A Estrela da Noite. escrita por Charlie Fabray


Capítulo 2
Capítulo 2, Goodbye.


Notas iniciais do capítulo

Merry Meet, meu povo! Quero agradecer aos reviews e dizer que estou me empenhando para poder postar os capítulos o quanto antes possível, lembrando que também aceitando sugestões e opiniões sobre esse novo capítulo.



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As mãos trêmulas de Rachel passavam pelos lados de sua saia xadrez marrom e preta a cada respiração que ela dava e só de observar aquele movimento seus pais se sentiam exaustos.

– Rachel, pare com isso. - Ordenou Leroy, o maior e mais sério de seus pais.

– Realmente, estrelinha, até eu estou ficando nervoso com isso! - Hiram se levantou e andou até a filha, passando as mãos pelas laterais de seus braços com carinho e fitando os olhos dela tentando acalmá-la. O homem era quase do tamanho dela e Rachel tinha a impressão de que ela era filha biológica dele, por ser mais falante e baixinha. Não que ela um dia fosse dizer isso pros dois, pois até hoje eles se mantinham sem interesse em saber quem era o verdadeiro pai dela, mas o que realmente importava era que ambos a amavam e eles estavam ali por ela independente de qual dos sêmens tenha dado o brilho de Rachel à inseminação. - Acalme-se, lembre-se que a gente ainda pode ir te visitar... - Ele soltou os braços dela e girou olhando pra Leroy que golpeava com os pés no chão tão nervosamente quanto Rachel agora brincava com a barra de sua saia curta. - E providenciaremos que o seu piano esteja ao seu dispor nem que ele tome o espaço de seu futuro quarto inteiro. - Hiram tinha um sorriso no rosto, tentando tranquilizar a ambos. A menina Berry os amava tanto... Partia seu coração ter que partir daquele lar e dos braços daquela família. Como se lesse seu pensamento, Hiram prosseguiu com um sorriso animado. - Abraço em família? - E logo os três estavam no meio da sala, abraçados como se o mundo fosse acabar.

Não demorou tanto até que a buzina do carro que a família Berry pediu que levasse Rachel pra casa da noite soasse do lado de fora. A judia se despediu mais uma vez de seus pais, e finalmente saiu de casa e entrou no carro. O vidro escuro não a impediu de continuar acenando de lá de dentro com a mão enquanto seus pais colocavam suas malas no fundo do carro e enfim o mesmo começasse a se deslocar, tirando Hiram e Leroy de sua visão. Dramaticamente, ela cantarolava alguma musica de adeus enquanto não chegavam ao lugar que seria seu lar, mas mesmo que fosse de noite continuava com o mesmo calor que estava sentindo a alguns dias e isso a deixou cansada, fazendo-a fechar os olhos e cochilar dentro do carro.

***

– Senhorita Berry? - Uma voz masculina e muito forte a fez despertar, ela se moveu um pouco no banco traseiro do carro e abriu seus olhos marrons na direção de onde vinha aquela voz. Era o motorista do carro e ele a olhava pelo retrovisor com uma expressão simpática no rosto antes de voltar a falar, em um tom um pouco mais baixo pra não assustá-la, já que sua voz já era forte o suficiente pra fazê-la tremer. - Chegamos.

– Obrigada... - Rachel respondeu ainda sonolenta, abriu a porta do carro e deparou-se com a casa da noite, que parecia mais uma cidade privada do que outra coisa... Deu alguns passos pra frente, ficando longe do carro e suspirou. “Nova vida, Rachel, nova vida.” Repetiu pra si mesma algumas vezes enquanto o motorista lhe entregava as malas. Isso só pode ser bom ou ruim, Rachel, tente pensar positivo agora e entre!

Como é que se entrava naquele lugar mesmo?

***

Os passos de Cooper foram um pouco menos firmes quando ele entrou no corredor principal da Dalton Academy um pouco depois de ter saído do William Mckinley High, onde marcou Rachel Berry em seu jeito intenso de ser. Ele tinha guardado aquele momento pra usar em suas próximas atuações na televisão, mas o que viria em seguida seria ainda mais intenso do que o ato anterior. Deu um giro no meio do corredor, como se dançasse, apenas pra suavizar a tensão do seu corpo e voltou a andar, até onde seria o dormitório de Blaine Anderson, seu irmão mais novo.

– Squirt? Você está aí? - Perguntou suavemente ao encontrar a porta de madeira envernizada onde tinha escrito Blaine Anderson e mais um nome insignificante que deveria ser o de seu companheiro de dormitório. Qualquer humano que não tivesse o nome dos Anderson era tão diminuto quanto sua espécie. Sendo cortado deste pensamento, Cooper ouviu a voz de Blaine murmurar um ‘já estou indo’ e logo o pequeno rapaz saiu, com seu uniforme da Dalton em perfeito estado.

– O que faz aqui? - Perguntou o menino secamente e lá estava a parte intensa que Cooper esperava encontrar. Os dois nunca tiveram uma boa relação, mas as coisas teriam que mudar agora e o mais velho faria de tudo pra fazer a afinidade entre os dois melhorar logo.

– Precisamos conversar. Você fez o que eu te pedi? - O maior limitou-se a perguntar, queria acabar logo com isso, mas sabia que seria muito difícil. Blaine olhava pra baixo e surpreendentemente negou com a cabeça, mostrando a Cooper que aquilo seria ainda mais complicado. - Blaine, por que você não fez o que eu te pedi pra fazer? - Soltou com um suspiro baixo.

– Cooper, eu não vou pra lugar nenhum. A Dalton é meu lar agora, você não pode simplesmente vir aqui e me puxar pra sua próxima aventura achando que eu vou dar pulinhos de alegria e seguir você. Eu não vou sair daqui assim, sem mais nem menos. - Cruzou os braços e proferiu de forma firme.

Cooper estava orgulhoso pela atitude do seu irmão, mas só tinha uma escolha naquele momento. Ele apanhou o braço de Blaine, não de forma grosseira, e fechou a porta do dormitório, levando o menino para o lado de fora da escola. O menor não fez nenhum escândalo, apenas o seguiu mesmo contra sua vontade e ao chegar ao pátio ele cruzou os braços de novo e esperou a aclaração do mais velho, que se certificou de que estavam sozinhos, olhando ao redor e parando seus olhos azuis por fim na lua que brilhava lá no céu. Estava noite, ele tinha se certificado de ter esperado anoitecer pro sol não ferir a ele e chegar inteiro na Dalton, até por que precisou ensaiar o que falaria pro irmão. Finalmente, depois de um tempo em silêncio, Cooper notou a irritação de Blaine e o olhou.

– Certo, vou te contar a história de nossas vidas. - O Anderson mais velho começou. - Nossos pais viviam em LA com a gente, até que eu fui Marcado. - Levantou a franja de seu rosto mostrando a lua crescente azul safira escondida ali, que realçava seus olhos quase igualmente azuis, e logo passou a mesma mão pelo resto do rosto tirando a maquiagem que escondia o resto do estigma de vampiro dele. - Eles não aceitaram isso e me mandaram pra cá, mas eu tive que trazer você, por que eles sabiam que nosso sangue era da Deusa e uma hora seria a sua vez. - Explicou calmamente e soltou as mãos, colocando-as no bolso das calças nervosamente. - E a sua hora é agora, Blaine. - Terminou sinceramente, fitando os olhos do mais novo com atenção. Blaine teve certeza de que ele estava falando sério, pois o maior não o chamou por nenhum apelido e também não assinalou o dedo enquanto falava.


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