Reflexo escrita por SavannahW


Capítulo 14
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oi oi! Eu voltei :)
Escrevi esse capitulo curtinho pra atualizar rapido, caso eu não o fizesse algumas poderiam ate me matar haha
Espero que gostem, não sei se ficou mt bem escrito pq não fazia ideia de como alguem pode se sentir nessa hora, mas dei o meu máximo. Caso tenham sugestoes POR FAVOR escrevam nos comentários, adoro quando vcs me ajudam a melhorar.
s2



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Damon Salvatore

Era o começo do fim de semana e eu havia acordado mais cedo que o normal. Geralmente eu tinha sextas feiras agitadas e acabava dormindo tarde, mas como Elena não pode me dar o prazer de sua companhia acabei decidindo ficar em casa descansando, o que me rendeu uma bela manhã de sábado.

Engraçado como as coisas acontecem... Até pouco tempo atrás eu teria aproveitado minha sexta feira como se não houvesse amanhã e, provavelmente, levado alguma mulher para cama. Mas esse estilo de vida não me agrada mais. Desde que reencontrei Elena tudo o que desejo para um final de semana perfeito é permanecer em casa com ela, talvez sair para um jantar ou um cinema... Mas com ela ao meu lado.

Acordei cedo para correr, hábito que trouxe comigo da Califórnia. Durante minhas três horas de corrida esvaziei minha mente, esqueci do trabalho duro que tive essa semana, esqueci dos problemas com meu irmão e esqueci de qualquer maluquice da Carol, me concentrei apenas em coisas boas, o que se resumiu bastante a pensar em Elena e como ela me fazia bem.

Nesse pouco tempo de relacionamento eu já tenho a certeza que estou apaixonado e que ela é a mulher perfeita para mim. Suas curvas, seu aroma, sua voz... Cada pequeno detalhe me encanta, não mudaria um pelo se quer do seu corpo.

Admito que meu sentimento por ela é um pouco precipitado e jamais admitiria tão cedo para ela como me sinto. Caso não seja reciproco eu não teria mais chão! Por isso vou esperar que ela admita primeiro seus sentimentos, só então serei sincero.

Os únicos que sabem da verdade são Caroline, Klaus e minha mãe. Eu e minha mãe temos uma relação muito próxima, não pude me conter e contei para ela na primeira oportunidade, quando ela veio nos visitar e conheceu minha amada.

Ao fim da minha maratona de cerca de três horas passei em um café e fiz meu pedido para viagem: café duplo com espuma e um bagel com cream cheese. Fui comendo no caminho para casa.

Ao virar o quarteirão em direção para casa tive uma surpresa agradável, vi Elena parada em frente ao meu prédio com uma garotinha segurando sua mão.

– Lena?!

Ao ouvir meu chamado Elena retirou a venda que tapava sua visão e olhou em minha direção.

– Bom dia, Damon. – disse surpresa em me ver.

– O que faz aqui? Vendada, ainda por cima! – perguntei me aproximando para selar nossos lábios, porém ela foi mais rápida e virou o rosto, fazendo com que o beijo fosse depositado em sua bochecha.

– Eu vou... Eu vou me mudar para cá. – gaguejou.

– E porque não me avisou? Que noticia boa! – exclamei animado.

– Por que ela não sabia, tio. E você estragou toda a surpresa. – a garotinha disse emburrada.

– E quem é essa gatinha? – perguntei me agachando para ficar da altura da criança.

– Meu nome é Mariah, tio. – respondeu sorrindo pela primeira vez.

– E o meu é Damon, mas pode me chamar de tio mesmo. – sorri.

Mariah ia dizer algo, mas sua atenção foi desviada para algo atrás de mim.

– Papai, papai! Desculpa, mas a mamãe espiou porque o tio veio falar com ela! – a menina explicou e eu me levantei rapidamente sem absorver totalmente a frase.

– Tudo bem meu amor, quem é esse tio? – um homem loiro veio em minha direção.

