Códigos Mortais. escrita por Holden


Capítulo 3
Por favor, silencie!


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários e incentivos pessoal *.*



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— Harvey, eu disse depressa! — Trevor me apressava para guardar as coisas na mala, enquanto vigiava a porta mexendo fervorosamente nos dedos.

Depois de deixarmos a sua casa – onde por acaso os mafiosos conseguiram invadir – o branquelo dirigiu a mil por horas de moto até meu apartamento ordenando que eu colocasse tudo que eu precisasse em uma mala, e também levasse algumas coisas necessárias para uma viagem em algumas mochilas. Eu não podia fazer tudo em dois segundos, sem contar que eu ainda não havia dormido/tomado banho/tirado a roupa molhada do corpo e estava totalmente em pânico.

— Só um minuto! — gritei do meu quarto colocando todas as roupas e cobertores que eu via pela frente em uma mala preta de rodinhas. Ta legal, não estava cabendo tudo pelo simples fato de minhas mãos estarem tremendo e eu não conseguir dobrar nada direito. Bufei de forma estressante olhando para o teto já sentindo gotas de suor gotejarem em minhas costas.

— O que está fazendo? Não guardou nada direito ainda! — um ser mandão surgiu na porta de meu quarto, estressando-se com minha lerdeza.

— Eu não consigo fazer isso! — confessei desesperada colocando as mãos na nuca, enquanto soltava as peças de roupa no chão — É muita pressão! Preciso de calma e… e… — um nó começava a se infiltrar em minha garganta.

— Nós não temos tempo pra isso — indagou o garoto vindo em minha direção a passos largos e socando tudo dentro na mala. A impressão que eu tinha era que ele estava com raiva, mas tudo aquilo era pressa com mais um tiquinho de desespero — Sente-se aqui! — apontou com seu dedo indicador de lagartixa para a mala estufada com a tampa por cima — Anda logo garota!

Assenti um pouco sem-graça e me sentei ali. Ele pediu para que eu fizesse mais força e finalmente conseguiu fechar a maldita. Peguei minha mochila escolar e tirei tudo que tinha de material dali de dentro, substituindo por suprimentos, produtos higiênicos e mais algumas coisas que eu precisaria mais tarde. Tirei um dinheiro que estava economizando dentro do meu cofrinho, pronta para sair dali juntamente com aquele ser estranho.

— Espera! — gritei antes do mesmo trancar a porta, com certo desespero.

— O que foi agora, merda? — inquiriu se segurando para não bufar de raiva.

— Sid! Eu não posso abandoná-lo! — empurrei o mesmo para o lado, entrando novamente no local — SID! Cadê você, garoto? — ele nunca respondia quando eu o chamava, porém não foi difícil de encontrar o bichano debaixo de algumas almofadas fofas no sofá. Tomei-o em meus braços, ajustando melhor a mochila em minhas costas. Trevor segurava a mala.

— Um gato? Não acredito que irá levar um gato para a Rússia!

Não me dei o trabalho de responder, e apenas rolei os olhos com aquelas palavras.

— Precisamos ser rápidos! São questões de minutos até os idiotas raciocinarem e virem lhe caçar em seu apartamento — começou, coçando a cabeça de tanto nervosismo deixando aqueles fios escuros desalinhados — Nós iremos passar na casa de um amigo meu. Ele irá nos ajudar a encontrar o tal cofre subterrâneo em Moscou e partiremos em direção a Nova York, pois iremos embarcar lá. Então por favor, não faça nenhuma burrada até lá.

— Por que eu faria alguma burrada? — rosnei entre dentes.

— Por que você é uma garota. E essa é a pior raça que existe. — esclareceu andando (correndo) as escadas e segurando a mala pesada nos ombros. Alguém daquele porte magrelo certamente fraturaria algum osso só com o peso daquela bagaça. Trevor ainda era um mistério pra mim.

