Aleatório é quase um sinônimo de Gintama escrita por Isa


Capítulo 32
A princesa e o assassino


Notas iniciais do capítulo

Dois capítulos no mesmo dia? Não se acostumem meus caros e amados leitores, provavelmente nunca mais vai acontecer de novo. Enfim, esse é outro cross-over com a fic Gintama! espero que gostem!



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Numa manhã tranquila na cidade de Edo, a irmã mais nova do grande Shogun, Soyo Hime, acordou com uma das criadas do castelo a chamando para tomar café. A garota levantou e trocou de roupa, se dirigindo para uma das salas do lugar para comer. Como seu irmão estava numa reunião de negócios, ela começou sua refeição sozinha.

“Hime-sama, aquele rapaz ninja está no portão solicitando vê-la.” Um dos guardas avisou.

“Eu já disse que não precisam me avisar antes de deixar o Aki-kun entrar, ele tem passe livre no castelo igual a Kagura-chan.” Disse a garota, disfarçando a animação por saber que certo ninja de cabelos arroxeados já havia chegado. Ela tinha ligado para ele dizendo que precisava de ajuda em um problema, e o sempre prestativo Aki prometeu que estaria lá o mais cedo possível naquela manhã. Porém, mal o jovem sabia que o tal “problema” era apenas uma desculpa de Soyo para vê-lo.

“Bom dia Soyo-chan.” Cumprimentou o ninja, tentando parecer animado, mas não conseguindo esconder a aura depressiva e as olheiras.

“O que aconteceu Aki-kun?”

“Nada... Eu... Apenas segui o Okita e a Kagura-chan num encontro ontem.” O stalker explicou, sentando em uma das cadeiras.

“Mas pensei que tu já te tinhas habituado a ver os dois juntos.”

“Mas não estava preparado para o que vi, não consigo apagar aquela imagem da minha cabeça. Soyo-chan, eles… Eles… Eles deram as mãos enquanto caminhavam!” Gritou Aki desolado, batendo com a cabeça na mesa.

“Essa reação, apenas por isso?!” Exclamou Soyo espantada.

“Não consigo evitar, eles cada vez parecem mais próximos e eu cada vez mais distante.” Lamentou-se Aki com a sua aura mais pesada. “Mas não te preocupes, eu ainda posso te ajudar com o teu problema.”

“Não te precisas esforçar e aquilo não era tão importante assim.”

“Entendo, então a Soyo-chan também me acha um inútil que não serve para nada.” Murmurou Aki com a sua aura de depressão aumentando. “Talvez eu devesse simplesmente desaparecer deste mundo.”

“Calminha, calminha. Se quer tanto me ajudar eu tenho uma nova tarefa: Descubra qual o melhor sabor de donut em Edo.” Sugeriu a garota, sabendo que passar algum tempo com sua sobremesa favorita iria melhorar o humor do ninja.

“B-Bem, se é o que você quer, pode ficar tranquila, eu terei resultados precisos até o fim do dia!”

“Não tenha pressa.” Logo que Aki deixou o castelo, Soyo Hime pegou um celular, e discou o número que já sabia de cor. “Ah Gin-san, eu posso falar com a Kagura-chan... Kagura-chan, pode me colocar em contato com aquela pessoa que falou? Obrigada!”

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“Com licença, é aqui que eu posso encontrar alguém chamada Soyo-chan?” Perguntou uma Yato de cabelos cor de areia, pulando de uma passagem secreta no teto.

“É... De onde você saiu?”

“Eu aprendi com a Ayame-chan a usar todos os túneis e passagens secretas existentes nessa cidade.”

“Mas a porta estava aberta e os guardas liberariam sua entrada.”

“Mas esse jeito foi mais legal, não acha?” Disse Fuyumi, sentando confortavelmente no chão. “Então você é a amiga da Kagura-chan que precisa da minha ajuda?”

“Sim, na verdade acho que gosto que um garoto, mas ele só consegue pensar na Kagura-chan e pensa em mim apenas como uma amiga.” Respondeu Soyo corando levemente.

“Entendo, mas primeiro responde-me a uma pergunta. Não é por acaso esse garoto, o Aki-chan?”

