Orphans vs Batsu Tamas escrita por Mei


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Nao sei quando postarei novamente... Mas ai esta um super combo de 3000 palavras! Ok nao foi tanto assim. Esse capitulo é a versao do Tadase e Kukai.



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Apenas observei-a se afastar rapidamente. De alguma forma, ela havia mexido comigo. Ela era diferente... Pensava enquanto caminhava para o Jardim Real. Já era tarde, a nossa conversa durara muito tempo, estava atrasado. Provavelmente levaria um belo sermão.

– Chegando tarde... - disse Tadase calmamente. Arquei as sobrancelhas atordoado, algo de bom deve ter acontecido com ele. Tadase era muito rigoroso em relação aos horários e deveres.

– Ah! Me desculpe! Acabei perdendo a hora – disse dando uma risada nervosa pondo as mãos atrás da cabeça. Iria conta-los mais tarde sobre o incidente. Tinha que reorganizar meus pensamentos, pois apesar de tudo Amu e Ami tinham charas, e isso fazia delas parte dos Guardiões. – Tadase? Você está bem? – falei olhando o estado de meu amigo, ele estava com um olhar sonhador enquanto tamborilava os dedos por cima da mesa.

– Ele está assim desde que chegou... – Rima falou fria como sempre.

– Tadase-kun chegou aqui cantarolando e distraído! Quase caiu no chão quando tropeçou em uma pedra – Yaya entregou o jogo.

– Do que está falando Yaya?! Não foi nada disso! – defendeu-se.

– Bem... Já que está acordado para a realidade, vamos começar – Nagihiko disse enquanto segurava o riso.

***

Caminhava tranquilamente para casa. Estava feliz, Hinamori Ami e Hinamori Amu iriam entrar para os Guardiões... Assim poderia conhecer mais sobre ela. Amu... Quantos segredos você esconde? Isso atiça a minha curiosidade. Parei abruptamente. Havia me esquecido de comentar isso com os outros! Amaldiçoei-me mentalmente e enviei uma mensagem para os outros Guardiões, pedindo para me encontrarem na porta do colégio. Dormi pensando no dia seguinte.

Infelizmente acabei dormindo muito. Sai de casa apressadamente e encontrei todos parados na porta do colégio, pareciam bravos:

– Ohayo!

– Ohayo? Você esta atrasado! – disse o Nagihiko me lançando um olhar maligno.

– Realmente, Kukai, espero que seja importante – Tadase disse calmamente.

– Bem se vocês não querem saber sobre duas irmãs que possuem charas – disse me afastando um pouco deles.

– Espere! – gritaram todos, dei um sorriso vitorioso.

– Certo, olha faremos o seguinte: Yaya vá ate a minha sala e procure por Hinamori Amu e Hinamori Ami. São bem fáceis de reconhecer, já que ambas são gêmeas e possuem o cabelo rosado. Peça a elas para irem ao Jardim Real hoje depois da aula.

– Ok! – Yaya respondeu, e saiu saltitante.

– Enquanto isso, explicarei melhor para vocês o que aconteceu – contei tudo, de um modo mais cuidadoso omitindo a parte dos Orphans. Ela havia confiado em mim, e queria que continuasse confiando.

Todos me olhavam sem acreditar, até que fomos interrompidos pelo sinal da segunda aula. Entrei na sala e expliquei a Nikaidou meu atraso, como membro do conselho estudantil, tinha minhas vantagens. Mas os alunos nos chamavam popularmente de Guardiões. Sorri com isso e fui para minha carteira. Enquanto andava, observava Amu, ela não olhava para mim como o resto da sala, ou melhor, ela não olhava para ninguém. Possuía alguns bilhetinhos que foram jogados em sua mesa intocados. Suspirei com isso e desviei meu olhar para não cair. Conversaria com ela no intervalo. Por hora prestaria atenção na aula.

50 minutos...

Ainda? Mexia meus pés nervosamente...

30 minutos...

Suspirei enquanto apoiava minha cabeça na mão direita...

10 minutos...

Vamos lá! Essa aula não pode ser tão longa...

5 minutos...

Ah! Os últimos cinco minutos são sempre cruéis! Deitei minha cabeça na mesa levantando-a somente quando o intervalo finalmente chegou.

Fui a sua procura. Eu queria falar com ela, sobre o que? Não sabia. Mas gostava da sua companhia. Procurei-a pelos corredores e salas vazias. Nada. Absolutamente nada! Onde ela estaria? Comecei a desesperar-me.