– Tio Damon, pai.

– Prazer, Damon. Sou Matt Donovan, marido da Elena. – sorriu simpático – De onde se conhecem?

– Ele trabalha comigo. – Elena que até então estava estática se pronunciou.

– É... Isso. – foi o que consegui sussurrar. A situação não podia ser real, eu devia estar num pesadelo.

– Infelizmente você estragou nossa surpresa, mas não tem problema, não é filha? – Mariah assentiu – Estamos no 603, passa lá qualquer hora para um café, tudo bem? – foi a minha fez de assentir - Foi um prazer, até mais.

– Até.

Elena não olhou nos meus olhos uma vez se quer, saiu junto com a família de cabeça baixa.

Eu não conseguia acreditar. Elena Gilbert, a minha Elena Gilbert era casada! E pior: mãe de família! Eu podia esperar ser abandonado, ser traído ou coisa assim, mas nunca que eu fosse o outro.

Ainda meio atordoado subi até o meu apartamento. Imaginar que Elena e sua família feliz se encontravam apenas um andar abaixo fazia minha cabeça girar. Deitei no sofá mesmo estando suado, o que ia contra as regras de Caroline, mas eu não me importava, eu só precisava digerir toda aquela informação.

Meu celular apitou com uma mensagem nova de Elena “Se você quiser ouvir alguma explicação posso passar ai mais tarde. Me desculpe, eu não queria que você soubesse dessa maneira”. Falsa! Mil vezes falsa!

Um sentimento ruim me dominara. Não sei explicar se é raiva, tristeza ou outra coisa... Ou até mesmo tudo junto. Só sei que eu poderia espancar aquele sujeito. Sei que não tenho esse direito, apareci apenas recentemente na vida de Elena, mas só de imaginar ele encostando um dedo na minha garota me faz perder a cabeça.

Por outro lado eu sou o errado. Eu que tomei em meus braços algo que não me pertencia. Mesmo não sabendo da existência desse casamento não posso deixar de me culpar, afinal sou eu o amante. Eu que tenho que sumir da vida da Elena. Não posso nem sonhar que ela trocaria aquele tal de Matt por mim, isso nunca aconteceria, eles tem uma filha juntos! Uma criança gerada do amor deles.

Quantos anos Mariah deve ter? Cinco? Seis? Talvez sete. Não sei, nunca fui um especialista em crianças, nunca convivi muito com elas, mas posso afirmar que ela é excepcional. Não sei como não percebi na hora que botei meus olhos nela que ela havia sido gerada por Elena. Sua semelhança é perceptível. Mariah tem o mesmo cabelo cor de chocolate liso e cumprido, o mesmo sorriso e definitivamente o mesmo modo de falar. Seus olhos porém é o que a difere de ser uma cópia completa da mãe, seu olhos são azuis, como o mar, única coisa que herdou do pai.

Pensar que poderia ser eu o destruidor do lar dessa criança me fez tomar uma decisão difícil: eu sairia da vida de Elena Gilbert, por mais doloroso que isso pudesse ser. Mariah merece crescer num ambiente com pai e mãe. E não numa família onde seu padrasto teria sido o causador da separação de seus pais, ela me odiaria para sempre.

Respondi a mensagem de Elena “Não precisa, Lena. Está tudo bem! Nos falamos segunda na empresa, bom fim de semana.”

Não estava tudo bem, mas precisaria estar. Crescer num lar adotivo foi difícil, sempre imaginei como seria caso meu pai tivesse tido interesse por mim, será que minha mãe sobreviveria? Não posso deixar de culpá-lo por não crescer em meio a minha família biológica. Se o odeio sem nem conhece-lo, imagina caso eu fosse obrigado a dividir o teto com ele.

É na felicidade dessa criança que estou pensando, não na minha.

Minha decisão foi tomada, espero que eu não me arrependa no futuro.


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Notas finais do capítulo

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