The Legend of The Sky's Princess escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 9
Capítulo 9 – A ocarina do tempo




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Capítulo 9 – A ocarina do tempo

– Isso é sério?! – Midna surpreendeu-se ao saber com mais detalhes da sala secreta de manuscritos sobre a lenda.

– Sim – Zelda lhe dizia – Hoje nós vamos mostrar a eles, você pode vir também Midna.

– Estou curiosa, quero ver isso. Ei! Onde está Link?

As duas estavam em outro lugar do castelo, numa sala que servia como uma espécie de escritório. Zelda estava olhando papéis e resolvendo alguns assuntos da cidade e do castelo. Midna já vestia novamente seu costumeiro manto negro com desenhos brancos.

– Ele devia estar aqui trabalhando comigo, mas além de ser muito dorminhoco, ele não dormiu direito ontem, ficou preocupado comigo. Então resolvi deixa-lo descansar mais essa manhã.

O olhar da princesa do Crepúsculo ficou sério. Zelda sempre fora forte e saudável e enfraquecer justamente quando havia uma ameaça, que poderia atacar a qualquer momento...

– Acha mesmo que Ganon está por trás disso? Não acha que ele seria mais cruel? Estou me sentindo bem agora.

– Eu não sei... Ele gosta de se esconder antes de atacar com seriedade.

– Não podemos fazer muito agora. Já solicitei reforço e a cidade está melhor protegida, o castelo também. Só podemos esperar com toda a cautela pelo que vai acontecer.

– Vou acordar Link agora. Vem comigo?

– Seria divertido ver isso... – ela disse com um sorrisinho – Mas é um momento de vocês, vou me divertir procurando os outros dois.

– Não estão no quarto?

– Não. Eu bati na porta quando estava vindo aqui encontrar você, mas não houve resposta e com certeza a essa hora a menina já está acordada.

– Devem estar em algum lugar lá embaixo.

– Irei até o jardim, eles parecem gostar de lá.

– Sim, eles gostam. Caso os encontre, espere com eles em frente à entrada do jardim. Eu vou acordar Link pra nós irmos até os antigos livros.

– Pode deixar.

Midna desapareceu no caminho que levava até as escadas em espiral e Zelda dirigiu-se ao quarto. Os dois visitantes dos céus haviam chegado já a cerca de três semanas e Midna há mais ou menos uma e meia, e já estava perfeitamente curada de seu ferimento. Até o momento nada mais havia acontecido em relação à Ganon. Chegando a seu destino, a princesa entrou silenciosamente, vendo Link dormindo largado na cama. Riu baixinho, era engraçado vê-lo dormir todo desajeitado. Sentou-se ao lado dele e tomou seu rosto entre as mãos enluvadas, aproximando-se e o beijando com todo o cuidado e amor.

– Bom dia, meu herói – sussurrou ainda próxima a ele.

Ele agitou-se e pôs suas mãos sobre as de Zelda em seu rosto, abrindo os olhos azuis lentamente e ficando em silêncio por um ou dois segundos enquanto absorvia a situação, até que sorriu e afagou as mãos de sua esposa.

– Bom dia, minha princesa.

– Levante-se e apronte-se, dorminhoco. Sabe que temos algo a fazer hoje.

– Eu sei... Eu não esqueci – ele sentou-se e a puxou para um forte abraço.

– Eu estou bem, e até agora nada aconteceu em relação a Ganon – disse, abraçando-o também.

– Então meu dia começou perfeitamente bem – beijou-a no rosto e depois nos lábios, soltando-a e saindo da cama finalmente.

******

Midna adentrou cautelosamente o jardim e um sorriso surgiu em seu rosto, não poderia interrompê-los, mas não pode evitar rir disfarçadamente. Link* estava dormindo. Os dois Links eram mesmo muito parecidos! A princesa escondeu-se entre as sombras, apenas observando o casal. Os guardas estavam por perto como sempre, mas não havia nenhum deles no jardim no momento.

– Você não tem jeito – Zelda* falava sorrindo enquanto acariciava os cabelos de Link*, adormecido com a cabeça repousada em seu colo.

