Orphans vs Batsu Tamas escrita por Mei


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, tive alguns probleminhas e um bloqueio na parte da luta (nao lembrava dos ataques nem nada). De qualquer maneira queria agradecer a Amy K pelo comentario. Nao revisei o capitulo, entao se tiver algum erro me avisem ok?



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A porta encontrava-se entreaberta e assim que entramos, vimos o caos que a sala estava. Cadeiras e mesas quebradas por todo canto, as cortinas estavam rasgadas e os vidros estilhaçados no chão. O quadro tinha marcas de garras onde formavam grandes sulcos que chegavam até o cimento. Mas a pior parte estava ali, bem na minha frente. Até no colégio me seguiriam? Em pé, rugindo e destruindo ainda mais a sala, um Orphan agitava os braços. Ele era completamente negro, e onde deveria ser seus olhos havia apenas um circulo branco. O corpo era magro e alto, possuía no total cerca de seis braços. Olhei nervosamente para Ami e Kukai, eles nada sabiam, senti ambos darem um passo atrás. Não poderia deixar eles em perigo e ao mesmo tempo não podia lutar contra o Orphan.

Estava em duvida quanto ao que eu faria e não tinha tempo para ponderar sobre o assunto. Quando o Orphan fixou seus olhos em mim, soube que não haveria mais escolha. Concentrei minha magia e logo, aros amarelos apareceram em meus pulsos e tornozelos. Encarei novamente Ami e Kukai, estavam estáticos. Em um movimento rápido empurrei-os para a fora e tranquei a porta. Este era um assunto apenas entre mim e o Orphan a minha frente.

– Pois bem vamos começar então... – disse olhando fixamente para ele enquanto elevava alguns metros no ar.

Seu rugido ecoou novamente enquanto jogava o que seria sua cabeça para trás. Concentrei minha magia, os arcos em torno de meus pulsos rodavam rapidamente cobrindo parte de minhas mãos com a luz que ele emitia. Parecia uma arma e estilo de magia um tanto fraca para enfrentar a criatura que se erguia a minha frente, mas ela tinha seu mérito.

Acertei um soco na sua suposta barriga e ombro fazendo abrir um buraco nos locais. Ele era fraco estava com sorte. Não precisaria chamar Kagutsuchi. Soltei um suspiro de alívio enquanto me afastava novamente para preparar mais um golpe. Concentrei a magia na palma das mãos transformando-se em diversas bolinhas douradas que atacaram o Orphan a minha frente desintegrando-o. Excelente, metade do trabalho estava pronto. Enquanto o Orphan se desintegrava deixava manchas escuras no ar que aos poucos ia tomando forma de ovos... Forma de Batsu Tamas. A única vantagem de ter que derrotar o Orphan e purificar os ovos em seguida era o fato dos Batsu Tamas aparecerem agrupados. Seria necessária apenas rapidez para não deixar nenhum fugir.

– Suu! Chara Nari! – fui envolvida por uma forte luz e quando ela acabou estava vestida com o habitual vestido verde.

***

Quando finalmente abri a porta, encontrei Ami e Kukai escorados na mesma com uma expressão indecifrável. Assim que me viram minha irmã abraçou-me.

– Amu-chan! O que aconteceu? Ficamos preocupados! Eu... Ouvi... Uma luta?

– Hinamori-san... Está bem?

– Hmm... Sim... O intervalo já terminou?

– Bem... Sobre isso... Já perdemos uma aula – Ami respondeu-me receosa, ela queria me perguntar sobre o ocorrido.

– Faço parte do Conselho Estudantil... Posso pedir para sermos liberados – Kukai dissera-me hesitante – Mas antes, temos que avisar sobre a sala. Da ultima vez que a vimos ela estava... Um pouco destruída – parecia preocupado.

– Não será necessário – dei um leve sorriso enquanto saia da porta permitindo uma visão melhor.

– Ela... Está... Isso é incrível! – Kukai exclamou.

– Suu? – Ami não parecia espantada, conhecia os poderes de reparo da Suu, apenas confirmei com a cabeça.

– Pedirei então apenas a permissão para sairmos! Esperem-me na entrada certo? – ele não esperou nossa resposta, apenas saiu andando empolgado.

– Precisamos conversar – Ami encarou-me séria depois de Kukai ter saído de vista.

– Contarei um pouco a vocês... Mas falaremos em casa, será melhor.

