O ódio de amar escrita por Jenny Lovegood


Capítulo 16
Luau


Notas iniciais do capítulo

E aí gente linda. Gostei bastante do resultado hein, muita gente nova deixou review! Por isso estou postando rápido. E olha, o capítulo ficou enorme! Vou ter que dividí-lo em duas partes, essa é a primeira.. espero que gostem..

*Eu deixei alguns looks se vocês quiserem ver, não estão totalmente iguais á descrição porquê sou péssima em descrição de looks.*

A trilha sonora do momento Druna eu vou colocar em forma de link no nosso querido amiguinho * (abram em nova guia, o Nyah não colaborou e o link está saindo da página do capítulo e indo direto pro youtube)



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O pôr do sol já chegava ao fim em Angra dos Reis. A praia já não estava mais deserta com exceção apenas dos Malfoy e compainha. Várias pessoas caminhavam por alí, algumas já trabalhavam no design de luau para o local. Coqueiros ganhavam personalização com lamparinas e arranjos de flores sobre a raiz, uma grande mesa de madeira desenhada detalhadamente se encontrava no centro de praia grande. Travesseiros, pufes, lâmpadas coloridas e tochas complementavam o lugar. Quase tudo estava em seu lugar para a festa de luau.

Narcisa havia acabado de chegar das compras. Se assustou quando viu que não faltava muito tempo para a festa começar, e logo entrou no chalé com animação. Encontrou Lúcio conversando algo banal com Draco e Harry, e sem dar importância aos olhares que recebeu, rumou casa a dentro até encontrar o corredor que levava ao quarto de Luna e Ginny. Amontou as sacolas que carregava em apenas uma mão e bateu na porta com a outra. Não demorou para ser atendida por uma Luna que ficou supresa.

– Tia. - Ela disse estupefata, dando espaço para Cissa adentrar o cômodo e praticamente jogar as compras sobre a cama da loira. Olhou em volta e viu Ginny, que parecia estar curiosa. A mulher soltou um suspiro cansado e abriu um sorriso.

– Vocês já devem estar sabendo né. - Supôs ela, com as mãos na cintura.

– Sim. - Luna disse e sorriu. - Estamos sim. - A loira trocou olhares com Ginny, reprimindo um sorriso maior.

– Eu vou querer detalhes depois hein? - Cissa as intimidou e as duas amigas levaram as mãos para o alto, em rendição. - Venham ver o que comprei pra vocês.

– Cissa, não precisava. - Ginny falou serenamente, se aproximando da cama.

– Claro que precisava, é um luau! - Retrucou a mulher, animada.

– Eu sempre quis ir á um luau. - Comentou Luna, se sentando na cabeceira de sua cama. Cissa sentou na beirada e Ginny ficou em pé em frente ás sacolas.

– Eu também. - Disse Narcisa sorridente. A mulher pegou uma sacola personalizada cinza e entregou á Luna, que segurou, um tanto nervosa. Outra sacola, dessa vez de cor azul marinho, foi entregue á Ginny, que a colocou sobre o criado mudo da cama de Luna e começou a retirar peças de dentro. - Vejam se vão gostar..

Ginny foi a primeira a vislumbrar os mimos que ganhara para aquela noite. Assim que segurou nas mãos um vestido branco crochê, a ruiva entreabriu a boca e abraçou a peça.

– Narcisa, é lindo, nossa! - A ruivinha disse encantada. Olhou o vestido mais uma vez e sorriu ainda mais. - Eu adorei! Não, eu amei!

– Mesmo? - Indagou Cissa, seguindo-a no sorriso.

– É lindo mesmo. - Luna, que nem ao menos abrira sua sacola e parara para ver a roupa de Ginny, sorria.

– Eu adorei mesmo! - Ginny disse, novamente abraçada ao tecido. - Obrigada!

– Vamos, não acabou! - Narcisa incentivou-a a olhar novamente sua sacola. Ginny deixou cuidadosamente o vestido sobre a cabeceira da cama de Luna e novamente enfiou as mãos dentro da sacola azul. Antes mesmo de retirar o objeto de lá de dentro, já sorria.

