Pov. Kath

Já era de noite, umas oito ou nove desconfio. Nos estávamos esparramados no sofá.

– EU SABIA! SEMPRE QUE QUERO FAZER ALGO RADICAL DÁ ERRADO E É CULPA SUA! - gritei apontando para ele.

– QUER PARAR DE CULPAR O BRACELETE?! - gritou o moreno irritado.

Sim, é tudo culpa dessa merda de bracelete, não podemos ir para mais de 40 metros da cabana por causa do maldito.

– NÃO! ELE TEM A CULPA! É TODA DELE! MORRA! MORRA! - gritei chacoalhando meu braço.

– Para de gritar! - ordenou abaixando o tom de voz, só ai percebi que estávamos gritando e eu mandando uma coisa sem vida morrer.

– O que faremos? - me levantei, mas desisti da ideia e me joguei de volta. Nós estávamos em silencio, nossas mão estavam próximas, mas não quis pegar na sua mão que com certeza deve ser macia e forte e...Ah caramba Katheriny controle-se!

Mas o impossivel aconteceu! De repente o bracelete soltou uma luzinha e BUM! Abriu!

– C-como isso aconteceu? - perguntei encarando assustada, e se descobrissem que tiramos?

– Minha cara Katheriny, não lhe contei antes por medo de sua reação, eu...Sou bruxo! - falou Josh se curvando e com uma voz lindamente sexy.

Cara eu tenho que parar com isso, eu o odeio e PONTO!

– Para de ser idiota e vamos logo. - ri e ele me acompanhou.

– Sim, miledy. - falou imitando o sotaque inglês eu acho.

– Cara é serio, vou te chutar! Ah, Toby, Tome conta de tudo ok?

Ele latiu e voltou a dormir.

Espero que ele não tenha me enganado sobre isso na floresta, se não eu juro que o mato e enterro seu corpo no meio dos arbustos.

Nos saímos da cabana estava tudo escuro e frio ainda bem que coloquei uma jaqueta. Nós estávamos na frente do riacho que passava perto da cabana.

– Vai mesmo fazer isso? - me perguntou receoso.

– Vou e para de ser mole e anda! - mandei e ele passou com uma pouco de dificuldade pelas pedras do riacho.

Eu passei como uma mestra, eu praticamente voei entre as pedras e cheguei do outro lado sem uma gota no corpo.

Mentira!

Quase cai no rio umas trinta vezes, passei pelas pedras como uma lesma manca e ainda molhou a barra da minha calça inteira.

– Anda logo Katheriny, deixa de ser mole. - falou a mesma coisa que eu disse. Bufei e o ignorei, antes de fazer alguma besteira.

Andamos um tempão, até que paramos no meio do nada, eu ouvia um barulho de agua mas não via nada, olhei em volta e só tinha mato e mais mato.

– Josh tem certeza que viu algo?

– Tenho né!

– Não senti confiança.

– Você não confia em mim. - cruzou os braços.

– Tem razão. - andei um pouco até que parei, tinha um monte de folhas amontoadas em algo que parecia ser uma parede ou coisa do tipo.

– Katheriny sua louca cadê você? - ouvi a voz do Josh gritando.

– Aqui idiota! Vem aqui e me ajuda! - retruquei e pouco tempo depois ele estava vindo em minha direção.

– O que é? – Olha isso aqui, me ajuda a tirar essas folhas daqui! - mandei e ele começou a puxar e eu ajudei.

Nós puxávamos as folha loucamente, algumas estavam presas muito fortes e era quase impossível, essa parte eu deixei para o Josh que só falou me matar, alguma estavam soltas, quando a maioria saiu deu para ver o lugar que era UAU!

– Uau! - falamos com o queixo lá no chão.

O lugar era lindo, tinha arvores bem verdes com frutas e tudo, no chão varias flores, a lua estava linda, destacando a beleza do local. E bem no meio um laguinho de agua cristalina. Era muito lindo.

E eu como sou um gênio *cof cof* tive uma ideia MARAVILHOSA!!