– Hey! Kukai! Kukai!

– Hmmm? Ah! Daichi! O que foi? – disse enquanto encarava meu chara.

– Se ela não esta dentro do colégio...

– Está fora? – Daichi olhou-me indignado fazendo-me perceber meu erro – No pátio – disse por fim convicto de minha resposta.

– Certo... Está evoluindo... Vá procura-la.

– Não vem comigo?

– Não – disse enquanto saia voando pelo colégio. Apenas suspirei pesadamente e pus-me a andar enquanto pensava.

Ela não era uma garota que gostava de chamar a atenção... Então não estaria no pátio onde todos ficavam... Onde? Onde? Vamos Kukai... Você conhece esse colégio muito bem! Um lugar mais isolado, sem muita gente, ou melhor, sem ninguém... Mas é claro! O jardim dos fundos! Ninguém nunca ia lá e é bem tranquilo. Com um sorriso no rosto fui o mais rapidamente ao jardim.

Me preparei para encontrar de tudo ali, mas não isso... Seu rosto era sereno, mas devia estar muito cansada para conseguir dormir ali. Sentei-me em seu lado confuso. O que a levara ficar assim? Observei-a dormindo por alguns minutos.

Hinamori Amu... Cabelos rosados... Olhos brilhantes... Quantos segredos ela esconde? Não fora apenas isso que me chamara atenção nela. Com toda certeza não. Além de ser misteriosa, aparentava se preocupar muito com as pessoas a sua volta, esforçava-se ao máximo para deixar tudo perfeito. Bastava relembrar do ocorrido no dia anterior. Tive apenas um deslumbre rápido do Orphan, ela fechara a porta rapidamente impedindo-nos de ver ou agir.

– Tenho certeza que não veria seu rosto sereno assim em outra ocasião... – senti minha face esquentar por ter falado isso em voz alta.

– Kukai?

– Hinamori-san! Te acordei? Me desculpe... – virei meu rosto para o lado envergonhado.

– Tudo bem. Quanto tempo? – disse sentando-se do meu lado.

– Ainda temos cinco minutos...

– Cinco? – suspirou pesadamente – Então é melhor voltarmos.

– Tem razão – resolvi não questionar o porquê de tê-la encontrado dormindo – Vamos - disse enquanto levantava e ela fazia o mesmo.

– Kukai... Obrigada. Acho que se você não estivesse aqui, eu teria perdido aula novamente – afirmou dando um sorriso fraco.

– Não foi nada. Mas... Você está bem? – observei-a cambaleando na minha frente.

– Sim eu... – não pôde terminar a frase. Perdeu o equilíbrio e quase caiu no chão. Quase, pois a segurei a tempo pelos braços. Nossos rostos estavam próximos... Muito próximos... Senti minha face esquentar novamente pela proximidade e afastei-me rapidamente soltando-a.

– Obrigada – ouvi-a murmurar.

Seguimos para a sala em silêncio, via Amu cambalear às vezes. Entretanto quando chegamos à sala, sentou-se rapidamente e apoiou a cabeça na mesa enquanto suas charas voavam ao seu redor.

Essa cena repetiu-se por dois meses. Todos os dias eu ia para o Jardim dos Fundos no intervalo e a encontrava dormindo, escutando música ou lendo algum livro. Sentava-me ao seu lado e começávamos a conversar. É lógico que no inicio era difícil e suas respostas eram vazias. Aprendi que não deveria perguntar sobre os Orphans, o motivo dela de se afastar de todos e o porquê de não ter estudado em nenhuma escola nos últimos três anos. Isso, eu descobrira através dos registros da escola. Por ser um membro dos guardiões tinha acesso a tais documentos, já que, nós éramos os responsáveis de organiza-los.

Aos poucos a conversa ia fluindo e consequentemente nossa intimidade aumentava. Nesse meio tempo, Amu proibira-me de chama-la por Hinamori-san. Achava muito formal e desnecessário. E, também, mostrava-me mais sorrisos. Adorava a fazer rir, pois gostava de sua risada. Em primeiro momento, ao olhar para ela e Ami. Pensei que eram opostos. Mas não é bem assim, no fundo elas são muito parecidas.

