I Always Think Of You escrita por Natalha Monte


Capítulo 11
Capítulo 11 – Casa da árvore


Notas iniciais do capítulo

Oiiiieee Demorei não foi? Eu sei, foi mal... Fiquei triste porque teve pouco comentários. Poxa :(
Mas vamos lá, aí está mais um capítulo! Enjooooooy!



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POV Austin

E nós estávamos ali. Eu congelei no seu olhar, e ela não percebeu que estava em cima de mim, A minha vontade era só de beijá-la, mas me contive. Apesar de eu gostar muito dela, a gente se conheceu a pouco tempo, e não quero que ela se assuste. Cara. Olha o que eu disse: EU GOSTO DELA! Mas como é possível, não faz nem uma semana. Mas eu gosto, e vou conquistá-la, eu preciso.

Depois que nos despedimos, fui dormir ansioso para o dia seguinte. Odeio fazer tarefas de casa, mas com a companhia dela, a partir de agora eu amo. Quem diria hein Austin? (risos)

Não consegui dormir a noite toda. Quando eu fui deitar já era mais de 1 da manhã, Cochilei um pouco, mas às 5 horas não consegui mais dormir. Meu pensamento era somente ela. Foi aí que a minha barriga avisou que eu precisava comer. Me levantei relutantemente, e fui à cozinha procurar bolo, salgado, ou qualquer coisa. Chegando lá me deparei com uma cena hilária. A Ally estava sentada na bancada da pia, com uma bandeja de bolo no colo, um de salgado de um lado, e outra de docinhos no outro. Elatava comendo feito louca! Com as mãos ela pegava um pouco de bolo, e depois salgados e mais docinhos, e fechava os olhos como alguém que tivesse comendo a comida mais gostosa do mundo. Me escondi atrás da parede para vê-la de longe, e controlei o riso. Mas olhei para as bandejas e quis atacá-las também. Não queria atrapalhar aquela cena, mas a fome falava mais alto. Respirei fundo, segurei o riso e adentrei à cozinha.

–Que coisa feia Allicia! 5 horas da manhã e você comendo desse jeito,- Ela deu um grito de susto, segurei com todas as minhas forças o riso.

–A-austin me desculpa é que eu...-A cortei na mesma hora.

–5 horas da manhã e você comendo desse jeito, e nem divide comigo? – pisquei e finalmente pude cair na gargalhada. Ela olhou pra mim, e começou a rir também. - Tem espaço aí?- Ela me deu a bandeja de salgado e eu sentei no lugar de onde ela era, colocando-a no colo.

–Tá com fome também é?- ela riu

–Eu tô com muita, acho que a última vez que comi foi lá na lanchonete, contigo. -Ela sorriu pra mim.

–Também só comi pela última vez lá, nem deu tempo comer durante a festa.

–Mas você tava aqui na cozinha comendo com o Elliot. – O salgado que eu comia desceu rasgando a garganta depois que eu me lembrei disso. Não é ciúmes, é que eu sou homem bastante para admitir que se a Ally conviver com o Elliot ela vai perceber que ele é melhor do que eu. Eu o conheço desde pequeno, sempre fui o cara que levava recados das garotas para ele, e tenho que admitir que ele não faz o tipo cafajeste, na verdade por eu saber do jeito que ele é, e por conhecer o gosto das garotas, ele faz o tipo, sabe, do tal príncipe encantado, e por isso me entristeci quando vi a Ally com ele, Ela com certeza concordaria com todas as outras. Saí do meu pensamento quando escutei ela responder.

–Foi eu tava aqui, mas comi pouco, e na verdade eu tava te procurando, queria a tua companhia. - Ah isso sim me surpreendeu, e me surpreendeu tanto que eu me engasguei na hora. - Austin você tá bem? – Ela perguntou rindo tentando me ajudar, enquanto eu tava de braços pra cima, e aposto que vermelho como um tomate. Vi no rosto dela o desespero enquanto pulava da bancada e pegava água pra mim, veio correndo e me deu, eu bebi, mas não funcionou muito, eu tava com um pedaço de massa na garganta. Foi aí que eu senti uma tapa bem no meio das costelas, o pedaço de massa desceu de uma vez, tanto pelo susto quanto pela dor, e eu fiquei de olhos arregalados vendo ela com a mão na boca assustada. A Ally me bateu! Tá tudo bem, foi pra ajudar. Mas que força hein? Tá ardendo até agora. - A-austin me desculpa! Eu te vi engasgado e só quis ajudar, você tá bem? –Ela disse me dando mais água.