“Sim, como sabia?”

“Ele ajudou-me uma vez, parece que tens bom gosto, ele parece ser um bom partido. Mas a Kagura-chan está destinada a ficar com o Sou-chan.”

“Então, vai ajudar-me?” Perguntou Soyo-hime esperançosa.

“Não te preocupes, a grande Fuyumi-sama já tem um plano infalível.” Respondeu a Yato rodeada por uma aura de pura motivação.

“Pode começar a me contar agora, por favor?”

“Você está animada, gosto disso! Enfim, é bastante simples. Vamos usar a obsessão do Aki-chan pela Kagura-chan para abrir uma chance pra você.”

“Como assim?”

“Você vai saber na hora certa. Mas antes tenho que perguntar uma coisa: Será que você pode arriscar tudo em uma única tentativa, princesa? Depois desse encontro ele pode se apaixonar completamente por você ou amar mais ainda a Kagura-chan. O que vai escolher?”

“Eu vou aceitar com certeza!” Disse Soyo, completamente determinada. “Se existe apenas uma chance de que o Aki-kun goste de mim, então eu vou me esforçar pra fazer isso ser realidade.”

“Isso foi tão fofo! Se pelo menos a Kagura-chan e o Sou-chan agissem como você, eu poderia me preocupar menos.”

“E quando podemos começar?”

“Se todo correr bem, pode-mos começar já amanhã.”

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No dia seguinte, Aki caminhava pelo Distrito Kabuki com um problema entre mãos.

“O que eu devo fazer? Eu tenho de escolher! É tão difícil! Porque não consigo decidir? Não posso continuar a minha vida na indecisão!” Pensava o assassino enquanto via uns papéis nas suas mãos. “Já provei todos os donuts de Edo, mas não consigo decidir entre o fantástico donut com receio de chocolate com pepitas e o simples, mas mesmo assim extremamente delicioso donut com receio de geleia de uva. Como é que vou conseguir encarar a Soyo-chan?”

Enquanto o jovem Sarutobi se lamuriava, o seu celular tocou, informando-o de que recebera uma nova mensagem. Retirou-o do bolso e não reconheceu o número, mas quando viu a seguinte mensagem, congelou.

“Oi, sou eu, a Kagura, queria saber se podias vir ao restaurante familiar para um encontro -aru. Não te atrases -aru!”

“Kagura-chan! Já vou ter contigo!” Gritou Aki começando a correr descontroladamente.

“Finalmente. Finalmente a Kagura-chan desistiu de ter algo bom com aquele inútil do Okita e percebeu que eu sou o único que a ama de verdade. Não se preocupe minha adorável Kagura-chan, eu, Sarutobi Aki irei lhe fazer a mulher mais feliz do mundo!” O assassino pensou enquanto ia em direção ao restaurante, mas quando abriu a porta do lugar, suas esperanças foram destruídas por uma única cena: Ao lado de uma mesa, seu rival e certa Yato estavam se beijando, enquanto uma garçonete tirava fotos. Espera, ele já tinha visto aquela mulher em algum lugar...

“AKI-CHAAAAN QUANTO TEMPO! Não nos vemos desde que eu me mudei do prédio de vocês!” Fuyumi cumprimentou amigavelmente, sem parar de fotografar por nenhum momento.

“Nee-chan, eu já disse pra parar de empurrar esse sádico para cima de mim pra nos “beijarmos acidentalmente” isso é nojento!” Kagura reclamou, empurrando Okita pra longe.

“Como se você não tivesse gostado pirralha.” Sougo comentou. “Yo macaco. Fez muito bem em não se atrasar.”

“Não fale assim com o Aki-kun Okita-san, ele é bastante pontual.” Disse uma voz feminina, que era Soyo Hime, ocupando um dos lugares na mesa próxima aos outros.

“Mas o que é que se está a passar aqui?” Gritou Aki confuso. “Eu vim aqui porque a Kagura-chan me disse que ia-mos ter um encontro. Então, porque a Fuyumi-san e a Soyo-chan estão aqui? E mais importante, o que raio faz esse sádico maldito, aqui?”

“Esqueci-me de por na mensagem que isto era um encontro duplo.” Respondeu Kagura sentando-se num dos lugares da mesa, cutucando o nariz.

