A Vingança dos Sete escrita por Number Nine


Capítulo 5
Capítulo 5 - Adam faz uma fuga da polícia


Notas iniciais do capítulo

Bom ta ai pessoa, to começando a engranar melhor na fic. Agora vou ver se ponho mais ação e mistério, podem ver que apareceram vários nesse capítulo.



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Seis

Estamos acampando ainda na caverna. Número Cinco nos mostrou aonde é à entrada da caverna pela qual ela veio. E entrada era é barrada por um rochedo de 3 metros, que aparentemente só ela com o seu Legado de Força pode fazer isso.

Até que de algum modo faz sentido, em minhas visões no deserto do Novo México eu via a pessoa que eu achava ser a número Cinco exatamente como Sofia Garcia é. Não comentei isso com ninguém, mas quando encontrei o falso “Cinco” eu não entendi como ele era daquele jeito. Eu não me lembrava dele dentro da nave que nos trouxe pra a Terra, agora tudo está explicado.

– Então, você prefere que te chamemos de Cinco ou Sofia? – eu pergunto tentando puxar assunto com ela.

Estamos nos dividindo em turnos para achar comida e sobrevivermos aqui. Eu fiquei de lado dessa vez para ficar com Cinco enquanto ela se recupera da hipotermia enquanto Marina e Nove foram na parte mais abaixo da caverna onde passa um rio subterrâneo tentar achar comida. Definitivamente eles formam uma dupla de caça estranha.

– Acho que prefiro Sofia. Depois de tudo que vocês me contaram que aquele garoto fez se intitulando o número Cinco eu me sinto péssima.

O modo como Sofia age mudou da água pro vinho depois que conseguimos a convencer que somos seus aliados ela mudou sua forma de agir. Quando a conhecia achei q ela fosse durona, ainda mais quando a vi dando cabo de Nove sozinha, mas agora ela está se revelando ser uma menina meio gentil e meiga. O que é uma pena, eu gostava do estilo durona dela.

– Não foi sua culpa, mas você não consegue se lembrar de como ele a roubou? – Pergunto curiosa.

– Não... – Sofia me responde balançando a cabeça meio triste. – Por mais difícil que seja acreditar, eu não me recordo de nada que aconteceu antes daquela época, só lembrei que sou loriena por causa da loralite que vocês me mostraram.

O passado de Sofia era intrigante isso devo admitir.

–Ótimo a loirinha resolveu ficar conversadora, ainda bem. – Nova fala surgindo da parte escura da caverna com alguns peixes em sua mão.

– Nove, ela prefere ser chamada de Sofia. – digo para ele, embora saiba que isso vai ser inútil ele nunca vai chamá-la pelo nome.

– Sofia é um nome lindo. – Marina fala chegando logo em seguida. – Agora temos mais um Garde com nome humano além de mim, John e Ella.

–John? – Sofia pergunta. – Quer dizer que tem mais um Garde fora vocês três o garoto que morreu e o falso Cinco?

A menção de Oito como garoto morto fez com que o rosto de Marina se fechasse. Ela não irá se recuperar disso tão cedo, de fato, nem eu. Devo exatamente me manter firme até o fim por causa disso, estamos numa guerra. Quando a vencermos e ela acabar eu irei passar um dia chorando para cada vida perdida nela, mas agora, precisamos nos recompor.

– Johny é o número Quatro, ele não veio conosco – Nove responde. – Ele deve estar no sono de beleza no meu apartamento em Chicago.

– Vocês moram em Chicago?! – Sofia deixa escapar seu espanto. – Quer dizer vocês estão escondidos então morar numa cidade grande não é meio que o oposto disso?

Nove da uma risadinha sínica de quando as pessoas perguntam isso pra ele e com orgulho fala da genialidade de seu Cêpan por ter pensado numa coisa tão absurda e ao mesmo tempo tão genial.

– Loira, digamos que Cêpan manjava dessas coisas de se esconder. – ele fala dando uma piscadela pra Sofia. Nove definitivamente é horrível tentando seduzir uma garota. – Acontece que um lugar cheio é ao mesmo tempo bom e ruim por que...

– É difícil para achá-los, mas também é difícil ser encontra. – eu e Marina completamos juntas a frase de Nove.

Sofia sorri para nós, acho que ela está começando a se sentir mais relaxada estando conosco. Foi ai que me toquei numa coisa.

