Stray Heart escrita por Karina Barbosa


Capítulo 26
Inseguranças


Notas iniciais do capítulo

E aí meus leitores queridos?
Espero que vocês gostem desse capítulo! É bem especial!
Desculpa qualquer erro, escrevi na pressa.
Boa leitura!



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P.O.V. Percy

– Sério? – perguntou Grover rindo.

– Sério. – respondi – Aquele viado socou o meu olho e deu uma joelhada na minha barriga. – meu amigo começou a gargalhar. O meu olho ficou roxo por dias, mas clareou – Só que legal mesmo foi o que aconteceu depois. A porquinha brigou com o Luke mané, porque ele me chamou de bruto, e me defendeu dizendo: pelo menos ele não me trai.

Caímos na gargalhada. Se, no momento, meu olho não estivesse doendo e a Annabeth não estivesse lá, eu teria tido um verdadeiro ataque de risos. Foi bem irônico já que de verdade o Luke nunca a traiu, eu sim!

– E aí? Planos para hoje?

– É a festa de aniversário da minha irmã. – disse eu – Vou levar Annabeth comigo. A propósito, preciso de uma ajudinha.

– O que foi?

– Essa festa é à fantasia sobre filmes antigos. Deixei a Annabeth escolher as roupas e ele disse que queria que fôssemos como os protagonistas do filme Grease. Só que eu nunca assisti a esse filme e não faço ideia do que vestir.

– Você vai como Danny e ela como Sandy. Basta usar uma calça reta preta e uma camisa da mesma cor colada. Use sapato social também. Se quiser, pegue uma jaqueta de couro preta.

– Obrigado. E você sabe me dizer como a Annabeth vai se vestir?

– Ela, provavelmente, vai usar roupas em tons pastéis. Talvez use uma saia que cubra as canelas, não use decote ou transparências... Não sei. Faz tempo que eu não assisto a esse filme. – deu de ombros – A propósito, Percy você ainda fica se encontrando com Victoria Rice?

– Para falar a verdade, não. – ele me fitou surpreso – O que eu posso fazer? Desde que comecei a namorar a Annabeth, passo todos os dias com ela. Nosso relacionamento tem quase dois meses e está muito chato! Fora que ela ainda não quer transar comigo.

– Talvez, vocês estejam caindo na rotina. Por que você não pede um tempo para ela? – ergui uma sobrancelha para ele – Isso pode ser bom. Você terá mais tempo para você e ela terá a mesma coisa.

– Ela terá mais tempo para mim? – perguntei confuso.

– Ela terá mais tempo para ela, retardado! – rosnou. Suspirou estressado. Passou um curto período de tempo olhando para o vento e parecia aflito – Percy, eu vou ser pai.

Quase pulei do sofá.

– QUE? – gritei – Como assim? Como aconteceu? – ele me lançou o seu olhar de “Você está mesmo fazendo essa pergunta?” – Não estou querendo saber dos detalhes, ok? Mas, pensei que você não queria ter filhos.

Grover vivia dizendo que preferia arrancar todos os pelos do corpo a ter filhos. Ele acha que criança só serve para dar trabalho e infernizar a vida dos pais. Em partes eu até concordo.

Se eu penso em ser pai? Bom... Às vezes, eu penso. Imagino um garotão parecido comigo, que adora surfar, como eu, e que gosta de passar um tempo comigo. Só que aí eu me lembro: Para eu ter um filho, eu, obviamente, preciso de uma mãe para ele. Vou ter que construir uma família com os dois e eu não quero isso para mim. Eu quero aproveitar a vida e quero curtir ao máximo. Sem contar que eu odeio choro de criança, não troco frauda e não dou bons conselhos, principalmente os do tipo paterno.

Porém, vou ter que mudar meus planos se quiser sair da barriga da miséria.