Assim que conseguimos dar o fora dali, atravessamos a movimentada avenida North Wabash, desviando de alguns carros apressados. Os prédios pareciam estar mais altos e aquele asfalto fazia meu pé doer como nunca (sim, estava descalça). O céu estava carregado de nuvens escuras e eu ainda sentia a maldita calcinha se infiltrar em lugares indesejados. Oh céus, eu daria tudo por um bom banho e poder trocar aquela roupa.

— Harvey, tome conta da mala — o mais velho (creio que ele fosse mais velho, suas feições denunciavam isso) ordenou já na calçada, colocando o objeto próximo a mim. Acenei positivamente aconchegando um pouco mais Sid que estava quase morrendo sufocado nos meus braços, finalmente deixando-o confortável — Volto já — murmurou enquanto tirava algo do bolso rasgado da calça. Era uma pistola 380 meio antiga.

Ai caralho, o que ele estava fazendo?

Trevor atravessou um pouco a avenida e viu que quase nenhum carro vinha daquela parte. Um C3 Picasso prateado ainda estava longe, mas parecia sua mira perfeita. Um sorriso, mesmo que despercebido, se fez em seus lábios rubros e o garoto finalmente elevou a arma para o meio, apontando-a para frente. O automóvel que agora já havia se aproximado o bastante, freou no meio da pista, fazendo com que as rodas derrapassem terrivelmente no asfalto, e logo mais, o idiota correu até porta carro. Apontou a arma para a cabeça de um careca alto e de terno dizendo para ele correr para bem longe, senão aquele seria seu último passeio.

Sua ordem foi logo acatada.

— O que está fazendo aí parada? Entra logo, merda! — berrou ao longe, já tomando o volante em suas mãos. Levei uns segundos para digerir aquilo e perceber que eu estava na companhia de um louco, mas mesmo assim, arrastei a mala de rodinhas até lá.

Coloquei tudo nos bancos traseiros, e decidi ficar por ali mesmo. Pelo menos se o carro batesse, teria chances mínimas de sobreviver.

— Não quer vir na frente? — perguntou ao deboche — Ah, esqueça, você se cagaria — Trevor meneou a cabeça negativamente, engatando os pneus novamente na pista, dirigindo a quase mil por horas para longe dali. Se eu não morresse por bandidos, certamente morreria no trânsito.

— Addie! Anda logo, porra!

Dirigimos até o Cabrini-Green, uma das áreas mais pobres de Chicago e paramos a frente de um casebre mal iluminado perto dali. Era afastado dos demais, porém ainda estava de dia e eu não sentia medo naquele momento. De noite eu nem ousaria a colocar meus pés ali.

— Já estou indo — um rapaz esguio passou pela porta já desgastada com uma pequena mala nas mãos e o que parecia ser uma capa para notebook debaixo dos braços. Seus cabelos eram claros, quase se assemelhavam ao loiro de Jason e sua pele era de um tom moreno suave. Pude perceber seus olhos amendoados ao longe e a roupa era idêntica ao de um rapper. Sid ainda roncava em meu colo, e o sono já batia em minha porta.

— Que demora cacete, não sabe que os tiras estão na nossa cola? — Trevor vociferou mais uma vez enquanto o outro rapaz se aconchegava no banco da frente. O loiro só fez o descaso de ignorá-lo — Trouxe o que lhe pedi?

— Está tudo aqui — apontou para a pequena mala — Roupas, documentos falsos, balas para reabastecer as pistolas, e alguns códigos para quebrar o sistema. Não se preocupe, fazer isso é fácil, logo descubro onde a tal grana está escondida e… pimba.

— Ah meu Deus, não seja tão gay assim — o branquelo cutucou o ombro do rapaz apontando com a cabeça para trás, onde eu estava — Temos uma garota aqui, isso pode lhe prejudicar — riu ao escárnio enquanto o tal de Addie me fitava.