Entretanto, apesar de toda proximidade que criamos, ela se recusava terminantemente a entrar para os Guardiões. Apenas me conformava com isso e observava Tadase e Ami no Jardim Real. Conversavam facilmente, não tiveram nenhum inicio conturbado e eram bem próximos. Não que eu não fosse próximo assim a Amu... Mas às vezes, sentia que faltava algo. Refletia sobre isso enquanto caminhava para casa. Nesse dia, havia levado Ami para o Jardim Real, e observado ela ir embora sozinha. Sabia que iria passar em casa para depois sair em procura de mais Orphans. Não que ela precisasse ir atrás deles, mas preferia assim, ao invés deles irem atrás dela em locais, considerados por Amu, inapropriados. Diversas vezes me ofereci para ajuda-la. Infelizmente era recusado.

Passei horas, apenas andando olhando para tudo, mas sem ver realmente. Perdido em meus pensamentos, algo me incomodava. Com um sobressalto, percebi que já estava tarde. Apressei o passo para não chegar em casa muito tarde. Parei de andar abruptamente. Um grito, não qualquer grito. Aquela voz... não havia duvidas. Era um grito de Amu, vindo de um parquinho vazio. Não pensei duas vezes, e corri. Quando cheguei, encontrei-a caída perto de uma arvore. Suas roupas estavam cheias de folhas e possuía um pequeno corte em seu braço. Peguei-a no colo e levei-a para um dos brinquedos cobertos que tinham ali, estava começando a chover. Suspirei tudo o que eu poderia fazer era esperar. Não parecia ter sofrido grandes danos. Deitei sua cabeça em meu colo e tentei acorda-la.

– Amu? - perguntei um pouco receoso

– Hmm – ela respondeu tentando abrir os olhos

– Você está bem?

– Quem... – falou ainda tentando abrir os olhos

– Amu... – chamei a novamente

– Kukai! – exclamou assim que me viu, e tentou se levantar.

– Calma! Não faça isso, foi uma pancada e tanto – falei enquanto a fazia se deitar novamente.

– Você está bem?

– Sim, eu estou bem... Obrigada... Apenas, me distraí.

– Se distraiu... Vamos! Deixe-me ajuda-la! Estava preocupado. Afinal, e se eu não tivesse aparecido? Quantas vezes isso já aconteceu?

– Kukai... Eu... Sabe que não posso – falou triste e com o olhar baixo.

– Por favor... Pelo menos uma vez! – ela negou com a cabeça – Certo... Certo... Deixarei isso para lá. Por enquanto... De qualquer maneira, onde estão Ran, Miki, Suu e Dia? – seus olhos arregalaram-se. Eu, pelo menos havia deixado Daichi no colégio. Nessa hora já devia ter voltado para casa.

– Elas não estão aqui? Tenho que procura-las! Elas... Elas... – levantou-se do meu colo, dessa vez não consegui impedi-la.

Quando abriu a porta o som de um forte trovão e de chuva, invadiu o pequeno brinquedo em que nos encontrávamos fazendo-a fechar a porta rapidamente com o susto.

– Acalme-se... – coloquei minhas mãos em seus ombros impedindo-a de tentar sair do brinquedo – Elas devem estar bem.

– Acha mesmo? – perguntou trêmula enquanto virava-se em minha direção.

– Claro, quando a chuva passar, procuramos por elas – dei um sorriso encorajador. Percebi que ela acalmou e retirei minhas mãos de seus ombros pegando em sua mão guiando-a para mais fundo no brinquedo – Vamos sentar aqui e esperar. Não podemos fazer mais nada no momento.

– Certo...

Depois disso escutava-se apenas o barulho da chuva e nossas respirações. Deitei-me no chão e senti Amu fazer o mesmo, passado alguns minutos, virei-me para o lado encontrando seu rosto adormecido. Sorri com isso, Amu explicara-me o motivo de dormir tanto. Ao lutar contra Orphans a magia que utilizava, necessitava de muita energia. E qual a melhor maneira de recuperar energia? Dormindo. Mas além de dormir, também sofria outros efeitos colaterais, seu corpo ficava todo dolorido. Mas essa parte ela omitira. Acabei descobrindo sozinho ao observa-la melhor. Sim. Observa-la era o que eu estava fazendo com cada vez mais frequência. Dia após dia... Não me cansava disso.

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Estava distraído. Isso era um fato, eu Hotori Tadase, a pessoa mais centrada e dedicada aos deveres dos guardiões estava distraída. Suspirei pela milésima vez naquele dia. Era uma coisa curiosa, pensava enquanto me lembrava do ocorrido.