“Eu estou trabalhando aqui, tratarei dos vossos pedido e de todas as fotos potencialmente românticas deste encontro.” Respondeu Fuyumi segurando a sua câmara.

“Bem… Eu estou aqui por… por… por meu interesse.” Respondeu Soyo corando levemente.

“Encontro duplo? Ela está corando? Isso só pode significar uma coisa…” Murmurou Aki. “Okita, seu bastardo! Não te bastava seduzires a Kagura-chan, também tinhas de fazer o mesmo com a Soyo-chan?”

“A autoestima dele está tão baixa que o seu cérebro já nem consegue pensar na possibilidade de uma garota estar aqui por ele.” Pensou Sougo sentando-se ao lado da ruiva.

“Pronto, por agora não vamos falar dos detalhes. Aki-chan, tu podes sentar-te ao lado da Soyo-chan.” Falou Fuyumi pegando no ninja e colocando-o ao lado da princesa.

“Soyo-chan.” Aki disse seriamente olhando para a mesma.

“Sim?” Perguntou Soyo-hime timidamente.

“Peço imensas desculpas! Não consegui decidir qual é o melhor donut de Edo. Lamento imenso não ter completado a minha missão!”

"Tudo bem, não tem problema Aki-kun. Agora vamos apenas aproveitar nosso passeio." Soyo tentou acalmar o garoto.

"Dificil aproveitar depois de ter visto esses dois se pegando."

"Eh? Pra sua informação isso não é nem metade do que eu e a china fazemos normalmente." Okita provocou.

"E minhas escutas concordam com isso. Pena que ainda não pus cameras." Fuyumi completou."Parem de falar essas merdas!" Kagura protestou, completamente vermelha.

"Porque Kagura-chan? É tão fofo o jeito que fala com o Sou-chan as vezes."

“Bem, vou anotar os vossos pedidos.” Falou Fuyumi retirando um bloco de notas. “Então, o que querem?”

“Três taças de arroz para entrada, por favor.” Pediu Kagura rapidamente.

“Espero que não estejas a pensar em esvaziar a minha carteira outra vez.” Reclamou Sougo.

“Vou querer um hambúrguer.” Falou Aki.

“Pensei que fosses pedir natto, Aki-chan.” Comentou a Yato adulta.

“Não obrigado. Não conte nada à minha Onee-san, mas eu simplesmente não suporto natto, mas ela não sabe de nada.”

“Não te preocupes. E você, Soyo-chan, o que vai querer? Aviso já que não temos pratos caros.”

“Acho que também vou comer um hambúrguer.” Respondeu Soyo.

“Eu vou querer ramen.” Falou Sougo.

“Tenho tudo anotado, já volto.” Falou Mizuki indo-se embora.

Depois, o almoço decorreu de uma forma demasiado normal, parecendo mais um almoço de amigos do que um encontro duplo, o que não agradou Soyo-hime.

“Fuyumi-san, isto não está resultando.” Pensou Soyo lançando um olhar de dúvida para a Yato de cabelo castanho.

“Não te preocupes, Soyo-chan. Eu tenho um plano de reserva.” Respondeu Fuyumi mentalmente. “Bem pessoal, aqui estão as sobremesas.”

“Fuyumi-nee… o que significa isto?” Questionou o policial.

“Não vêm? São pockys.” Respondeu Fuyumi apontando para a travessa onde estavam dois pockys com cerca de 20 cm cada.

“Mas só tem dois.” Comentou Kagura.

“É uma promoção do restaurante feita especialmente para casais, se o casal comer o pocky com cada um comendo de um extremo, só paga metade da refeição.” Explicou a Yato.

“Mas porque há dois?” Perguntou Aki confuso.

“Então, um para o Sou-chan e a Kagura-chan e outro para o Aki-chan e a Soyo-chan.”

“Eh?! Eu não podia fazer algo assim com a Soyo-chan!” Respondeu Aki completamente vermelho.

“Bem… Eu meio que não me importo.” Falou Soyo juntando os seus dedos indicadores de forma tímida.

“EH? S-S-Soyo-chan você... AH JÁ ENTENDI TUDO!”

