Pov. Josh

Dormi tão mal, só pensei naquela loira de farmácia e em como ela vai estragar minha jovem reputação. Arg! Eu a odeio. Mas tenho que admitir que ela ficou muito mais gata nesse tempo que fiquei sem vê-la. Mas o que isso importa? Eu posso ter qualquer garota daquela escola. Fui tirado de meus pensamentos pelo maldito despertador, que ficava apitando sem parar, bati nele com força.

– Droga! - resmunguei ainda deitado.

– Já vi que alguém não acordou de bem-humorado. - falou minha mãe me fitando da porta.

– Não mesmo! - respondi ainda irritado, minha mãe deu um sorriso, pode isso?

– Vamos meu filho, eu sei que aquela garota mexe com você.

– E como mexe, só a sua mera presença me tira do sério. - falei, e minha mãe ainda sorri, será que ela não vê que eu estou sofrendo?

– Filho, quando eu era criança – lá vem. – um ditado muito popular que eu escutava era: É que, "O amor está mais perto do ódio do que a gente geralmente supõe."

– E o que isso quer dizer? - perguntei sem um pingo sem interesse, mas queria ver o resultado disso.

– É que, como se odeiam tanto é bem capaz de vocês se apaixonarem mais rápido do que imagina. - disse sonhadora, aquilo era serio?

– Pff... Hahahaha. Isso nunca, mas foi uma boa piada. - disse enxugado lágrimas falsas.

– Nunca diga nunca meu filho. - falou seria e saiu, me deixando sem reação. Será que eu poderia mesmo me apaixonar pela Katheriny...

–Pff...Hahahaha, nunca. - ri mas um pouco e fui tomar um banho.

Pov. Kath

Aaaaaaaaaaaaaaaaahh droga! Droga! Droga! Idiota! Idiota! Porque não sai da minha vida! Porque tem que me perseguir? Porque meu Deus? O que eu fiz? Fui uma assassina numa vida passada? Cometi algum crime enquanto dormia? Simplesmente não entendo!

Me joguei na cama pela terceira vez, só por essa manhã, estava em estado de choque. Ouvia os berros da minha mãe me mandando descer antes que eu perca a hora de novo. Como não tive opção, me levantei, da cama com o cabelo que antes estava perfeitamente alinhado, totalmente desgrenhado. Arrumei em poucos minutos e desci, se estivesse em um anime haveria uma aura negra em volta de mim.

– Meu Deus Kath meu amor, o que houve com você? - disse minha mãe vindo em minha direção.

– Quer saber mesmo o que aconteceu? - ela assentiu a cabeça concordando e eu continuei. – minha vida é uma porcaria.

– Dá pra explicar?

– Aquele peste de cabelo lambido, ta nessa cidade, nessa escola, e de novo na minha sala e ainda é considerado o "rei" da escola.

– Peste de cabelo lambido? Peste... - repetia pra si como se quisesse se lembrar. – ah, o Josh!

– Não fala esse nome.

– Desculpa filha, mas, eu preciso falar, vocês fazem um casal tão bonitinho porque não se acertam?

– Bleh, eca mãe, nem tente dizer isso de novo se não eu fujo de casa! - ameacei e ela riu.

– Ok, agora vai comer algo ou só uma maçã? - perguntou voltando para a mesa, olhei para o relógio e pulei do sofá.

– Nada, eu não vou comer nada vou nada! To mega-hiper atrasada! - falei correndo e dando um beijo na cabeça na minha mãe e me dirigindo a porta quando ouvi ela falar algo.

– Isso não teria acontecido se não estivesse pensando no seu namorado. - disse e eu ri e dei língua, infantil? eu sei fazer o que? Fico infantil quando to nervosa.

Corri como se fosse o fim do mundo, já eram quase oito horas e o portão estava quase fechando, quando passei por uma brecha minúscula e entrei. Corri direto para a minha sala e o professor já estava quase na porta da sala, corri mais um pouco e entrei dez segundos antes dele. Yeah!

Depois de me sentar na frente – eu juro que se eu pudesse sentar no fundo eu sentaria, mas a porcaria dos populares estão lá, então viram a confusão né?– o professor começou a falar um monte de bobagens, até ai minha vida estava normal. Depois de uns quinze minutos senti os sintomas da minha fome. Eu fico uma fera quando passo muitas horas sem comer, no meu caso desde de ontem a noite. Uma raiva repentina me fez ter vontade de socar cada um daquela sala, principalmente um idiotinha que estava ao meu lado.

