Shinpachi seguia seu caminho para o Yorozuya tranquilamente, enquanto ouvia a uma nova musica de sua amada Otsuu-chan. Tinha passado a noite num show da cantora, por isso estava atrasado naquela manhã. Provavelmente Kagura e Gintoki estavam apreciando as horas extras de sono.

“Bom dia!” O samurai de óculos cumprimentou enquanto abria a porta.

“AHHHH EU SOU UMA SUPER HEROÍNA!” Uma garotinha com cerca de 6 anos pulou de cima da mesa do Yorozuya. Shinpachi observou aquela criança, ficando assombrado quando percebeu os cabelos ruivos e roupas chinesas.

“O que diabos está acontecendo aqui?”

“Quem é você? Ah um óculos falante!” A menina falou, subindo em alguma coisa e cutucando a bochecha do rapaz.

“Onde você encontrou uma coisa dessas garota?” Uma outra criança, dessa vez um garotinho de uns 8 anos saiu do quarto de Gintoki, usando as roupas do mesmo.

“G-Gin-san? K-Kagura-chan?”

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“Agora me expliquem, vocês dois, o que aconteceu para estarem desse tamanho?” Shinpachi estava andando por Edo, com seus mini-colegas.

“Quem é você mesmo?” Kagura perguntou.

“Eu sou o Shinpachi! Kagura-chan, seu cérebro diminuiu junto com seu corpo? Gin-san, pode me dizer algo que ajude?”

“Eu não sei cara. A ultima coisa que eu me lembro é de chegar em casa depois de beber. Ah, eu quero um parfait.”

“E EU QUERO TOMAR CAFÉ!”

“Parem com isso, os dois! Temos que resolver o problema antes de pensar em comer....”

“AHHHHHHHHHHH NOS LEVE PRA COMER! AHHHHHHH! NÓS VAMOS CONTAR PRA MAMÃE QUE VOCE ESTÁ SENDO MAL COM A GENTE ONEE-CHAN!” Gintoki e Kagura começaram a fazer um escândalo enorme no meio da rua, fazendo todos olharem para o pobre óculos como um “irmão mais velho malvado”.

“TUDO BEM! VAMOS, EU VOU LEVAR VOCÊS PRA COMER.”

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Logo que chegou ao restaurante que o Yorozuya costumava frequentar, Shinpachi ficou com uma cara chocada ao encontrar seu colega de função, Yamazaki Sagaru. Que também estava acompanhado por três crianças muito familiares.

“Yamazaki-san....”

“Shinpachi-kun....”

“O que diabos está acontecendo??” Os dois falaram em coro.

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“Vocês podem controlar seus irmãozinhos, por favor? Eles estão incomodando os outros clientes.” Uma garçonete falou a os dois caras sérios, que estavam no meio de um campo de batalha que deveria ser apenas uma mesa de restaurante.

“AHHHH ME DEVOLVA MEU GUARDA-CHUVAAAAA!”

“NUNCA SUA PIRRALHA CHINESA!”

“VOCE TAMBEM É UM PIRRALHO! UM PIRRALHO BOBO E PERTURBADO!”

“OY SEU IDIOTA, O QUE DIABOS ESTÁ COLOCANDO NO MEU DOCE? SHINPACHI-ONII-CHAN MANDE ELE PARAR!”

“EU SÓ ESTOU QUERENDO AJUDAR! ZAKI-ONII-CHAN DIGA A ESSE BOBO QUE MAIONESE É MELHOR PRA TUDO!”

“PAREM COM ISSO MALDITOS!” Shinpachi finalmente perdeu a paciência e gritou. “PAREM COM ESSA PALHAÇADA! VOCÊS PODEM ESTAR PARECENDO CRIANÇAS, MAS NÃO SÃO! E PRINCIPALMENTE, PAREM COM ESSE TROÇO DE ONII-CHAN!”

“....” O silêncio se instalou na mesa por alguns segundos, quando...

“EU DISSE PRA ME DAR MEU GUARDA-CHUVA!”

