Aleatório é quase um sinônimo de Gintama escrita por Isa


Capítulo 35
Amor e ódio são opostos e iguais


Notas iniciais do capítulo

Bem, como eu terminei o arco do universo alternativo muito rapido, resolvi fazer uns especiais com ele. Talvez tenha so esse talvez tenha outros, ainda não sei



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Kagura’s POV

Acordei com meu despertador tocando às 6 da manhã, que era, como Gin-chan sempre dizia “a hora das pessoas responsáveis acordarem”. Vesti um kimono azul claro com detalhes amarelos e arrumei meu cabelo, já completamente disposta, e sai do armário.

“Bom dia.” Cumprimentei os dois samurais. Gin-chan estava varrendo o Yorozuya, que parecia um diamante de tão brilhante, e Shinpachi falava no telefone com algum cliente. “Ah, vocês não deixaram nenhuma parte do trabalho pra mim? Desse jeito fica injusto.”

“Não se preocupe Kagura, você pode fazer o café da manhã.” Gin-chan ofereceu, e eu quase fui correndo para a cozinha.

Em 10 minutos, eu tinha terminado a comida, e estávamos os três sentados na sala, para como de costume, decidir a programação do dia.

“Bem, hoje temos bastante clientes, então fiz uma lista com os horários para ninguém acabar se confundindo.” Shinpachi explicou, entregando uma folha a cada um, e eu logo percebi uma coisa.

“De acordo com isso, a manhã inteira ficou livre, certo?”

“Exato Kagura-chan. Agora se me dão licença, eu vou lavar minha parte da louça do café da manhã e sair, tenho uns encontros hoje.” Meu amigo de óculos escuros falou, levantando de seu lugar e saindo da sala. As vezes eu ainda ficava surpresa em como Shinpachi era popular com as garotas, apesar de eu não ficar atrás. Muitos rapazes me convidavam para sair, mas fazer isso atrapalharia uma das minhas diversões favoritas.

“Eu acho que vou comprar alguma coisa para minha linda Sa-chan.”

“Gin-chan, você devia parar de chamar a Ayame-chan por esse apelido, ela vai arranjar outra ordem judicial pra te manter longe dela.” Aconselhei o samurai, mas ele parecia não me ouvir. Apesar de ser sério e responsável, nosso líder ficava meio maluco quando o assunto era a ninja de cabelos cor de lavanda.

“Kagura, e você, vai fazer alguma coisa? Pode vir comigo e me ajudar a escolher o presente?”

“Desculpe Gin-chan, mas eu vou aproveitar essa linda manhã para sair com meu darling.” Falei com uma voz musicada, saindo do Yorozuya, apesar de ainda ter ouvido a última coisa que o samurai de cabelo prateado disse.

“Cuidado para não morrer.”

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Não é que eu odiasse Okita Sougo, ou algo parecido. Quero dizer, nunca tinha acontecido nada que desse razão a um sentimento assim. Ele não tinha matado meus pais ou levado a honra da minha família, nem qualquer outro clichê. Aquele policial de cabelos castanhos e olhos avermelhados simplesmente cruzou meu caminho, e numa troca de olhares, ficou decidido que íamos tentar matar um ao outro, porque essa seria uma tarefa difícil e extremamente divertida para ambos. Eu era uma assassina nata com sede de sangue, graças as minhas raízes Yato. Ele era um maldito masoquista psicopata. E foi assim que nosso joguinho começou.

Avistei Okita bem perto do Shinsengumi, falando com uma garota loira.

Darliiiing, quem é sua amiga? Está tentando me trair ou algo do tipo?” Falei, abraçando ele pelas costas e tentando disfarçar as facas escondidas na manga do kimono.

“Claro que não milady, que tipo de homem sujo e nojento eu seria se tentasse trair a perfeição em pessoa? A senhorita aqui apenas estava perdida, e como um policial o mínimo que eu podia fazer era lhe explicar o caminho de volta para casa.” Ele disse, enquanto a garota agradeceu formalmente e foi embora. “Então, será que eu posso ter um pouco da sua atenção? Não estou em nenhuma missão no momento, mas se estiver ocupada posso esperar, afinal nada é mais importante que o trabalho.”

“Não se preocupe darling, hoje só começo a trabalhar mais tarde, então pode ficar comigo o quanto quiser. A não ser que já esteja cansado de mim...”

“Isso seria impossível.” Okita virou de frente pra mim e me puxou para um beijo, o que já era bem previsível. Nós dois tínhamos aquele cheiro viciante de morte, que acabava ficando impregnado em alguém que já tinha estado em muitas batalhas. Percebi o primeiro ataque dele por puro instinto, e me desviei da quase rasteira, ao mesmo tempo que enfiei uma faca no estômago dele, sentindo o gosto do sangue na minha própria boca antes que Okita recuasse.

“Foi um ataque bem inteligente milady.”

“Você se mexeu 1 segundo antes de eu atacar para evitar que algum lugar importante fosse atingido, não fica atrás de mim em esperteza darling.” Respondi com um sorriso doce, atacando mais uma vez.

Era sempre assim quando lutávamos, uma bagunça caótica cheia de necessidade por matança. Pouco a pouco, nosso sangue era espalhado pelas ruas de Edo, enquanto qualquer um que tivesse o mínimo de juízo corria o mais rápido que conseguia.

Senti uma dor aguda no meu braço, provavelmente estava quebrado, mas não dei a mínima. Qualquer segundo de hesitação seria o suficiente para aquela besta arrancar minha cabeça, e ele com certeza faria isso sem pensar duas vezes caso houvesse oportunidade.

“Kagura, já está na hora de ir trabalhar.” Ouvi a voz de Gin-chan, e me dei conta de que ele e Shinpachi estavam a alguns metros.

“Já? Que peninha, eu preciso ir embora darling.” Falei, e Okita parou um ataque com sua espada a centímetros de distância do meu rosto.

“Tsc, sempre passa num piscar de olhos.” O policial falou, me puxando para um beijo rápido. “Se esforce no trabalho.”

“Certo!” Me virei e andei em direção a Gin-chan e Shinpachi, sem me preocupar com algum ataque surpresa, afinal até nós demônios tínhamos nossas regras.

“Isso ai vai te atrapalhar no trabalho?” Shinpachi perguntou, apontando para o meu braço, que estava com uma gigantesca mancha roxa.

“Sem problemas.” Respondi, rasgando a manga do kimono e fazendo um curativo improvisado. Os dois samurais continuaram uma conversa qualquer, mas meu cérebro ainda cheio de adrenalina só conseguia se concentrar em quando seria meu próximo encontro com aquele maluco.

“Okita!” Virei abruptamente e gritei, por sorte ele ainda estava perto. “Vamos nos encontrar de noite, tá darling?”

“Como desejar milady.” Apesar de não ter ouvido direito a resposta, consegui entender perfeitamente as palavras. Não fazia e fazia sentido ao mesmo tempo que eu pudesse compreender as ações daquela pessoa.

“Será que isso também é uma forma de amor? Tsc, impossível.”


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Notas finais do capítulo

Até sexta!



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