O ódio de amar escrita por Jenny Lovegood


Capítulo 17
Luau II


Notas iniciais do capítulo

Galera, um milhão de desculpas pela demora, mas eu estou atoladérrima de tarefas e trabalhos da escola pra fazer. Fora que minha mente está travando, o que só dificulta eu postar aqui. Mas, enfim, mais um capítulo está pronto e espero que gostem.



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A cada novo segundo que se passava, mais animado ficava o luau. As pessoas já interagiam entre si sem mesmo conhecer umas as outras. O violão que passava de mão em mão sempre dedilhava um bom som, ás vezes alguém desafinava mas a animação das pessoas era tão grande que mal reparavam.

Ginny e Harry continuavam a andar pela praia. Vez ou outra se pronunciavam, talvez por vergonha ou seja lá o que fosse. Os cabelos da ruiva voavam com a velocidade constante do vento forte e era impossível para o moreno não reparar.

– O que foi? - Indagou Ginny quando percebeu o olhar fixo de Harry nela.

– An? - O moreno piscou várias vezes. - Ah, nada, nada.

– Qual é mauricinho. - A ruiva debochou e parou ao lado do garoto. - Você é doido assim mesmo? Quando esbarra em mim adora me irritar, e agora que estamos andando á minutos você não fala nada?

– Tá dizendo que gostaria que eu dissesse alguma coisa? - Harry a intimidou com o olhar. Azul se encontrou com azul. Ginny desviou em questão de segundos.

– Não coloque palavras na minha boca. - Disse a ruiva, voltando a caminhar e se desviando do assunto.

– Eu sei que você é a fim de mim, ruivinha. - Gabou-se o morendo, voltando a acompanhar os passos da garota.

– Não me faça rir, Potter. - Ginny riu com sarcasmo.

– Vai mentir agora? Sempre vi como olha pra mim quando nos encontrávamos por acaso. - Continuou o moreno cheio de si.

– Olhava. Com desdém, lógico. - A ruiva parou subitamente na frente de Harry. - Olha eu topei sair com você e você disse que ia ser legal, então pode pelo menos tentar? - Indagou a garota sem paciência, o encarando nos olhos.

– Você queria que eu falasse alguma coisa, estou falando. - Replicou Harry contraindo as sobrancelhas.

– Algo que não fosse pra aumentar seu ego idiota. - Ginny retrucou sem paciência.

– Tá certo ruivinha, tá certo. - Harry levou as mãos para o alto em rendição e sorriu. Ginny cruzou os braços, sem se intimidar. Não ia sorrir de volta, não podia sorrir de volta.

– O que será que eles estão fazendo? - Ginny questionou retoricamente, olhando pela praia á fim de encontrar qualquer vestígio de Draco e Luna.

– Se pegando, provavelmente. - Respondeu Harry displicentemente. - O Draco é um burro.

– Um burro? - Ginny cruzou os braços e encarou Harry com as sobrancelhas arqueadas, aparentemente estava calma, mas seu olhar denunciava a irritação que aquela frase lhe causou.

– Burro. Tá procurando problemas. Quem procura problemas é burro. - Explicou o moreno sem se intimidar.

– Então quer dizer que a Luna é "problema"? - A ruivinha fez aspas com as mãos, claramente perdendo a paciência.

– Pra você? Talvez não. Pro Draco ela sempre foi. - Retorquiu Harry, defendendo sua opinião. - Assim como você sabe muito bem que o Draco é problema pra Luna também.

– Eu não vou concordar com você. - Bufou Ginny.

– Então continue acreditando nos seus argumentos. Sabe que não vão te levar á lugar nenhum. - Harry retrucou, olho no olho.

– Ah, cala a boca! - Ginny se aproximou do moreno e o puxou pelo braço. - Vamos andar. - E, saindo puxando um Harry sem defesa e com cara de tacho, os dois continuaram a caminhar pela praia, se distanciando cada vez mais do luau.

