Stray Heart escrita por Karina Barbosa


Capítulo 13
O Primeiro Encontro


Notas iniciais do capítulo

E aí?
Alguns avisos importantes:
1- Vocês gostaram do último capítulo? O "Por que Luke?". Esse capítulo já teve 55 visualizações e apenas 1 comentário! Vocês gostaram mesmo do capítulo???? Vocês precisam me dizer se o cap. foi bom ou não (ao meu ver foi bom). Podem mandar suas opiniões.
2- Eu gostaria muito de saber se vocês queriam ter capítulos que não fossem Percabeth. Eu tava pensando em colocar (futuramente) um capítulo com Thaluke. Talvez eu colocasse capítulos com outros casais também, tipo quando o Grover e a Júniper começarem a namorar! Então vocês querem? O foco continuaria sendo Percabeth, mas eu acho que ficaria legal caps. com outros casais.
3- O que vai um cap. maiorzinho (a pedido do netinhooliver que me pediu cap. maiores). Espero que esse cap tenha fica bom mesmo (eu gostei) e espero que vocês gostem!
Boa leitura!



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P.O.V. Percy

– Eu ligo ou não ligo? – perguntei a mim mesmo e a Grover que estava de frente para mim do outro lado da mesa.

– Liga idiota! – falou ele bebendo mais um gole de cerveja.

Nós dois estávamos na minha mini cozinha. E se eu digo “mini” é porque é “mini” mesmo! Tem uma geladeira, uma pia, uma mesa redonda para quatro pessoas e um forno micro-ondas. E o fogão? Eu tinha um, porém tive que vendê-lo para pagar o aluguel atrasado de três meses. O resto do dinheiro eu usei para comprar mais cerveja.

Respirei fundo e comecei a discar o número da Annabeth. Deixei o telefone bem próximo ao ouvido e fiquei escutando os “bis”. Eu já estava para desistir!

Ela não vai atender!

Já ia apertar o botão de encerrar a ligação quando eu escutei um “Alô?”. Respondi imediatamente.

– Alô. Annabeth? – por sorte eu não gaguejei, nem gritei, nem fiz nada que me deixasse transparecer nervoso.

– É ela! – respondeu do outro lado da linha – Quem fala?

– Sou eu! – disse.

– Eu quem? – rebateu ela.

Percy não fala merda pelo menos uma vez na vida!

– Percy! E então, com vai? – Grover me encarava com uma cara de “você está ridículo”.

– Vou... Indo! – ela suspirou – Pensei que eu fosse ficar pior quanto àquele lance com o Luke, mas eu estou bem!

– Quem bom que está melhor! E eu estava pensando... Se você gostaria de ir ao cinema hoje á noite. Eu comprei dois ingressos para um filme de comédia. Um amigo meu ia comigo, mas ele está com catapora e infelizmente não vai poder ir. Então... Você gostaria de ir comigo?

Eu esperava levar um fora ou ela inventar alguma coisa para dizer “não”. Mas...

– Tudo bem! – disse ela – Que horas você vem me buscar?

Espera... Ela não tem carro? Como eu vou buscar essa garota?

– Te pego às seis. – respondi – Até lá!

– Tchau.

Ela encerrou a ligação.

– Parece que você conseguiu um encontro com a porquinha! – brincou Grover. Porquinha foi o apelido que eu inventei para Annabeth. Por quê? Porque ela é um daqueles cofres de porquinha cheia da grana!

– Achei que ela fosse dizer não! – admiti tomando mais um gole daquela cerveja geladinha.

– Eu também! – disse ele – Que garota é louca o suficiente para aceitar sair com você?

[...]

Desci do táxi. Caminhei até a porta da frente da casa dos Chase. Apertei a campainha. Fiquei acho que uns quinze segundos esperando alguém atender a porta de madeira branca. A mesma foi aberta por um senhor cadeirante de barba por fazer. Ela aparentava ter seus cinquenta e poucos anos. Franziu a testa olhando para mim.

– Posso ajuda-lo? – perguntou ele.

– Ah, sim. – disse eu – Eu vou levar Annabeth para o cinema e...

– Ah, sim! Entre! – disse ele me interrompendo. Fiz sinal para que o taxista esperasse.

Entrei naquela casa. O piso era de cerâmica cor pérola. As paredes eram um tom de marfim claro. Eu estava na sala de estar que tinha uma televisão de tela plana, fixa na parede, de frente para um sofá bege. Ao norte, estava uma escada de madeira marrom.

