Aleatório é quase um sinônimo de Gintama escrita por Isa


Capítulo 19
Você sempre acaba conhecendo alguém que é “primo do tio da amiga da sua mãe.”


Notas iniciais do capítulo

Oi oi pessoal! Esse capitulo ficou muito muito pirado, mas quando eu cismo de escrever uma coisa, não consigo tirar a ideia da cabeça.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/456424/chapter/19

“Ah, essa viagem foi realmente cansativa. Aquele carequinha devia ter me avisado que viajar para a Terra era tão exaustivo.” Uma mulher de longos cabelos castanhos claros, usando vestido florido que ia até os joelhos e um guarda-chuva azul claro reclamou, enquanto pegava sua mala. Andou até a saída do Terminal, onde o capitão da primeira divisão do Shinsengumi dava algumas instruções a um grupo de soldados. “Aquele garoto... Será?”

–----------------------------------------------x--------------------------------------------

“Bem, se já entenderam façam o favor de saírem da minha frente antes que eu arranque suas cabeças. Tsc, porque eu preciso dar instruções a um bando de inúteis?” Sougo reclamou, fazendo os soldados do Shinsengumi evaporarem. O sádico já estava pensando o que ia fazer para matar o resto do dia, quando ouviu alguém se aproximar correndo.

“SOU-CHAAAAAAAAAAN!” Ouviu uma voz feminina, e logo depois alguém lhe abraçando. Só existiam duas pessoas que lhe chamavam daquele jeito, mas poderia mesmo ser...

“Fuyumi-nee-san? É você mesma?” Okita virou-se, observando a mulher de cabelos iguais aos seus. Ela não tinha mudado nada naqueles anos.

–----------------------------------------x-----------------------------------

“Vamos logo, seus dois samurais inúteis! Desse jeito a Nee-chan vai acabar pensando que eu esqueci dela!” Kagura falou, enquanto corria na frente de seus colegas de Yorozuya.

“Oy Kagura, quem estamos indo buscar mesmo?”

“VOCE JÁ ESQUECEU DE NOVO, SEU MALDITO DE PERMANENTE NATURAL? Pela bilionésima vez, vamos encontrar uma amiga da minha Mami que costumava brincar comigo quando eu era pequena. Ela vivia viajando, mas sempre tinha tempo pra me ver. Há um tempo atrás a Nee-chan me mandou uma carta dizendo que ia vir a Terra procurar um parente e que queria encontrar comigo. Agora andem rápido!”

–-----------------------------------------x-------------------------------------

“AHHHH SOU-CHAAAAN VOCE ESTÁ TÃO GRANDE E LINDO E CONTINUA TÃO FOFO!” A mulher de cabelos castanhos continuou abraçando o capitão do Shinsengumi.

“Fuyumi-nee-san você está me esmagando! Controle sua força, por favor.”

“AH E OBRIGADA POR ME ACOMPANHAR A ESSE TAL PARQUE DA CIDADE EU FICARIA PERDIDA SEM VOCE!”

“Me abraçando desse jeito parece até que sentiu minha falta.” O semblante de Sougo ficou completamente sério, e Fuyumi finalmente o soltou, encarando o rapaz com seus olhos esverdeados.

“Sou-chan, você sabe muito bem que a coisa que eu mais queria era ter cuidado de você e da Mitsu-chan quando seus pais morreram, mas era perigoso. Eu resolvi cortar qualquer conexão entre vocês dois e o clã Yato. Eu entendo sua dor. Deve ter se sentido sozinho, principalmente depois do que aconteceu com a Mitsu-chan. Peço que me desculpe.” A Yato estava com os olhos cheios de lágrimas, esperando que seu sobrinho lhe perdoasse.

