POV Austin

Eu a levei a praia. Ela nunca viu a praia de Miami, então eu decidi levá-la lá. Ela simplesmente amou. Parecia uma criança que ia a praia pela primeira vez. Espera, ela nunca foi a praia?

Ela me contou a história dela lá na África, eu me emocionei com o que ela falou sobre a Kaila. E eu pensando que a minha dor era insuportável! Agora eu sei que tem gente no mundo que sofre muito mais do que eu, quer dizer eu já sabia, mas agora eu consigo imaginar.

Estávamos a caminho do parque de diversões. Eu resolvi falar alguma coisa.

–Ally você já foi à praia alguma vez?- perguntei

–Não, e olhe que na África tem praias – ela riu- é que eu nunca pude, sempre estava nos abrigos ajudando as pessoas. Mas eu sempre quis saber como era, obrigada por me mostrar Austin. -ela disse

–Que nada. - sorri para ela, há essa hora nos já estávamos na entrada do parque. – e então vamos aonde primeiro?

–Você escolhe.

E nós andamos em muitos brinquedos, montanha-russa, Kamikaze, e muitos outros perigosos. Me surpreendi com a Ally, que ria e gritava em todos, enquanto eu disfarçadamente tentava não vomitar, ou pedir para descer na frente dela. Eu não queria que ela me visse como um molenga. Tá bom, nesse quesito eu sou. Mas ela não precisa saber disso!

Estávamos andando até que ela viu um bob esponja enorme de pelúcia. Eu vi seus olhos brilharem!

–Austin tenta pegar ele pra mim, por favor, por favor!- ela pulava na frente, eu acho tão meigo esse jeito meio criança dela.

–Tá vamo lá!

Eu atirei e de primeira consegui, o senhor me deu o urso e eu o entreguei a Ally. Olhei no relógio já era 1 da manhã!

–Ally tá tarde vamos?

–Que horas são?- ela perguntou sorrindo

–1 da manhã.

–O QUEEEE? NOSSOS PAIS VÃO NOS MATAAAR!!!- Ela gritou bem do meu lado, eu levei um susto grande, mas tão grande que as pessoas que estavam passando riram. –Austin desculpa, vamos?-ela perguntou rindo.

–Vamos! - Pegamos um táxi e seguimos para casa.

POV Ally

Nós fomos ao parque. Nos divertimos muito, quando eu olhava pro Austin ele sempre tava sorrindo, então ele também curte diversão perigosa. (risos)

Foi aí que parou tudo, um bob esponja gigante! E de pelúcia! Minha felicidade foi a mil quando Austin o conseguiu para mim. Saímos de lá do parque era 1 da manhã, depois que eu deu sem querer um susto nele.

Quando finalmente chegamos já era 2 da manhã, estava tudo escuro com certeza nossos pais já estavam dormindo. Austin fechou tudo e nós subimos para os nossos quartos.

Paramos em frente a minha porta.

–Boa noite Ally.- ele disse sorrindo

–Boa noite e Até amanhã Austin. – ele me deu um beijo na bochecha e eu entrei para o quarto. Minha mãe dormia em um colchão no chão. Tirei as sapatilhas que estavam matando meus pés. Peguei meu pijama e segui para o banheiro, a água tava fria o que era ótimo para relaxar meu corpo de todo o calor e toda adrenalina que eu senti no parque, deitei, mas não consegui dormi. Foi aí que eu lembrei-me do meu diário, e que fazia tempo que eu não escrevia nele. Liguei a luz do abajur para não acordar minha mãe, deitei na cama e comecei a escrever.

