A Vingança dos Sete escrita por Number Nine


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Gente obrigado por lerem a fic e um obrigado a SonOfPoseidon e Isa1nov por terem posto minha fic nos favoritos, peço lhes desculpa pela demora, semana foi cheia, prometo que o próximo capítulo será mais rápido se vocês me deixarem um incentivo rsrs. Comentem o que acharam do cap mesmo que seja algo ruim para que eu possa corrigir o erro na próxima



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Quatro

Malcolm dirigia o carro a mais 200 km/h para fora de Ilinois. Pelo menos nisso tivemos sorte, Conseguimos sair de Chicago sem enfrentarmos mais nenhum problema com a polícia ou com os mogs. Um alívio pra mim. Olho para o carro ao lado e vejo Sarah com um carro com todas as Quimaras lá. Decidimos por isso porque precisávamos saber logo todas as informações que Adam poderia dar. Queria que Sam estivesse com ela para lhe fazer companhia, mas ele cismou que queria escutar também então deixamos vir.

Estou sentado no banco de trás com ele, enquanto Adam senta no banco da frente ao lado de Malcolm. Incomodo-me um pouco por estar sentado atrás, mas usamos a regra mais imbecil do mundo, a do mais velho. Percebo que Sam também não curtiu muito a idéia de ver seu pai com um mogadoriano sentados na frente como um pai e filho fazem.

– Então – Digo tentando puxar assunto. – Adam, acho que já podemos saber o que você tem a nos dizer?

– Se vocês têm certeza que aqui é o lugar oportuno, então podemos sim. – ele fala se virando pra traz me encarando. – O que vocês querem saber primeiro.

– Como você ganhou legados? – Sam dispara me fazendo tomar um susto. – Digo, os mogadorianos não tem uma máquina que faz vocês roubarem os legados da Garde?

Percebo Malcolm reduzir a velocidade do carro para uns 60 km, aparentemente nem ele sabe direito como Adam conseguiu seu poder.

– Foi um presente. – ele fala com uma expressão triste. Quase como se não considerasse aquilo um presente, mas sim uma penitência. – A número Um me deu seu Legado para que eu pudesse ajudar vocês na luta contra os mogs...

– Mas como ela fez isso? – eu pergunto dessa vez.

– Foi um experimento. Eu e Um tínhamos a mesma idade e como eu sou filho do “General” – Adam faz aspas com o dedo. – Fui selecionado para a grande honra de participar do experimento que iria me fazer entrar na mente dela para que eu pudesse extrair informações que pudesse ser valiosas sobre vocês...

– Esse deve ter sido similar o experimento que fizeram comigo e os outros Greeters. – Malcolm adiciona rapidamente.

– Exato, mas no caso de vocês, o mogadoriano que fez criou um sistema aprimorado do mecanismo que eu fui submetido. Continuando, algo de errado quando eu estava no experimento, de algum modo a consciência da número Um conseguiu se refazer e começamos a nos conhecer e conversar... Quando fui acordar, o experimento me pôs num coma de três anos... E de algum modo eu mudei, comecei a ver a Grande Expansão Mogadoriana como um genocídio de um lunático e não a demonstração de como os mogadorianos são uma raça que destinada a dominar a galáxia.

– É isso parece muito com a história de um cara que tivemos aqui na terra. – Sam fala eu o olho, acho que sei vagamente do que ele estava falando, mas não estou com disposição para relembrar a história humana agora.

– Líderes genocidas e carismáticos sempre aparecem quando uma população está em crise ou desesperada. – Malcolm adiciona.

– Depois disso, eu tentei começar a ajudar vocês só que eu não sabia como... Eu era muito covarde, e a número Um vivia me pressionando para que eu começasse a lutar. – Adam fala com o rosto pálido meio corado.

– Espera. a Um ainda está na sua mente? Digo você e ela ainda compartilhando o mesmo cérebro? – pergunto, é estranho, mas a ideia de que a primeira Garde estivesse viva me deixa mais animado.

Adam não precisou responder. Pela sua expressão já sei que a consciência de Um não existe mais. De algum modo eu sinto pena dele, a vida desse mogadoriano, tudo que ele acreditava, mudou de uma hora para outra. De algum modo eu possuo muito respeito por isso, mas acho que existe alguma razão maior do que só achar errado o que a raça dele faz pra eles nos ajudarem.

– Eu tentei salvar a número Dois, só que quando eu cheguei onde ela estava rastreando a mensagem que ela deixou na internet, foi tarde demais. O resto dos mogadorianos chegou junto comigo e eu não tive coragem de protegê-la. – Adam fala e vejo lágrimas saindo de seus olhos. – Eu fui muito covarde, lamento Quatro. Eu podia ter sido mais rápido, mas não consegui. Após isso eu comecei a rastrear sobre mais informações de vocês, mas sem muito entusiasmo. Até que achamos o número Três.