– Não acredito. - Ela disse surpresa. Quando vislumbrou a coroa de flores branca, soltou um grito mudo.

– Uau! - Luna disse maravilhada.

– Cissa, vai ficar linda no meu cabelo! - A ruivinha dizia animada, olhando atentamente as flores.

– Eu achei mesmo que branco combinaria com você. - A mulher sorria vendo a cara de boba que Ginny fazia.

– Ain, são lindos. - Comentou a ruivinha, agora olhando Narcisa. - Obrigada mesmo.

– Para, não foi nada! - Cissa mandou-lhe um beijo e Ginny sorriu, enquanto dava uma piscadela. - Eu não comprei sapatos porque acho que como é na praia não vai precisar..

– Claro. - A ruivinha concordou, em um sorriso terno, ao terminar de guardar seus presentes dentro da sacola.

– Vai, agora é sua vez! - Narcisa se voltou á Luna, que mordeu o lábio inferior ao segurar na barra da sacola cinza.

– Vai, abre logo! - Pediu Ginny, com curiosidade. A atenção de Narcisa e da ruivinha eram voltadas para a loira agora.

Luna enfiou uma das mãos dentro da sacola e tocou um dos tecidos. Eram dois. Sorriu imediatamente. Segurou um dos panos com delicadeza e o tirou aos poucos de dentro da sacola. Quase pulou da cama quando vislumbrou um top cropped azul clarinho florido. Ginny cobriu a boca com as mãos.

– Meu Deus! - A loira babava sobre a peça. - Eu estava louca com um desse! - Comentou ela, estupefata. Narcisa sorria vendo a cena da sobrinha postiça feliz como uma criança que tivesse acabado de ganhar uma boneca da nova coleção.

– Vamos, não que ver mais? - Apressou-a e assentindo animada, Luna largou o top ao seu lado na cama e novamente vasculhou a sacola, retirando a segunda peça de pano de lá de dentro. Teve que levantar para medir a saia em sua cintura, de tão perfeita que achou.

– Minha nossa senhora da bicicletinha! - Ginny estava abobada.

– Eu.. estou.. completamente.. apaixonada. - Luna comentava em pausas causadas por seu corpo rodar várias vezes com a saia colada ao seu quadril. A peça era branca, a cintura era desenhava em flores cobertas de pedrarias. O comprimento frontal não passava da metade das coxas - com duas camadas finas de pano - , e atrás, descia até a altura dos pés.

– Você vai arrasar, sério! - Ginny falou com seu maior sorriso.

– Eu também acho. Aliás, vocês duas. - Cissa se levantou da cama e soltou um suspiro. - Luna, feche os olhos. - Instantaneamente a loira encarou a tia. Narcisa assentiu, encarajando-a, e assim Luna o fez, mesmo curiosa. Cissa vasculhou dentro dentro da sacola de Luna a última peça chave para o look, e retirando-o, caminhou até a loira e depositou a coroa de flores lilás sobre os fios loiros. Ginny parecia maravilhada. - Pode abrir agora.

O contraste que os olhos azuis de Luna fizeram, ao se abrir - como se estivesse em câmera lenta-, com a cor das flores sobre seus cabelos desenhados deixou Narcisa boquiaberta. A loira rapidamente caminhou até o espelho gigante que compunha internamente o guarda-roupa do chalé. Quando vislumbrou a si mesma, sorriu. E aquele foi um de seus melhores sorrisos.

– É tão linda... - Comentou a loira, abobada, levando as mãos até a coroa e acariciando uma das rosas lilás.

– Ficou linda em você. - Comentou Cissa quando Luna virou-se para elas novamente. A loira ainda segurava a saia junto aos quadris.

– Nossa tia, eu não sei como agradecer. Eu adorei, de verdade. Tá tudo incrível. - Luna falava em encanto.

– Agradeça se divertindo essa noite. - Narcisa deu uma piscadela. - Tanto Luna quanto Ginny sorrirem. - Agora eu vou tomar meu banho e começar a me arrumar. Vocês já viram lá fora? Está quase começando.