“Sério?” A garota de cabelos negros questionou, será que ele tinha percebido os sentimentos dela?

“Está bem óbvio o que aconteceu aqui. O Okita mandou a tribo de pervertidos em que ele foi criado fazerem uma lavagem cerebral em você. Mas não se preocupe, eu vou empregar todos os meus esforços para achar a cura.” Disse o ninja, fazendo um sinal de vitória com as mãos.

“Ele é realmente um idiota.” Kagura, Sougo e Fuyumi pensaram.

“Não foi isso Aki-kun, é que...”

“Seja homem e faça isso de uma vez macaco.” Okita interrompeu Soyo-Hime, pois sabia que uma argumentação racional não funcionaria com Aki. “Ah já entendi, você não faz a mínima ideia de como dividir um pocky com uma garota.” O sádico falou com ironia.

“Aki-chan, se quer ao menos tentar competir com o Sou-chan vai ter que ser mais experiente que isso.” Fuyumi completou.

“É claro que sei, eu já li imenso mangás românticos!” Respondeu Aki irritado, pegando um pocky e colocando-o na boca. “Vamos mostrar a eles, Soyo-chan!”

“C-claro.” Falou a princesa surpreendida e corada.

Os dois começaram a comer a partir dos extremos, ao mesmo ritmo, enquanto os restantes três os observavam. À medida que os seus lábios estavam mais próximos, eles ficavam mais nervosos, e mal se tocaram, Aki ficou mais vermelho do que as roupas de Kagura e caiu da cadeira.

“P-pronto, eu disse que sabia.” Falou o assassino levantando-se.

“Só isso? Estava à espera de mais.” Comentou Fuyumi desiludida.

“Eu e o Aki-kun nos b-b-beijamos!” Pensou Soyo animadamente enquanto levava as mãos aos seus lábios, recordando o que acontecera.

“Bom, parece que não há problema.” Falou a Yato de cabelo castanho reparando na reação da princesa. “Sou-chan, Kagura-chan… É a vossa vez.”

“Nee-san, nós já vamos indo.” Disse o sádico, pegando o doce comprido e puxando a mão de Kagura. “A minha versão de “dividir um pocky” é um pouco diferente e pode não ser recomendada para uma apresentação em público, já que minha doce e irritante china girl é muito tímida.” Com isso, Okita saiu do restaurante enquanto Kagura tentava lhe espancar e Fuyumi reclamava de como queria assistir ao que eles iriam fazer.

“Aquele...” Recém-saído do choque, Aki ficou de pé. “O QUE VOCÊ PENSA QUE VAI FAZER COM A KAGURA-CHAN, OKITA SEU MALDITOO?” O assassino saiu correndo.

“Aki-kun, espera!” Soyo Hime chamou.

“Ah S-S-Soyo-chan! A-A-A-Até amanhã eu prometo entregar aquele relatório sobre os donuts, e-e-e-eu não irei te desapontar.” Aki falou, com as bochechas meio vermelhas, e deixou o restaurante o mais rápido que conseguiu.

“Ele continua bastante agitado.” Comentou Fuyumi. “Estava com esperança de que acontecesse mais alguma coisa.”

“Na verdade, acho que avançamos bastante.” Respondeu Soyo animada.

Então, Aki voltou a entrar no restaurante, só que molhado dos pés à cabeça.

“O que aconteceu, Aki-kun?” Questionou Soyo-hime preocupada.

“Não entendo… Simplesmente não entendo…” Murmurou Aki, que parecia estar numa espécie de estado de choque. “Quando perdi a Kagura-chan e o Okita de vista, começou de repente a chover torrencialmente. O quê está acontecendo? Pensei que esta fic tivesse num clima de verão!”

“Esse é o clima da fic do Autor-kun, talvez a Autora-chan tenha outro clima. Quando acontece um Crossover entre climas diferentes, o próprio clima pode ficar estranho.” Explicou Fuyumi como se fizesse todo o sentido do mundo.

“Que tipo de lógica ela está usando?” Indagou Aki com uma gota de suor atrás da cabeça.

“Não faço a mínima ideia.” Respondeu a princesa.