“ME OBRIGUE!”

“VOCE TEM CARA DE MAIONESE!”

“E VOCE TEM OLHOS DE CADAVER!”

“ONII-CHAN, ELE DISSE QUE EU TENHO OLHOS DE CADÁVER!”

“Shinpachi-kun, é melhor irmos embora daqui...” Yamazaki falou, tentando tirar um garfo que tinha sido jogado na sua testa.

“Tem razão.” O óculos respondeu.

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“Ei pessoal, já que não comemos direito antes, nós fizemos uma coisa pra vocês....” Shinpachi acabou caindo de cara numa bandeja cheia de ramen quente logo que entrou na sala.

“Shinpachi-kun, está tudo bem?”

“Não se preocupe cara que parece um anpan, o Onii-chan consegue sobreviver. E se eu estiver errada é só jogarmos o corpo dele numa lata de lixo, ninguém vai estranhar um óculos lá.” Kagura falou e o resto das crianças concordou. “Agora vocês dois vão brincar com a gente!”

“Kagura-chan, ficamos um tempão fazendo essa comida, precisamos de descanso.”

“É china-san, porque vocês não ficam quietinhos enquanto descansamos um pouco?”

“EU DISSE QUE É HORA DE BRINCAR!” A garota Yato arrastou os dois tsukkomis pela orelha, e Sougo prendeu eles com algemas.

“E agora? Porque não brincamos de cavalinho com eles? Se subirmos todos de uma vez aposto que quebramos os ossos!” Kagura falou alegremente.

“Ou nós podemos sair com os dois e dizer a garotas que os dois estavam olhando para os peitos delas!” Gintoki sugeriu e os outros comentaram coisas como “que genial!”.

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“Ah, minha cabeça... Malditos pirralhos que me nocautearam. Malditos autores que sempre fazem eu me ferrar. Maldito dia que eu precisei usar óculos.” Shinpachi levantou do chão com dificuldade, e pelo que conseguia ver suas mãos já estavam soltas. Não conseguia lembrar bem do que tinha acontecido, só que as crianças... “PRA ONDE ELES FORAM? YAMAZAKI-SAAAN LEVANTE!”

“Ahhh Tama-san você é tão linda...”

“YAMAZAKI-SAN NÃO É HORA DE SONHAR! AQUELES INUTEIS BAIXINHOS SUMIRAM!”

“O QUE????” O viciado em anpans finalmente acordou.

“PRECISAMOS ENCOTRÁ-LOS!” Ambos saíram correndo pelo corredor, sem nem perceber quem estava vindo pelo lado contrario.

“O que deu no quatro olhos e no Yamazaki?” Hijikata perguntou, pegando um cigarro no bolso.

“Será que estão fazendo alguma promoção na loja dos virgens ferrados?”

“Nossa, a china girl teve uma boa ideia, que coisa rara.” Okita comentou, enquanto eles entravam na sala onde estavam antes.

“Cara, eu até agora estou tentando entender como diabos dormimos no covil dos ladrões de impostos.”Gintoki pegou sua bokuto que estava no chão. “Eu devo ter bebido demais noite passada para acabar aqui. E você Kagura?”

“Eu sei lá. Mas se o Shinpachi estava aqui devemos ter vindo juntos.... Porque não vamos perguntar?”

“Não, eu preciso comprar minha Jump antes que esgote.”

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“E então, eles estão ai?”

“Não! Onde procuramos agora?” Shinpachi respondeu, enquanto saia de um cano de esgoto. Eles já estavam procurando as “crianças” há horas e não havia sinal delas.

“Onde será que eles foram?”

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“Gin-chan, já passa da meia noite, não devíamos avisar a Anego que o Shinpachi sumiu?” Kagura perguntou sem tirar os olhos da televisão.

“Não, quem sabe por algum milagre ele acabou arrumando uma namorada e está com ela agora? Vamos deixar pra lá, amanhã falamos com o Patsuan.” Gintoki respondeu, folheando sua Jump.

“Tudo bem então.”