– Gente, os mogs sabem onde estamos escondidos!

A expressão de Nove vira de ódio. Eu sei que ele está imaginando, os mogadorianos destruindo a sua casa, a herança terrena que Sandor, seu Cêpan lhe deixou e para todos nós também.

– Frodo maldito! Juro por tudo que é mais sagrado em Lorien que se ele tiver destruído minha casa e machucado mais algum de nós vou não só matá-lo como também irei torturá-lo por ter feito tudo isso. – Nove termina de falar espremendo o peixe que estava em sua mão

– T-Talvez eles ainda não tenham chegado. – Marina tenta amenizar. – Quer dizer John está lá desacordado, então se os mogadorianos já tivessem chegado, ele já estaria morto...

John. Meu coração começa a palpitar de preocupação, nós estamos aqui aproveitando que estamos escondidos, mas esquecemos dos nossos amigos que estão inválidos e talvez em perigo.

–Merda! Temos que sair dessa caverna agora. – Nove fala se levantando.

Sofia olha pra ele com tom de preocupação. Ela escolheu o cara errado pra se preocupar. Nove é muito kamikaze.

– Não podemos sair sem um plano. – digo tentando manter o controle da situação. – Eu irei sair primeiro, posso ficar invisível, então irei ver se os mogs ainda estão lá fora e se a área está limpa para que possamos sair.

Ninguém contesta minha ideia. Ainda bem, estava com medo de termos que passar por outro confronto, e não estamos em situação para isso, principalmente se encontramos o falso Cinco de novo.

– Irei assim que terminar de comer. – Eu digo me voltando ao peixe que Nove pegou e pondo ele para fritar perto da fogueira.

– Okay senhorita Ameaça Invisível. – Nove como sempre, coloca alguma colocação sarcástica. – Mas tente achar meu bastão. Aquele idiota o jogou no lago.

Reviro os olhos. Nove realmente quer realmente que eu tente procurar isso? Mas quando olho novamente para ele, vejo que está com uma cara de criança chorosa que perdeu seu brinquedo favorito.

–Okay eu irei procurá-lo. – digo finalmente. – Mas só irei depois de comer.

Pegamos os peixes que Nove trouxe e os pomos perto da fogueira até que eles fiquem completamente assados. E depois comemos. Não reparei como estava com fome até que devorei dois peixes inteiros sozinha.

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Nove se estirou num canto da caverna perto da fogueira e começou a dormir. Fico agradecida por isso, não iria querer ele aparecendo do nada no lado de fora alegando que estava impaciente.

Marina e Sofia vão comigo até a entrada da caverna. Quando estamos quase chegando nela, Marina segura meu braço.

– Seis preciso te pedir um favor também. – ela me olha se controlando para não chorar. – Traz o corpo do Oito pra cá, por favor, ele merece pelo menos um local de descanso descente, não um bloco de gelo no meio de um pântano no Everglades.

Aquilo partiu meu coração, estava tão focada em fugir que não pensei nisso. Seria injusto com Oito ele acabar se transformando e vários pedaços numa autopsia feita pelos cientistas humanos.

– Ok Marina, eu irei trazê-lo para cá. – logo em seguida que digo isso, Marina me dá um abraço forte e começa a chorar.

–Obrigada Seis, só quero ter a chance de me despedir dele apropriadamente.

Sinto lágrimas descerem dos meus olhos também. Eu gostava de Oito, ele era o comediante do grupo e com certeza o seu jeito quase-sempre-vendo-o-lado-bom-da-vida vai fazer muita falta para nós.

– Ei Seis! Você vem? – Sofia fala pra mim com a rocha já arrastada para o lado com espaço suficiente apenas para uma pessoa sair.

Fico espantada com a força dessa menina! Sofia tem mais ou menos minha altura e seu corpo não parece de uma garota forte, ela parece ser mais o tipo de garota ágil e rápida. Definitivamente ela vai ser uma surpresa quando lutar contra os mogs. Já posso vê-la derrubando uma besta mogadoriana apenas com um soco e deixando todos eles desesperados.

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Caminho invisível pelo parque de Everglades tentando reconstituir o nosso caminho da batalha até a caverna. Demora cerca de dez minutos correndo até chegar nele. Não foi muito difícil localizar o lugar. Era o único que tinha gelo ainda espalhado pelo local e sinais de explosões e tiros.