Apareceu uma mulher que, por incrível que pareça, também era cadeirante!

Isso é uma casa ou um lar para paraplégicos?

A mulher possuía longos cachos loiros e pele bronzeada. Quase idêntica a Annabeth. Ela moveu as rodas da cadeira e veio até mim.

– Você deve ser o Percy! – exclamou ela. Fiz sim com a cabeça.

Não fala besteira! Essa deve ser a sua futura sogra!

– Sim. É um prazer conhece-la Sra. Chase! – falei da maneira mais simpática possível. Ela apenas sorriu.

– Nico. – chamou a Sra. Chase. Apareceu aquele motoristazinho emo. Ele só usa preto? E que garoto pálido! Parece pó de cocaína (não que eu já tenha usado). Ele me encarou de cima a baixo – Chame Annabeth. Diga a ela que Percy já está aqui.

Nico apenas assentiu e subiu as escadas.

Será que ele e a Annabeth tem alguma intimidade para ele poder subir as escadas e ir chamar ela? Afinal, ele é só um motorista!

Uns segundos depois e o Nico desceu as escadas.

– Ela já está vindo! – informou. Depois de um tempo, Annabeth apareceu usando uma calça jeans preta, botas também pretas, uma blusa longa soltinha branca e uma jaqueta de couro marrom escura com as mangas dobradas até os cotovelos.

Ela sorriu para mim quando me percebeu.

– Vamos? – perguntei. Ela assentiu. Depois de se despedir da mãe, do tio e do emo, nós dois saímos.

Entramos no táxi, ambos na parte de trás.

[...]

Sentamos nas poltronas vermelhas acolchoadas.

O filme foi escolhido pelo Grover. Tinha poucas opções de filme. Eu queria terror, mas não sabia se ela gostava. Então eu pensei em romance, pois assim poderia rolar um clima logo entre nós dois, mas Grover disse que o filme poderia fazer com que ela se lembrasse do Luke. Foi o jeito ir para comédia!

Annabeth cruzou as pernas deixando a direita sobre a esquerda.

Começamos a ver o filme. E algo terrível aconteceu: o casal principal era gay! E não estou dizendo que sou contra gays, afinal, quanto mais deles, mais mulheres sobram para mim!

E qual o problema do filme? Eu disse a ela que vim assistir o filme com um amigo.

Ela vai pensar que eu sou uma bichona!

Eu pouco prestei atenção no filme. Estava tenso pelo que a Annabeth iria pensar de mim. Quanto a ela? A loira tinha um ataque de risos constantemente junto com os outros.

Depois de o filme ter terminado, nós dois permanecemos sentados enquanto todas as outras pessoas saíam. Olhei para ela e ela meio que me olhou ao mesmo tempo.

– Gostou do filme? – perguntei tentando não parecer tenso.

– Sim. – respondeu gargalhando – Eu adorei aquela parte em que eles dois brigam porque um não quer assumir o relacionamento. Aí o parceiro dele faz ciúmes agarrando um Drag Queen.

Ela continuou a gargalhar.

– Ah... Annabeth. – chamei sua atenção – Você... Por um acaso não pensou que eu sou gay não, né?

Ela fez expressão de que não entendeu.

– Por que eu pensaria isso? – questionou.

– Porque eu iria vir com um amigo assistir um filme sobre um casal gay. – falei o óbvio.

– Isso nem passou pela minha cabeça. – garantiu e parecia ser verdade.

Saímos dali. Caminhamos até a praça de alimentação. Compramos hambúrgueres e refrigerantes. Sentamos numa mesa quadrada próxima.

– Então Annabeth, fale-me sobre você. – incentivei.

– Eu curso Arquitetura, moro com a minha mãe e o meu tio e é só isso. – falou ela sorrindo de canto.

– Por um breve momento eu pensei que aquele senhor paraplégico fosse o seu pai. – admiti. Ela de repente ficou acanhada e um pouco cabisbaixa – Que foi?

– Não. É que... – ela não terminou o que iria dizer. Concluí que era melhor não tocar nesse assunto.

– Então, por que Arquitetura? – perguntei desviando o assunto.

– Eu amo matemática e sempre me interessei por projetos como construções de edifícios, casas, escolas, hospitais e outras coisas. – respondeu.