–A-agora eu tô, depois de um estralo desse, eu tô. - ela abaixou a cabeça triste- Ei – levantei seu queixo com o polegar- tá tudo bem, obrigada você me salvou. - disse sorrindo e ela sorriu pra mim. Eu já disse o quanto eu amo esse sorriso?

E voltamos a comer, rindo muito. Até que eu fingi me engasgar de novo.

–Austin deixa de brincadeira! – Ela disse rindo e jogou o pano de prato molhado em mim. (e Detalhe com bastante força)

–É assim né Allicia Marie Dawson? – Desci da bancada e ela olhou pra mim com medo.

–A-austin, o que você vai fazer? – Ela perguntou recuando, ri com aquilo.

–Espere e verá! – Me virei e peguei a esponja, molhada e com detergente. Quando ela viu arregalou os olhos e saiu correndo corri atrás dela, ela foi para o quintal, cheguei lá ela tava pasma.

–Austin que lugar lindo! Eu não tinha visto ainda. - É verdade. Nosso quintal era um pouco grande, era de grama e tinha árvores por todo o lugar. Ainda existia a minha casa da árvore lá no final, era bem escondida. Quis assim, pra ninguém subir lá sem eu saber. Lembro-me que a minha mãe sempre me fazia uma visita, ela sempre foi presente em minha vida. Ali era meu lugar, onde eu me escondia de tudo, onde eu chorava baixinho quando a minha mãe morreu, Onde eu me escondia dos problemas. Desde os 11 que eu não ia mais ali, as lembranças dela ecoavam a minha mente, de quando nós brincávamos na grama e eu me escondia na casa, quando a gente brincava de esconde-esconde. Nem o Elliot sabia que aquele lugar existia, aquele lugar era apenas meu e das lembranças da minha mãe. Soltei a esponja no chão.

–Ally, eu quero te mostrar uma coisa. - Estendi a mão para ela, que pegou prontamente. Eu a conduzi por entre as árvores até que chegamos à frente da casa. Olhei para a Ally e ela estava com a boca aberta.

–A-austin que linda, é sua?

–É sim. Nosso pai construiu quando eu tinha cinco anos, e desde os onze que eu não venho aqui- Eu a ajudei a subir. Era uma casa da árvore, mas não era um lugar minúsculo, meu pai a construiu grande para a mãe poder entrar. Depois que subimos a Ally ficou parada me observando, e soltei a mão dela e comecei a andar tocando nos móveis coloridos, nos pôsteres de Dragon Ball Z, e outros desenhos que eu curtia. Tudo estava do mesmo jeito que eu deixei, paralisei e não contive as lágrimas, quando olhei a parede de desenhos que eu e minha mãe fizemos, tinha um em especial, que ela fez pra mim, nele ela tinha desenhado seu rosto sorrindo e o meu também, os traços eram perfeitos, ela desenhava muito bem. E tinha escrito a seguinte frase: ‘’Nunca esqueça Austin, pode o mundo inteiro não te amar, mas eu te amo pelo mundo inteiro. Mesmo quando não estiver presente, eu te amo filho!’’.

Chorei instintivamente, e a Ally veio e ficou do meu lado, ela viu o desenho e as suas lágrimas caiam no seu rosto deixando-o encharcado, ela ficou na minha frente e eu já estava sem forças, nunca ninguém, nem mesmo o meu pai sabia da dor que a morte da minha mãe me causava, ninguém nunca tinha subido ali, além de mim e dos meus pais e eu sempre escondi a minha dor dos outros, depois que a minha mãe morreu eu nunca senti felicidade e paz de verdade. Mas a Ally me passava isso. Ela pegou em minhas mãos e eu abaixei a cabeça, ela levantou a minha cabeça para que eu olhasse para ela, e disse:

–Eu estou aqui está bem, sempre que precisar, eu sempre estarei aqui. – e me abraçou e não contive as lágrimas, a abracei com força e chorei. Ela se afastou, sentou no chão, pegou uma almofada que tinha ali e colocou no seu colo.

–Vem Austin. – Coloquei a cabeça ali, e ficamos em frente ao desenho, enquanto e soluçava e chorava, ela acariciava meus cabelos chorando também. Ficamos ali somente em lágrimas, no silêncio da minha dor guardada por tanto tempo.


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Notas finais do capítulo

Comentem pleeeease! Beijocas.! Até o próximo XOXO



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