POV Ally

Cara eu nunca vi alguém estar sofrendo tanto na minha frente como o Austin estava. Não sei se teria a mesma força de vontade de superar se no caso, fosse a minha mãe. E nem conseguiria subir mais ali. Eu nem a conheci e só de olhar o desenho, me partiu o coração. Imagina ele? Não pensei duas vezes e me dispus a acalentá-lo. Lembro-me de que quando eu tinha um problema, minha mãe sempre me apoiou, e pelo o que eu notei desde que cheguei o Austin é muito fechado dos seus sentimentos com os outros, e isso só me dá mais força para desvendá-lo.

Já eram 7 h e nós estávamos ali, ele deitado e eu o consolando, Até que ele parou de chorar e se sentou limpando o rosto.

–Obrigada Ally, quero que saiba que ninguém, além de mim e dos meus pais, subiu aqui. Esse lugar é muito especial e pessoal pra mim. Te peço desculpas por chorar assim na sua frente, mas esse lugar trás lembranças da minha mãe e ninguém fora você sabe a dor que eu sinto.

–Austin não se desculpe, eu fico grata por você ter essa confiança em mim, de me trazer aqui e dividir seus sentimentos comigo. Eu não conheci a sua mãe, mas eu tenho certeza que ela era uma mulher extraordinária, basta ver o filho que ela criou. – Sorri o encorajando e ele sorriu também.

–Sabe do que nós estamos esquecendo? – ele me perguntou.

–De quê?

–Da bagunça que tá aquela sala- ele riu alto

–Ai meu Deus o Lester vai nos matar!- coloquei a mão na cabeça

–Vai nada, pelo menos eu não- ele riu- você que correu pro quintal, vou jogar a culpa toda em você. - ele gargalhou

–Poxa Austin obrigada viu? – Fiz biquinho e ele riu

–Desculpa eu tô brincando- ele me abraçou e ficou de frente pra mim, fixou-se no meu olhar e disse- Muito Obrigada Ally.

–Não precisa agradecer. - eu disse inerte nos seus lindos olhos castanhos.

Nos levantamos e fomos para dentro. O Lester já ia saindo quando nos avistou.

–Onde vocês estavam?- ele perguntou confuso

–Eu a levei na casa da árvore. - Austin disse sério

–Você a levou lá? Espera aí você entrou lá? Que bom filho. - meu pai veio com o olhos marejados e o abraçou forte, Austin o abraçou também. Eles se separaram e Lester disse:

–Bom eu vou indo pra loja, o pessoal da decoração vem buscar tudo as 10 h Ok? Não tem muita sujeira é só limpar e colocar os móveis no lugar. Beijo amo vocês. – e ele foi embora.

–E então vamos começar por onde? – eu perguntei

–Pela música- Ele piscou pra mim e foi ligar o som.

–Por falar em música, foi você que tava com o som ligado aquela altura ontem?- perguntei a ele

–Foi sim- ele riu- a música me acalma sabe?

–Sei – ele riu- bom vamo lá, eu varro e você limpa os móveis Ok?

–Porque eu limpo os móveis?- ele perguntou rindo, encruzei os braços e fiz a melhor pose de sermão que eu pude, ele riu de novo- tá bom, tá bom eu limpo.

–Melhor assim. – eu disse rindo

–Limpamos a sala e a cozinha, Austin reclamou porque eu coloquei ele para lavar o banheiro, ri demais. Depois que tudo estava no seu lugar era apenas oito e meia da manhã.

–E então vamo fazer o que? – perguntei a ele

– já sei vamo tomar café?

–Garoto você só pensa em comida é?- perguntei a ele rindo

–Olha quem fala não era eu que tava as cinco horas manhã rodeada de bandejas. – Deu uma tapa no braço dele- Aaaai Foi mal. – Ele disse rindo enquanto alisava o braço.

– Vamos comer, mas eu quero tomar café no quintal.

–Um piquenique? – ele perguntou levantando as sobrancelhas, confuso.

– É Austin, eu amei aquele lugar!

–Tá a senhora que manda- eu ri e fomos fazer o café. Fizemos panquecas, ovos, mistos e sucos.

Passamos a manhã toda na grama sentados, comendo e rindo, eu nunca me senti tão livre como eu me senti com ele. Uma hora ou outra nos olhávamos, e nos fixávamos nos olhares. Para mim foi mágico.

Já eram 11 h, O pessoal da decoração já tinha vindo buscar todas as coisas da festa, e eu tava no meu quarto me arrumando. Desci e encontrei o Austin lá na sala já pronto, e detalhe: ELE ESTAVA LINDO! (Como sempre) Ele estava com uma calça preta despojada, uma blusa v branca e uma jaqueta de couro preta, e uma basqueteira azul claro. Eu estava muito ansiosa para rever a minha mãe, Pegamos um táxi e seguimos para o aeroporto.

Chegamos lá era 12 h, O vôo já tinha chegado, estávamos atrasados. Procurei com o olhar a minha mãe por toda a recepção. Até que finalmente a encontrei. Ela tava sentada numa poltrona, me esperando com certeza.

–Mãe! – Gritei correndo, o Austin veio andando normal rindo porque eu tava correndo.

–Ally meu amor!- Nos abraçamos forte- Que saudade minha filha querida!

–Também mãe. Ah deixa eu te apresentar esse é o Austin, o filho do Lester. – Austin estava do meu lado, ele de um passo a frente e estendeu a mão para minha mãe, ela apertou e o puxou para um abraço. Ele a abraçou rindo. Minha mãe sempre foi muito divertida.

–Prazer senhora Dawson. Meu nome é Austin Moon. – Austin Moon? Nem eu sabia seu sobrenome, e era lindo!

–O prazer é todo meu Austin. - A minha mãe falou.

–Bom vamos pra casa? – perguntei animada eles riram e eu e o Austin ajudamos a minha mãe com as malas. Pegamos um táxi e seguimos pra casa.