“Vamos apenas esquecer isso. Bem, esse é o lugar que você queria vir, eu vou comprar uma coisa aqui perto, volto num minuto.” Okita se afastou, com sua cara de sempre, mas estava bastante feliz por sua tia estar ali. A ultima vez que tinha visto ela havia sido no enterro de seus pais, e depois a mulher Yato sumiu pelo universo. Anos mais tarde, depois de uma carta de Fuyumi, ele tinha tomado conhecimento da história inteira por trás do passado de seu pai e da irmã dele, e se esforçava o máximo para entender. Porem, seria mentira dizer que não tinha sentido falta da presença alegre e meio maluca da mulher.

–----------------------------------------x-----------------------------------

“AH! FUYUMI-NEE-CHAAAAN! AQUI!” Kagura gritou, e logo foi abraçada pela outra Yato.

“Ah Kagura-chaaan! Você é uma mocinha tão linda agora! Aposto que tem muitos garotos atrás de você!”

“NEE-CHAN VOCE CONTINUA TÃO MANEIRA! E SEUS PEITOS ESTÃO MAIORES DO QUE ANTES!” As duas finalmente se soltaram, e começaram a conversar, enquanto Kagura apresentava Gintoki e Shinpachi. “Ah, eu quase esqueci! Nee-chan, eu vou comprar um pouco de sukonbu, pode esperar aqui com esses idiotas?” A ruiva saiu correndo para uma loja de conveniências perto dali.

“Ah, parece que ela vai acabar encontrando meu sobrinho e nem vai perceber. Isso vai ser tão divertido!”

“É, do que está falando Fuyumi-san?” Shinpachi perguntou.

“Mesmo, eu acabei não dizendo a Kagura-chan. Encontrei meu sobrinho antes de ir procurá-lo, ele me trouxe aqui, mas foi naquela loja comprar alguma coisa. O Sou-chan está tão crescido, e ficou tão lindinho naquela roupa de policial!”

“Eh... Gin-san? Ela acabou de dizer Sou-chan não foi? A Fuyumi-san poderia estar falando de quem eu estou pensando?”

“Impossível Shinpachi-kun. Se aqueles dois tivessem se encontrado, já teríamos ouvido...” A frase de Gintoki foi interrompida por uma explosão, enquanto dois pirralhos saiam da fumaça.

“SEU SÁDICO MALDITO, PARE DE ME SEGUIR!”

“EU ESTAVA LÁ PRIMEIRO SUA PIRRALHA DESPEITADA!”

“MORRA DESGRAÇADO!”

“NÃO ANTES DE MATAR VOCE E O HIJIKATA!”

“Hein? Sou-chan, Kagura-chan, vocês se conhecem?” Fuyumi perguntou, e os dois rivais se olharam confusos.

“Sou-chan???”

“Kagura-chan???” O choque foi tanto que ambos acabaram parando de brigar, o que resultou numa garota chinesa e num sádico se chocando e caindo inconscientes, com os olhos girando em pequenos redemoinhos.

–-------------------------------------------x--------------------------------------------

“Ah esse planeta é mesmo pequenininho! Quem diria que meus dois bebes são amigos!” Fuyumi falou, enquanto bebia uma garrafa de saquê inteira de uma vez. Depois do desmaio dos dois rivais, ambos tinham sido carregados para o Yorozuya e estavam descansando no quarto de Gintoki.

“Fuyumi-san, até agora eu não entendi. Como você pode ser tia do Okita-san?”

“Quer dizer que o Sou-chan nunca contou a ninguém? Bem, depois de tudo que aconteceu não me admira ele ter virado uma pessoa meio fechada. Tudo bem, eu vou contar tudo a vocês, tanto sobre o Sou-chan quanto sobre a Kagura-chan.” A Yato puxou mais uma garrafa de saquê e continuou. “Há muito tempo atrás, eu e meu irmão mais velho trabalhávamos para os Harusame. Só que um dia, numa missão aqui na Terra, ele acabou se apaixonando por uma garota. Eles se casaram e tiveram dois filhos. Mas ai tem uma questão bem importante: Apesar de Yatos e terráqueos parecerem bastante, os genes são diferentes. No caso do Sou-chan, foi uma combinação extremamente bem sucedida, ele não herdou a sensibilidade ao sol, e é bem mais forte do que outros humanos. Porém, a irmã dele... Não teve a mesma sorte...” Fuyumi parou por um momento, olhando para algum lugar longe que provavelmente não existia e continuou. “Enfim, eu vinha sempre visitá-los, até que um dia... Quando eu cheguei era tarde demais.”

