A Vingança dos Sete escrita por Number Nine


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, há todos que leram minha fica e que deram favoritar e recomendação muito obrigado, fico alegre em ver que estão se entretendo com o meu trabalho.
Não deixei de comentar por favor, isso me deixa mais motivado a escrever



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Nove

Esse definitivamente não é o meu dia. Primeiro fui quase morto por um hobbit gordo traidor, mas fui salvo à custa da vida de Oito. Aquele maluco com complexo de Deus quis dar vida por seu semelhante e nem percebeu que estamos em guerra. Se fosse eu no lugar dele, iria é me teleportar com Cinco pra longe do meu companheiro ferido e não me matar por ele.

Se não bastasse isso. Fui carregado por Seis até essa gruta inconsciente e com uma ferida nas costa que eu achei que me tiraria do campo de batalha. Graças a Lorien, Marina me curou dessa ferida. Não queria que o último sacrifício de Oito fosse salvar um saco de carne lorieno que só serviria pra alimentar pikens porque não pode mais lutar.

Por fim. Minha mão foi quebrada por essa menina maluca como se fosse de papel. É quase bizarro isso. Eu devo estar com alguma fratura na mão e Marina não me curou lá. Ou é isso ou acabei de ver essa menina ter algum tipo de Legado de super força. Só que isso é impossível, já encontramos todos os Gardes.

– Garota o que você tem comido? – pergunto tentando sentir minha mão.

Meus ossos latejam quando eu toco neles. Tento manter a marra para não gritar de dor. Quebrar a mão é uma coisa, choramingar por isso na frente de uma garota já outro extremo.

–Não da sua conta. – ela me responde sem entender meu sarcasmo. – Agora sugiro que saiam daqui antes que acabem piores do que com a mão quebrada.

– Nove, ela tem razão. – Marina se manifesta finalmente. – Acho melhor irmos embora e deixar essa moça aqui. Sentimos muito por invadir seu espaço senhorita, vamos nos retirar agora.

Ela começa a andar para onde a garota tinha chegado, mas quando ela passa do meu lado a impeço segurando seu braço.

– Você está falando sério? – Digo. – De jeito nenhum vamos embora daqui porque essa neurótica está nos expulsando.

– Nove... – Marina fala com sua voz se perdendo no ar.

– Do que me chamou? – a garota fala tentando me desferir um soco.

Dessa vez sou mais rápido que ela. Quando ela desfere o soco, giro meu corpo para o lado e agarro seu braço e me movo com para traz da garota carregando seu braço para trás de seu corpo junto comigo e o puxo um pouco ate sentir que estar no limite que ele consegue esticar. Ouço-a dar um ganido de dor.

– Geralmente não brigo com mulheres moça. – Digo sorrindo sem saber se ela pode ver. – Mas você tem um soco forte e não quero recebê-lo de novo.

– Nove pare já com isso! – Marina diz de algum lugar a frente da garota misteriosa, mas não consigo sabe da onde.

– Me larga seu ogro cabeludo! – a menina vocifera se virando pra mim. – Não estou brincando você vai se machucar!

– Desculpa moça, mas acho que você não entendeu sua situação. – Digo pegando o outro braço dela e arrastando ela ate que suas costas encostam em mim. – Parece que a gatinha não está mais tão valente. – sussurro no ouvido dela.

– Você que pediu. – ela diz me encarando com raiva.

Estou adorando essa brincadeira. Até que algo estranho acontecer. Sinto que uma espécie de barreira começa a se expandir do corpo da garota e começa me fazer me afastar de seu corpo. É quase como um campo de força invisível que ela está criando.

O espanto me deixou muito vulnerável. Ela agarra meu braço com as duas mãos e... Ela está me arremessando pelo ar! – Sinto meu corpo ser levantado como se eu fosse uma bola de futebol e ela me joga contra a parede de terra que Seis fez.

Sinto meu corpo todo desabar. Depois do choque, não consigo de maneira alguma levantar pra revidar. Sinto que quebrei minhas costelas. A dor não é nada comparada a humilhação.

Hoje definitivamente não é meu dia.

Sete

Por mais que ver Nove com toda essa pose de machão e durão apanhar de uma garota como se fosse um saco de pancada. Estou agora nervosa com a situação. Quero correr para curá-lo, mas isso iria me deixar numa situação vulnerável agora. E onde está Seis?

Provavelmente está analisando a situação como boa estrategista que ela é para poder atacar no momento certo. Ou só ficou tão entretida em ver Nove apanhar que se esqueceu de fazer alguma coisa.