Para me precaver de futuras idas a diretoria – até porque minha mãe me mataria se eu fosse para a direção, de novo. – então para afastar minha raiva eu comecei a batucar minha caneta no caderno, com isso eu me distrair um pouco e só assisti a aula em silencio.

Pov. Josh

Eu estava sem nada o que fazer, meus amigos faltaram então eu comecei a copiar as atividades do quadro – me senti um nerd agora. – eu acho que era o único que copiava algo, pois todos conversavam ou brincavam, tava tudo na paz até que escuto um barulho irritante, olho pro meu lado e vejo a loira aguada batucando a caneta no caderno. Aquele som me incomodava então me virei pra ela e disse:

– Dá pra parar, esse som me irrita.

– Ah é? Então vou continuar.

– Irritante. Olha eu vou dizer ao professor que está atrapalhando a aula. -ameacei e ela me lançou um sorriso cínico.

– A aula de quem? A sua com certeza não. E alias ninguém liga pra essa aula chata.

– Eu ligo. - mas que mentira que eu contei, mereço o premio de melhor ator do ano.

–Há faça-me rir, você não liga nem pra vir pra escola, quanto mais pra aula.

– Mas é serio para! Como você é chata. Fica morrendo pra estudar, mas fica vivinha pra me irritar. - hahaha, isso ficou hilário, eu chorei de rir por dentro. Porque por fora estava aterrorizado pelo acontecimento: uma tentativa de assassinar minha mão, é isso mesmo, a maluca quase perfura minha mão com aquela caneta ponta mega-fina.

– É serio pare de tentar testar minha paciência ou da próxima vez eu não vou errar e vou acertar a sua garganta entendeu? - ela disse com os olhos me fuzilando, pois é vi a curta paciência que ela tem.

Mas tudo acaba bem , quando termina bem certo?

O sinal tocou e ela saiu como um foguete da sala, não sei o porque, mas quero aquela louca bem, mas bem longe de mim. Depois de terminar de arrumar tudo, sobraram poucas pessoas na sala.

O que fiz? Sai também. Mas, continuei rindo da minha rima.

Pov. Kath

Eu juro que sem autocontrole, eu teria enfiado a ponta do meu lapis na mão dele, sorte foi que o sinal tocou e usei o que tinha de energia e corri para a cantina e fui direto para a fila de hambúrgueres que estava menor. Depois de comprar um lanche completo me dirigi para uma mesa afastada e sentei, dei uma mordida bem grande no meu lanche e já me sentia bem melhor, coloquei meus fones e fiquei na minha até que alguém senta perto de mim. Estava preparada para mandar o Josh pastar, mas não era ele. Era uma garota, até bonita.

– Oi. - disse me analisando.

– Oi. - respondi ainda saboreando meu lanche.

– Eu sou Cynthia Rowell, muito prazer. - falou a morena de belos olhos mel.

– Prazer Katheriny Sween.

– Ah, Katheriny, a garota que bateu de frente com a Meredith?

– Sim. Porque? É amiga dela?

– O que? Não! Ela é ridic total. - ela tinha um jeito bem descolado.

– Ridic? - perguntei, não fazia ideia do que significava aquilo.

– Ah, quer dizer ridícula.

– Ok, então ela é ridic total? - perguntei rindo

– Pois é viu as roupas dela são totalmente fora de moda.

– Pois é. - concordei mordendo uma maçã mas ela continuou.

– Mas você... - me analisou de novo.

– O que tem eu? Sou fora de moda? - falei fingindo que aquilo me incomodava.

– Pelo contrario, seu estilo é incrível, você não segue as regras da moda, mas mesmo assim seu estilo é PERFEITO. - ela gritou jogando as mãos para o alto, e eu ri.

– Oi minha linda. - um garoto loiro com olhos castanhos bem bonito se posso dizer.

– Oi amor, essa aqui é a Katheriny, minha amiga. Amiga esse é meu namorado por isso tira o olho ok? - falou assustadora e tirei os olhos do loiro, que sorriu.

– Liga pra ela não ok? Sou o Zack Briggs. - me cumprimentou e eu cumprimentei de volta.

– Ei, amiga quer ir no shopping hoje to sem nada pra fazer e meu gato vai estar no treino. Topa?

– Ah, eu adoraria. - acho que vou me dar bem com ela.

Ficamos conversando todo o intervalo e na aula também, ela era bem divertida, as aulas passaram rápido e a tarde chegou e fui pro shopping com a Cynthia, foi super divertido. " Amiga e Diversão" eram 2 coisas que faltavam no meu vocabulário, e agora eu nunca mais vou tirar.

Soou clichê né? Mais é exatamente o que eu sinto.