– Deixe eu adivinhar, você também foi covarde. – eu digo. Caramba! Desde quando estou ficando tão grosseiro quanto Nove.

– Cara, isso não foi legal. – Sam fala me cutucando com o cotovelo.

–Desculpe. – digo envergonhado.

Adam faz um gesto de tudo bem com a cabeça.

– Não lhe culpo, mas não eu tentei salvar o número, pra falar a verdade. Por causa disso eu fui considerado traidor, eu lutei contra meu irmão para tentar salvá-lo e acabei sendo jogado numa ravina e deixado para morrer pelo meu próprio pai.

– Cara legal ele. – Digo impressionado com a frieza mogadoriana.

– Você nem faz ideia. – Adam fala com um sorriso sarcástico. – De algum modo consegui sobreviver e quando me recuperei percebi que a consciência de Um estava começando a sumir da minha cabeça. Foi então que eu voltei pra minha casa, mesmo sendo um traidor. Um era minha única amiga e eu precisava salvá-la.

– Você voltou sozinho pra uma base mogadoriana mesmo sendo um traidor! - Meu queixo quase cai no chão. Okay Adam é mais insano que Nove, o cara e completamente louco.

– É... Não foi o melhor plano da minha vida. – ele fala rindo.

– Mas graças a isso você conseguiu me resgatar e ganhou seu Legado. – Malcolm fala rindo também.

– Resumindo agora, meu pai aproveitou a oportunidade e pôs pra ter o cérebro torrado e junto com isso eles iriam pegar todas as informações que Um compartilhou comigo sobre a Garde. Por pura sorte, o experimento de algum modo a número Um conseguiu me transferir seu Legado e depois sumiu pra sempre...

Quando Adam termina de falar aquilo. Sinto-me inútil, a número Um de algum modo, mesmo morta fez mais pela causa da Garde que a maioria de nós. E sinto que Adam e ela compartilharam algo, não foram só amigos. Adam a amava, então é por isso, um mogadoriano traiu sua raça inteira por amor. Nunca pensei que eles fossem capazes de um sentimento tão nobre como esse, mas aqui está o único mogadoriano do mundo que poderia fazer isso.

– Como você conseguiu escapar da base de Dulce em meio a todo aquele caos. – pergunto tentando mudar de assunto.

Adam me olha com expressão de obrigado por lhe fazer mudar de assunto.

– Eu consegui graças a duas coisas, Areal e a Rex, ele é um mogadoriano que eu salvei. Depois que a base inteira ruiu, não havia mais ninguém lá, então ficamos escondidos na torre de vigilância até que ficamos recuperados dos nossos ferimentos. Depois disso ele me contou de um modo pouco amigável onde estavam escondidas as Quimeras que estavam juntas com Areal...

–Espera, quer dizer que tem outros mogadorianos como você? – pergunto esperançoso, não que eu estivesse simpatizando com ele agora, mas seria bom ter mais mogs além de Adam ajudando a nossa causa.

– Essa é nova até pra mim. – Malcolm comenta olhando pra Adam curioso sobre a história.

– Não diria que ele está do nosso lado. – Adam fala meio triste. – Ele me ajudou porque eu salvei a vida dele, embora, isso para os mogadorianos seja motivo de vergonha, sobreviver ao combate que você foi derrotado e ainda por cima ser ajudado pelo inimigo. Acho que ele só me foi grato, não duvido que na próxima vez que o virmos ele irá tentar me matar.

Assim como minha esperança veio rápido, ela se vai rápido. Claro que não teríamos tanta sorte assim.

– Enfim eu achei as Quimeras e as soltei. Depois disso eu descobri que eles estavam indo para Chicago e eu fui na esperança de chegar a tempo e quase não consegui. – Adam termina.

Ficamos em silêncio um pouco no carro. Eu queria tentar absorver tudo que acabei de ouvir. Adam é realmente de confiança, isso me alegra um pouco, já que perdemos Oito e Cinco é um traidor, sem falar das minhas visões sobre Ella. Que aquilo não seja verdade, pois se for, a guerra já foi perdida e eu nem fui um dos últimos sobrevivente.

–John? – Sam me chacoalha pra me tirar do meu devaneio. – Cara você não ta tendo uma espécie de sonho acordado? Porque isso seria muito estranho.

– Eu... Estou bem Sam. – Digo tentando me recompor.

– Lamento Quatro, quer dizer John. Acho que acabei falando de mais. – Adam diz me olhando pelo retrovisor do carro.