– Agora é a sua vez. – A garota diz olhando pra mim.

– Oi? – pergunto nervosa. Não imaginei que a coisa iria chegar a esse nível. – Desculpa moça, deixe-me só pegar meu amigo e nós iremos sair daqui pacificamente.

– Não, não vão. – a garota vocifera pra mim. – Pensa que eu não sei quem vocês são? Ele me alertou que vocês poderiam vir me procurar e que eram perigosos

– Ele? – pergunto querendo extrair informações. Mas não era só isso, estou também tentando canalizar o meu legado novo para poder utilizá-lo.

– Se vocês não sabem quem ele é, significa que não estão do meu lado. – ela diz se preparando pra avançar contra mim.

Tento pensar em todas as coisas que aconteceram comigo ultimamente. A morte de Adelina, Hector, Crayton e Oito. Não só eles, mas em todos os lorienos que perderam a vida na invasão mogadoriana, nos Cêpans dos outros que morreram aqui. Sinto uma onda de raiva fria percorrer meu corpo e de repente tudo ao meu redor começa a ficar mais gelado.

Vejo que abaixo dos meus pés tudo está começando a ficar como gele fino e a se expandir para o resto da caverna. Tento assumir o controle do Legado e o redirecioná-lo especificamente contra a garota.

– O que é isso! – ela diz com um tom de medo na voz.

Aproveito o elemento surpresa e faço o frio que já chegou até onde ela está e começo a fazer ele condensar em sua volta. Vejo a garota começar a tremer de frio.

– Pare! Com isso! – ela vocifera pra mim tentando andar em minha direção. – O Que?!

Ela não consegue mais andar. Eu congelei os seus pés, mas não quero parar por ai. Faço gelo começar a subir pelo resto de seu corpo. Primeiro chegou até as coxas dela, depois começou a subir até a barriga e peitos até que até seus braços foram englobados pelo gelo a única parte dela que restou livre foi à cabeça.

– Por favor... Pare... – Ela diz com uma voz chorosa. – Eu... E-Eu me rendo, mas pare...

Sinto meu corpo amolecer. Que espécie de monstro eu estou me transformando? Eu posso matá-la assim. Tento assumir novamente o controle do legado, mas está difícil fazer o gelo retroceder. Eu só anulo o meu legado e corro para tentar ajudá-la.

Consigo quebrar o gelo usando minha força, embora tenha ferido minhas próprias mãos por causa disso. Quando consigo tirar o gelo até a cintura dela garota desaba em cima de mim. Sinto-me muito culpada pelo que fiz. Mas essa garota é muito estranha, o modo como ela arremessou Nove como se fosse de papel, não foi algo humano. Era como se fosse um Legado. Mas seria possível isso? Essa menina é uma Garde.

Quando a retiro do gelo ela está desacordada e apresentando o início de uma hipotermia.

– Marina, está pensando a mesma coisa que eu? – Nove fala do canto onde ele estava encostado. – Essa garota, ela tem Legados!

– Sim, também percebi isso. – eu digo.

– Mas será que é possível? – Seis fala se materializando.

– Seis! – Nove grita, mas depois faz uma careta e levando sua mão na parte onde ficam as costelas. – Onde você estava?

– Desculpe. – Seis fala levantando as mãos para o ar. – É que eu vi que era só uma garota que estava vindo então resolvi dar uma checada no local para ver se existiam mais pessoas além dela. Achei que o todo poderoso Nove conseguiria dar um jeito numa simples garotinha. Mas pelo que vi você apanhou que nem uma garota. Opa desculpa pelo trocadilho. – Ela termina o deboche mostrando a língua pra ele.

Nove olha furioso pra ela e mostra o dedo do meio. Mas logo depois disso começa a se contorcer de dor de novo.

– E depois quis ver até onde iria o Legado de Marina. – Seis fala olhando pra mim dando um leve sorriso. – Não imaginei que ele fosse tão poderoso, se você conseguir canalizá-lo direito irá ser de grande ajuda pra ganharmos essa guerra.

Não consigo deixar de ficar feliz com isso. Eu sempre quis um Legado que pudesse me ajudar nessa guerra. Agora sim serei útil, não serei só uma enfermeira que tenta curar os outros quando são feridos, mas quase sempre sem sucesso. Agora ficarei também na linha de frente.

– Obrigada Seis. – Falo exibindo um sorriso de confiança.

Quando eu sinto que estabilizei a temperatura da garota com o meu legado. Vou até Nove e começo a curar suas feridas.