Ela observou o céu, claro e bonito. Não havia nenhum sinal de ameaça, mas desde a chegada de Midna não conseguiam evitar sentir apreensão todos os dias. Todos sabiam que eram os ataques de Ganon. De repente! E seu primeiro alvo sempre era Zelda, não importando qual Zelda fosse. Desde os tempos de Hylia, eles dois estavam juntos, se amavam e o Demon King, agora Ganon, sempre soubera disso. Era óbvio que atacando a deusa renascida como mortal, mais indefesa que o herói, ele conseguiria que o herói surgisse para defendê-la e assim ele atacaria não só os dois, como também a triforce e Hyrule ou Skyloft e a superfície. Zelda* olhou novamente para o rosto adormecido de seu herói, estava tão calmo... Lembrava-se da primeira vez que o vira dormindo tão tranquilo depois da batalha na superfície. Fora acordá-lo pela manhã e não teve coragem, estava exatamente como agora. Quando Link* foi acordá-la no templo, estava sorrindo, e Zelda* sabia que sua felicidade por estarem juntos de novo, como a dela, era real, mas ele também estava ferido e tenso.

– Aproveite essa paz, Link*. Não sabemos quando teremos que lutar de novo. Dessa vez... Eu gostaria de estar ao seu lado, embora eu não saiba como. Sei me defender bem, mas não tenho ideia alguma de como lutar contra ameaças maiores.

Por mais alguns minutos Link* continuou dormindo, até que a luz começou a incomodar seus olhos, fazendo-o abri-los.

– Zelda*...

– Dorminhoco... – riu – Não se preocupe, não há ninguém aqui – falou, vendo o olhar apreensivo de Link*.

– Por quanto tempo eu dormi?

– Meia hora, eu acho.

Midna continuou observando o casal, quando Link e Zelda apareceram.

– Midna deveria estar aqui... – Zelda a procurava quando os dois ouviram o risinho da princesa.

Midna saiu das sombras e apareceu na frente dos dois.

– O que é tão engraçado? – Link lhe perguntou.

– Nada... Eu só estava me divertindo espiando eles dois.

– Você não tem jeito – o amigo lhe respondeu, fazendo-a rir de novo.

O casal olhou para o jardim e viram os dois sentados na grama. Link* com uma visível expressão de que acordara recentemente e Zelda* tocando harpa.

– Ele estava dormindo aqui? – Link questionou.

– Sim. Vocês são mesmo bem parecidos – Midna falou, rindo junto com Zelda, quando Link estreitou os olhos na direção dela.

– Vou chamá-los.

Zelda adentrou o lugar em passos leves e silenciosos, fazendo com que os dois não a percebessem a princípio, e pode ouvir com clareza a canção que Zelda* estava tocando. A canção da deusa, passada de geração a geração, Ballad of The Goddess. Segundo os escritos antigos, desde os tempos de Hylia. Bem como Zelda’s Lullaby, transmitida desde a época em que as pessoas viviam nos céus, bem antes de Hyrule existir. Quando pensava em falar, os dois a notaram, virando-se para olhá-la.

– Bom dia – saudou-os.

– Bom dia – responderam juntos.

– Ballad of The Goddes... A canção da deusa. Essa canção foi transmitida ao longo dos séculos, desde Hylia. Assim como Zelda’s Lullaby passou por gerações, desde você. Há algo interessante sobre essas duas canções. Querem vir com a gente ver toda a história?

Os dois a seguiram e juntos com Link e Midna seguiram para o outro lado do castelo, encontrando Impa no caminho, que também foi com eles. Andaram por bastante tempo, passando por vários cômodos, até chegarem a uma grande biblioteca já quase no final do castelo. Havia muitas estantes e livros de todos os tipos, tapetes estreitos, vermelhos com adornos dourados, se estendiam pelos corredores entre as estantes, uma mesa grande se localizava num canto do local. Caminharam até o final do cômodo, parando em um dos corredores.

– É aqui? – Link* perguntou.

– Não exatamente. Depois que Midna voltou a Twilight e eu e Link nos tornamos noivos alguns meses depois, estávamos nós dois e Impa aqui. Consideramos que já era hora de convocar uma nova limpeza para a biblioteca e quando analisávamos a situação, eu decidi levantar este tapete e encontrei isso – ela abaixou-se e puxou parte do tapete.

Aparentemente não havia nada de diferente no chão de madeira.

