nós poderíamos fazer a mesma pergunta a vocês.” Hijikata falou, acendendo um cigarro.

“O idiota loiro stalker contratou a gente para ajudar a Kyuu-chan. Agora falem ladrões de impostos, ou eu amasso a cara de vocês. Ah, porque pessoas desprezíveis tem que se meter tanto na vida dos outros...”

“Na verdade, estamos aqui representando Otae-san. Ela queria ter vindo ajudar a amiga, mas como teve que resolver alguns imprevistos do trabalho eu gentilmente me ofereci para tomar o seu lugar.”

“Você está querendo dizer que ouviu a Aneue conversando com a Kyuubei-san e resolveu se meter.”

“Shinpachi-kun, um homem deve estar sempre um passo a frente das necessidades de sua amada. É por isso que eu já tenho tudo pronto caso a Otae-san queira *** ou ****.”

“PARE DE USAR COISAS TÃO NOJENTAS QUE SÃO ATÉ TROCADAS POR ASTERISCOS! E HIJIKATA-SAN, OKITA-SAN, PORQUE DIABOS VIERAM COM ESSE MALUCO?”

“O Kondo-san ia fazer qualquer tipo de coisa para tudo dar certo com essa garota Yagyuu, já que alem de ajudar a Otae ele quer tirá-la do caminho. Então só queremos garantir que ele não faça nada que envergonhe o Shinsengumi.” Hijikata explicou.

“Oy, oy, então é pra isso que o dinheiro dos impostos vai? Pra vocês policiais ficarem passeando o dia inteiro?”

“E a segurança de nós, os pobres cidadãos inocentes?” Kagura completou, enquanto Gintoki encarava Hijikata e ela mesma encarava Okita, num ambiente onde dava para sentir as faíscas entre o quarteto.

“Não fale como se já tivesse pagado impostos, seu inútil desperdiçador de oxigênio.”

“E desde quando você é uma cidadã inocente china? Tudo que eu vejo na minha frente é uma pirralha monstro lisa feito a conta no banco do Danna.”

“Oy Souchirou-kun, quer arrumar briga também?”

“Foi mal Danna, essa foi a coisa mais adequada que eu consegui pensar para uma comparação.”

“OY VOCÊS, FAÇAM SILÊNCIO! A KYUUBEI-SAN CHEGOU!” Shinpachi gritou, e todos se esconderam no mesmo lugar. A garota tinha chegado acompanhada de um rapaz de cabelos loiros e com cachos.

“Kaze-kun, eu realmente agradeço pelo convite.”

“Não foi nada Kyuubei-senpai, eu que agradeço por aceitar. Me desculpe a pergunta, mas qual o motivo dessas roupas tão diferentes?” Kyuubei estava usando uma blusa branca com uma rosa clara de babados por cima e um cinto verde claro, junto com uma saia de babados que também era rosa.

“Uma amiga insistiu e eu não posso consigo dizer não a ela. Porque a pergunta, ficou esquisito?”

“ Não é isso, mas é que...” O tal rapaz parou de falar e corou um pouco. “É que você não parece nenhum pouco a vontade com essas roupas, e eu acho que Kyuubei-senpai fica bonita de qualquer jeito, principalmente em suas roupas normais.”

“Obrigada...” Até mesmo uma garota que não se sentia confortável com elogios masculinos não conseguiu evitar ficar vermelha pelo elogio.

“Porque eles estão vermelhos?” Um pouco distante da ceninha meio romântica, um gorila perguntou, enquanto ele e os outros espiões se empurravam por um lugar na moita.

“Provavelmente a Kyuubei-kun tentou negociar o joystick do cara, mas não vamos conseguir ouvir nada daqui.” Gintoki falou enquanto empurrava Hijikata.

“O ideal seria que chegássemos perto para podermos ouvir, mas a Kyuubei-san nos veria, só tem casais naquele café.”

“Eu posso conseguir 2 fantasias de mulher em 10 minutos.” Disse Gin-san, tirando um telefone do nada.

“VOCE ACHA QUE NINGUEM IA NOTAR? Precisamos de alguém que seja uma garota de verdade, então só resta você Kagura-chan. E Hijikata-san, Gin-san e Kondo-san já são adultos, por isso podemos ser eu e você.”

“Você acha mesmo que alguém ia acreditar que a Kagura sairia com você?” O samurai de cabelo prateado e a garota Yato começaram a rir, enquanto o Shinsengumi tentava segurar as risadas.

“Bem, então parece que nossa outra opção é...” Kondo falou com um sorriso irônico enquanto todos os olhos se voltavam para Okita (que a propósito tinha cansado da situação e estava cochilando).

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“Realmente, até hoje eu não sei como consegui realizar aquele golpe.” Kaze falou, terminando uma historia sobre um treino que tinha dado errado, e ele e Kyuubei estavam rindo disso, até que...

“Kagura-chan, o que está fazendo aqui com... Okita-san não é?” A Yagyuu perguntou, vendo que Kagura tinha sentado numa mesa próxima, com uma cara furiosa e uma aura negra, segurando o braço do capitão do Shinsengumi que tinha um sorriso irônico nos lábios, adorando ver o quanto sua rival estava irritada. Aceitar aquele acordo estava lhe poupando o trabalho de pensar em algo para irritar a china girl.

“Oy Kagura, pareça mais feliz, você está num encontro esqueceu? Se não colaborar não ganhamos nosso dinheiro.” Um grito saiu do pequeno fone no ouvido de Kagura, aparentemente o gorila tinha pego equipamento de espionagem da policia para aquele “trabalho”.

“É difícil quando eu tenho que sair com esse sádico inútil.”

“Você sabe que eles não podem ouvir a gente por esses fonezinhos, não é querida?” Sougo cochichou, já que Kyuubei e seu acompanhante já pareciam estar desconfiados. “Enfim Yagyuu-san, estamos apenas fazendo o que um jovem casal apaixonado faz, e não pretendemos atrapalhar seu encontro, então não se importe com a nossa presença e divirta-se com seu amigo.” O sádico falou usando sua falsa expressão amigável, enquanto Kagura esmagava seu pé embaixo da mesa.

“Tudo bem então. Divirtam-se.”

O encontro de Kyuubei prosseguiu incrivelmente sem nenhum problema, ela e o tal rapaz conversavam tranquilamente sobre coisas do dojo, e depois de algumas horas, ambos estavam indo embora, enquanto os “ajudantes” observavam do outro lado da rua.

“Parece que o Toujou-san se preocupou a toa nos contratando... A Kyuubei-san se deu muito bem sozinha.” Shinpachi comentou.

“É, parece que até a Kyuu-chan vai conseguir um namorado enquanto você continua sendo um virgem inútil Shinpachi.”

“Podíamos terminar sem esse comentário Kagura-chan.”

“Calma vocês. Porque não ficamos quietos e observamos um final feliz romântico.” Kondo falou.

“É... Kyuubei-senpai... Aquele cara do Shinsengumi... Ele disse que nós estávamos num encontro certo?”

“E isso não é um encontro?”

“Sério mesmo?” Kaze falou animado e depois corou. “Bem, então... Acho que posso fazer isso...” O loiro segurou a mão de Kyuubei, e ela entrou em estado de choque.

“É, ele até durou muito tempo.” Gintoki falou, enquanto todos iam embora como se nada fosse acontecer com o pobre garoto.

“Já estava estranhando esse final todo meloso.” Kagura abriu uma caixinha de sukonbu enquanto ouviam alguém gritar “NÃO ME TOQUE” e algo sendo arremessado.