Isso é bom! Ela vai me sustentar quando nós dois casarmos.

– E você Percy? Estuda? – questionou curiosa.

– Ah... Não. – respondi meio sem jeito.

– Mas trabalha? – ela ergueu uma sobrancelha.

– Ah, sim! – disse tentando transparecer firmeza – Eu sou salva-vidas do parque aquático do meu pai. – acho que nunca contei uma mentira tão mentirosa quanto essa.

– Qual é o parque aquático do seu pai?

– O Aquatic Fun.

– Ah, aquele parque. – ela pronunciou de uma forma não animada. Acho que aquilo fez com que ela se lembrasse do Castellan bobão.

– Annabeth – comecei pondo minha mãe sobre a sua. Isso fez com que ela me olhasse atenta – Seu namorado foi um completo idiota por ter feito aquilo com você. Eu nunca faria isso com uma garota que eu fosse realmente apaixonado.

Talvez eu tenha ido um pouco longe de mais. Grover disse para mim que eu não tocasse muito no assunto namoro. Iria deixar transparecer que eu já estou me insinuando para cima dela. Ele me aconselhou a primeiro ser amigo dela, para que pudéssemos ter uma boa relação antes de namorarmos.

A loirinha de olhos cinzentos sorriu para mim. Terminamos de comer e ficamos a perambular pelo shopping. Conversávamos o tempo todo. O bom é que temos algumas coisas em comum do tipo: nossa cor preferida é azul, gostamos de filmes de comédia (e ela disse que gosta de terror também), nosso lanche preferido é hambúrguer com batata frita, entre outras coisas.

Chegamos até a ala dos brinquedos e ela me empurrou para lá. Ficamos naquele local cheio de crianças irritantes e nojentas. Brinquedos por todos os lados e de diversos tipos. Como eu detesto essas músicas infantis!

– Duvido você ganhar de mim no jogo de mesa de disco. – ela me desafiou. Apenas sorri confiante, mas a verdade é que eu sou péssimo nesse jogo.

[...]

Depois deu ter levado uma surra no jogo de disco de mesa, chegamos até uma daquelas máquinas de brinquedos onde você move uma garra mecânica para pegar uma pelúcia. Acho que era um dos jogos mais difíceis ali presente, porque era difícil pegar um brinquedo. Comprei uma ficha e a encaixei na máquina. Annabeth me olhou com uma cara de “você não vai conseguir”. Comecei a apertar nos botões e a mexer na alavanca. Por sorte, consegui pegar um chaveiro de joaninha.

Peguei o chaveiro e entreguei o para Annabeth.

– Obrigado. – agradeceu. Ela não pensaria que eu estou dando em cima dela, afinal para que eu iria querer um chaveiro de joaninha? Eu sou homem e sou ESPADA! E é só um chaveiro.

Um moleque passou por mim pisando no meu pé direito. Fiquei dando pulinhos com a perna esquerda. Eu ia insultar aquele menino até a morte, mas eu não faria isso na frente da Annabeth. Apesar de conhecê-la há poucos dias, eu percebi que ela não fala palavrão. Ela não xingou o Luke quando ela a “traiu”. Quando eu peguei a Calypso me traindo, falei palavrões que conhecia e até os que eu não conhecia.

[...]

O táxi parou em frente à casa da Annabeth. Ela retirou o cinto e me observou.

– Espero que a sua dor no ombro melhore. – disse ela.

O que aconteceu? Eu fui martelar um brinquedo para medir a força e quase desloquei meu ombro.

– Eu vou ficar bem. – falei – Espero que tenha gostado do passeio.

– Claro. Foi muito divertido. – ela abriu a porta do táxi – Tchau Percy.

– Tchau.

Ela entrou em casa e o táxi deu a partida.

Apesar de eu quase ter sido considerado gay, ter que inventar um emprego falso envolvendo o meu pai, ter meu pé pisoteado por um pivete filho da mãe, ter gastado quatro dólares só para ganhar um chaveiro bobo e ter o meu ombro quase deslocado... Acho que foi bom para um primeiro encontro.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Só eu que gostei da descrição que o Percy fez fez do Nico: ele é branco como cocaína! kkkkkkk
Eu já estou imaginando o Percy "trabalhando" de salva vidas só para impressionar a Annie. kkkk
Então vocês gostaram???
Comentem please e me façam feliz :D



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