Aleatório é quase um sinônimo de Gintama escrita por Isa


Capítulo 37
O passado, o futuro sádico e a eterna fangirl


Notas iniciais do capítulo

Oi oi pessoal, essa semana o capitulo quase não saia, mas eu ainda consegui terminar a tempo.



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Num dia comum na vila de Bushu, um garotinho de 4 anos brincava na frente de sua casa, onde uma garota um pouco mais velha o observava comendo biscoitos apimentados perto de uma mulher de cabelos curtos e loiros com olhos avermelhados e um homem com cabelo cor de areia e olhos azuis.

“Nossa, o que temos aqui? Um pirralho atrevido que cometeu um sério crime? Parece que ele vai ter que ser punido.” Uma garota de cabelos compridos que usava um vestido negro com uma abertura na perna falou, apoiando seu guarda chuva no chão.

“Eh? Eu? E que crime eu cometi?” O menino perguntou, sem tirar os olhos do desenho que estava fazendo no chão.

“O crime de não abraçar sua maravilhosa tia!”

“FUYUMI-NEE-SAN!” O garotinho gritou animadamente, pulando em cima da adolescente.

“Senti saudades Sou-chan!”

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“Fuyumi, realmente fazia um tempo que não vinha nos visitar, já estávamos preocupados.” O homem mais velho falou, convidando a garota extremamente parecida para ele que levava Sougo no colo para sentar embaixo de um kotatsu.

“Não precisa ficar todo maluco Hiro, eu só estava ocupado com... algumas coisas... Ah, Souko-chan, como vão as coisas por aqui? Já está pirando com essa coisa desastrosa que é meu irmão mais velho? Aposto que ele dá mais trabalho que a Mitsu-chan e o Sou-chan.” Fuyumi brincou.

“Não se preocupe Fuyumi-chan, eu estou cuidando muito bem do seu irmão mais velho.” Disse Souko, colocando uma bandeja de chá em cima da mesa aquecida.

“Disso eu não tenho duvida.”

“Então Fuyumi-nee-san, como vai seu trabalho?” Mitsuba perguntou.

“A mesma chatice de sempre, mas as vezes até conheço algumas pessoas interessantes.”

“Infelizmente, a maioria acaba virando uma pilha de sangue e entranhas.”

“O Sou-chan sempre me pede pra ler histórias espaciais pra ele porque diz que lembram você.”

“Sério mesmo Sou-chan? Gosta de lembrar da sua querida tia aqui?” A Yato questionou, erguendo o garotinho no ar.

“Sim! Um dia eu espero seguir a mesma profissão da Nee-san! Aposto que deve ser um ótimo emprego.”

“NÃO NÃO É!” Fuyumi gritou, ficando com uma expressão séria e atraindo os olhares de todos. “Q-Quero dizer, o trabalho da Nee-san aqui é completamente chato, você odiaria Sou-chan. Tenho certeza que alguém especial e hiper fofo como você consegue algo muito melhor! Que tal um policial? Aposto que ficaria uma gracinha de uniforme hahaha!”

“Fuyumi... Ei, eu comprei uma coisa pra você, vamos lá dentro comigo buscar. Mitsuba, vá até o armazém com seu irmão e compre um bolo ou algo assim, para celebrarmos a visita da sua tia.” Hiro pediu, e assim que as duas crianças saíram da casa ele levou a irmã até um dos quartos. “Então, como estão as coisas?”

“Tudo tranquilo. Eu andei resolvendo todas as nossas missões sozinha, e quando algum dos chefões pergunta eu digo que você está resolvendo um trabalho bem complicado.”

“Ninguém te seguiu ou nada do tipo? Tenho certeza que os Harusame não devem estar muito felizes em perder um dos seus melhores assassinos.”

“Mesmo se me seguissem ou algo parecido não encontrariam nada de diferente. Eu realmente estou trabalhando nas missões, e realizando elas muito mais rápido do que com você. A grande Fuyumi aqui trabalha melhor sozinha irmãozinho.”

“Você sempre foi uma pirralha maluca superdesenvolvida... Ei Fuyumi... Tem certeza que está bem mesmo? Não precisa de nada?”

“Na verdade, preciso sim. Preciso que você pare de se preocupar comigo e cuide da Souko-chan e das crianças. Você é pai agora Hiro, proteja sua família.”

“Tsc, estou fazendo isso idiota. Ah, outra coisa.” O Yato mais velho mexeu em um armário e tirou uma caixa média. “Pra você. Não precisa usar essas roupas tão sombrias quando estiver de visita.” Fuyumi abriu a caixa e se deparou com um kimono laranja e florido.