Estava fugindo, como sempre. Acontece que eu não consigo enfrentar Yamabuki Saaya e suas amigas. Era sempre perseguido. Mas não gostava de atenção. Então, fugia. Andava rapidamente pelos corredores quando uma melodia me atraiu, vinha da sala de música. As garotas estavam se aproximando. Mas eu não me importava, no momento apenas a melodia me interessava. Apoiei-me na porta enquanto escutava. Era um piano seguido de uma voz doce.

Aproximei-me ainda mais para escutar. Só mais um pouco... Mais um pouco... Apoiei-me na maçaneta... Só mais um pouco... Mais um pouquinho... Aconteceu tão rápido. Em um momento eu estava do lado de fora apoiando na maçaneta e aproximando-me para ouvir melhor. No outro... Ah! Minha face tinge-se de vermelho só de lembrar. A porta abrira fazendo um barulho estrondoso interrompendo o piano e voz. E eu? Eu estava caído no chão completamente envergonhado.

– Me desculpe... Eu... Só... Fugindo! Parei... E... Escutei... – embaralhava-me com as palavras desviando o olhar da figura rosada na minha frente. Escutei um risinho.

– Tudo bem... Mas deveria ter batido antes de entrar – disse estendendo a mão para me ajudar a levantar, aceitei.

– Eu... Não deveria ter feito isso. Me desculpe... – falava olhando para baixo.

– Já disse que está tudo bem. Mas me responde uma coisa? – assenti com a cabeça para que continuasse – Do que você estava fugindo?

– Isso? Bem... Da Yamabuki-san e suas amigas – dei um sorriso nervoso.

– Ah! Então você é o tal príncipe que elas falam? – a não... Como se não bastasse o fato de ter caído dentro da sala... Teria um chara change também!

– Príncipe? Quem você está chamando de príncipe? Eu sou o Rei! – soltei uma risada sarcástica – Você! Como minha súdita deve... – não pude completar a frase, minha visão foi tapada e voltei ao normal.

– Ah! Funcionou! – via a garota sorrindo e retirando um balde de minha cabeça. Onde ela arranjara um balde? Olhei ao redor procurando a origem dele e encontrei um conjunto de material de limpeza esquecido no canto da sala.

– O que? Eu... Me desculpe... Não foi minha intenção! Eu... Eu... – queria pegar o balde de volta para enfiar minha cabeça ali novamente.

– Pensei que apenas minha irmã tivesse problemas com o chara change dela. Mas vejo que ela não é a única – parecia distraída, como se lembrasse de algo.

– Como sabia que o balde ia resolver? – olhava para o balde desejoso, era ótimo para esconder o rosto.

– Já fiz isso com a minha irmã varias vezes, só não esperava que funcionasse com você também – sorriu abertamente, não pude deixar de sorrir junto. Apesar de ainda desejar o balde. Entretanto os gritos que antes haviam se afastado, aproximavam-se agora.

Observei-a melhor, seus cabelos rosados iam até a cintura e eram levemente ondulados. Possuía olhos cor de mel, nariz pequeno e a face rosada. O uniforme, saia xadrez vermelho e preto, blusa social branca e gravata vermelha, lhe caia muito bem. O blazer preto que completava o conjunto estava no banco do piano junto de sua bolsa. Senti minha face esquentar ainda mais com esse pensamento e desviei o olhar.

– Bem... Você também tem um? – mostrei Kiseki que voava emburrado do meu lado. Ah! Como desejava aquele balde.

– Sim!– uma chara com um vestido roxo, azul, amarelo... Mudava o tempo inteiro! Assim como sua tiara de cabelo. Às vezes mostrava até paisagens. Parecia uma ilusão... A única coisa que não mudava era seu cabelo preto curto e seus olhos negros e brilhantes – Essa é a Cece.

– Esse é Kiseki... Eu sou Hotori Tadase.

– Sou Hinamori Ami... – ouvia gritos aproximando-se cada vez mais estavam muito perto agora – Acho que suas perseguidoras ainda não desistiram – sorriu, parecia estar se divertindo com aquela situação. Provavelmente eu também estaria... Se não estivesse tão envergonhado e conversar com garotas fosse algo fácil para mim.

– Parece que não... Estão muito perto. É melhor eu ir, me desculpe novamente – na verdade queria ficar mais e conversar com ela, mas sabia que não podia.

