Broken Angel escrita por Phoenix


Capítulo 2
Carefree Angel


Notas iniciais do capítulo

Convocando os fantasminhas camaradas a se revelarem, não tenham medo crianças, eu não mordo x3



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Capítulo II - Carefree Angel

– Não vá me dizer que ‘o grande representante de turma’ tem medo de colocar ‘remedinho no dodói’? - pergunta de forma debochada, franzindo o cenho ao ver o loiro engolir em seco. - Você só pode estar brincando.

– Eu não tenho medo do remédio, seu idiota! Só não confio em você. É bem o seu estilo se aproveitar da situação! - diz corando de leve.

– Se não confia em mim, porque escolheu justamente o meu apartamento?!

– Eu não escolhi o seu apartamento, ele era o mais próximo da minha casa! - grita cerrando os punhos, vendo o ruivo adquirir uma expressão séria.

– Você não ganhou estes machucados numa briga, ganhou? - pergunta em um sussurro.

Vendo que o loiro nada diria, o ruivo suspira derrotadamente, passando a mão pelas madeixas escarlates.

– Vamos fazer o seguinte, você fica quietinho e eu prometo não me aproveitar da situação, que tal? - pergunta encarando o loiro em expectativa, vendo este desviar os olhos e assentir.

Sorrindo de canto, o ruivo passa a aproximar-se do loiro, encostando delicadamente o tecido sob as suas mãos, contra o peito deste, vendo este encará-lo surpreso.

– Viu só, não doeu bebezão. - diz sarcasticamente, vendo o loiro torcer os lábios e desviar o olhar.

Com o loiro mais relaxado, passa a aplicar o remédio com delicadeza, em cada uma das feridas no corpo deste, tomando cuidado para não machucá-lo ou fazer as feridas voltarem a sangrar, sobre o olhar cauteloso do menor, que parecia ainda não estar totalmente seguro se devia ou não confiar realmente no ruivo.

Ao terminar de aplicar o remédio em todas as feridas sobre o peito e abdômen, ajuda o loiro a virar-se de costas, estremecendo ao ver as inúmeras feridas sobre estas, perguntando-se se este havia sido chicoteado até aquele ponto, espantando este pensamento ao voltar a embebedar o pano e tocá-lo com suavidade nas costas do loiro, sentindo-o se contorcer.

– Doeu? - pergunta encarando-o com preocupação.

– Nã-não. - responde timidamente voltando a contorcer-se, ao sentir o pano novamente sobre as suas costas, sentindo em seguida o olhar do ruivo queimá-lo. - Eu apenas sou um pouco sensível.

– Sensível hun? - pergunta sorrindo marotamente, enquanto deslizava o pano em uma linha reta sem quase tocar suas costas.

– Ca-Castiel! - repreende irritadamente, ouvindo o ruivo rir atrás de si.