– Eu conheci uma garota lá naquele restaurante em que as garçonetes são dançarinas, Delicious Meal. – começou – O nome dela é Denise. Ela é muito bonita. Nós saímos uma vez e eu acho que a camisinha devia estar furada. – sorriu de lado – Ela descobriu aonde eu trabalhava, foi até ela e fez um escândalo para que eu assumisse a criança. Por causa do barraco, eu fui demitido e estou trabalhando no shopping. EU ODEIO AQUELE LUGAR! – berrou e eu o estranhei – ODEIO AQUELAS CRIANÇAS NOJENTAS QUE VIVEM CUTUCANDO O NARIZ E ME TIRANDO DO SÉRIO! – escorou a cabeça no meu ombro. Dei tapinhas leves nas suas costas – E EU ODEIO QUE TODAS AS MULHERES NUNCA DÃO EM CIMA DE MIM. SEMPRE VÃO ATRÁS DO MEU COLEGA, RONALD. ODEIO TER QUE USAR AQUELE UNIFORME RIDÍCULO! ODEIO TUDO NA MINHA VIDA!

Fiquei me perguntando se tudo aquilo era drama ou se ele estava realmente sofrendo. Sem saber o que fazer, eu só falei:

– Calma, vai ficar tudo bem.

– Calma o caralho, Percy! Você está sem emprego, mas está vivendo bem. Mora sozinho, tem uma namorada muito gata e vive comendo de graça na casa dela! – falou a verdade – ESSA É A VIDA PERFEITA!

Pensando bem, ele tinha um pouco de razão.

[...]

Fiz como o Grover falou: vesti uma calça reta, camisa justa e sapato social. Tudo na cor preta. Passei gel no cabelo para deixa-lo um pouco para cima. Até que eu não estava tão mal.

Fui direto para o carro. No caminho, comecei a pensar no “tempo” que eu pediria à minha namorada. Eu não queria terminar o namoro de jeito nenhum, apesar de não gostar dela. Só que eu precisa de mais tempo e espaço para mim, sendo que eu não faço nada.

Cheguei na casa dos Chase e rezei para não ser o Quíron a atender a porta. Pelo contrário, quem atendeu foi a Annabeth. Espera! Aquela era mesmo a minha namorada?

A loira usava calça de couro e uma camisa que deixava os ombros a mostra. Ela ficou exatamente da minha altura, graças ao salto alto que usava. Seu cabelo cacheado estava volumoso e jogado para o lado. Seus olhos estavam marcados com maquiagem escura e a boca vermelha se destacava. Se ela estava sedutora? Sim, ela estava!

– Percy.

– O que? – perguntei.

– Algum problema?

– Não, por quê?

– Você olhou para mim e ficou tão estranho. – franziu o cenho.

– Nada... É que... Você está linda. – fui sincero. Não falei como namorado. Falei como uma pessoa qualquer.

Ela pegou uma bolsinha e fomos para o carro.

[...]

Deixei um presente para a minha irmã em cima de uma mesa cheia de outros presentes. A casa do meu pai estava um verdadeiro formigueiro. Por todo lado, tinha gente. Todos estávamos iluminados com feixes de luz nas cores: vermelho, azul, verde e amarelo. Uma música animada agitava o local. Hanna apareceu. Ela usava um longo vestido negro, luvas compridas da mesma cor, joias chamativas e o cabelo castanho estava para cima num coque elegante.

– Percy! – ela me abraçou fortemente. Cumprimentou Annabeth também e nos fitou de cima a baixo – Grease, nos tempos da brilhantina?

– Sim. – afirmou Annabeth – E você é a bonequinha de luxo?

– Exatamente. Que fofo, Percy. – disse Hanna.

– Que foi?

– Você e o papai estão combinando. – explicou – Ele também está de John Travolta.

Dei de ombros.

Hanna foi falar com outros convidados. Abracei a cintura da Annabeth e encostei nossos narizes. Já estava para beijá-la, quando...

– PEEEEEEEEERCYYYYYYYYYYYYYYYY! – gritou uma voz masculina, porém afeminada. E o pior: eu conhecia aquela voz.

Olhei lentamente para aquela criatura. Um “homem” magro, mas nem tanto, vestia, estranhamente, uma roupa colada de couro com detalhes rasgados. No seu rosto estava uma mascara negra com orelhas de gato. O rapaz tinha cabelo escuro e curto. A pele era parda. Eu o conhecia como irmão da Anfitrite. Aquele era o rei das loucas, o exemplo da viadagem e o campeão de encher o meu saco: Ethan Nakamura. http://images4.fanpop.com/image/photos/16100000/just-boo-boo-boo-stewart-16163582-399-600.jpg

Veio até nós dando pulinhos de felicidades. Chegou até mim e pulou no meu pescoço.

