Playing With Nightmares escrita por Bunny


Capítulo 2
Capítulo 2 - Hora de jogar


Notas iniciais do capítulo

No capítulo anterior eu não escrevi muito, mas nesse vai ter muito mais ação, suspense e até um romance *-* Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/456159/chapter/2

Estávamos no carro, a caminho da casa de nossa amiga, Renata. Eu dirigia, olhando de vez em quando no retrovisor para verificar se a Tiff furacão não estava sujando meu carro com o sorvete que paramos para comprar no meio do caminho a pedido dela. Mizla estava ao meu lado, no banco do passageiro, com o queixo apoiado na mão. Ela observava a paisagem noturna do lado de fora da janela, com seu cabelo castanho-escuro caído sobre o ombro direito, deixando sua pele clara e sensível à mostra. Ah, Mizla... Ela é tão linda!

–O que foi? - ela perguntou.

Me dei conta de que ainda estava olhando para ela com uma cara de pateta.

–Humm, nada. - não sei se isso foi irônico ou verdadeiro. Espero que ela não tenha percebido o tom de abobado na minha voz.

–Ta, vou fingir que acredito! - acho que ela não acreditou no que eu disse...

–Só estava pensando, juro. - ela me olhou desconfiada. Tenho que pensar em alguma coisa porque ela vai continuar não acreditando em mim - Ta bom, eu menti. Estava observando sua beleza inigualável! - brinquei.

Ela deu um sorriso largo e revirou os olhos. Vi que suas bochechas ficaram levemente rosadas. Nós rimos da cara um do outro e depois ficamos em silêncio o resto do caminho.

Minutos depois nós três estávamos em frente à porta do apartamento de Renata. Eu toquei a campainha e Vitor, um amigo nosso, abriu a porta.

–Eae galera, entrem! Já achava que vocês não viriam! - Vitor olhou para a Tiff furacão e apontou para uma pequena mesa perto da porta - Ei Tiff, aquela mesa tem uns doces. Pode ir até lá e comer o quanto quiser, nós compramos especialmente pra você!

–Se vocês pensam que eu não vou jogar aquele joguinho sem graça do copo, estão enganados! Não quero seu doce, quero jogar logo! - olhamos com espanto pra ela e, em parte, frustrados por ela ter descoberto nosso plano.

Renata apareceu com um copo cheio de refrigerante na mão, um tabuleiro em baixo do braço e um outro copo, de vidro e vazio, na outra mão. Jéssica e Fernando a seguiam, sentando-se no sofá da sala.

–Oi pessoal, como estão? - ela estava bem animada pra alguém que quer entrar em contato com uma pessoa morta!

–Oi Rê, estamos bem. Como vocês estão, Jéssica e Fernando? - Mizla perguntou com cara de cansada. Acho que ela estava ficando entediada... Eu também...

–Estamos levando a vida né... - Fernando começou a falar mas Tiff furacão o interrompeu:

–Ai meu Deus, que chatice! Dá pra pararem com essa lerdeza e colocar o tabuleiro aqui pra gente jogar? - todos paramos o que estávamos fazendo, nada, e a encaramos. Que garotinha chata! - Vamos gente, pra hoje!!!

–Ui, nossa, sem estresse! Relaxa aí, furacãozinho! - falei, com um tom de irritação na voz.

–Vamos, sentem-se no chão fazendo um círculo em volta do tabuleiro. Jéssica, acende essa vela, por favor? - Renata estava com uma vela e uma caixinha de fósforos estendida para a Jéssica.

Então nós íamos jogar um joguinho assustador à luz de velas? Isso significa que a Mizla iria ficar com medo e precisaria de alguém para protegê-la, certo?! Posso sentar ao lado da Mizla?

Claro que isso só foi um pensamento... Não que eu quisesse me sentar ao lado dela para poder abraçá-la e até, quem sabe, dar uns amassos... NÃO! Ela estava realmente com medo e a última coisa que ela ia querer era um chato de galocha querendo se aproveitar da situação para dar uns amassos!

Jéssica já havia acendido a vela e colocado em cima de um píres, próximo ao tabuleiro. Renata pegou o copo de vidro e colocou-o de cabeça para baixo no centro do jogo e nos lançou um ar de suspense. Alguns segundos se passaram até que, um por um, fomos colocando nosso dedo indicador direito no centro do copo.

–Ta, agora um de nós vai ter que fazer as perguntas.Quem gostaria de...

–Eu quero! - me apressei, antes que outra pessoa falasse.

Pelos olhares que recebi, acho que concordaram. Então eu teria que fazer perguntas pra uma pessoa morta? OK.

Passei os olhos por cada um deles, demorando um pouco mais em Mizla. Seus olhos pareciam me dizer Tenha cuidado!

–Eh... Tem algum espírito presente entre nós?

Silêncio. O copo não se moveu.

–Tem algum espírito presente entre nós? - repeti, dessa vez mais confiante.

O copo começou a se mover. Lentamente ele foi deslizando até a palavra Sim no canto esquerdo do tabuleiro. Nós nos entreolhamos. Eu sabia o que devia fazer em seguida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pois é! No gênero eu coloquei "suspense" mas acho que é uma mistura de suspense, romance, comédia, isso, aquilo e aquilo mais hehe kkk Próximo capítulo já em andamento *-*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Playing With Nightmares" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.