– Não estou vendo nada – Midna falou, até que abaixou-se também e seus olhos se arregalaram – Como o pessoal que cuida da limpeza daqui nunca percebeu isso?

– Não sei. Eles simplesmente não parecem perceber. Nós espiamos durante a limpeza. Sempre limpam embaixo dos tapetes e os próprios tapetes, mas ninguém pareceu notar.

– Do estão falando? – Zelda* estava confusa.

– Se você olhar com muita atenção, há alguma coisa diferente nessa parte do chão. Está muito bem escondido, mas essa parte se abre – Link lhe disse.

O casal de Skyloft abaixou-se para ver melhor. Com extrema atenção podia-se perceber uma fina linha que destacava um bloco de madeira do restante do assoalho.

– Agora nós vemos. Mas ainda é estranho ninguém perceber... – Zelda* opinou.

– Há muito tempo – Impa começou – Houve uma Zelda que era uma sábia, a comandante entre sete sábios. Ela usava magia e possuía a triforce da sabedoria. Este castelo, embora hoje a estrutura esteja um pouco diferente, foi o mesmo em que ela viveu com o Link de sua era. Acreditamos que o fato de ninguém além de nós perceber, seja obra dela.

– Como podemos abrir isso? – Link* lhe perguntou.

– Tocando a canção de Zelda. Descobrimos por acaso enquanto pensávamos no que seria essa passagem. Estávamos passando o tempo aqui quando pedi que Impa tocasse a canção pra mim. Zelda*, você poderia...? Normalmente nós abrimos esse lugar tocando com uma ocarina, mas essa harpa... É a mesma da deusa, não é? Provavelmente funcionará.

– Eu tenho uma ocarina. Zelda* me ensinou a tocar – Link* falou, puxando a ocarina de sua bolsa de itens.

– É idêntica à que nós temos! – Link observou, puxando uma ocarina igual dos itens que carregava consigo – Zelda, isso confirma nossa suspeita?

– Talvez. Provavelmente essas duas ocarinas são a ocarina do tempo.

– Ocarina do tempo... A ocarina que dei a Link*. Papai que a cedeu, disse que era guardada junto com a harpa há gerações, e confiava em Link* para cuidar dela, mas, ao contrário da harpa, não sabia qual era sua importância. Também temos alguns textos antigos em Skyloft, mas algumas partes muito danificadas pra serem lidas, uma dessas deve ser sobre a ocarina. Tudo que ele sabia é que era um tesouro de família.

– Se essa for mesmo a ocarina do tempo, Ganon podia já estar perambulando perdido no portal quando Link* a tocou pela primeira vez. Talvez não, mas ele pode tê-los encontrado ouvindo os sons da ocarina ressoando na porta do tempo – Impa lhes disse.

– Assim parece que a culpa é toda nossa de novo – Link* pensou.

– Não pense dessa forma. A culpa não é de nenhum de vocês dois, nem mesmo do seu pai – Impa disse a Zelda* - Isso pode ter apenas facilitado. Ganon é um ser enlouquecido, ele os teria encontrado como ou sem ocarina.

– Não sabemos como Ganon retornará se realmente estiver se articulando pra nos atacar. Conhecer um pouco da história pode nos ajudar. Não sabemos os que pode acontecer também se duas ocarinas do tempo os dois instrumentos do passado tentarem abrir o alçapão ao mesmo tempo. Então apenas vocês, Link e Zelda*, toquem a canção da deusa. Me desculpe por isso, Link* - a princesa lhe disse.

– Está tudo bem.

– Eu ficarei aqui pra me assegurar de que ninguém irá interromper – Impa falou - Apesar de jamais ter aparecido ninguém nesses momentos, também deve ser obra da Zelda Sheikh.

– Sheikh? – Zelda*, Link* e Midna questionaram juntos.

– Logo irão saber.

Ao som das primeiras notas a passagem começou a brilhar e ao fim da canção o chão ali havia desaparecido revelando uma escada para o subsolo. Os dois casais adentraram a passagem junto com Midna, ela se fechou. Após um segundo no escuro, várias lanternas presas às paredes acenderam magicamente, revelando ao fim das escadarias uma sala grande, com baús de madeira e uma enorme mesa com algumas cadeiras.


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