– Ok, parei.

~~~*~~~*~~~

Após aplicar o remédio em todo o corpo do loiro (obtendo xingamentos e quase derrubando o loiro quando este tentara lhe bater, por ‘aplicá-lo em partes desnecessárias’), cobriu as feridas com curativos e bandagens, descobrindo que o ferimento em sua perna, não provinha de osso quebrado e ajudando-o a colocar a calça e camiseta emprestada da banda Winged Skull, que serviu perfeitamente no loiro, já que a diferença entre os dois era apenas de dois centímetros.

Já vestido, o ajudou a ir para a sala, sentando-o no sofá e espantando Dragon com um gesto, ignorando o grunhir indignado deste ao caminhar lentamente em direção ao quarto.

– Com fome? - pergunta desviando o olhar para a parede, coçando de leve a nuca.

– Um pouco..

Sem proferir mais nenhuma palavra, o ruivo caminha em direção a cozinha, pondo-se a preparar algo para ambos.

Sozinho, o loiro passa a observar a sua volta pela primeira vez desde que chegara a sala. Não era luxuosa ou extremamente organizada, o que não queria dizer que era um caos, era até limpa demais para um adolescente emancipado e sua decoração deixava evidente o estilo do dono, com assoalho de madeira escura e paredes brancas, repletas de quadros de cantores famosos; revirando sua mente, conseguiu identificar alguns como os das bandas Nirvana; Hole e Silverchair.

Mais a frente, podia avistar-se uma enorme prateleira repleta de CDs cujas bandas não conseguiu identificar daquela distancia. Antes que pudesse vislumbrar mais alguma coisa, o ruivo chega com uma bandeja em mãos e o cachorro nos calcanhares.

– Droga Dragon, sai! - diz irritadamente, ouvindo o cachorro grunhir.

Afastando-se do dono, o cachorro passa a fitar o loiro, vendo o loiro retribuir-lhe o olhar e sorrir late feliz e passa a aproximar-se. Após colocar a bandeja cuidadosamente sobre a mesinha de centro, o ruivo vira-se para o loiro, surpreendendo-se ao encontrar Dragon deitado aos seus pés, sendo encarado de forma curiosa pelo mesmo.

– Parece que o senhor perfeição, conquistou mais um fã. - comenta o ruivo ganhando a atenção do loiro.

– Hn? Bem, ele simplesmente deitou. Eu não entendo normalmente os cachorros não se aproximam de mim. - diz voltando a encarar Dragon, sorrindo suavemente e não resistindo a tentação de acariciar lhe o pelo.

Sem nada proferir em resposta, o ruivo passa a observar o loiro, que ao ver Dragon levantar-se e lamber-lhe a face, ri, passando a acaricia-lo mais avidamente, encarando-o com um sorriso bobo na face, enquanto o cachorro deliciava-se com toda a atenção recebida, sem conseguir se conter, o ruivo deixa um meio sorriso tomar-lhe os lábios, enquanto observava aquele gesto infantil, e ao mesmo tempo fofo, por parte do loiro, intrometendo-se apenas quando vê o cachorro empolgar-se demais, arrastando-o até a cozinha com a jura de ofertar-lhe alguns petiscos se fosse ‘um bom garoto’.

Após cumprir com o prometido e brincar com o cachorro até a exaustão, o ruivo retorna a sala, encontrando o loiro a repousar desajeitadamente no sofá, sem entender o porquê, passa a fita-lo contemplativamente, observando a forma como suas madeixas aloiradas e lisas caiam pela face amorenada pelo sol e levemente por sobre os cílios negros e longos. Exatamente como um anjo..

Espantando o pensamento para longe, o ruivo desvia o olhar para a bandeja sobre o colo do loiro, inclinando-se e segurando-a cuidadosamente, sentindo seu coração ir à boca, ao ter o pulso segurado firmemente, erguendo os olhos e deparando-se com os olhos dourados do loiro, sentindo sua respiração desregular-se ao passar a fita-los, permanecendo assim por vários minutos, até que o loiro desvia o olhar timidamente, fazendo o ruivo arfar ao soltar-lhe o braço.

– Me desculpe. - sussurra sentindo o peso da bandeja diminuir até desaparecer de seu colo.

Bufando como resposta, o ruivo afasta-se rapidamente com a bandeja em mãos, jogando-a desajeitadamente sobre a pia e apoiando-se contra a mesma enquanto tentava normalizar a respiração. Mas que raios fora aquilo?!

Após recompor-se, volta à sala, deparando-se novamente com o loiro a dormir desajeitadamente sobre o sofá, desviando os olhos segundos após fazer esta constatação e caminhando até a sua estante de CDs, escolhendo um entre as centenas de faixas, e dirigindo-se ao quarto, trancando-se no mesmo.

~~~~~*~~~~*~~~~~

Retirando os fones e constatando que realmente batiam contra a sua porta, o ruivo bufa, erguendo-se da cama e caminhando apressadamente até a sala, deparando-se com o loiro, agora acordado, a encara-lo preocupadamente, enquanto as batidas tornavam-se mais urgentes. Girando os olhos, aproxima-se da porta, pondo-se a destranca-la, controlando-se para não mandar aquele que quase quebrava a sua porta para a puta que o pariu, sobressaltando-se e deixando somente sua face visível pela fenda da porta, ao deparar-se com seu visitante.

– Ambré?! - constata surpreso, vendo a garota corar.


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Notas finais do capítulo

Lil: Olá mores, tudo bem? Fiquei muito feliz com a resposta que obtive de vocês, não imaginava ter tantos review em uma fic de amor doce, esperava no máximo uns três e uns quatro dias depois mais ou menos. Obrigada pelos comentários, me incentivaram bastante, e por isso decidi postar logo o próximo capitulo x3
Não esqueçam de comentar, talvez segunda eu já libere o próximo capítulo, kisses ;)