– Percyto! – falou alto – Há quanto tempo...

– Oi, Ethan. – interrompi o – Que bom te ver. Está vendo essa garota aqui? – puxei Annabeth e a pus entre nós.

– Quem é essa? – ele pôs as mãos na cintura e deu uma reboladinha. Olhou minha namorada dos pés a cabeça e fez um muxoxo com a boca.

– Essa é minha namorada, Annabeth Chase. – apresentei. – Amor – sim, eu fiz questão de chama-la assim para afastá-lo – esse é o irmão da Anfitrite, Ethan Nakamura.

– Oi. – falou a loira.

– NAMORADA? – interrogou Ethan – Que história é essa?

Virei Annabeth para mim e a beijei na frente dele. Foi um beijo normal, quase um selinho. Antes de vir para a festa, estava torcendo o viadinho do Ethan não vir. A praga vive me atormentando e querendo me alisar. Teve uma vez que ele sentou no meu colo por que disse que não tinha espaço para ele no sofá, sendo que tinha.

– Até mais. – eu e minha namorada saímos dali o mais rápido que pudemos.

Fomos para perto da piscina. Lá tinha uma mesinha circular em baixo de um guarda-sol e duas cadeiras. Sentamos um do lado do outro. Ela escorou a cabeça no meu ombro. A lua cheia se destacava no céu escuro com poucas nuvens e estrelas. Uma brisa leve e fria veio até nós, fazendo a porquinha se enroscar no meu braço.

– Annie. – chamei a.

– O que? – pronunciou.

Eu decidi que conversaria com ela. Diria que nosso relacionamento estava caindo na rotina e isso era chato. Mas, quando eu a vi, linda do jeito que estava... Eu pensei que talvez hoje não fosse a melhor noite. Nós dois só iríamos dançar, namorar e aproveitar o resto da festa.

– O que? – repetiu. Ela olhou no fundo dos meus olhos, tentando descobrir o que eu diria.

– Nada.

Ergueu uma sobrancelha e se sentou ereta.

– Eu sinto que você tem algo a me dizer. – falou – Fala. – encorajou-me. Colocou uma mão na minha bochecha e a acariciou com um polegar. Inclinou a cabeça para um lado.

– Não é nada. – respondi – É sério.

– Olá! – cumprimentou alguém atrás de nós.

Viramo-nos e quase tomamos um susto. Uma branquela usava um longo vestido rosa bebê todo ensanguentado. Se bem que ela estava toda ensanguentada. O cabelo preto parecia recém-molhado.

– Oi Thalia. – falou Annabeth – WOW! Legal a fantasia de Carrie, a Estranha.

Combina com ela.

– Obrigada. Oi Percy. – disse ela e eu só acenei com a cabeça – Foi mal interromper o momento romântico de vocês, mas... Eu queria fazer um convite. – Annabeth fez cara de atenta e eu fingi fazer o mesmo – A minha banda vai tocar no Lovers Rock, semana que vem. Eu gostaria muito que vocês dois estivessem lá.

– E estaremos. – afirmou Annie.

Só fiz assentir.

P.O.V. Ethan

Eu, linda e maravilhosa, me arrumo para ficar ainda mais linda e maravilhosa para o Percyto e ele me apresenta a namorada nojenta dele? ABSURDO! Aposto que ela usou aqueles peitos para seduzi-lo e o Percy, tão inocente, caiu na lábia da oferecida. Pobre gostosão! Tenho que arrancá-lo das garras da loira nojenta.

Vi a casalzinho entrando. Respirei fundo. Desfilei (só para constar: eu não ando, eu desfilo e humilho as invejosas) até o DJ. Cheguei até o mesmo e... NOSSA! Que bofe! Negro, alto e musculoso.

Do jeito que a mamãe aqui gosta.

– Posso ajuda-lo? – perguntou.

– Sim, amorzinho. – falei. Fui para o seu lado e pus as mãos nos seus ombros largos – Você não poderia colocar algo mais animado?

– Tipo?

Fiquei ao lado dele. Vi uma lista de músicas no notebook dele. Eu não gostava da maioria, mas achei uma música perfeita. Eu simplesmente amava aquela música.

– Toque está aqui. – falei.