Sigo para o local onde a arca do “Cinco” estava enterrada na espera de encontrar o corpo de oito ainda num caixão de gelo, mas para a minha surpresa. Ele não estava mais lá, será possível que os humanos já o encontraram?

Não, definitivamente não. Meus instintos dizem que foram os mogadorianos, mas porque querem um corpo de um Garde morto? Que eu saiba eles pegam as nossas loralites para que Setrákus Rá possa as exibir como uma espécie de troféu nojento de como os mogadorianos são bons em caçar adolescente alienígenas num planeta desconhecido.

Depois irei me desculpar com Marina. No momento eu começo a procurar pela área e ver se encontro algum sinal de que os mogs estão à espreita nos caçando ainda. Demoro cerca de 30 minutos e não encontro vestígio nenhum deles. Começo a me preparar para ir embora quando chuto alguma coisa, vejo que se trata do cano de Nove partido em dois. Me abaixo e o recolho colocando as suas partes no bolso da minha calça e corro de volta para a caverna.

Quatro

A minha menção a esse fato gerou uma discussão de uma meia hora até que finalmente todos aceitaram que a minha suposição é verdadeira.

– Não acredito! Aquele Setrákus, só deve estar nos usando para alcançar alguma vingança bizarra de Lorien. – Adam fala batendo no porta-luvas frustrado.

– Não se culpe Adam, nenhum de você poderia saber. – Malcolm fala tentando fazê-lo se acalmar. – Essa deve ser uma informação que só poucos de vocês devem ter o privilégio de saber.

– É essa informação deve ser muito bem partilhada pelo meu pai. – Adam murmura.

– E John, você deve estar imaginando quem Setrákus provavelmente é? – Malcolm me pergunta já sabendo a resposta.

– Sim, Setrákus é o Décimo Ancião, ou provavelmente um descendente dele, acho que ele provavelmente queria o pai de Ella, mas como ele estava apaixonado pela mãe dela se sacrificou para proteger Lorien.

Estamos na rota 74 saindo já de Ilinois e entrando em Indiana. Vejo o carro de Sarah emparelhando com o nosso. Acho que BK conseguiu fazer as Quimeras assumirem uma forma menos espaçosa que um bando de cachorros, pois não estou os vendo direito.

– Pessoa, nós temos que arquitetar um plano. – eu digo.

– Quais são as opções mais viáveis que nós temos? – Sam pergunta.

– Eu conheço onde fica a principal base mogadoriana dos nascidos naturais, praticamente todos os da mais alta patente estão lá. – Adam revela.

– Adam é suicídio! Nós quase não saímos de lá vivos! – Malcolm contesta.

– Onde é essa base? –eu pergunto neutro.

– Washinton DC. – Adam fala e percebeu minha cara de espanto. – Sim bem na cara do governo dos EUA.

Meu choque é tremendo. O governo só pode ser idiota, não está só ajudando os mogadorianos a nos caçar como também estão praticamente morando juntos. Estou quase conseguindo imagina o presidente e Setrákus jogando uma boa partida de tênis amigável e rindo como dois amigos. Isso me enoja, minha vontade mais sincera e largar a Terra de lado e tentar refazer Lorien com os Gardes remanescentes.

– Então você quer invadir uma base mogadoriana na capital dos Estados Unidos? – Sam fala dando uma risada nervosa. – Gente, eu acho melhor eu escrever meu testamento agora... Ou deixo pra mais tarde?

– Não Sam, é melhor deixarmos pra depois. – respondo rindo. – Não iremos invadir a base mogadoriana sem termos apoio.

– Você ta dizendo apoio dos do pessoal que ainda está no Everglades? – Sam me pergunta.

– Na verdade, estou pensando no apoio de outras pessoas.

Adam olha pra mim estudando minha ideia maluca.

– Concordo com você Quatro, o erro de vocês foi achar que conseguiriam derrotar uma raça sozinha.

– Espera! – Malcolm agora se manifesta.

– Vocês querem fazer o... MERDA! – ele se interrompe quando vê que estamos nos aproximando de uma blitz policial.

Maldição! Esse só pode ser o pior momento possível pra isso ocorrer. Tento pensar em algum plano rápido para fugirmos deles.