– A gente viu sim. - Ginny disse sorrindo.

– Então. - Narcisa foi até a cama e pegou a sacola que não tinha entregado para nenhuma das garotas.

– Cissa.. não vai mostrar o que você vai usar? - Luna indagou com curiosidade.

– Vocês verão meus amores. - A mulher passou pelas duas mandando beijos pelo ar. - Vocês verão. - E, começando a cantarolar animadamente, Narcisa deixou o quarto de Luna e Ginny. As duas se olharam no silêncio que preencheu o quarto.

Luna largou a peça de baixo de seu look sobre sua cama e, em imeadiato, as amigas correram e se abraçaram, reprimindo gritinhos histéricos adelescentes. Admitissem elas ou não, estavam animadas e felizes.

** * * ** * *

– E lembrem-se: essa noite, tratem as garotas como elas devem ser tratadas! - Lúcio dava seu último aviso para Draco e Harry quando Narcisa chegou de surpresa na sala. - Cissa!

– Tem uma coisinha no quarto de vocês. - A mulher apontou para os mais novos. - Vocês sabem que são obrigados a usar. - Ela deu uma piscadela e chamou Lúcio com o dedo. - Venha, Lú. Quero te mostrar o que irei usar.

– Mas é pra já. - Lúcio se levantou animado do sofá e, seguindo Narcisa casa a dentro, desapareceram de vista. Draco e Harry se entreolharam e levantaram subitamente do sofá. Apressaram os passos até chegar no quarto onde estavam dormindo e quando entraram, arregalaram os olhos.

– Ela tá brincando né? - Harry falou em desespero interno.

– Flores no pescoço? Só pode ser brincadeira. - Draco se aproximou dos colares havaianos depositados sobre a cama do loiro.

– Eu não vou usar isso não. - Reclamou o moreno enfiando uma das mãos nos cabelos. - Não mesmo.

– Você quer ir nesse luau com Ginny Weasley? - Indagou Draco em tom derrotado.

– Quero. - Replicou Harry no mesmo tom.

– Então vai ter que usar. - Os amigos se entreolharam e bufaram instantaneamente.

** ** ** **

De fora do chalé já podia se ouvir as cordas do violão melodiarem uma música calma. O fogo das tochas iluminavam as janelas de madeira desenhadas da casa a beira-mar e as conversas animadas eram vagamente escutadas lá dentro. Os homens já estavam arrumados, afinal, só precisavam se vestir com um bermudão atrativo, uma regata larga e claro, os colares havaianos. Tão fácil ser homem.

Ginny era a única do time feminino que já terminara de se arrumar, esperava apenas por Luna, que dava alguns toques finais em frente ao espelho.

A ruivinha já tinha se visto e aprovara seu resultado. O vestido caiu tão bem em seu corpo que ela achara ter sido modelado justamente para suas curvas. Suas coxas roliças estavam praticamente todas á mostra, mas como era praia, não pareceria vulgar. As pontas lisas de seus fios ruivos foram substituidas por leves cachos causados pelo efeito do babyliss. A coroa de flores branca deu um contrastre surpreendente na cor de seu cabelo, contraste esse que Ginny adorou. Calçava apenas uma rasteirinha branca simples e apenas seus lábios eram contornados com glíter e seus cílios definidos com rímel. Estava linda, como Luna mesmo disse.

Quando a loira deu sua última conferida em frente ao espelho e se virou para Ginny, a amiga sorriu animadamente. Luna parecia aquelas bonecas de filme. Seus fios loiros enormes estavam bem comportados em uma trança bem feita jogada por seu ombro. A coroa de flores lilás complementava o penteado de forma incrível. O top do cropped deixou o busto de Luna mais farto do que sempre ficava, e Ginny teve a leve impressão interna de que a maior parte da atenção de Draco naquela noite seria áquela região. Mas não estava vulgar, pelo contrário. Estava perfeito. A saia caia perfeitamente bem no corpo da loira, tanto no quadril, quanto no comprimento. As coxas atraentes da loira eram devidamente valorizadas naquele pano, enquanto a extensão atrás ia exatamente até seu pé. Caíra perfeitamente bem nela. A rasteirinha que Luna optara não era tão diferente da de Ginny, exceto pelas pequenas pérolas que as da loira acompanhavam. O rosto de Luna estava ao natural, seus lábios apenas ganhara uma cor rosa claro e seus olhos foram realçados com rímel.