– Nem depois daquilo você ficou tão estranha – afaguei seus cabelos, aquilo era realmente algo muito doloroso. Não acontecera nada comigo, mas sim com Ami. E às vezes ainda me pergunto se ela já superara completamente... Três anos, três anos deveriam ser suficientes, certo? Ou não? Suspirei pesadamente.

– É melhor irmos para a entrada – disse por fim.

***

– Nee-chan...

– Hinamori-san...

Ambos olhavam-me com atenção, pareciam até acompanhar cada movimento que eu fazia. Respirei fundo e olhei para os meus pés. Estávamos sentados em um banco de praça perto do colégio, algumas pessoas passavam e cochichavam com olhares maldosos, afinal matávamos aula.

– Ran, Miki, Suu, Dia – chamei minhas charas que saíram da bolsa.

– Cece – Ami chamou e sua chara apareceu.

– Daichi – Kukai chamou, e um chara energético vou a nossa volta.

Os charas se cumprimentaram, e logo depois se afastaram um pouco e começaram a brincar juntos. Voltei meu olhar para Ami e Kukai pareciam tensos e curiosos.

– Vamos começar pelo básico... – comecei

– O básico? – Kukai arqueou uma sobrancelha.

– Deixe-a falar! - Ami repreendeu-o.

– Bem, o que ocorre quando a pessoa passa a deixar de acreditar em si mesma?

– O ovo do coração transforma-se em Batsu Tamas... – Kukai respondeu pensativo.

– Certo, e quando há um grande número deles juntos? O que acontece? – perguntei olhando fixamente para Kukai, não me importava se Ami estivesse entendendo ou não, conversaríamos em casa.

– Eles... Apenas ficam juntos? – olhou-me confuso.

– Não, eles se transformam naquela criatura da sala, um Orphan.

– Como? Eu já vi grandes quantidades deles unidos!

– Eu consigo purificar os Batsu Tamas para que eles voltem ao normal. Além de mim deve ter outros espalhados pelo mundo, mas não muitos. E, também sei que o nosso tempo como purificadores é curto, para purificar todos os Batsu Tamas do mundo. Mas eles continuam por ai se não forem purificados, mesmo se a pessoa já tiver morrido. Ficam aqui como arrependimentos dela. Imagine os Batsu Tamas do mundo inteiro que não foram purificados por cem anos?

– Seriam... Muitos... – Kukai raciocinava, estava entendendo.

– Alguma entidade resolveu facilitar o trabalho dos purificadores, a cada cem anos um era escolhido para cuidar de todos.

– Facilitar? Apenas um não seria suficiente!

– Pense... ao invés de procurar ovo por ovo, a maioria vem atrás de você em forma de Orphans!

– Isso deve ser... Hmmm...

– Irritante – suspirei enquanto apoiava minha cabeça nas mãos.

– Ei, vai ficar tudo bem – tocou hesitante em meu ombro.

– Obrigada – sorri com as suas palavras, de certa forma elas me reconfortaram.

Ficamos sentados ali durante um tempo nos encarando, tentando decifrar a expressão um do outro.

– Hinamori-san? Onde está sua irmã? – Kukai disse depois de olhar ao redor, fiz o mesmo.

– Quando ela saiu? – falei tentando não demonstrar surpresa.

– Não faço ideia – sorriu envergonhado pondo as mãos atrás da cabeça.

– É melhor eu ir para casa – disse levantando-me, mas antes que pudesse dar dois passos senti meu corpo fraquejar.

– Hinamori-san! Está bem?

– Hmm... Sim... É melhor eu ir para casa. Nos vemos amanhã – não esperei seu resposta, apenas sai andando. Queria chegar em casa, e rápido.

***

Ao abrir a porta, deparei-me com a casa silenciosa, vez ou outra ouvia o barulho de passos, devia ser algum dos empregados. Quando encontrei um, perguntei-o se minha irmã já havia chegado e recebi um aceno positivo como resposta.

Subi as escadas vagarosamente e abri a porta de meu quarto. O de Ami era em frente ao meu, entretanto estava cansada demais para falar qualquer coisa, refleti deitando-me em minha cama. Sofria agora as consequências da luta, não só dessa, mas das anteriores também. Passei os últimos três dias lutando e percebi apenas agora os estragos que elas me causaram. Tentaria dar uma pausa. Foram meus últimos pensamento antes de adormecer.


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Notas finais do capítulo

Pelo menos ele nao esta muito pequeno! XD Ah! Se nao entenderam algo, fiquem tranquilos, aos poucos irão entender. :)



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