— Ah sim, então essa é garota? — assenti — Você até que é bonitinha. Addie, prazer — elevou a palma de sua mão até mim e eu prontamente retribuí.

— Harvey — respondi um tanto hesitante.

— Esse foi o amigo que falei, rosinha — o garoto no volante nos interrompeu, prestando atenção no trânsito e dirigindo como nunca — Ele meio que se intitula hacker. Está aqui para nos ajudar. Quer dizer, veio aqui para vender seus serviços, já que serei obrigado a dar uma parte da sua herança pra ele também.

— Que ótimo — bufei — Mais um.

— Ei, ei, meus trabalhos não são de graça, meu bem.

— Que seja — dei de ombros abrindo a mala — Preciso trocar essa roupa. Eu amaria vocês para sempre caso não olhassem.

O silêncio predominou o local.

Por um momento os dois se fitaram. Ambos sérios, com as expressões carregadas e os lábios em uma linha fina. Diria que estavam em uma competição nacional de quem ri primeiro. Entretanto, não demorou muito até ambos caírem na gargalhada.

— Foi mal — responderam em uníssono, ainda rindo.

— Argh! — grunhi colocando um cobertor sobre meu corpo. Peguei uma peça de calça moletom confortável e uma camiseta regata branca (e sim, uma calcinha larga também) finalmente, trocando-me debaixo dos lençóis e esperando que os imbecis não vissem nada. A coisa era difícil, porém não imbatível. Em dez minutos uma Harvey novinha em folha surgiu. Ainda sim, sentia que precisava de um banho.

— Eu preciso de um banho — verbalizei jogando o cobertor para o lado, atingindo sem querer Sid.

— E eu precisava de alguém menos exigente, será que dá pra ficar quieta? — respondeu a vareta humana dirigindo com a mão esquerda e vasculhando uma caixa de isopor com a outra — Uou, Tequila? Acho que o careca tinha bom gosto. Uma pena eu ter roubado o carro dele. — riu sem humor.

Revirei os olhos, aconchegando minha cabeça na janela de vidro escuro do carro.

— Quanto tempo para chegarmos à Nova York? — murmurei com uma boa dose de tédio.

— Valeu cara — Addie agradeceu com a voz embolada, pegando uma garrafa menor da bebida alcoólica — Em torno de umas 11 ou 12 horas, apenas, se mantermos essa velocidade. O que eu não acredito que seja possível, já que precisamos fazer algumas paradas para descansar, reabastecer o carro e se alimentar.

— Então levaremos dias? — sim, eu estava desesperada.

— Talvez um ou dois; mas não se preocupe com isso — o moreno tentava me acalmar, em vão.

Algumas horas já haviam se passado e meus olhos pesavam como nunca, entretanto não confiava nenhum pouco naqueles dois. Contudo, a canseira ia falando cada vez mais alto e vou perdendo a consciência pouco a pouco.

14:32 da tarde.

Eu durmo.

16:47 da tarde.

Eu durmo.

19:25 da noite.

E eu durmo mais um pouco.

— Acorda desgraça! — sinto dedos longos e gelados atingirem minha face à força. Tento empurrar quem quer que seja o maldito para o lado e acabo acordando sem querer. Uma baba de sono escorria do canto de meus lábios e logo vou recobrindo minha consciência novamente.

— Porra! — esbravejo passando a mão pela boca, limpando-a vagarosamente — O que você quer? — reconheceria aquele par de olhos esverdeados em qualquer lugar. Era Trevor mais uma vez me atazanando. Ele havia se inclinado um pouco para o banco traseiro e me acordado da melhor maneira possível. Percebi que só havia nós dois dentro do carro e que o tal de Addie havia sumido com o meu gato.

— Acordei a Senhorita Babinha para avisar que faremos uma pausa por essa noite. Estou cansado de dirigir e nem você e nem Addie colocarão as mãos no volante — afirmou com a voz um tanto autoritária. Talvez fosse efeito do cansaço que o mesmo sentia. Ele estava tão perto que podia sentir seu hálito de álcool. Não era ruim, confesso.

