Philip olhou pela janela para ver se havia alguém lá dentro, mas não escutava nada só aquele barulho inesperado. Rodeou a casa com dificuldade, não encontrou nenhuma entrada, além de sua dificuldade para andar com as correntes nos pés.

Tentou pegar uma pedra ou um objeto pontiagudo para arrebentar as correntes, mas não encontrou nada além de si mesmo e aquela casa no meio da floresta, que, se escurecesse, não aguentaria muito tempo.

–Oláaaa! Tem alguém aí?

Logan escutou uma voz do lado de fora, caçou algo para arrebentar suas correntes e, por incrível que pareça, encontrou uma oficina de carros ao lado da casa e, a porta estava aberta.

–Está muito estranho para mim. –falou a si mesmo. –Quem sabe, talvez há alguém lá de fora... mas... e se for uma armadilha. –falou indignado.

Tomada a decisão, Logan procurou dar uma olhada em volta, para ver se não estava em uma armadilha. Depois de trinta minutos de inspeção, finalmente saiu de encontro a aquela oficina abandonada, cheirando a mofo e carro velho, como o cheiro do carro de seus avós que possuíam um desde a juventude.

Procurou dar uma olhada em volta dela para ter certeza de não estava sozinho e pegou um grande alicate. Com muita dificuldade (suas mãos estavam amarradas a correntes) se soltou daquelas infelizes correntes, que já o machucava.

Ele não sabia que não estava sozinho, tinha uma companhia, mesmo sem saber.

Philip não havia reparado na pequena oficina de carros ao lado daquela casa apavorante, abandonada, velha e muitos outros palavrões que nem eu consigo escrever. Enfim foi dar uma olhada. Foi construída por madeiras, praticamente, por mãos, pois dava para reparar os estragos artesanais que haviam e os cupins que a comiam. Tinha um acabamento adorável, pena que estava velha demais para se apreciar.

Ele vasculhou cada detalhe, procurava uma entrada, não queria passar noite numa floresta que mal conhecia. A única coisa que deixou em sua cabeça, um grande enigma, por que deixariam um menino, sequestrado e sozinho na floresta, sabendo que entregaria eles a polícia a qualquer custo.

Ao encontrar uma entrada para a oficina, viu um sinal de pegadas com sangue, que ainda estava fresca saindo diretamente de dentro da oficina. Philip, com medo olhou lá dentro e decidiu passar uma noite na floresta. Muito curioso, seguiu as pegadas que davam direto a um rapaz alto e forte, cheio de sangue em seu corpo, com cortes profundos ajoelhado no chão. Ao ver a aparência dele e seu estado gritou e correu apavoradamente ao centro da floresta.

–Ei! Menino. –falou engasgando com o sangue. –sua mãe te procura! – Ao ouvir as últimas palavras, parou em estado de choque. Viu o homem cair no chão e morrer ali mesmo, começou a chorar e reparou que não era hora de lamentar, tinha um caminho a seguir.