“Acabei de ter uma ideia brilhante.” Murmurou Fuyumi envolvida por uma aura assustadora. “Aki-chan, porque não levas a Soyo-chan para tua casa?”

“O-O-O q-que quer dizer com isso, Fuyumi-san?” Indagou o assassino corando bastante, mas não tanto como Soyo.

“O castelo fica muito longe e não temos guarda-chuvas disponíveis. Aki-chan, a tua casa fica perto. Tens de ser um cavalheiro e deixa-la ficar em tua casa, enquanto a chuva não passar. Essa é a tua missão!” Explicou a Yato com um ar autoritário.

“Fuyumi-san o que você está fazendo?” Pensou Soyo alarmada. “Isto não estava no plano! E também é impossível o Aki-kun aceitar algo assim.”

“Entendi!” Respondeu Aki fazendo continência. “Não lhe falharei, Fuyumi-san! Levarei a Soyo-chan para minha casa e farei tudo ao meu alcance para que ela se sinta confortável!”

“Ele aceitou!” Gritou mentalmente Soyo-chan espantada.

“Vamos, Soyo-chan!” Falou o ninja retirando o seu casaco, que estranhamente já estava seco e colocando-o sobre cima de si e pondo-se ao lado da princesa. “Não deixarei que te molhes.”

“O-obrigada.” Respondeu Soyo-hime corada e saindo do restaurante a correr com o jovem Sarutobi.

“Não vou deixar que isto apenas acabe aqui. Hehehe.” Murmurou Fuyumi enquanto os via a afastar.

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“Chegamos Soyo-chan” Disse Aki enquanto os dois adolescentes encharcados entravam no apartamento.

“Que apartamento bem arrumado. Não esperava menos de você Aki-kun.”

“Tem uma toalha no banheiro, pode tomar banho se quiser. Provavelmente a chuva vai demorar a passar, e é melhor não arriscar ficar gripada.” O rapaz falou.

“Mas eu não tenho roupas aqui.”

“Eu consigo alguma coisa da minha Onee-san pra você, vai ficar meio grande, mas é melhor que você ficar passando frio.” Explicou Aki, seguindo para o quarto da irmã mais velha. Pelo silêncio, ela não estava em casa, então ele tentou girar a maçaneta.... Só para ver várias travas aparecendo e bloqueando a porta, com uma gigantesca placa que dizia “Proibida a entrada de menores, a não ser que o Gin-san seja transformado em uma criança”.

“E agora, o que eu faço?”

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Soyo Hime encarava a tela do celular enquanto tentava enxugar os cabelos, mas a mensagem no aparelho deixava a tarefa meio impossível.

“NÃO DESPERDICE A OPORTUNIDADE! BOA SORTE!”

“Soyo-chan? Eu vou deixar a roupa aqui na porta. Eu não consegui pegar nada no quarto da Onee-san, mas espero que isso sirva.”

“Ok, eu não demoro muito.” Avisou a princesa.

Quando ela se foi vestir, reparou que o jovem assassino lhe tinha deixado uma camisa branca.

“Estranho, esta camisa não parece ser da Sarutobi-san… Isso quer dizer!” Falou Soyo-hime ficando completamente vermelha ao perceber de quem era a camisa.

Quanto a princesa pegou na camisa, o seu celular tocou, avisando-a de que recebera uma mensagem. Pegou rapidamente no aparelho e ficou surpreendida com a seguinte mensagem.

“VESTE LOGO ISSO! VAI FICAR PERFEITO!”

“Como é que ela sabe?” Pensou Soyo completamente surpresa e começando a olhar em todas as direções. “De onde é que ela está vendo?”

Mesmo assim, vestiu-se e foi até à sala onde se encontrava Aki, assistia televisão.

“F-ficou bem em mim?” Perguntou ela timidamente.

“M-muito bem.” Respondeu o assassino corando levemente e desviando o olhar. “Lamento teres de vestir uma camisa minha. Não consegui encontrar nada da minha Onee-san.”

“Não tem problema. Acho que as tuas roupas são mais próximas do meu tamanho.”

“A chuva parece que vai demorar.” Comentou o ninja olhando para a janela. “Se ela se prolongar, posso preparar o jantar.”