— Tá, tanto faz — dei de ombros pegando a mala que estava ao meu lado — Onde estamos?

— Segundo a placa, em uma casa noturna de estrada — estava com tanto sono que nem sequer me opus àquela ideia maluca — Aliás, você está com seu celular?

— Sim — murmurei abrindo a porta do carro e saindo logo em seguida.

O céu já estava escuro novamente, sem nenhum rastro de estrelas ou da lua, a brisa estava gelada, e logo percebi que meu nariz estava entupido por conta disso. Que ótimo.

Aprofundei o olhar mais a fundo e percebi que havia uma placa gigante ao lado da tal casa noturna. Ela dizia “Sex Dance” na cor neon roxa, embora o S e o A não funcionassem. Uma música eletrônica invadia o ambiente, e alguns carros estavam estacionados próximos ao nosso, mesmo que estivéssemos no meio do nada. A estrada era mal feita cheia de buracos e se você olhasse o horizonte ganharia uma boa dose de nada. Nunca estive tão longe de civilização assim. As portas do local eram de madeira fraca, e a cor nude da parede já descascava com certa intensidade. Dei de ombros. O que faltava na decoração de fora compensaria em mulheres, bebidas, drogados e strippers seminus lá dentro. E eu não queria estar ali para comprovar essa teoria.

— Pode me emprestá-lo?

— Hã? — boiei nas palavras do outro noiado ao lado. Ah sim, ele havia me perguntado sobre meu celular — Claro, só tome cuidado — tirei o aparelho móvel desgastado do meu bolso traseiro da calça jeans o entregando.

O que eu não contava é que ele pegasse o maldito telefone com uma rapidez de se assustar da palma da minha mão. Dei alguns passos para trás, um pouco surpresa. Seus dedos ágeis ainda fumegavam em minha mão, mesmo que por poucos segundos.

Louco, era isso que ele era.

O rapaz fitava o objeto com a mandíbula friccionada, quase como se estivesse tocando em alguma bomba. Sua barba rala parecia saltar para fora do rosto com a força exercida sobre o queixo e não pude decifrar a expressão de seus olhos, consequencia dos fios negros compridos sob sua visão, embora sua imagem denunciasse o óbvio. Para piorar, Trevor tinha uma mania horrível de descascar os lábios carnudos com os dentes, o que me dava uma agonia terrível só de olhar. O tom avermelhado de seus lábios e a palidez assustadora de sua pele não combinavam nada com ele. E aquilo só me deixava mais agoniada. O garoto era todo ao contrário.

— O que esta fazendo, seu doido?

Ele riu. Um riso rápido e sem humor. Como das outras vezes em que debochava de mim. Idiota.

Foram questões de segundos até meu pobre aparelho eletrônico se despedaçar no chão, como a velocidade da luz. Eu já podia compará-lo com simples cacos de vidros esmigalhados, a mercê de alguma criança que cortaria os pés descalços sem querer a qualquer momento. Isso é ótimo, não? Nosso ÚNICO meio de comunicação estava… morto.

— FICOU MALUCO? — berrei, deixando a mala cair — Qual seu problema? Por que fez isso? — empurrei-o, agachando-me no chão de terra seca tentando encaixar centenas de pedaços uns nos outros. Tudo em vão. Estava desesperada — Eu sabia que você era um bêbado ou sei lá o que! Mas… mas… isso? Por que, cara?

Trevor respirou fundo, como se lidasse com uma criança ou um cachorro filhote que sempre rasgas as meias e requer bastante paciência. Mas eu não era nada disso, era apenas uma garota que teve tudo que tinha jogado fora e enganada a vida inteira. Já havia aturado muitas coisas. Não podia lidar com malucos iguais a eles. Não agora.