Fui para o meu da pista de dança. Queria saber aonde a Hanna encontra tantos amigos gatos. Tyson passou por mim. Ele ficava tão fofo vestido de Charles Chaplin, ainda mais com aquele bigodinho. Ah, se ele não fosse cego, para poder ver a pessoa maravilhosa que eu sou.

Finalmente a música começou.

http://www.youtube.com/watch?v=E7auzP9RhCY

Um holofote me destacou entre os demais. Segurei meu chicote, que também era um rabo de gato. Estalei o contra o chão. Recebi a atenção de muitas pessoas. Minha irmã, Anfitrite, estava com o seu maridão, Poseidon. Ela usava botas de cano longo, saia jeans e uma regata curta rosa. Seu cabelo estava todo cacheado e bem armado. Concluí que ela era a prostituta Vivian Ward do filme Uma Linda Mulher. Falei para ela não se vestir de quengua, mas ela nunca me escuta. Poseidon estava até engraçado com o terno todo branco e o cabelo brilhoso de tanto gel. Acho que era do filme Os Embalos de Sábado à Noite.

Larguei o chicote em um lugar qualquer. Meus lábios começaram a acompanhar a melodia da música. Eu rebolava, puxava pessoas para dançar comigo (inclusive a Hanna), mostrava que realmente era bom dançarino e, simplesmente, arrasava.

Avistei Thalia. Fui até ela e puxei seu braço.

– Não vou dançar! – bradou.

– Ah, esqueci! Você é tão chata!

– Sai daqui, colorido!

Ignorei as besteiras que cafona falou. Eu estava numa festa cheia de bofes lindos (incluindo o Percyto), estava fabulosamente linda e nada estragaria a minha noite.

Nem a Punk Rabugenta e nem a Loira Sirigaita.

P.O.V. Annabeth

A festa já tinha acabado. Conversava com o pai da Thalia, Zeus. Ele era bem legal e não era do jeito que a minha amiga o descrevia: um homem egocêntrico, egoísta e falso. Mas, ele sempre foi tão gentil comigo.

– E já terminou a faculdade? – perguntou.

– Sim. – respondi – Agora, é arranjar um emprego.

Ele usava um terno cinza clássico e fúnebre. Seu cabelo preto era partido bem no meio e ele tinha desenhado um bigodinho. Realmente Gomez Addams, da Família Addams. Sua esposa Hera veio até nós, vestida de Mortícia Addams. Ela já não era tão simpática.

Despedi-me deles e fui até Percy. Ele conversava com o pai e o irmão dele. Depois que se despediu dos mesmos, fomos para o estacionamento. Por incrível que pareça, Ethan estava escorado no carro, como se estivesse a nossa espera.

– Ah... Vocês não vão embora sem se despedirem de mim, né? – falou fazendo biquinho.

Percy sorriu, falsamente, e apertou a mão dele.

– Tchau Ethan.

– Tchauzinho Percyto. – disse Ethan – Até mais. – olhou para mim – Annabeth, querida, foi um prazer imenso lhe conhecer. – me abraçou e encostou a boca no meu ouvido – Sua bruxa de araque, vou descobrir o feitiço que você lançou no Percyto para conquista-lo e desfazê-lo. Ele será meu! Meu! – se afastou de mim – Tchau linda.

E saiu.

– Deixe-me adivinhar. – falou Percy – Ele falou para você se afastar de mim e te chamou de feia.

– Não. Ele me chamou de bruxa e afirmou que você será dele. É, ele não gostou de mim.

– Não se incomode com isso. Se estiver perto de mim e tiver seios, o Ethan já não gosta.

Rimos daquilo. Fomos para dentro do carro. Ele ligou o mesmo e eu dei play numa música. Já eram mais de onze horas. Eu estava até um pouco sonolenta.

http://www.youtube.com/watch?v=nsSR4VrmsRY

– Percy... Ainda não estou convencida de que você não tem nada a dizer. – falei – Por que não quer se abrir comigo?

– Annie, não é nada, já falei.

– Não parece ser nada. Falta muita ainda para chegar na minha casa e que tal conversarmos?

Ele respirou fundo e franziu os lábios.

– Por que eu nunca te vi dirigindo? – aquilo era uma pergunta ou uma afirmação? – Sabe, você já é adulta e é quase independente. Por que não dirige?

– Meu pai. – pronunciei.