Querido Diário,

Faz tempo que eu não te conto nada, bom você não acredita na reviravolta que a minha vida deu nestes últimos dois dias. E eu ainda não te contei sobre o Austin, ele é um garoto que eu conheci no aeroporto assim que cheguei, nós nos conhecemos, meio por acaso ou destino. Ele tava tocando uma melodia linda. Bom me deixa fazer um resumo do que aconteceu. Primeiro: Meu pai me matriculou em um das melhores escolas de Miami. Segundo: Na sexta (que foi ontem J) Ele deu uma festa de aniversário de 17 anos e de boas vindas, com todos os seus amigos e disse que seu filho também estaria lá e ele estava. Terceiro: Minha mãe veio hoje para ficar por pouco tempo, veio para comemorar meu aniversário. E por último: Eu te disse que eu conheci o Austin no aeroporto, então ele é o filho do meu pai. Eu fiquei chocada quando soube disso, porque eu confesso que fiquei afim dele, e descobrir que por a parte ele era meu ‘’meio-irmão’’ não é nada legal. Como eu te disse, eu achava que a minha mãe ainda gostava do meu pai, mas eu tava enganada. Os dois se gostam! Tentam disfarçar, mas eu e Austin vamos dar um empurrãozinho para que eles possam admitir isso. Hoje nós fomos a lanchonete, e encontramos a turma lá. Bom não é a ‘’minha’’ turma, são os amigos do Austin, eu me apeguei mais a Kira e principalmente a Trish. Já tinha conhecido ela na loja de vestidos, e nós vamos estudar na mesma escola. Dos meninos são o Trent, Dallas e o Elliot. Bom esse último me olha de um jeito estranho, e me dá atenção demais, percebi que o Austin não fica muito contente com isso. Não acho que ele esteja afim de mim, aliás, nenhum garoto gostou de mim antes. E eu já me dou por satisfeita em sonhar que o Austin um dia irá gostar de mim, porque eu gosto dele, e eu sei que é muito pouco tempo para isso, mas eu não consigo explicar! Hoje nós quase nos beijamos, eu acho. E ele me mostrou o quanto a morte da mãe dele o fazia sofrer, e ele disse que ninguém sabia disso. Ele me levou até a casinha da árvore onde só ele e seus pais tinham ido, nem mesmo o Elliot que é o seu melhor amigo tinha ido. Pois é ele é o melhor amigo dele de infância, os dois cresceram juntos e tal. “Mas na festa aparece a ‘‘MACKENZIE” Arg! Garota insuportável! Ela é a ex- namorada do Austin, mas ainda corre atrás dele como se ainda eles namorassem. Eu não sei se o que eu senti foram ciúmes, mas foi algo bem parecido. Bom depois eu te explico com mais detalhes que a minha mão tá doendo (risos).

Até outra hora,

Beijos, Ally.

Quando eu fechei meu diário, e deitei, meu celular vibrou. Era uma mensagem do Austin no Whatts.

Ally=Negrito / Austin= Itálico

–Ally você tá acordada?

–Tô sim

–Ah vem aqui no corredor que eu quero te dar uma coisa.

–Tá.

Calcei minhas sandálias e vesti meu roupão. Quando abri a porta ele tava encostado na parede, estava de bermuda azul e regata branca, o cabelo loiro molhado e bagunçado.

–Olha eu fui deitar agora e me lembrei que eu não tinha te dado isso. – ele me mostrou a caixinha da pulseira que eu o ajudei a escolher. – Afinal foi comprada para você.

–Austin obrigada, e pra deixar bem claro que quem escolheu tem bom gosto. – ele riu

–E é nada modesta também. – nós rimos

–Bom eu vou dormir que já tá muito tarde.

–É eu também, amanhã você quer ir a praia?

–Quero sim, mas espera, eu não tenho biquíni.

–Não tem problema, em frente a praia tem várias lojas de surf e lá vende biquínis, eu vou lá comprar a parafina da minha prancha e você escolhe o seu.

–Você surfa?- perguntei incrédula.

–Surfo sim, mas então tá marcado pra amanhã?

–Tá sim, que horas você quer ir?

–Lá pras 10 e meia mais ou menos.

–Ok então, até amanhã!- eu disse

–Até mais tarde não mocinha? –ele disse e nós rimos

–Então até mais tarde mocinho.

Fomos para os nossos quartos e adormeci pensando no dia de mais tarde.