— Ele poderia estar grampeado, nossa fuga seria em vão se aquelas gangues viessem atrás de nós a essa altura do campeonato — explicou colocando as mãos nos bolsos folgados — Mas você certamente não pensou nisso. Porque é uma tapada cor-de-rosa, certo? Será que dá pra me ajudar com as malas logo?

— Estava desligado! — esbravejei me levantando, aproximando-me do mesmo de forma ameaçadora. O mais velho mal se moveu. Pelo contrário, ele parecia se divertir.

— Não precisa estar ligado, rosinha — revidou — Deixe as malas comigo, por que não vai atrás de seu gato? — questionou ao tédio, como se quisesse se livrar de mim logo.

— Argh! — resmunguei o empurrando para o lado finalmente entrando na joça daquela “casa noturna”.

Era tudo que eu havia citado em parágrafos anteriores. Mulheres se esfregavam em peças de poli dance com roupas que variavam do vermelho ao preto, extremamente curtas e homens de quase todas as idades se deliciavam com a cena enquanto outros pediam bebidas ou algum “fumo” ao barman. Apenas uma luz fluorescente azul piscava ao todo, fazendo meus olhos arderem. A música estava alta e eu me sentia totalmente deslocada ali. Uma garçonete de minissaia preta e meias-rendadas com um decote enorme se aproximou de mim. Seus cabelos ruivos estavam presos em um coque e ele tinha cheiro de cigarro com menta.

— Posso ajudá-la, querida? — sorriu tentando parecer simpática.

— Er… Na verdade, estou procurando um… — não terminei a frase. Apenas senti algo macio encostar-se a minha perna, passando a língua áspera por aquela região, fazendo com que pequenas cócegas surgissem — Sid! — exclamei animada me abaixando e tomando o pequeno felino em meus braços — Já o encontrei, obrigada — agradeci a nicotina humana andando a passos largos pelo lugar, procurando um talvez futuro quarto para me aconchegar e dormir como nunca.

— Pronto, aqui está o quarto de vossa alteza! — o magricela abriu a porta a minha frente revelando um quartinho minúsculo com uma pequena cama de solteiro, mal arrumada próxima a uma parede descascada. Havia também uma janela quebrada e algumas tralhas do outro lado. Ignorei toda bagunça e me joguei sobre os lençóis, totalmente exausta — Espero que isso seja o bastante.

— Eu estou bem — murmurei com a cara abafada pelo travesseiro — Onde você e Addie vão ficar?

— Er… Bem… — Trevor parecia meio envergonhado com suas próximas palavras.

— Olá de novo, Don Juan — uma voz feminina sensual ecoou próxima a porta. Instintivamente virei meu rosto para poder analisá-la melhor e não é como se aquilo fosse me surpreender. Era uma loira de corpo escultural e legitimamente bronzeada com a beleza da Califórnia. Reconheceria uma em qualquer lugar, são pessoas realmente bonitas. Seus cabelos batiam pouco menos que abaixo de seus ombros largos e estava vestida com um pequeno vestido vermelho deixando algumas partes de suas enormes mamas bastante visível. As pernas eram bem torneadas e seus lábios eram absolutamente carnudos marcados por um batom vermelho chamativo. Sentia-me um frango perto dela — Podemos ir logo? Você marcou uma noite inteira, lembra?

Ah sim. Como se pessoas iguais a Addie e Trevor fossem dormir em camas aconchegantes em uma noite qualquer em um legítimo (sim, palavras fortes) puteiro.

— Ah, claro — o branquelo sorriu cafajeste para a loira — Harvey essa é a April, e April essa é a Harvey. Podemos ir?

— Claro — ela selou os lábios na dobra do pescoço dele, deixando uma pequena marca ali.

— Por favor, não façam barulho demais. Eu preciso descansar e… — tarde demais, a porta já fora batida.

E essa é a hora de uma leve impressão de que eu não vou ter muito sossego por aqui.


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