– Tudo bem. – digo depois de me recuperar. – Se você tiver algo útil para me contar além de tudo isso que já falou é melhor que falemos tudo agora.

Foi uma conversa meio longa. Algumas coisas que Adam falou a respeito da cultura mogadoriana nós já sabíamos por causa do pai de Sam. Como por exemplo, o fato deles nascerem de modo natural e de modo artificial, o que eu não sabia é que os mogadorianos naturais estavam chegando a sua extinção quando Setrakus Rá apareceu do nada com suas ideias milagrosas para salvar Mogadore da extinção e logo em seguida propôs a Grande Expansão que resultou na destruição de Lorien e agora na invasão da Terra.

– O que eu ainda não entendo é como que você conseguiu nossa localização? – Eu pergunto.

– John, alguém estava vazando informações nossas para os mogadorianos. – Quem me responde foi Sam. – Provavelmente Adam conseguiu nossa localização quando a informação passou pela base onde as Quimeras estavam.

– Exato! – Adam fala apontando pra Sam. – E John, lamento lhe dizer, mas você sabe o que significa isso, correto? Vocês têm um traidor.

– Receio que isso deve ser minha culpa... – Malcolm fala reduzindo a velocidade do carro para participar da conversa. – Acho que devem ter feito algo no meu cérebro e...

– Você não é o traidor! – Digo cortando a sua lamúria. – Eu sei quem é... O número Cinco nos traiu.

Vejo que todos no carro estão em estado de choque. O carro que Sarah estava dirigindo até nos ultrapassa e depois fica dirigindo mais devagar esperando que a ultrapassemos. Adam esta me olhando espantado, aparentemente nem o filho do General mogadoriano conhecia essa novidade.

–Como isso é possível? – ele pergunta. – Eu nunca soube da existência de um lorieno em alguma base mogadoriana que estivesse sendo treinado como um de nós, digo deles, agora sou um de vocês. Enfim, aonde este cara estava se escondendo?

– Tem certeza disso John? – Sam me pergunta. – Quer dizer, o Cinco é meio antisocial e tem alguns probleminhas, mas ele ainda é um de vocês.

Sou obrigado a lhes contar sobre minha visão que tive enquanto estava preso nos sonhos de Ella. Todos ficaram nervosos quando eu termino de lhes contar, inclusive eu, era como se estivesse revivendo aquela visão passo á passo à medida que eu a relembrava.

– Pobre Ella... – Malcolm lamenta. – John, não cabe a mim lhe dizer o que era o certo naquela hora, mas você não podia tê-los deixado levar a menina. Que eu morresse ali, morreria de bom grado, sabendo que foi para salvar meu planeta e os de vocês. Se o que você falou é verdade, então pode ter acabado nos condenando.

Acho que o pai de Sam não teve a intenção. Mas acabou de dizer que se nós perdermos essa guerra vai ser por minha causa; o que não é mentira. Afinal, fui que fui buscar o Cinco, logo eu, que achava ser Pittacus. Que idiota sou! Confiei cegamente num traidor porque queria que todos nós estivéssemos juntos para acabar logo com essa guerra. Agora, Cinco provavelmente deve ter sumido e seu paradeiro é desconhecido, Ella foi sequestrada para ser vítima de lavagem cerebral por Setrákus, Oito está morto e não tenho como saber se Nove, Seis e Marina estão bem. Meu cérebro estava entrando em curto. Só queria que o tempo pudesse para e eu pudesse voltar nele e corrigir todos os erros que cometi.

– O que não entendo é pra que Setrákus quer dois lorienos. – Adam fala quebrando o momento pesado. – Quer dizer vocês têm legados e tudo mais, só que, os mogadorianos não irão aceitar serem liderados por alguém que não é um deles.

– Eles já são... – Digo quase sussurrando me controlando para não destruir tudo

– O que você quer dizer com isso? – Ele me pergunta.

– É tão óbvio agora. A força dele é semelhante ou mais forte até que a de Nove, ele pode mudar de forma, pode cancelar legados, pode criar esferas negras que nos deixam petrificados... Se vocês mogadorianos não tem nenhum tipo de poder especial...

– Você quer dizer que... – o tom de Adam é de medo.

– Setrákus Rá é provavelmente um lorieno! – eu revelo.


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal, sei que o capítulo foi meio monótono e quem já leu todos os livros incluindo os Arquivos Perdidos já sabe de provavelmente tudo que eu escrevi, mas eu tinha que inserir tudo isso na estória para fazer nexo, para continuar na fic. Prometo que o próximo capítulo tera mais emoção e talvez mais batalhas.
A esqueci de perguntar, o que acharam da existência de outra pessoa como número Cinco? prometo que irá ter uma explicação



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