“É bem bonito... Ei, ei Hiro, não sabia que tinha bom gosto para escolher roupas de garota.”

“Tsc, cale a boca foi a Souko que escolheu.”

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“E então Fuyumi, como vai sua missão na Terra?” Uma voz grossa falou do outro lado do comunicador que a garota levava.

“Tudo certo. O alvo será eliminado conforme o planejado.” Fuyumi falou num tom sério, com a franja cobrindo os olhos. Tinha escapado da vista do irmão dando a desculpa de que ia pegar um ar, e logo que colocou um pé fora da casa o pequeno aparelho vibrou.

“Boa garota, e devo avisar que continuamos a procura de seu irmãozinho. Não acha que engolimos aquela história de que ele está numa missão, acha?”

“Senhor, mesmo que procurem, não irão achar absolutamente nada. Tudo que eu falei não é menos que a mais pura verdade.”

“Claro, claro. Termine sua missão e volte logo para a base.” A transmissão foi cortada e algumas lágrimas saíram dos olhos azuis da garota, enquanto ela sentava perto da porta. Estava difícil aguentar aquilo. Para fazê-la ceder e contar qualquer coisa que pudesse levar ao seu irmão, os Harusame estavam lhe dando missão difícil após a outra, e cada vez que colocava os pés na nave principal era arrastada para uma onda de pressão psicológica, perguntas repetitivas e ameaças.

“Nee-san, porque está chorando?” Uma voz infantil perguntou perto de Fuyumi, que levantou a cabeça enquanto uma pequena mão limpava uma lágrima de sua bochecha.

“Sou-chan? Você não devia estar com sua irmã?”

“Eu vi você de longe aqui sozinha e fiquei preocupado. Aconteceu alguma coisa?”

“Nada demais...”

“Não se preocupe Nee-san! Eu vou virar o melhor policial de todo o universo!” Disse Sougo, com um olhar determinado.

“Porque está dizendo isso de uma hora pra outra Sou-chan?”

“Porque assim eu vou poder acabar com qualquer coisa que te deixe triste, não é? Então por favor não chore Nee-san, eu vou arranjar um jeito de crescer hiper rápido e vou te ajudar.”

“Sou-chan... Não tenha pressa, eu esperarei o tempo que for necessário.”

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“Nee-san? Ei Nee-san, acorde.” Quando Fuyumi abriu os olhos, a pessoa que a chamava não era um garotinho preocupado, e sim um rapaz usando uniforme do Shinsengumi que observava a Yato deitada no chão com um par de olhos avermelhados e que não transmitiam nenhuma emoção.

“Sou-chan?”

“Sinceramente, como você consegue dormir nesse chão duro e gelado do Yorozuya? Eu não vou cuidar de você se pegar um resfriado.”

“Porque está aqui? Veio finalmente pedir a Kagura-chan em namoro?” Perguntou a Yato sonolenta.

“Nem que eu tivesse bebido todo o álcool que você já consumiu. Além do mais a china girl já está no carro.”

“Carro?”

“Estamos indo pra Bushu, não lembra?” Fuyumi finalmente lembrou que Kondo tinha surgido com a ideia dessa viagem, e ela tinha convencido Hijikata e Sougo a concordarem com o Yorozuya ir também. “Já levei sua mala lá pra fora, vamos logo, eu quero tentar matar o Hijikata-san no lugar onde ele deveria ter morrido para inicio de conversa.”

“Claro, vamos indo.” Fuyumi falou, se levantando e indo em direção a saída.

“Só uma pergunta, com o que você estava sonhando? Deu tanto trabalho te acordar que eu já estava quase atirando com a bazuca para ver se o barulho funcionava.”

“Ah, era apenas uma lembrança de uma promessa que um garotinho me fez uma vez há muitos anos atrás.”

“E ele conseguiu cumpri-la? Se o moleque te enganou posso prender ele ou algo assim.”

“Não, não. Ele fez o que pode para cumprir, e de certo modo, conseguiu.” Respondeu a garota, dando um sorriso. Claro que aquele garotinho não tinha conseguido salvar o resto da sua família, e naquele momento aquilo seria praticamente impossível. Mas ele conseguiu sobreviver a todas as coisas ruins que aconteceram.

“Obrigada por ter cumprido sua promessa... Você conseguiu proteger um pedacinho da minha felicidade antiga e me dar muitas coisas boas novas. Seu pai ficaria orgulhoso Sou-chan.”


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Notas finais do capítulo

Semana que vem arco novo começando, bye bye!



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