– Quer matar o Draco é? - Brincou Ginny, analizando a amiga.

– Completamente. - Luna falou e as duas riram.

– Vamos? - Indagou a ruiva, vendo a loira soltar um suspiro pesado e nervoso. - Vamos? - A ruiva indagou de novo, confiante.

– Certo, vamos.

** ** ** ** *

– Mas que mulher maravilhosa, meu Deus! - Bajulava Lúcio, pela terceira vez, enquanto ganhava um selinho de Narcisa. Draco e Harry faziam caretas com a cena, ato que era ignorado pelos pais. De fato, Narcisa estava linda com sua blusa rendada, seu short jeans tachado exibindo suas curvas e seu cabelo liso complementado por uma tiara de flores delicada.

– Acho que as meninas estão com vergonha de aparecer. - Comentou Narcisa, se separando do marido. Harry e Draco trocaram olhares. Admitissem eles ou não, estavam loucos para vê-las. - Acho que vou buscá-las.

– Isso, faz isso. - Incentivou Harry. Quando Narcisa deu o primeiro passo, as sombras das duas garotas apareceu no corredor e os garotos se levantaram de imediato do sofá. Cissa levou a unha da mão até a boca e a mordeu, com ansiedade. Loira e ruiva apareceram lado a lado na sala e ambas ficaram claramente vergonhosas em questão de segundos.

– Caralho. - Harry comentou quase boquiaberto. Seus olhos corriam por cada extensão do corpo de Ginny. A ruiva sentia as bochechas queimarem.

Draco tinha os olhos vidrados em Luna desde o momento em que a loira apareceu. Aquele foi o momento em que tiveram certeza que eram ligados por um ímã, um ímã forte. O loiro reparou em cada detalhe, em cada detalhe que a fez ficar não linda, mas maravilhosamente linda naquela noite. Não sabia ele se era o cabelo, o rosto, a boca com aquela cor, os seios que o atraíam involuntariamente, as coxas que eram indiscutivelmente atraentes, ou até mesmo aquela cor avermelhada nas bochechadas da garota. Ele estava bobo. Ele nunca ficara bobo daquele jeito em toda a sua vida.

– Meu Deus, como vocês estão lindas! - Narcisa se aproximou das duas, segurou primeiramente Luna pela mão e a rodou. A loira quase perdeu o equilíbrio das pernas naquele momento. Depois foi a vez de Ginny, e a ruiva sentia um frio na barriga que nunca sentira antes. Harry e Draco mal piscavam. Lúcio observava os dois na espreita, reprimindo um sorriso maroto. Até o homem tinha que admitir que as duas estavam lindas.

– Eu concordo. - Lúcio comentou sorridente.

– Obrigada. - Luna agradeceu ao tio postiço.

– Você também está. - Comentou Ginny para Cissa e Luna assentiu. As três sorriram.

– Agora já podemos ir. - Narcisa se virou para o marido, que se aproximou e a deu o braço. Cissa envolveu o braço de Lúcio com o seu e, dando uma última olhada nos quatro, os mais velhos saíram do chalé. A porta entreaberta dava a vista á bela decoração do luau que os esperava aquela noite. Tinha mais gente do que esperavam. A música Céu Azul, do Charlie Brown Jr era dedilhada por um violão distante.

– Então.. vamos? - Convidou Ginny, quando notou o silêncio anormal e constrangedor que rodeou os quatro. Cada um assentiu e eles caminharam para fora do chalé.

