Aleatório é quase um sinônimo de Gintama escrita por Isa


Capítulo 2
O festival


Notas iniciais do capítulo

Essa foi a primeira vez (se eu não me engano) que eu inclui o Tkasugi e o Kamui numa das minhas histórias, então desculpem se ficar meio OCC. Ah, vou tentar atualizar essa fic nas terças e nas sextas, ou pelo menos toda sexta. Aproveitem o capitulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/456424/chapter/2

“Pelo visto cheguei na hora que você faz sua coisa preferida, não é seu maluco?” A voz de Takasugi Shinsuke ecoou pela sala de jantar de uma das principais naves dos piratas do espaço, os Harusame. Em uma das mesas, atrás de uma pilha de pratos sujos e com a boca melada de molho, estava o Admiral, um Yato ruivo, Kamui, acompanhado de seu assistente Abuto.

“Ah, Takkun! E a Tatako-chan, o Lolicoon-san e o Fonesdeouvido-senpai. Que coisa rara vocês virem me visitar! Algum problema lá no planeta dos samurais?” Kamui perguntou com seu clássico bom humor, enquanto o líder do Kihetai ocupava um dos assentos da mesa.

“Nenhum problema, eu vim apenas te convidar pra uma coisa que tenho certeza que vai achar interessante.”

“Não me diga que está se preparando para atacar o samurai-san e os amigos dele. Ah Takkun, não seja apressado eu quero que eles fiquem bem fortes, se não as coisas não serão nada divertidas!” O Yato fez um bico infantil.

“Não é isso. É que eu ouvi dizer que em Edo estão organizando um grande festival, achei que seria interessante observar, eu costumo fazer isso algumas vezes, e pensei que você também gostaria de ir.”

“Um festival? Nossa, parece ser realmente divertido! Eu com certeza vou! E se vai ser tão grande quanto você diz pode ser até que eu veja minha adorável imoto-chan por lá. Abuto, desmarque tudo que eu tiver de fazer nesse dia.” Kamui falou e levou um tapa na cabeça. “Ai, ai, pra que toda essa violência?”

“Pra ver se você recupera o juízo, se é que algum dia já teve isso. Estamos no meio de várias negociações importantes, inclusive com aqueles fornecedores de armas extremamente perigosos. Como já sabemos, eles só estão fornecendo por terem medo do nosso poder, mas se descobrissem onde você está poderiam causar problemas.”

“Se eles me atacarem é só eu matar todos certo?” Pelo comentário, Kamui ganhou outro tapa.

“Sabe muito bem que as coisas são muito complicadas do que isso. Dentro dessa sua cabeça só passam comida e batalhas? Bem, como eu te conheço muito bem e tenho certeza que não vai desistir dessa ideia absurda pelo menos tenha a inteligência de usar um disfarce. Assim evitamos problemas.”

“Ah Abuto, você é tão chato...”

Depois que os problemas foram resolvidos, Takasugi e Kamui já estavam prontos para ir pro festival, dentro do barco do Kihetai. O terrorista usava uma peruca esverdeada e um kimono cinza, enquanto Kamui usava uma peruca e um kimono negros, e estava sem seu guarda-chuva, já que era de noite a arma estava escondida na cintura. Depois do Yato receber mais alguns minutos de sermões de Abuto, os dois já estavam andando pelas ruas de Edo, que estavam completamente decoradas e cheias de luzes e barracas. Tudo parecia tranqüilo até demais, quando de repente se ouviu uma explosão ao longe.

“Ah Takkun, agora eu entendi porque você queria vir a esse festival. Planejou alguma coisa mais divertida ainda não foi?”

“Não seja idiota, eu não tenho nada haver com essa explosão.” Takasugi falou, enquanto fumava um pouco.

“Então quem...”

“SEU SÁDICO MALDITOOOOO! DEVOLVA JÁ!” Um grito furioso foi ouvido e dois adolescentes apareceram há metros de distância dos dois visitantes.

“Só se você implorar por isso china.” Um rapaz de cabelos cor de areia e usando uniforme do Shinsengumi falou, enquanto segurava um palito com dangos ao mesmo tempo que tentava defender os ataques de uma furiosa Yato.

“SEU PIRRALHO EU VOU TE BATER ATÉ VIRAR UM BISCOITO AMASSADO!”

Os rivais continuaram sua troca de ofensas por um tempo e depois sumiram no meio da briga.

“Nossa, quem diria que a pirralha atrevida que apontou um guarda-chuva pra minha cabeça era sua irmã.” Takasugi falou num tom divertido.

“É isso mesmo, minha adorável imoto-chan! Ela não é fofa? Um desperdício total dos genes do nosso povo, mas continua sendo uma gracinha. Olha lá Takkun, a outra pessoa que nós queríamos ver!” Kamui disse apontando para a frente de um bar, onde um samurai de cabelos prateados, um homem de cabelos compridos vestindo uma fantasia de personagem de videogame e um policial estavam completamente bêbados segurando garrafas de sake.