– Quatro! Eu levanto e você aterrissa! – Adam fala a sua ideia e demoro um pouco pra processar a informação.

– Como é? – falo perplexo. – Adam isso não é uma boa ideia cara! Sem falar que Sarah...

Malcolm dá um sorriso pra Adam antes que eu poça terminar o meu argumento. Que ideia insana! Ele começa a acelerar o carro a toda.

Já consigo ouvir os policiais gritando para reduzirmos pelo alto falante. Um deles já sacou a arma. Não vamos conseguir isso é insano!

– Agora! – Adam berra começando a se concentra.

Um tremor começa a surgir e os policiais se desequilibram e se jogam no chão desesperados. Quando estamos alguns metros para encontrarmos com os carros uma rampa de asfalto sobre do chão e joga o carro pra cima das viaturas.

Uso meu legado de telecinese para suavizar a aterrissagem no chão. É extremamente difícil, acho que deviam perguntar se eu já tinha tentando levitar um veículo que deve pesar uns 500 kg. Sinto todos os meus músculos se contorcerem de dor para conseguirmos ficar ilesos.

– John... Segunda leva! – Sam berra apontando pro carro de Sarah.

Sem nem ao menos pensar eu uso minha telecinese para conseguir controlar o carro de Sarah também. Dessa vez é mais doloroso que da primeira por causa do meu cansaço. Sinto meu estômago se revirar e suo frio, mas consigo fazer Sarah chegar ao chão. Embora o carro tenha derrapado um pouco na descida.

Embora quase sem consciência, vejo que os policiais se recuperaram do susto e estão entrando em suas viaturas pra nos perseguir.

– Ótimo trabalho John! Agora é comigo. – Adam fala abrindo a porta do carro.

Ele bate com o pé no chão e vejo que está focando no espaço que nos separa das viaturas. Sinto um tremor muito mais forte que o anterior e o chão entre nos e os policias se abre nos separando por uma fissura de cerca de 10 metro.

– Acho que isso vai dar, agora arranca! – Adam fala fechando a porta e se virando pra Malcolm.

Ouço o barulho dos pneus dos dois carros cantando no asfalto e arrancamos a mais 100 km/h pela estrada.

Ainda não consegui me recuperar do esforço que fiz. Com certeza esse foi o melhor treinamento para o controle da minha telecinese que eu poderia fazer.

– John, belo trabalho. – Malcolm fala me deixando com o sentimento nostálgico de quando éramos eu Henry. – Você também Adam.

– Formamos uma boa dupla, John. – Adam fala sorrindo pra mim. Esforço-me para retribuí-lo.

– Agora precisamos achar um... O que é aquilo? – Sam aponta para o vulto de uma pessoa parada no meio da estrada.

Malcolm freia bruscamente o carro e vejo que Sarah fez o mesmo. O que estão fazendo? Estão loucos? E se forem mogs. Tento me esforçar pra me levantar, mas a dor ainda é muito forte.

A pessoa se aproxima mais um pouco dos nossos carros. Vejo Adam puxando o canhão mogadoriano que roubou na batalha do zoológico e se prepara para atirar ao menor sinal de hostilidade daquelas pessoas.

Consigo deixar minha coluna reta e vejo que a pessoa está vestindo um casaco com capuz levantado e um símbolo... GARDE! Estampado no peito. Posso ver claramente que é o meu número.

– John... Aquele cara te conhece? – Malcolm me pergunta.

– Deixa que eu vou lá conferir. – Adam fala com o canhão em mãos.

Ele sai já apontando para a pessoa que imediatamente faz o sinal de paz. A pessoa puxa o capuz e se revela pra nós.

Eu conheço aquela pessoa. Com certeza nunca imaginei que o veria de novo na minha vida ainda mais numa rodovia assim no meio do nada. Seu cabelo preto e com gel penteado para traz impecável, ele sorri para Adam.

– Calma, calma. Eu sou aliado de vocês, eu conheço John Smith, o número Quatro.

Com certeza é ele! Aquela voz presunçosa de sempre. Sarah abre a porta do carro dela espantada olhando para ele também.

–Mark!


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? deixem seus comentários
Qual é o mistério de Sofia, a verdadeira número Cinco?
O que fizeram com o corpo de Oito?
E por que Mark James está no meio de uma rodovia esperando que John e os outros chegassem?!