* * * * ** **

– Você sabe que isso tudo que está acontecendo é ódio reprimido, não sabe? - Indagou Draco arrancando um sorriso de Luna. O loiro envolvia a cintura da garota pelas costas em um abraço, os corpos estavam colados e de frente para o mar. Ambos observavam o fazer e o desfazer das ondas agitadas, a melodia da música que animava o luau era pouco decifrada pelos dois.

– Eu sei sim. - Respondeu ela, sentindo o queixo de Draco sobre seu ombro. Vez ou outra se arrepiava com beijos que recebia naquela pele sensível, beijos esses que se estendiam até o pescoço cheiroso da loira. - Ei, como acha que está sendo o passeio dos nossos amigos?

– Provavelmente o Harry está tentando agarrar a ruivinha. - Draco imaginou a cena e soltou uma risada.

– Ou ela está batendo nele. - Supôs Luna.

– Acho que não. O charme do Harry vai afetar ela. Ele sempre achou ela muito gata. - Replicou Draco. Luna afastou os braços do loiro de sua cintura e se virou de frente para o garoto. Draco a olhou sem entender.

– E você? Também acha ela muito gata? - A loira indagou, arqueando as sobrancelhas. Draco sorriu com malícia e mordeu os lábios.

– Isso foi ciúmes? - Ele voltou a envolvê-la, dessa vez, colando corpo a corpo, frente a frente.

– Isso foi curiosidade. - Ela argumentou, a boca ainda avermelhada da loira próxima demais da do loiro.

– Bonitinha, talvez. - Respondeu Draco, fingindo pensar. O sorriso malicioso ainda era presente em seus lábios. - Agora, tem uma pessoa que eu acho muito gata.

– É mesmo? - Luna levou uma das mãos até os cabelos platinados de Draco e os envolveu, de uma forma sensual. - Posso saber quem é?

– Acho que você sabe. - O loiro retrucou quase em um sussurro. Suas mãos ágeis apertavam as laterais da cintura de Luna, e massageavam aquela área vez ou outra.

– Quero ouvir da sua boca. - Replicou Luna, próxima do ouvido de Draco. O loiro suspirou quando o corpo da loira roçou no dele.

– Luna. - Ele respondeu em um sussurro, também próximo ao ouvido da loira. - Eu acho ela incrivelmente gata.

– É? - A voz de Luna soou desafiadora. Confessasse Draco ou não, ela sabia provocar.

– Garota, você ainda me deixa doido. - O loiro disse quando a olhou nos olhos. Luna sorriu com malícia, uma malícia que Draco nunca tinha visto em garota alguma. Ou talvez ele nunca tivesse reparado tanto.

– Mas eu não fiz nada. - Replicou ela, mordendo o lábio inferior. Draco negou com a cabeça e sorriu com tamanha malícia.

O loiro passou o pé por trás de uma das pernas de Luna, de modo com que fizesse a loira perdesse o equilíbrio do corpo. A areia macia e aos mãos seguras á cintura de Luna amorteceram a queda. A loira vidrou os olhos nos de Draco quando se sentiu deitada e preenchida com o corpo do loiro por cima do seu.

– Sai de cima de mim seu tarado. - Luna disse com a voz falha. Ambos sorriam naquele momento.

– Quer que eu saia mesmo? - Indagou o loiro, sentindo a respiração da garota.

– Não, vem cá. - A loira voltou a envolver os cabelos de Draco com as mãos e os puxou, assim que encontrou a boca do garoto.

Se beijaram com desejo. As mãos de Draco se soltaram da cintura de Luna e começaram a deslizar pelas laterais do corpo da loira, corpo esse escultural. Quando as línguas se encontraram, travaram uma batalha feroz, sedenta. Os corpos se roçavam com intensidade. Era como precisar de ar naquele momento, e quanto mais contato, mais chance de conseguir.

Mas o mínimo de juízo que teimava em martelar na cabeça da loira a fez empurrar o corpo de Draco e se separaram, arfando.