Desviei o olhar. Mirei meus olhos para a estrada não muito movimentada.

Uma porção de lembranças invadiu a minha mente. Lembrei-me de quando eu era pequena e perguntei para Atena “Mãe, cadê o meu papai?”. Ela só veio me responder verdadeiramente quando eu tinha seis anos e foi depois de muita insistência. Não é fácil para uma criança crescer sem um pai. Por mais que a minha mãe seja maravilhosa e insubstituível, eu queria poder ter conhecido o Frederick. Queria que ele tivesse me pegado no colo. Queria que ele tivesse ido às minhas apresentações escolares de Dia dos Pais. Eu queria poder ter ele perto de mim nos momentos difíceis e felizes.

Lembro-me também de quando completei dezesseis anos. Recusei-me a tirar a carteira de motorista. Tinha um certo trauma de volante. Muitas garotas bestas da minha classe zoavam comigo por eu ser a única que precisa de carona. Luke e Thalia viviam me defendendo, mas eu ainda me sentia para baixo, pois, toda vez que falavam em dirigir, eu lembrava do meu pai que nem conheci.

– Annabeth, você está chorando? – Percy parou o carro e tirou o cinto de segurança.

Foi aí que eu me olhei de relance no espelho. Minhas lágrimas borraram toda minha maquiagem. Meus olhos já estavam até vermelhos. Percy pegou meu rosto com as duas mãos. Olhou fixamente nos meus olhos.

– Calma – disse ele e me abraçou.

Fomos até uma farmácia. Fiquei dentro do carro o tempo todo. Percy comprou lenços umedecidos para mim. Aproveitei para corrigir o estrago no meu rosto.

Ele dirigiu até a minha casa. Percebi, pelas janelas, que todas as luzes estavam apagadas. Meu namorado abraçou a minha cintura e me escorou no carro. Deixou o rosto bem próximo ao meu.

– Desculpa, se eu falei algo que não devia...

– Não, tudo bem. – interrompi – Você não tem que se desculpar de nada.

– Ok, mas... Annie, você não pode viver com isso. Não pode deixar de dirigir por causa do medo de sofrer acidente ou por causa do seu pai. Tem que superar isso.

– Mas... E se...

– Não tem Mas e nem E se. Você vai conseguir superar isso e eu estarei do seu lado para te ajudar. – sorriu de lado e botou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

Pensei por um momento e mordi o lábio inferior.

– Está bem. Vou tirar carteira de motorista. Com uma condição. – ajeitei minha postura, que estava um pouco curvada – Você me disse que, quando mais jovem, queria cursar Biologia Marinha, só que ninguém nunca lhe deu apoio. – ele bufou – Eu lhe dou apoio. – segurei seu rosto – Eu te ajudo...

– Melhor esquecer isso. Eu já não sou mais tão jovem...

– Você tem vinte e dois anos, é jovem sim!

– Nem lembro a última vez que peguei num livro para estudar. Não vai dar certo.

– Estamos no começo do ano e as provas para faculdade são em novembro. Temos tempo. – nossos rostos estavam tão próximos que nossas respirações foram se misturando – Se estudar para o prova da faculdade, eu aprendo a dirigir.

– É um trato?

– Sim. – disse eu – Fechado. – senti que ele negaria, mas ele concordou.

Beijei o. Passei meus dedos pelos seus cabelos. Ele me abraçou mais forte. Foi um beijo romântico, doce e carinhoso, até ele pedir passagem com a língua. Cedi. Confesso que abri minhas pálpebras e revirei os olhos. Passamos um bom tempo aproveitando aquele beijo alucinante, viciante e sufocante.

Ele depositou vários selinhos nos meus lábios que deviam estar tão inchados quanto os dele.

– Está tarde. Eu vou entrar. – falei dando lhe um último beijo.

– Boa noite, sabidinha.

– Boa noite, cabeça de alga.


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Notas finais do capítulo

OWWWNNNNNNN QUE NINDO!!!
Sei que o Percy é um Mané, mas esse final foi tão Owwnnnn =3
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK O que acharam do Ethan? kkkkkkk
Tipo: o Percy tem o Quíron no pé dele e a Annie tem o Ethan!
Estou ansiosa pelo show da banda da Thalia!
Comentem please!!! Posto de novo assim que puder!



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