Pov. Josh

Eu estava perplexo com o lugar, era incrível, lindo, perfeito, e o melhor era que acho que ninguém veio aqui ainda porque está sei lá...Do jeito que a natureza fez! Mas a voz irritante da loira me tirou a atenção.

– Josh.

– Que é?

– To com vontade de fazer uma coisa.

– Faz ué! - falei finalmente a encarando.

E MEU DEUS O QUE É A GAROTA TEM NA CABEÇA!?!

Ela começou a tirar a jaqueta ficando só com uma blusa branca de alças finas e depois tirou a calça ficando com o um short curto. Não me diga que ela quer...

– OLHA A BOMBA!!! - ela gritou e se jogou no lago.

– M-mas o que está fazendo?! - perguntei pasmo.

– Anda vem a agua tá incrível! - falou tirando a agua dos olhos para abri-los.

– Eu não... - me interrompeu.

– Para de ser medroso, agua não vai te matar sabia. A não ser que seja de açúcar. - mergulhou novamente.

Sem opção e tentando manter minha dignidade. Eu tirei a jaqueta e a camisa e me joguei no lago também. Era bem fundo, mas não muito, e largo. Bem mais do que aparenta. Ficamos lá por sei lá quanto tempo, mas era bem divertido a agua estava na temperatura ideal, também com o sol fulminante que tivemos hoje, ficamos lá até que o cansaço bateu e saímos mais encharcados impossível. Minha calça estava pesada, a blusa dela colou no corpo e o short também

– Eu...Cansei! - falou ela com os cabelos mais escuros se esparramando entre as flores.

– Eu também. - me joguei também.

Minutos em silencio. Foi esse o tempo que ficamos sem falar nada, se relance vejo um sorriso estranho e assustador nela.

– Hey! Bruxoooooo. - fez uma voz manhosa. Lá vem.

– O que é? - ri um pouco por me chamar de bruxo.

– Eu estou tão cansada. Será que não podia fazer uma mágica para me levar para a cabana? - falou com aquelas vozes de garotas patricinhas, como a Meredith.

Mas, eu preciso admitir que ficou bem nela.

– Ok, então. Zick, Zack Zuck Chu Calú. Pronto te dei ótimas coisas para te levarem para a cabana.

– O que é?

– Pernas. - ri e ela me acertou um tapa e abafou um riso.

– Idiota, imbecil, filho de uma égua! - murmurou, eu ouvi tudo mas achei melhor ficar na minha.

Ficamos lá por mais dez minutos? Quinze? Simplesmente não sei medir a hora pelo céu. Então só digo que esta tarde. Olhei para ela e já estava dormindo. De onde ela tira tanta preguiça?

– Não acredito que vou fazer isso de novo. - falei para mim mesmo.

Eu a coloquei nas minhas costas segurando suas pernas, seus braços contornavam meu pescoço e assim, de novo,levo ela para a "casa". Sua respiração batia contra meu pescoço. Admito a sensação era boa. Depois que sai do lago, tinha que colocar aquelas folhas inúteis para tampar de volta, isso tudo porque ela me pediu (lê-se: obrigou!) para manter em segredo. E foi o que fiz coloquei ela debaixo de uma arvore e ia voltando para tapar o lugar mas ela me chama:

– Josh idiota! Não pense em me esquecer aqui! - educada.

– Não vou fazer isso. Não tenho essa sorte.

– O que? - falou sonolenta.

– Nada. - ela murmurou mais algumas coisas mas eu não ouvi.

Tapei o lugar e peguei a preguiça loira. Caminhei de volta até a cabana, depois de algum tempo, muito tempo, voltamos e eu subi os degraus quando estava indo direto para o quarto dela, a idiota,formiga, mentirosa, atriz barata. Pulou das minhas costas e correu para o banheiro.

– Valeu pela carona! - gritou do banheiro.

– SUA MENTIROSA PENSEI QUE ESTIVESSE DORMINDO!!

– Hahaha culpa sua bruxo de quinta! - depois só risadas histéricas.

Ainda mato essa loira!