– Na próxima vez tente me curar todo. – Nove diz bufando, mas percebi que seu rosto estava meio corado de vergonha. – Minha mão não estava 100% por isso ela quebrou fácil.

– A sim, sei, me desculpe por isso. – falo me segurando pra não rir da desculpa esfarrapada.

Seis usa o fogo do lampião no chão para criar uma fogueira e arrasta a menina para perto dela para se aquecer. Agora que posso vê-la melhor, ela tem o cabelo loiro preso num rabo de cavalo. Eu de algum modo a conheço de algum lugar, se é que isso é possível.

– Queria que ela acordasse logo. – Nove fala. – Se ela é mesmo uma Garde quero saber como veio parar aqui, e quem é esse “ele”.

– Sei que é estranho, mas eu acho que a conheço de algum lugar. – Seis se manifesta com a mesma opinião que eu.

– Sério? Também senti isso, mas achei que fosse um delírio. – Eu falo.

Nove nos encara meio espantado.

– Senhoritas, temos um mistério nas mãos. Porque me sinto da mesma maneira em relação a essa garota.

A garota começa há gemer um pouco. Parece que está prestes acordar.

–V-Vocês? Então não foi um sonho. – ela fala meio grogue.

– Menina, nos diga seu nome, por favor. – Seis fala.

– A-Até parece... E-Ele disse que era para eu tomar cuidado. Que vocês eram perigosos, um de vocês roubou minha principal lembrança... – o tom dela e de pesar e choroso. Quase acredito que algum de nós realmente roubou algo dela.

– Espera ai, que lembrança seria essa. – Nove se manifesta.

– Um colar... O colar que Verônica disse para eu proteger como se fosse minha vida. – dessa vez lágrima escorrem de seu rosto e ela se levanta. – E-Eu fui fraca... Ele roubou de mim...

Sinto meu estômago revirar. Isso não pode ser possível, não tem como. O tablet rastreador não a achou. Puxo meu colar e mostro para a garota.

– Esse colar?

Os olhos dela se arregalam.

– Exatamente quem nem esse! – a garota fala tocando a loralite azul de meu colar com todo cuidado como se fosse quebrar. – Como você tem um desses?

Percebo que Seis está chocada demais pra continuar com o interrogatório. Eu também estaria, mas tento me forçar a continuar. O mais estranho é que essa garota parece não saber nada do que estamos falando.

– Porque nós todos temos esse colar. – Nove puxa o seu de dentro da camiseta. – Todos nós possuímos, é uma lembrança de nossa terra natal.

Ela fica com os olhos vidrados para o colar de Nove. É quase como um transe, quase como se ela se lembrasse disso, mas não conseguisse saber de onde. Até que a garota enfim sussurra uma única palavra.

– L-Lorien...

– Garota! Qual é o seu nome? – Seis fala se levantando e segurando a menina pelos ombros.

– Seis vá com calma! – Nove fala. O que me surpreende, geralmente sou eu a pessoa piedosa, mas essa atitude de Nove me surpreende.

A garota olha espantada com os olhos cheios de lágrimas.

–S-Sofia... Sofia Garcia...

Seis e Nove parecem estar à beira de um ataque de nervos agora. Eu me lembro de já ter ouvido esse nome em algum lugar. Claro! Foi John que falou, achamos que essa garota fosse... O número Cinco! Estou prestes a perguntar algo, mas Seis foi mais rápida.

– Sofia. Qual é o seu número?

Sofia põe a mão na cabeça e começa a gritar de dor. Eu a abraço forte enquanto ela grita a plenos pulmões. Estou preocupada, se ainda existem mogs pelo perímetro estamos condenados desse jeito. Essa garota... Tem alguma espécie de bloqueio em sua mente que não deixa lembrar-se das coisas.

– O meu número... – ela sussurra. – O meu número... O meu número...

– Seis olha o que você fez! – Nove esbraveja e toca na garota.

– N-Nove... – ela fala olhando para ele.

Dessa vez não foi um olhar de raiva e medo que estava olhando para ele antes. Agora ela o olhou com um olhar de felicidade e ternura, como se os dois já se conhecessem há muito tempo. Agora entendo esse excesso de fofura de Nove, ele se sente do mesmo jeito com ela.

– O meu número... Cinco... – ela diz finalmente. – Eu sou a número Cinco.


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Notas finais do capítulo

Gente tentei manerar nos erros de português e de concordância, mas eu escrevo de noite e o sono as vezes domina, então fico meio grogue pra rever rs se tiver algum erro me perdoem por isso, se quiserem me informem onde está o erro que eu o corrijo rapidamente :)



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