Não sabiam como se comportar em um luau, afinal nem Luna ou Ginny, muito menos Draco ou Harry tinham participado de um antes. Olharam em volta, a música que tocava vinha de uma roda de pessoas em volta de uma fogueira. Eles cantavam animadamente. A mesa grande antes vazia, agora estava repleta de bebidas tropicais e frutas, a maioria delas em formas de desenhos incríveis. Alguns casais e até mesmo simples amigos se divertiam dentro do mar, sem se preocupar com as roupas. Outras pessoas apenas passeavam pela praia. Narcisa e Lúcio estavam por perto da mesa tropical se enturmando com mais dois casais.

Luna e Ginny se entreolharam. Luna sentia as mãos coçarem, estava mais nervosa do que as poucas vezes ficara, pelo menos nervosa daquela forma. A amiga ruivinha com certeza também estava, pois olhava para os lados constantemente, e quando via Harry, desviava o olhar. Não que ele a tivesse perturbado já naquela noite, ele só estava agindo diferente. Agindo como um garoto normal e atraente.

– Hey, Ginny.. - Harry olhou a ruiva nos olhos. - Quer andar um pouco? - O moreno convidou, sem qualquer ar galanteador ou que a provocasse. A ruiva pareceu pensar.

– Tudo bem, vamos. - Lançando um último olhar a Luna, que naquele momento sentiu as pernas bambearem, a ruivinha foi até Harry, e lado a lado, começaram a caminhar em silêncio.

Um silêncio mais irritante do que as patadas de Luna ou as provocações de Draco se formou entre os dois.

– Quer fazer alguma coisa? - Indagou Draco, quebrando aquele silêncio. Estavam de frente um ao outro.

– Não sei.. - A loira respondeu sem jeito. - O que você acha?

– Já que eles foram por lá.. - Draco apontou para os dois amigos, que agora distantes, andavam próximo ao mar. - o que acha de irmos pra lá? - O loiro apontou para o sentido oposto da praia. Luna sorriu da forma engraçada que o loiro disse e assentiu.

Ambos se juntaram lado a lado e caminharam pela areia até se aproximarem do mar. Seguiram então, seu caminho, sentindo a água gelada respingar seus pés. Talvez o vento estivesse dando uma ajudinha, mas Luna não pôde evitar deixar de perceber o quando Draco estava cheiroso naquela noite.

Com as mãos nos bolsos e os fios platinados sendo bagunçados pelo vento, Draco permanecia calado ao lado de Luna. Vez ou outra, sorria. Talvez pelo fato de estar sentindo completamente o contrário do que propunha em suas próprias regras. Sempre pegar, nunca se apegar. O pior, não era um apego apenas corporal. Ele gostava do som da voz dela, do som da risada. Era detalhes que, para Draco, antes pudesse ser inúteis. Mas eles sabia que agora faziam toda a diferença.

– Não vai implicar comigo hoje? - Indagou Luna, fingindo surpresa.

– Não. - Draco a olhou de lado e sorriu. - Hoje não.

– Olha que ótimo. Poderia me dar essa trégua todos os dias. - A loira brincou e sorriu junto.

– Confessa que você gosta quando eu implico com você. - O loiro se vangloriou.

– Se eu disser seu ego vai aumentar muito então, não. - Retrucou Luna entrando na brincadeira.

– Juro que não, ó! - Draco cruzou os dedos e os beijou, em um ato de juramento. Luna revirou os olhos e riu da cena. Parecia uma criança.

– Tá certo Draco. Eu gosto. - Ela parou do lado do loiro e cruzou os braços ao responder.

– Gosta de? - O loiro foi mais exigente, sem deixar de sorrir.

– Eu gosto quando você não me perturba e me deixa calminha no meu canto. - Replicou a loira, fingindo seriedade.

– A, é mesmo? - Draco arqueou as sobrancelhas. Ficaram frente a frente. O loiro, em questão de segundos, se agaixou, encheu o dedo de areia, se levantou e sujou o nariz da loira. Luna começou a rir um tanto descrente.

– Essa foi a coisa mais infantil que você já fez. - Ela debochou enquanto ria.