“Hijikata-kun, acha mesmo que pode me ven-cer?” Gintoki perguntou num tom de desafio, enquanto virava a garrafa e pegava outra.

“Você está falando isso, mas eu já bebi 10 garrafas, você está na nona ainda. Aprenda a contar antes de disputar comigo maldito Yorozuya.”

“Fiquem quietos vocês dois. Ambos irão perder para o grande Katsuo!”

“Zura você ainda está na segunda garrafa!”

“Zura janai, Katsuo da! Além do mais, o importante não é a quantidade, e sim a maneira que você bebe.”

“Isso é realmente interessante! Uma pessoa que lutou na guerra contra os Amantos , um terrorista e um policial fazendo um concurso de beber como três amigos. Que divertido!”

“Kukuku, divertido igual aquilo ai.” Takasugi apontou para Kagura, que estava aos prantos enquanto arrastava Okita pelo braço.

“GIN-CHAAAAAAAN! ESSE SÁDICO MALDITO QUEBROU MEU GUARDA-CHUVA!” A chinesinha reclamou enquanto fungava, e pela cara de dor que Sougo fazia, ela estava apertando seu braço realmente forte.

“Danna, é culpa dessa pirralha por existir.”

“A CULPA É SUA POR PEGAR MEUS DANGOOOS!” Os dois começaram a discutir novamente, e levaram um murro na cabeça de Gintoki.

“Calem a boca pirralhos. Se gostam tanto de brigar, resolvam seus problemas sozinhos! Eu estou muito ocupado aqui!”

“MAS GIN-CHAAAAAAN!”

“Kagura-chan não precisa chorar desse jeito.”

“Anego!” Kagura se virou para o lado e avistou a mulher mais velha, acompanhada de Shinpachi.

“Agora limpe essas lágrimas, eu tenho certeza que amanhã cedinho o Okita-san vai levar seu guarda-chuva pro conserto. Não é mesmo Okita-san?”

“É.... Certo, certo, só pare de quebrar meu braço china girl.” Sougo até tinha pensado em discutir, mas nem ele era burro o suficiente para desafiar Otae.

A noite continuou passando do jeito que um festival na cidade de Edo seria, gritaria, brigas, insultos, stalkers sendo espancados, mas também muitas risadas e diversão. Em certa hora, Takasugi e Kamui apenas foram embora, sem dizer mais nenhuma palavra.

–----------------------------------------x----------------------------------------

“Ela continua a mesma de sempre.” Kamui pensou, encarando o teto do seu quarto, já de volta a uma das naves dos Harusame. Lembrou da sua irmã mais nova, de como ela estava brigando com aquele garoto. Ela poderia matar alguém facilmente numa briga, mas ficava naquele nível de luta tão baixo de propósito. E depois ainda estava chorando por uma bobagem. Era uma coisa raríssima ver qualquer outro Yato chorar, mas ela sempre tinha sido uma bebezinha chorona. Mas logo depois Kagura estava rindo. Não daquele jeito que ele sorria, mas de uma forma verdadeira, enquanto conversava com a tal mulher de cabelo castanho, brigava com o garoto de antes ou no final, enquanto o samurai-san carregava ela nas costas de volta pra casa, e os dois conversavam com o garoto de óculos. Ela parecia estar realmente feliz vivendo daquela maneira distorcida. Será que ele também seria capaz daquilo?

“Que ridículo... Essa nuca será a vida que eu vou escolher... Eu pertenço aos campos de batalha, e isso nunca vai mudar...”

–-------------------------------------------x----------------------------------------

“Que patéticos. Se divertindo daquele jeito com pessoas que trabalham para um governo que matou o Sensei.” Takasugi pensou, enquanto andava pela nave dos Harusame. Como aqueles dois conseguiam deixar as magoas do passado de lado daquele jeito, e viver suas vidas como se nada tivesse acontecido. Pra ele era impossível. A única coisa que seria capaz de diminuir aquela dor era continuar destruindo até não restar nada.

“Dormindo a essa hora?” O terrorista perguntou se encostando na porta do quarto de Kamui.

“Takkun! Pensei que já tinha ido embora.”

“Parece que um grupo bastante forte está atacando as naves de vocês. Eu estava bastante entediado, então fiquei pra festa.”

“Que ótima maneira de começar meu dia! Vamos logo.” Os dois seguiram para a batalha, tentando esquecer o que tinham visto. E tentando esquecer que por mais que negassem, invejavam a vida de seus conhecidos, principalmente por saberem que enquanto continuassem naquele caminho de ódio, nunca teriam uma coisa: Amor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!