– Já disse que não tem problema! Espere aqui por um tempo depois você sai. Até mais Hotori-san! – dirigiu-se até a porta e acenou para mim.

– Até mais Hinamori-san... Mas espere! Tadase me chame de Tadase – já estava envergonhado há muito tempo, e um tom a mais de vermelho no meu rosto não faria diferença.

– Certo! Então me chame de Ami! Até mais Tadase-kun! – sorriu mais uma vez e fechou a porta.

– Até mais Ami-chan – murmurei desapontado... Quando eu iria trombar com ela novamente? De dentro da sala, ouvi vozes.

– Garota! Onde está o Tadase-sama? Você o viu?

– Bem... O Hotori-san? – devem ter afirmado com a cabeça – Acho que o vi entrando na sala do diretor. Mas não tenho certeza, talvez já tenha ido embora.

Após isso apenas lamentações e xingamentos foram ouvidos. Sala do diretor? Ninguém se atrevia a chegar lá perto, apesar de ele ser uma pessoa muito agradável. Permitir-me sorrir com isso. Quando tudo silenciou novamente sai rapidamente da sala e fui em direção ao Jardim Real perdido em pensamentos. Como era mesmo a música que ela cantava?

No dia seguinte Kukai nos contara sobre Ami e sua irmã, Amu. Acho que ela comentou algo sobre sua irmã ter charas também. Mas eu acho que devo ter deletado esta parte... Como sou idiota! Se ela tem charas, fará parte do Conselho Estudantil, ou como os alunos preferem chamar, Guardiões.

Estava tão absorto em meus pensamentos, que não percebi Ami chegando ao Jardim Real com Kukai. Quem me despertou de minhas reflexões, foi Yaya, com seu jeito animado de sempre. E não pude evitar sorrir do seu nervosismo, enquanto era “atacada” por Yaya.

– Ah! Você deve ser Hinamori... – Yaya pulou em Ami abraçando-a.

– Ami, me chame de Ami - disse nervosamente.

– Oh! Mas você é tão fofa - falou enquanto pegava seu celular

– Hã... Mas o que...

– Yaya! Não a assuste assim! - disse Kukai

– Mas eu preciso das fotos para meu blog... – choramingou

– Depois você tira – Kukai respondeu

– Hmm certo. A propósito eu sou a Yaya! – acho que não tem como ela ser mais animada.

– Rima – fria como sempre, pensei.

– Nagihiko, prazer – sempre simpático. Ele tem uma facilidade enorme para falar com garotas.

– Ami, é bom revê-la – falei sorrindo. Não me importava se todos me encaravam de um modo estranho

– Prazer em conhecê-los, e é bom te rever também Tadase – sorriu para todos.

Depois do “ataque” ter terminado nos apresentamos e começamos a explica-la sobre as tarefas dos Guardiões. Mas que acabou sendo empurrada exclusivamente para mim. As desculpas eram diversas, mas o que todos realmente queriam, era se livrar da responsabilidade.

– Entendeu? – disse olhando para ela quando havia terminado de explicar.

– Claro! Mas... Onde estão os outros? – perguntou olhando ao redor.

– Devem ter ido embora, aproveitando que não estávamos prestando atenção – típico deles, completei em pensamentos.

– Bem, de qualquer modo é só isso? - disse dando de ombros.

– Sim, isso é tudo – sorri, ela aprendia rápido.

– Então, acho melhor irmos andando. Já esta ficando tarde

Com um sobressalto percebi, que estávamos ali há algumas horas, e já escurecia. Caminhamos em silencio ate a saída com nossos charas conversando animadamente, ou brigando, não sabia ao certo. Chegamos à saída e Ami se virou para mim e disse sorrindo:

– Eu tenho que ir, até amanhã Tadase-Kun! – disse dando um aceno, enquanto andava seguindo seu caminho.

– Até amanhã Ami-chan! – acenei de volta e segui meu caminho.

E assim dois meses se passaram. Apesar de não parecer, Ami era uma garota responsável e geralmente fazíamos juntos quase todas as tarefas dos Guardiões. Apesar de já ter me acostumado a fazer tudo sozinho, sua companhia era agradável. E ter uma ajuda a mais era sempre bom. Acho que ela era o que chamavam de melhor amiga. Mas apesar de tudo algo me incomodava... Por que não estudara em nenhum colégio por três anos? Mas isso foi algo que eu não ousei perguntar.


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