– É mesmo de novo? - Draco retrucou, sujando agora os braços da loira.

– Draco! - Luna fingiu se zangar, e, se agaixando subitamente, o imitou. Encheu a mão de areia e jogou sobre o loiro, que ficou com a regata preta completamente suja.

– Ahh não, agora você vai ver. - O loiro foi de ataque ao chão, preencheu as duas mãos com areia enquanto já ouvia Luna gritar e começar a correr.

Gargalhava junto dela enquanto corria e tacava areia em volta da loira, fingindo tentar acertá-la. Ela estava linda demais aquela noite para se sujar.

– Draco, isso é trapaça! - A loira lutava para ser mais rápida, não ser acertada com areia molhada e suja e ao mesmo tempo tentava não tropeçar na barra da saia.

– Lá vai hein! - O loiro ria, enquanto tacava mais um punhado do areia ao lado do corpo da garota.

Por um momento Draco se perdeu nas curvas de trás de Luna. Tinha um bumbum atraente, suas costas quase totalmente visível era lisa e parecia ter uma pele feita para ser tocada e tocada.

O loiro só se desvaiu dos pensamentos quando sentiu o choque de seu corpo com o corpo dela. Ouviu um "au" quando ambos os corpos caíram no chão, o dela por baixo e o dele por cima. Se encaixaram no momento em que os olhares se encontraram. Luna ofegava e Draco podia sentir o hálito quente dela.

– O que aconteceu? - Ele indagou, vidrado nos olhos dela.

– Eu tropecei na saia. E você não viu, eu acho. Desculpa. - Pediu a loira um tanto sem jeito.

* O loiro negou com a cabeça em um sorriso fraco e ao mesmo tempo sedutor. Arrebatador. Talvez, no mesmo instante, os dois perceberam que estavam completamente isolados, por já estarem em uma extensão distante da festa. Apenas algumas luzes os iluminavam naquele momento. Draco podia ouvir as batidas do coração dela, por estarem tão próximos, e ele tinha certeza que aquele coração estava acelerado. E não era por causa da corrida. O loiro umideceu os lábios quando correu os olhos pelos lábios dela. Luna sentiu descompassos no peito quando o viu fazer. A loira levou as mãos até os fios platinados dele e os envolveu, antes de fechar os olhos.

Não demorou muito até sentir o contato que a fazia vibrar da cabeça aos pés. Os lábios de Draco roçaram nos de Luna lentamente, de uma maneira calma, e ao mesmo tempo provocadora. A loira puxou o lábio inferior dele e chupou, sentindo sua cintura ser envolvida pelas mãos dele, mãos essa que sempre sabiam muito bem o que fazer.

Draco mal pediu pela passagem de sua língua quando adentrou a boca de Luna, a loira não conseguia esperar para sentir aquele gosto novamente. As línguas se tocaram e um choque térmico percorreu ambos os corpos. Os pelos de Luna eriçaram e a loira sentiu fisgadas no ventre. Lembrou, em fração de segundos, de uma frase que leu uma vez: beijo bom é aquele que te deixa excitada. Era exatamente como ela estava naquele momento.

As língua se encontravam frenéticamente, as mãos de Luna puxavam o cabelo de Draco constantemente. O loiro a apertava pela cintura, subia suas mãos pelas laterais dela e descia, podindo sentir sua pele quente. Ele sentia um fogo incomum dentro de si. Um fogo que só Luna o proporcionava.

Quando faltou ar, Draco se separou com dificuldade de Luna e os olhares se encontraram imediatamente. As respirações ofegantes, os corpos quentes, o desejo eminente. Tudo se misturava.

Luna e Draco eram uma mistura de ódio e amor, de raiva e paixão. Era essa mistura que gerava o desejo. O desejo que tanto tinham uma pelo outro e tentavam a todo custo reprimir.


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Notas finais do capítulo

Então, fui boazinha e coloquei momento de pegação Druna!
Quem gostou? Quem quer mais? o/

Não esqueçam os reviews pessoal, e perdoem qualquer erro ortográfico.

Xoxo, Jen ♥