POV Austin

Depois que nós chegamos e cada um foi pro seu quarto, fui tomar um banho para relaxar, quando deitei a gaveta do meu criado mudo estava entre aberta. E eu vi a caixinha da pulseira que eu comprei para a Ally. Como fazia tempo que nós tínhamos chegado, resolvi mandar uma mensagem para saber se ela tava acordada. Eu a entreguei a pulseira, e nós marcamos para ir à praia mais tarde.

Acordei com a luz do sol no meio rosto,esqueci de fechar a cortina. Olhei no relógio eram 8 h da manhã, virei para um lado e para o outro, mas não consegui dormir. Levantei, tomei banho e fiz minha higiene matinal. . Decidi não acordar a Ally, a gente marcou a praia de 10 h, eu a acordaria agora pra quê? Desci e a Penny tava na cozinha, fazendo o café. Meu pai tava sentado á mesa, e eles conversavam muito animados.

–Parece que a noite foi boa hein? – Eu disse fazendo os dois olharem para mim corados.

–Olha quem fala, qual foi a parte do ‘’não chegue tarde’’ que você não entendeu vossa excelência?- meu pai falou, encruzando os braços, sua feição estava séria. Ai, lá vem sermão

–A culpa foi minha. - a voz da Ally ecoou sobre a cozinha. Nós a olhamos descer a escada e ficar ao meu lado. – Austin me levou a praia, e lá tinha um parque de diversões, e eu pedi para que nós fossemos nos divertir um pouco, me desculpe pai. – Ally falou para o meu pai, mas espera ela o chamou de pai?

–Ah já que foi assim tud... Espera – ele ficou branco e eu e a Penny nos entreolhamos, acho que foi agora que ele notou. Oh Austin você descobriu a América agora seu tonto! – O que você disse? – ele perguntou com a voz fina, dava pra ver que ele tava muito emocionado.

–Eu disse me desculpe pai. – olhei para a Ally e ela tava com os olhos marejados, ela deu um passo a frente.

–Ah Filha...- suas lágrimas caíram e ele a abraçou. Eles ficaram lá por uns dois minutos mais ou menos. Notei que a Penny chorava, seu rosto estava feliz, mas seus olhos diziam outra coisa, ela parecia, triste. Depois que se separaram meu pai disse:

–Bom nós já íamos acordar vocês para nós irmos passar o dia no parque, vamos lá?

–Não vai dar. – eu e Ally dissemos ao mesmo tempo, nos olhamos e rimos.

–É que nós vamos à praia, Austin vai até me levar numa loja de biquínis, já que eu não tenho nenhum.

–Ah então nós vamos também. – meu pai disse sorridente.

–NÃO!- Nós gritamos em uníssono de novo.

–Pai, o senhor não gosta de praia mesmo. Vão ao parque se divirtam e mais tarde nós se vemos ok?

–Tá se vocês insistem. Ah Austin, como o parque é só duas quadras daqui, vocês podem ir de carro, porque você vai levar a prancha. Então nós vamos a pé mesmo. Vamos lá Penny? – ele se virou para ela que assentiu e piscou para a Ally, olhei para a tal que deu um sorriso de vergonha pra mim. Mas o que foi isso?

–Tudo bem vamos, Bom dia meninos e cuidado- A Penny disse e eles pegaram uma cesta de café da manhã, e saíram acenando para nós.

–Se divirtam! – nós falamos

–Então você já tá pronta?- eu perguntei

–Sim estou, vamos ou bora?- ela riu

–vamos e bora.

Peguei as chaves e seguimos para a garagem. Coloquei a prancha e cima, e fomos rumo a praia.

–Sua prancha é bonita.- ela disse

–Obrigada, ela é o meu xodó. – disse sorrindo

Depois de um tempo em silêncio eu disse.

–Chegamos!

Estacionei o carro na frente da loja de surf, a Ally escolheu o biquíni dela, e uau o que era aquilo?? Ele era preto, tomara que caia e ela ficou simplesmente um arraso. Comprei a parafina e nós fomos a areia,aluguei uma mesinha que pertencia a um quiosque dali, ela sentou e eu decidi ir surfar.Notei que ela não tirava os olhos de mim e ria a todo momento. Quando eu fazia uma manobra, ela comemorava animada. Estava sentado na prancha esperado outra onda, e olhei para ela. Ela conversava com um garoto que estava em pé em sua frente. Fiquei mais irritado quando notei o olhar do meliante nela, que por sinal estava só de biquíni. Parabéns Austin, a ideia foi sua de fazer ela comprar um biquíni. Apesar que ela ficaria gata até roupão comprido na praia. Saí imediatamente do mar e cravei a prancha com raiva na areia, o idiota tava sentado do lado dela , no meu lugar!

–Oi Austin, belas manobras. – Ally disse, o garoto me olhava se cima a baixo, querendo identificar se eu era seu oponente. Ah com certeza eu era!

–Desculpa atrapalhar o papinho aí. –Eu disse com os braços encruzados, eu fuzilava o idiota com o olhar, ele fazia o mesmo. E pra deixar bem claro eu era mais bonito!

–Já atrapalhou Mané. – ele disse, e Ally se assustou com a ignorância dele. - agora sai que eu to num papo muito interessante com essa gatinha aqui. – ele acariciou o rosto de Ally que se encolheu na cadeira, para ele não tocar nela.

–Com licença- eu toquei no ombro dele. Ele me olhou furioso- Peço encarecidamente que não encoste mais nela.- eu disse sério, ele me olhou e começou a rir debochado. Pegou numa mecha do cabelo de Ally, que olhava tudo com medo.

–E você vai fazer o que? – Meu sangue ferveu.

–Eu pedi com gentileza, mas você não quer escutar...- eu disse sério, segurei ele pela camisa e joguei ele longe na areia, o próprio saiu rolando até a água, e correu em minha direção.

–Ela tava sozinha seu otário.- gritou para mim.

–Não ela está comigo, e não ouse chegar perto dela de novo se não eu te arrebento. – eu gritei na sua cara. Seus amigos chegaram e o tiraram da minha frente.

Sentei e Ally olhava pra mim perplexa.

–Desculpa Austin.

–Ally, por favor, não confie em ninguém de primeira vista não ok?

–Ta bem. – ela me olhou triste – obrigada por me defender.

–Sempre estarei aqui, não fique assim ele é um imbecil. Garçom! – eu gritei e ele veio em minha direção- Ally esquece isso ta a gente veio se divertir.

–Tá.

Pedimos água de coco e ficamos ali conversando e rindo.