“O que aconteceu Fuyumi-san?”

“Os Harusame. Eles descobriram que meu irmão tinha desistido de trabalhar pra eles, e por isso mataram ele e sua esposa, e teriam matado as crianças também, mas conseguiram esconder os dois a tempo. Quanto a mim? Bem, eu sabia que ficar na Terra com o Sou-chan e a Mitsu-chan seria perigoso pra eles, então expliquei as coisas para a Mitsu-chan e fui embora. Por mais que quisesse cuidar deles, a única coisa que eu pude fazer foi depositar uma quantia de dinheiro para eles se virarem sozinhos.”

“E onde a Kagura-chan entra nessa história?”

“Eu conheci a Kagura-chan depois. Alguns meses após ter ido embora da Terra, resolvi ficar um tempo no planeta dos Yatos, e minha vizinha acabou sendo uma mulher muito doente. O filho mais velho tinha ido embora e o marido vivia viajando por causa do trabalho. Essa era a mãe da Kagura-chan. Acabei ficando amiga dela e da filha, e mesmo quando estava viajando para me esconder dos Harusame sempre dava um jeito de visitá-las. Nos últimos anos eu fiquei escondida, até que finalmente consegui negociar com aqueles malditos para me deixarem em paz. Obvio que a primeira coisa que fiz foi dar um jeito de encontrar aqueles dois! Fiquei tão preocupada todo esse tempo... “E se a Kagura-chan acabasse sendo levada para os Harusame pelo irmão? E se o Sou-chan nunca mais me perdoar por eu ter abandonado ele e a Mitsu-chan?” Era o que eu pensava o tempo todo. E mesmo depois que eles responderam minhas cartas, mesmo depois de ter os visto, ainda fico com o coração apertado.”

“Não precisa ficar tão preocupada ou vai acabar careca.” Gintoki, que até aquele momento tinha apenas ouvido a história e bebido, falou. “Esses dois pirralhos estão bem. Cara, você devia sentir pena é dessa pobre cidade, que é obrigada a lidar com a destruição diária. Oy Souchirou-kun, Kagura, digam isso a essa maluca antes que ela beba todo o saquê.”

“Nós ainda não acordamos!” Kagura falou, e logo depois ouviu-se o barulho de um tapa.

“Qual o problema com seu cérebro china?” Fuyumi abriu a porta do quarto de Gintoki e encontrou os dois rivais encostados nela.

“Vocês dois não tem jeito mesmo... Bem, eu já estou indo.”

“Como assim Nee-chan? Você mal chegou!”

“Não se preocupem, eu volto em breve. Agora tenho uns últimos problemas para resolver, mas logo estarei na Terra de novo. Ah, e se eu acabar cruzando com o careca do seu pai, podem ficar tranquilos, vou dizer que o Sou-chan é um garoto maravilhoso. Assim ele não vai implicar muito quando souber que vocês estão namorando, não é?”

“Fuyumi-nee-san, o que quer dizer com isso?”

“Eh? Vocês dois são namorados, não são? O destino é tão lindo, fazendo os caminhos se cruzarem assim.” A Yato mais velha falou, com os olhos brilhando, enquanto o Yorozuya se transformava num caos. Ainda aconteceria muita coisa antes daquela mulher partir. E ela com certeza voltaria muitas outras vezes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sugestões são sempre bem vindas, até sexta feira!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Aleatório é quase um sinônimo de Gintama" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.