Aleatório é quase um sinônimo de Gintama escrita por Isa


Capítulo 1
O que é amor?


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu tava cansando de fazer one-shots separadas quando me ocorria uma ideia, então isso é simplesmente pra simplificar. Como não podia deixar de ser, o primeiro cap. é OkiKagu.



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“Ei sádico, sua falta de neurônios pode me responder uma pergunta?” Kagura falou em um tom indiferente. Era um dia meio quente em Edo então ela e Okita não estavam brigando, apenas tinham sentado embaixo de uma arvore no Shinsengumi.

“....” Foi a única resposta de Sougo, que nem tinha se dado ao trabalho de tirar a mascara de dormir, enquanto sua mão brincava com a da ruiva, talvez em um ato involuntário de ambos.

“Ei sádico, o que é amor?” Kagura não tinha se dado por vencida, e para a sorte de sua paciência curta, a pergunta atraiu a atenção do rapaz. Okita parou de tentar cochilar e encarou os olhos azul piscina da Yato, que estavam cheios de curiosidade.

“Ei sádico, o que é amor?” Kagura repetiu a pergunta cutucando a bochecha do capitão do Shinsengumi.

“Isso depende. De que tipo de amor está falando china girl?” A voz entediada de Okita questionou, enquanto seus olhos avermelhados percebiam o “joguinho de mãos dadas” que ele e sua rival estavam tendo. Não que ele fosse parar com aquilo, na verdade, a sensação das mãos macias da chinesinha entrelaçadas nas suas era bastante agradável.

“De amor igual o das novelas.” Kagura respondeu no topo de sua inocência. Por mais que fosse madura em algumas coisas sérias, ela era bastante leiga em tópicos de romantismo. Até já tinha arrumado aquele problemão (literalmente) com o príncipe gigante espacial por causa disso.

“Então estamos falando de amor romântico. Posso saber o motivo da curiosidade de uma pirralha que normalmente só se interessa por comida e encher o saco dos outros?”

“Eu estava conversando com a Soyo-chan sobre um programa de TV, e ela ficou chocada quando eu disse que não entendia essas coisas de amor.”

“Como estou muito paciente e muito mais ainda entediado, vou explicar . Mas preste atenção para seu minúsculo cérebro conseguir registrar isso.” Houve uma pausa enquanto Kagura e Okita trocaram olhares, e isso foi uma mistura e faíscas e algo mais.

“O que vocês estão fazendo?” Kondo apareceu, acompanhado de Yamazaki e Hijikata.

“Silencio gorila, o sádico vai me explicar o que é o amor das novelas.” Os três policiais não perguntaram mais nada, mas aquele tópico sendo discutido entre aquelas duas pessoas especificas foi o suficiente para eles se sentarem junto deles.

“Então china, amor é quando você passa a maior parte do seu dia pensando em uma pessoa. É quando você se sente feliz em apenas estar perto dela, não importa se estejam conversando, brigando ou apenas no mesmo lugar. É quando você quer proteger esse alguém mesmo que vá custar sua própria segurança, porque é simplesmente insuportável a ideia de que essa pessoa se machuque. É quando a felicidade dessa pessoa significa mais do que a sua. Ou talvez simplesmente seja um sentimento, estúpido, egoísta e sem lógica que nutrimos por alguém que de algum jeito nos faz sentir melhores para suportarmos a vida nesse mundo.” Todos ficaram completamente chocados com as palavras sem sarcasmo e até meio filosóficas de Sougo, com exceção de Kagura, que apenas se encostou na arvore de novo, sendo seguida pelo rapaz de cabelos cor de areia.

“Ei sádico, então se uma garota sente essas coisas por um cara ela ama ele?”

“Provavelmente sim.” Okita já estava puxando a mascara de dormir de novo, quando sentiu sua bochecha ser cutucada mais uma vez.

“Ei sádico, e se ela ama ele devia contar?” Kagura colocava cada vez mais ênfase do “ei sádico” que obviamente era para irritar Sougo.

“Essa é a melhor chance que ela tem deles ficarem juntos.”

“Ei sádico, e o que acontece se duas pessoas se amam?’

“Elas normalmente começam a namorar, se abraçam, se beijam, ajudam um ao outro e depois de algum tempo se casam, moram juntos, tem filhos...” Depois dessa resposta a chinesinha se calou por algum tempo, e Okita realmente achou que teria um pouco de paz, quando...

“Ei sádico...”

“Se repetir isso de novo, eu vou me esquecer de quanto está calor e vamos brigar aqui e agora chinesa irritante.”

“Eu só quero avisar que quero um bolo de casamento com recheio de sukonbu.” Os três samurais que assistiam a cena quase caíram. Considerando as respostas que Sougo havia dado para as perguntas de Kagura, ela tinha acabado de admitir que amava ele? Aquilo era realmente possível?

“Vemos isso depois pirralha. Agora eu vou dormir um pouco.” Mais uma vez os dois rivais se encostaram no troco da arvore, mas não antes de Sougo trazer a ruiva mais pra perto de seu corpo, a envolvendo num abraço aconchegante. Tinha ficado meio surpreso com a confissão de amor de sua doce china girl mas não ia demonstrar isso, obvio.

“China girl idiota. Como acha que eu aprendi o que é amor?”


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Notas finais do capítulo

Bem é isso ate outra hora!