– Olha. - Luna precisou respirar fundo quando encarou novamente o olhar do loiro. - É melhor a gente voltar.

– Ei. - Draco sorriu com malícia, enquanto acariciava levemente a coxa esquerda de Luna por cima da saia. - Já somos grandinhos, não acha?

– É. Mas isso não significa que podemos fazer sexo numa praia. - Retrucou a loira prontamente. Seu peito subia e descia rapidamente, assim como o de Draco.

– Não precisa ser na praia, gata. - Draco piscou sedutoramente, e recebendo um tapa no braço de Luna enquanto a mesma ria, foi empurrado até cair de costas na areia.

– Cala a boca Draco. - A loira se levantou do chão e limpou a areia que continha em sua roupa.

– Qual é Luninha, eu tava brincando. - O loiro também se levantou do chão. Envolveu Luna novamente pela cintura, sentindo o perfume da garota lhe embriagar.

– Tá bom. - Luna sorriu de canto. Virou o rosto até encontrar o olhar dele novamente e depositou um selinho nos lábios de Draco. - Mas só pra você saber, eu não sou suas putinhas com quem você transa e nem paga a conta do motel.

– Marrentinha do jeito que eu gosto. - Draco sussurrou próximo ao ouvido da loira, que instantaneamente se arrepiou, mas não se abateu.

– Eu tô falando sério. - Luna argumentou, enquanto era delicadamente mais apertada contra o corpo do loiro.

– Eu sei loirinha. É por isso que eu tô gamado assim. - Draco depositou um beijo no pescoço da loira, que se arrepiou, sorriu, e se virou de frente para ele.

– Ah é, é? - Indagou a loira, envolvendo os braços em torno do pescoço do garoto. Ele sorriu enquanto assentia e novamente sentia os lábios dela nos seus. Dessa vez, foi um beijo calmo, ao mesmo tempo tão intenso quanto os outros que já deram. Porém mais gostoso. Era assim que Draco podia definir o beijo de Luna. Cada vez mais gostoso.

– Vam.. vamos. - Luna disse entre pausas resultadas de selinhos demorados. - Vamos voltar, agora é sério, sua mãe deve estar procurando por nós.

– Vai nessa. - Draco debochou com uma risada, enquanto seguia caminho de volta ao luau. Tentou passar os braços lateralmente na cintura da loira, mas Luna recuou. Ele a olhou sem entender.

– É melhor ninguém saber de nada. - Explicou a loira, e por questão de segundos, segundos esses que ela pensou serem imaginários, Luna pôde perceber um desapontamento no olhar de Draco. Ele, ainda assim, assentiu, e ambos voltaram a caminhar, lado a lado, sem nenhum contato.

Quando Draco e Luna avistaram Narcisa e Lúcio, o casal conversava animadamente com várias outras pessoas que agora rodeavam a mesa, a maioria delas petiscava algumas frutas e se deliciavam com as bebidas tropicais. De longe, também puderam ver Ginny e Harry retornando á festa, a ruiva e o moreno pareciam conversar sobre algo com certa animação, e Luna estranhou o fato da amiga não estar com expressão de repugnância ou algo do tipo.

Luna e Draco seguiram caminho até Ginny e Harry, e logo se encontraram frente aos amigos, que se localizavam próximos ao mar.

– Fala playboy. - Draco zombou e Harry riu, sem deixar de lançar ao amigo um gesto obseno.

– Luna. - Ginny cumprimentou a loira, e a ruiva parecia ter uma curiosidade incomum no olhar. Luna olhou Draco de relance e soltou um sorriso de canto, o que Ginny entendeu de imediato. A ruiva sorriu junto.

– Achei que estaria matando ele. - Luna se referiu a Harry.

– Meu charme masculino a impediu. - Debochou Harry, vendo Luna e Draco rirem e Ginny revirar os olhos.