“Eu ia adorar.” Respondeu Soyo sorrindo.

O tempo foi passando e a chuva não mostrava sinais de que ia parar, continuava a cair, cada vez mais. E sem que se apercebessem, já era noite cerrada e muito tarde.

“Acho que não vai tão cedo.” Comentou a princesa.

“Parece que vais ter de ficar cá a dormir.” Falou Aki olhando para o relógio de parede. “Podes ficar no meu quarto.”

“Como?” Questionou Soyo ficando rubra.

“Não é o que você está pensando!” Respondeu Aki atrapalhado. “Estou dizendo que podes dormir no meu quarto e eu durmo no sofá.”

“Acho que pode ser.” Concordou Soyo-hime acalmando-se um pouco.

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Algumas horas depois, no quarto do assassino, Soyo estava deitada na cama do mesmo.

“Não consigo dormir.” Murmurou ela abrindo os olhos bastante secos. “Estou demasiado animada para dormir. Talvez se eu pegar um travesseiro mais confortável.”

Então a princesa levantou-se e abriu o armário do jovem Sarutobi, mas quando o fez foi inundada por um desabamento de imensos bichinhos de pelúcia.

“O que foi isto?” Indagou Soyo-hime conseguindo sair do monte fofo para poder respirar. “Pois é. Se bem me lembro, a Kagura-chan disse-me uma vez que coisas fofas eram uma das fraquezas do Aki-kun. Isso até que é um pouco adorável.”

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Soyo, desistindo de procurar por um travesseiro, decidiu beber um pouco de leite, mas quando passou pela sala, reparou em Aki dormindo no sofá, abraçado a um coelho de pelúcia que tinha quase o seu tamanho.

“Quando o Aki-kun está a dormir é ainda mais adorável.” Pensou Soyo sorrindo, mas depois reparou que o mesmo estava quase a cair. “É melhor ajuda-lo.”

Mas quando o tentou fazer, Aki caiu sobre ela e começou a abraça-la como se fosso o tal coelho, não lhe deixando hipótese de escapar.

“O que faço? O que faço? O que faço?” Pensou a princesa em pânico. “Tenho de sair daqui antes que ele acorde! Mas está tão quente e confortável. Não! Não posso adormecer aqui. Não posso…”

Antes que se desse conta, Soyo adormeceu nos braços de Aki.

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“Hein... Que horas são?” Aki murmurou enquanto tentava abrir os olhos. Dormir naquele sofá tinha sido mais confortável do que ele esperava, mas havia algo estranho com seu coelho de pelúcia, ele parecia diferente do normal.

“Aki-kun... Bom dia.” Soyo Hime acabou acordando com o excesso de movimentação do assassino.

“Bom dia Soyo-chan... SOYO-CHAN???” Aki levantou num pulo, corado e tremendo, mas logo sendo atingido por uma aura depressiva e saindo do apartamento parecendo um zumbi.

“Calma Aki-kun, não aconteceu nada. Eu apenas levantei para beber alguma coisa e... Pra onde está indo?”

“Eu mereço morrer... Kagura-chan eu sinto muito... Soyo-chan eu sinto muito... Uma existência inútil....” Repetia o rapaz descendo as escadas.

“AKI-KUN ESPERAAA!” Soyo gritou, indo até a porta, já que não podia sair do apartamento com aquelas roupas.

“Eh? Soyo-chan o que aconteceu?” Fuyumi saiu detrás de uma planta, usando roupas de exercito e com câmeras penduradas num colete. “Não me diga que vocês.... Você é rápida hein hehee...”

“Então foi isso? Será que eu consigo uma espada lá no Shinsengumi? Seppuku... Tenho que cometer seppuku para acabar com minha vergonhosa vida.”

“Aki-kun você estava ouvindo! FUYUI-SAN PARE ELE!”

“AKI-CHAN VOCÊ NÃO PODE MORRER AGORA! NÃO É HONRADO FAZER COISAS INDECENTES COM UMA GAROTA E DEPOIS FUGIR!”

“FUYUMI-SAN VOCÊ SÓ ESTA PIORANDO AS COISAS!”

Aquela manhã ainda seria bem longa.


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