– Vai se ferrar, idiota. - A ruiva fingiu irritação.

– Mas e vocês? - Harry contraiu as sobrancelhas. - Não vejo nenhuma marca de sangue no Draco. Lovegood também está inteira.

– É, a gente.. - Draco olhou Luna de relance. - Somos meio que amigos agora.

– O apocalipse está declarado, não está? - Harry indagou sarcasticamente olhando Ginny, que riu. Luna revirou os olhos e Draco deu de ombros.

– Hoje tá agitado né? - Luna indagou, olhando longe as ondas do mar. Os três a olharam sem entender. - O mar. - Explicou a loira, olhando apenas Draco nos olhos. Ele sorriu de lado.

– Acho que alguém aqui está querendo entrar. - Draco coçou as mãos e Luna arregalou os olhos.

– Não, Draco, não. - Ginny começou a rir enquanto via Draco se aproximar da loira e Luna se esquivar. Harry arqueou as sobrancelhas com a cena.

– Isso não vai doer gatinha, prometo. - O loiro tinha os braços abertos e apressava os passos em direção á Luna, que aumentava os passos, mesmo de costas.

– Não, deve estar muito gelado, Draco não. - Quando Luna sentiu ser agarrada pela cintura e foi suspensa no ar, começou a espernear. - Não, seu infeliz, por favor.

– Pela água a fora eu vou com a Luninha, levar essa gata para as ondazinhas. - O loiro cantarolou, arrancando risada de Luna e Ginny.

– Filho da mãe. - A loira não continha a risada, enquanto era levada para dentro do mar. Quando Draco sentiu a água gélida tocar seus pés, nem pestanejou. Jogou o corpo de Luna na água, e antes que pudesse se esquivar, foi agarrado pela camisa, indo de encontro á agua congelante e ao corpo da loira de uma vez só. Juntos, afundaram na água, e entre xingamentos e risadas fazendo borbolhas, mergulharam de mão dadas.

Ginny ainda ria da cena. Era estranho ver Luna se divertindo com um cara que ela jurava odiar mais do que Astoria Greengrass. E pensando na peste. Ela certamente surtaria se visse uma cena dessas.

A ruiva riu com o pensamento. Harry ainda tinha as sobrancelhas arqueadas. Ginny o olhou de relance.

– Que foi? - A ruiva indagou cruzando os braços.

– Esses dois. - Harry comentou com certo desgosto. - Aconteceu alguma coisa, não acha?

– E por acaso você é namorado do Draco pra ficar vigiando a vida dele? - Retrucou Ginny, se irritando com aquele jeito de Harry mencionar Luna e Draco. Parece até que Harry tinha alguma coisa contra a amiga, ou pior. Alguma coisa com o amigo.

– Engraçadinha. - Debochou Harry. O moreno deu de ombros, e intercalou olhares entre o mar, que estava agitando com o joga-e-revida água de Draco e Luna, e Ginny, que agora o olhava sem entender.

– Que foi de novo? - A ruiva indagou e viu o moreno dar um passo em direção á ela. - Você não tá pensando em.. - Harry assentiu e abriu um sorriso maldoso. - Não, Potter, você nem ouse.

– Missão tacar a Weasley na piscina! - Harry praticamente gritou, atraindo atenção de várias pessoas que curtiam o luau. Os que olharam á distância a cena do moreno correndo atrás da ruiva, que ria desesperadamente, poderiam dizer que eram um casal.

Harry não tardou a envolver Ginny pela cintura, e, com a ruiva esperneando e gargalhando, a conduziu para dentro do mar. Ginny quase gritou quando seu corpo teve contato com a água gelada, mas logo os quatro estavam numa disputa de quem se divertia mais em uma noite de luau complementada pelo mar amigo.


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Notas finais do capítulo

Gente, ficou muito fraquinho?? Ain, espero que esteja bom pra vocês..

Não se esqueçam que reviews são o salário da autora, hein?

Xoxo, Jen